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Acessibilidade em ambientes virtuais_INCLUIRfinal

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A C E S S I B I L I D A D E
E M A M B I E N T E S
V I R T U A I S
GARANTA O ACESSO
DE TODOS OS ALUNOS
AO SEU MATERIAL.
2ª EDIÇÃO
REVISADA E AMPLIADA
 Diante da excepcionalidade do momento, quando nossos
processos de trabalho foram significativamente alterados em função
da pandemia mundial, e as atividades acadêmicas implementadas no
formato de ERE – Ensino Remoto Emergencial utilizando ambientes
virtuais de aprendizagem, precisamos lembrar que um segmento da
comunidade universitária está diretamente relacionado à
acessibilidade e aos recursos necessários para que esse acesso se dê
em igualdade de condições com as demais pessoas, o das pessoas
com deficiência.
 Tais recursos, por vezes, para que se efetivem, estão relacionados
às tecnologias assistivas, por exemplo, os leitores de tela, ou a
recursos humanos qualificados como os tradutores intérpretes de
LIBRAS. Entretanto, podemos adotar algumas boas práticas em
acessibilidade, que contribuem para o processo de inclusão das
pessoas com deficiência nos ambientes virtuais de aprendizagem,
sem que seja necessário abrir mão de tecnologias específicas.
 Estamos disponibilizando algumas orientações, mas salientamos
que o movimento adequado é o de sempre consultar a pessoa com
deficiência sobre quais os recursos que ela utiliza e qual é a melhor
maneira de atendê-la. Cada um se relaciona com as tecnologias de
uma maneira, ou tem diferentes formas de acesso, assim é também
com as pessoas com deficiência nas suas relações com as diferentes
tecnologias assistivas.
ENSINO REMOTO EMERGENCIAL E
A ACESSIBILIDADE
 Quanto ao envio de arquivos, lembre-se de salvar em PDF
apenas, não no formato imagem (JPEG), pois os ledores de tela
não leem imagens. Por exemplo, quando um texto é escaneado, o
arquivo é salvo como imagem, portanto os ledores de tela não
acessarão o conteúdo.
 Se o arquivo só está disponível em formato de imagem (JPEG),
sem possibilidade de acessá-lo online ou em PDF, ou caso algum
livro esteja disponível apenas em papel, o Incluir faz a conversão
do arquivo mediante solicitação antecipada do serviço (mínimo
duas semanas), via site ou e-mail.
P A R A P E S S O A S C E G A S E C O M B A I X A
V I S Ã O
 
Arquivos em PDF
Para pessoas cegas:
Arquivos em Imagem
 No caso de arquivos que sejam apenas imagens, é importante
fazer uma breve descrição, por escrito, daquilo que se vê, por
exemplo: imagem de gráfico onde a linha horizontal demonstra as
datas, a partir de 17 de março até 12 de maio, e a vertical o número de
contaminados pelo Coronavírus. Pode-se fazer um breve apanhado
dos números salientando sua evolução.
 Também é adequado indicar o início e o fim da descrição com as
frases início da descrição da imagem e fim da descrição da imagem.
 Nas aulas síncronas, ou em materiais gravados com apresentação
de imagens, é importantíssimo lembrar de fazer a descrição do que
está sendo referenciado. É muito comum que durante a fala façamos
indicações como, nessas imagens que estão vendo, como está mostrado
na imagem, a imagem representa, mas para quem não vê a
informação se perdeu. Descreva o recurso, mais adiante daremos
dicas sobre descrição de imagens fixas.
 Quanto aos vídeos, temos o recurso da audiodescrição, porém
ainda são poucos os materiais com acessibilidade nesse formato.
Sugerimos que caso não seja possível buscar um material alternativo,
que um roteiro seja feito da peça, descrevendo os elementos visuais
significativos para seu entendimento. Esse roteiro será um arquivo
de texto disponibilizado para o discente com deficiência visual com
antecedência, para que ele possa se apropriar do conteúdo.
 Arquivos em Word também são muito acessíveis. Quando houver
siglas, caso seu significado não apareça no texto, é necessário
escreve-las por extenso.
 A designação de alguns gêneros binários e transbinários,
representados pelos caracteres x e @ não são entendidos pelos
leitores de tela, que farão a leitura ERRO, como alternativa indicamos 
a comunicação neutra, que utiliza o caractere "E".
Arquivos em Word
 Os cards têm sido muito utilizados nas comunicações nos mais
diversos temas, nesse caso, deverá ser escrito o mesmo texto no
corpo do e-mail, a partir da #paratodosverem, logo no início da
mensagem. Não é necessário descrever toda a imagem, por exemplo,
card em amarelo e preto, onde ao fundo aparecem os logotipos da
Universidade. 
 Apenas o que está escrito na peça deve ser replicado. Os leitores
de tela farão a leitura do conteúdo.
 Arquivos de áudio são muito adequados e podem facilitar a
comunicação.
Cards
Identificar o tipo de imagem a ser descrita: cartaz, folder,
desenho, card, quadro ou obra de arte. Os elementos da
imagem devem ser descritos de forma lógica, da esquerda para
a direita, de cima para baixo, ou primeiro plano e plano de
fundo (dependendo do que se quer enfatizar na imagem).
Na descrição de fotografias, indicar se a foto está em cores,
preto e branco e o sentido vertical ou horizontal. De forma
simplificada, descrever os elementos, pessoas, ambiente em
que a foto foi tirada e algum detalhe que se deseja enfatizar.
Quando a imagem vier acompanhada por textos, e este for o
foco principal da mensagem, replicá-lo na descrição, porque os
softwares leitores de tela não reconhecem imagens e nem os
textos contidos nelas. Isto também serve para descrição de
cards.
Recomendações para descrição de imagem
 No Facebook é possível fazer a descrição da imagem na
postagem da foto, sempre lembrando de iniciar com a
#paratodosverem.
 As redes sociais fazem parte da vida das pessoas com
deficiência, como fazem na de pessoas com diferentes condições,
apenas precisamos pensar nos recursos de acessibilidade
disponíveis nessas plataformas. 
Descrição de imagens nas redes sociais
 Já no Instagram também é possível fazer a descrição. Ao fazer
uma publicação no feed, após a edição da imagem, na aba onde se
encontra a opção de colocar legenda, marcar pessoas e publicação
há também em letras pequenas configurações avançadas, nela é
possível encontrar escrever texto alternativo, abaixo da palavra
acessibilidade em negrito. Essa opção permite criar uma descrição
para suas imagens.
 No Twitter, ao selecionar uma imagem a opção +ALT aparece
ao lado da edição de imagem. Assim que selecionada é aberta uma
aba explicativa antes de ir para a caixa de texto. Caso ainda tenha
dúvidas, abaixo encontra-se a opção o que é um texto alternativo?
onde há mais informações. 
P A R A P E S S O A S C E G A S E C O M B A I X A
V I S Ã O
 
 Pessoas com baixa visão podem necessitar de fonte ampliada e
de contraste entre fonte e fundo, nos ambientes e materiais
educativos. O Moodle tem recursos de acessibilidade para pessoas
com baixa visão, que estão à esquerda da página. Em todos os
materiais procure utilizar fonte arial ou aquelas sem serifa
(pequenos traços e prolongamentos nas extremidades das letras,
números e símbolos de algumas fontes) e com contraste. 
 Caso seja necessária a adaptação de materiais para fonte
ampliada, estes podem ser solicitados ao Incluir – Núcleo de
Inclusão e Acessibilidade, mas a partir da informação sobre qual o
tipo e tamanho de fonte e com antecedência. Novamente
destacamos a importância do diálogo com as pessoas com
deficiência sem medo, buscando a adequação no atendimento. 
Materiais em fonte ampliada
Para pessoas com baixa visão:
Durante webconferências
 Nas webconferências é importante que cada um diga o nome
quando da sua fala, para que as pessoas com deficiência visual
possam fazer a relação e a adaptação da voz ao nome da pessoa,
além de fazer a sua descrição logo no momento de sua primeira
aparição, por exemplo, meu nome é fulano de tal, sou uma pessoa
preta, cabelos longos pretos cacheados, tenho x anos, ou sou jovem,
estou de vestido com estampas de flores em preto, vermelho e azul e
sentada no meu escritório, sendo que ao fundo há uma estante com
livros. Não são necessáriosmuitos detalhes para a descrição não
ficar muito longa, faça escolhas significativas na sua imagem, que
consigam fazer um esboço visual de sua aparência.
 Evite compartilhar informações via chat durante a web, pois a
pessoa com deficiência visual só tem acesso ao áudio. Essas
informações podem ser compartilhadas em outras plataformas
posteriormente, como o WhatsApp.
 Quanto aos sistemas que a UFRGS utiliza temos limitações
relacionadas à acessibilidade. O melhor nesse caso é perguntar ao
servidor ou servidora com deficiência, ou ao discente, o quanto
eles estão adaptados a eles, e talvez redirecionar para outras
atividades caso não haja condições de acesso.
Sistemas de webconferencia da UFRGS
P A R A P E S S O A S C O M D E F I C I Ê N C I A
A U D I T I V A E S U R D A S
 Caracteriza-se por pessoas que tem a língua oral como
referência, entretanto têm estratégias para acessar os conteúdos
emitidos nessa forma de comunicação, como a leitura labial e a
utilização de legendas em materiais audiovisuais. 
 Pessoas nessas condições podem utilizar diferentes recursos
dependendo de sua relação com a deficiência. Deficientes
auditivos e pessoas surdas têm aspectos diferenciados.
A deficiência auditiva
 Recomendamos que nos encontros virtuais síncronos, seja
organizada uma lista de inscritos para a fala, e quem está no
momento de fala apareça em tela cheia, mas lembramos que
quanto mais articulada for a fala, melhores as condições para a
leitura labial, mas atenção, sem exageros. 
Para pessoas com deficiência
auditiva:
 Se houver a possibilidade de legendas automáticas, mesmo com
as limitações que elas têm, pode ser um bom recurso, ou fazer a
gravação e legendar posteriormente o material. No caso de
arquivos apenas em áudio, o mesmo texto precisa ser transcrito
em arquivo do Word, caso dos Podcast.
 Para pessoas surdas, que têm a língua de sinais como referência,
a utilização de intérpretes de Libras é fundamental. Quanto ao
trabalho da equipe de tradutores e intérpretes, na modalidade
virtual de encontros torna-se necessário que uma série de ajustes
sejam feitos, de modo a manter o máximo de qualidade possível,
ainda que com recursos técnicos e humanos limitados. Assim, a
equipe de Tradutores Intérpretes de Língua de Sinais - TILS
apresenta orientações necessárias para o bom desenvolvimento de
sua atuação.
Para pessoas surdas:
TILS – Tradutores e Intérpretes de Língua
de sinais
 Para a realização do trabalho de interpretação, devem ser enviados
previamente para a equipe de TILS os materiais que serão utilizados
na atividade, tais como: roteiros, apresentação de powerpoint,
cerimonial, vídeos, descrição de currículos, letras de músicas,
poesias, teses, dissertações, planos de aula, entre outros.
Os TILS atuam de forma colaborativa, ou seja, o serviço é
realizado sempre por mais de um profissional. Por isso, é
imprescindível que os profissionais mantenham contato visual
entre si. Assim sendo, é necessário que a plataforma utilizada
para o evento garanta a presença de toda a equipe, e sempre
mantendo duas telas fixas para os intérpretes - um intérprete
atuante e um de apoio, sendo esta uma condição para o
atendimento. Evitando a sobrecarga da rede, recomendamos
que os demais participantes permaneçam com suas câmeras e
microfones desligados, somente acionando-os quando forem se
pronunciar.
Quando a plataforma escolhida tiver o recurso de ampliação ou
fixação de tela, a equipe técnica deve estar atenta à troca entre os
TILS (atuante e apoio) para sucessivamente fazer o uso destes
recursos na tela do TILS atuante.
A plataforma Mconf oferece a ferramenta de ampliação de janela,
podendo este recurso ser utilizado para evidenciar a imagem
do interlocutor ou do TILS atuante.
Sempre que possível, deixar a tela do TILS atuante maior do que
as demais, garantindo assim o conforto visual dos usuários
surdos. 
As solicitações de atendimento devem considerar o tempo total
das atividades, incluindo, obrigatoriamente, no mínimo, 10
minutos antes do início para teste da plataforma e preparação.
Devendo ser respeitado o horário de término das solicitações, a
fim de não comprometer a agenda de atendimento do setor.
Cabe salientar também a importância que as falas em eventos
remotos sejam mais pausadas e que sejam respeitados os turnos
de fala para que o ritmo da sinalização da interpretação
chegue aos surdos com mais nitidez e fluidez.
Para otimizar os demais atendimentos da equipe de TILS,
solicitamos que os cancelamentos das atividades sejam feitos
com o máximo de antecedência.
Quando os eventos forem mediados por pessoas surdas,
destacamos ainda alguns cuidados como: uma boa conexão de
internet; realizar uma sinalização de maneira mais pausada e
clara para que a imagem chegue aos TILS, atuante e de apoio,
de forma nítida e fluida; dar uma atenção especial a iluminação
do ambiente para que se veja a sinalização de forma completa,
evitando ambientes escuros. 
 Salientamos que essas orientações poderão sofrer alterações de
acordo com a avaliação dos TILS durante os atendimentos
remotos vindouros.
 Por fim, informamos que o Incluir – Núcleo de Inclusão e
Acessibilidade está desenvolvendo suas atividades de forma
remota, e que solicitações de serviços de acessibilidade
podem ser feitos pelos e-mails
acompanhar.incluir@prae.ufrgs.br, incluir@prae.ufrgs.br e 
 agendamento.tils@prae.ufrgs.br para solicitação de intérpretes
de Libras.
Qualquer dúvida entrem em contato!
 No site do Incluir https://www.ufrgs.br/incluir/ há uma aba que
se chama Repositório, lá vocês encontram materiais variados
sobre diversos temas relacionados à acessibilidade, inclusive boas
dicas de como fazer uma audiodescrição. Acessem à vontade.
Amanda Paiva Martins
Cassiane Gross
Evelyn Gonçalves
T E X T O P R O D U Z I D O P O R :
Bolsistas da produção
de conteúdo 
Equipe incluir
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