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PATOLOGIA - Cardiopatias Isquêmicas 1/2

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Cardiopatias Isquêmicas
Epidemiologia 
Uma das principais causas das doenças cardíacas é a aterosclerose, compondo mais de 80% dos 
casos. A incidência dessas doenças atingem o pico em homens após 60 anos e em mulheres 
após os 70 e entre os fatores de risco, além da aterosclerose se incluem: idade (homens ≥ 45 e 
mulheres ≥ 55 anos); história familiar de doença coronariana precoce ou AVE; dislipidemia (LDL > 
160 mg/dL, HDL < 40 mg/dL e aumento de lipoproteína A); tabagismo; HAS e Diabetes melitus.
Para entender sobre a cardiopatia isquêmica é muito importante aprender sobre as vascularização do 
coração, as principais artérias, seus ramos e, também quais partes esses ramos irrigam o m. cardíaco
Coronária esquerda: 
Corre lateralmente e centralmente entre a raiz do tronco pulmonar e o átrio esquerdo, seus ramos:
• Artéria descendente anterior (DA): Corre lateralmente entre a raiz do tronco pulmonar e o átrio 
esquerdo, irriga a parede anterior do ventrículo esquerdo, 2/3 anteriores do septo interventricular e o 
ápice do coração. 
• Artéria circunflexa (CX): Irriga a parede lateral do ventrículo esquerdo. 
Coronária direita:
É um ramo dominante, irriga o nó sinoatrial, toda a parede do ventrículo direito, emitindo ramos. Irriga 
também toda região póstero-basal do ventrículo direito e 1/3 do septo interventricular.
MECANISMOS DE ISQUEMIA 
De forma básica, a isquemia possui três vias:
• Fluxo sanguíneo coronariano reduzido: mais de 90% dos casos são devidos a fatores mecânicos que 
retardam o fluxo no vaso, como a aterosclerose coronariana, vasoespasmo e/ou trombose. Esse processo 
pode ser agravado quando ocorre ruptura de uma placa aterosclerótica e trombose. Além desses, pode 
haver hipotensão generalizada (choque.
• Aumento da demanda miocárdica: constituindo uma balança entre fornecimento de nutrientes e 
consumo, isto é, se aumento o consumo e não tiver nutrientes suficientes para manter também se tem 
uma isquemia. Dois principais fatores de aumento da demanda miocárdica é a taquicardia (aumento da 
frequência cardíaca) e a hipertrofia, que é o aumento da demanda e das células musculares, como no 
caso da hipertensão arterial, em que o m. Cardíaco fica mais forte e necessita de maior consumo.
• Hipóxia devido ao transporte diminuído de oxigênio (suprimento de nutrientes e remoção de 
metabólitos preservados): um exemplo é a anemia quando se tem uma redução da quantidade de 
hemoglobina, reduzindo o transporte de oxigênio. Outro fator é uma doença pulmonar que, neste caso 
tem hemoglobina, porém, não tem oxigênio. Por fim, tabagismo e envenenamento por monóxido de 
carbono, pois o CO tem alta aderência a hemoglobina e é muito difícil de substituir mesmo dando O2.
SÍNDROMES ISQUÊMICAS
Por angina pectoris entende-se o quadro de crises de dor precordial ou subesternal paroxístico com 
características de opressão, cortante, causada por isquemia miocárdica de curta duração. Trata-se 
fundamentalmente de uma síndrome clínica, sendo o correspondente anatomopatológico variável.
 A dor é atribuída à liberação de adenosina, bradicinina e outras moléculas que estimulam os nervos 
aferente simpáticos e vagais. A isquemia silenciosa é comum na neuropatia diabética e em pacientes 
geriátricos 
ANGINA ESTÁVEL (crônica) — É a variante mais comum 
e ocorre de forma mais crescente com o nível de 
esforço. Sua duração aproximada é de 30 segundos a 
30 minutos e está associada a estenose estável crônica 
(≥70%). Além disso, é aliviada com o uso de 
vasodilatadores, como a nitroglicerina que é 
administrada sublingual e faz uma dilatação coronariana 
e melhora o fluxo. No ECG a angina estável cursa com 
um infraST > 1,0mm em testes de esforço 
Entre as causas mais comuns está a aterosclerose coronariana estável com um ou mais vasos obstruídos. 
A gravidade da estenose é geralmente > 70%, além da estenose da válvula aórtica e também podendo 
ocorrer por cardiomiopatia hipertrófica, vasoconstrição induzida por cocaína e reserva de fluxo 
coronariano inadequada causada por disfunção endotelial, isto é, insuficiente resposta vasodilatadores 
durante o exercício ou estresse. 
ANGINA DE PRINZMETAL
 É causada por vasoespasmo transitório da artéria 
coronária, com ou sem doença aterosclerótica. Os 
sintomas não são relacionados ao esforço e respondem 
prontamente a Nitroglicerina e Bloqueador de Canal de 
Cálcio. Podem ser causada por um aumento no 
tromboxano A2 (TXA2) proveniente de plaquetas 
dentro do trombo que recobre a placa aterosclerótica, 
pode tambem ser causada por uma secreção de 
endotelina (vasoconstritor). Outro achado nessa classe 
é o aparecimento da SUPRA ST (isquemia transmural).
ANGINA INSTÁVEL 
 É uma angina que tem um padrão de dor que 
ocorre com quantidades sucessivamente menores 
de esforço ou mesmo em repouso. 
Frequentemente é prolongada (>20 minutos) e é 
causada por ruptura da placa aterosclerótica, 
geralmente sem obstrução trombótico completa 
do vaso. É um prenúncio preocupante do IM 
iminente (“principio de infarto”).
O diagnostico pode ser feito por ecocardiografia de estresse; Score de cálcio na tomografias 
computadorizada e angorresonância e PET, este sendo útil para demonstrar anormalidades contráteis e 
podem diferenciar um miocárdio “atordoado” de miocárdio inviável.

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