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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ FACULDADE DE DIREITO CAMPUS TAQUARA RESENHA CRÍTICA ESTADO E CAPITALISMO NO BRASIL: A INFLEXÃO ATUAL NO PADRÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DO CICLO POLÍTICO DA NOVA REPÚBLICA. Aluno: Jullya Velloso Matrícula: 201901223248 Resenha crítica do artigo ESTADO E CAPITALISMO NO BRASIL: A INFLEXÃO ATUAL NO PADRÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DO CICLO POLÍTICO DA NOVA REPÚBLICA, escrito por Marcio Pochmann: O artigo faz referencia às situações políticas que ocorreram até o ano de 2017, durante o governo de Michel Temer, narrando a concepção liberal histórica que influenciou o perfil de Estado capitalista. Ainda, procurou ressaltar as relações externas e internas que idealizaram o capitalismo estatal como um todo. Nesse sentido, o texto aborda as duas principais partes que tornaram possivel o mapeamento histórico da economia capitalista no Estado brasileiro, sendo elas as determinantes internas e externas e o movimento da inflexão no padrão político da Nova República. Além disso, o texto faz alusão aos momentos históricos que influenciaram esse movimento, destacando a transição da sociedade agrária-escravista durante o século XIX e a Revolução Constitucionalista no governo de Getúlio Vargas. Ainda, afirma que a constituição do Estado capitalista no Brasil seguiu os ideais liberais tradicionais, fazendo menção aos efeitos do capitalismo brasileiro tardio. Nesse liame, as determinantes, como já postulado anteriormente, dividem-se em internas e externas De um lado, os acontecimentos externos, se apresentando como um sistema de dimensão global, conseguiram definir a moeda como unidade de conta, o poder militar a fim de manter a ordem social e a capacidade de produzir e difundir o progresso técnico como motor da competição intercapitalista. Menciona, ainda, os efeitos da Revolução Industrial na Europa e nos EUA que influenciaram esse mesmo movimento no Brasil. como a Revolução Industrial brasileira foi tardia, a produção primária foi inteiramente voltada para o mercado externo, deixando a desejar nos produtos importados. De outro lado, os acontecimentos internos, como por exemplo, a Revolução Industrial brasileira tardia, que definiu o sistema pela onda de globalização, momento que a produção primária foi inteiramente voltada para o mercado externo, deixando a desejar nos produtos importados, coincidindo com a Grande Depressão de 1929. A ação do Estado liberal era reconhecida como estranha e perturbadora à livre competição capitalista, mas texto relata que o Brasil soube jogar estrategicamente na disputa de hegemonia para obter vantagens no avanço de sua industrialização. Nesse liame, Marcio Pochmann afirma: “A sucessão de reformas impostas desde então, em meio à mais grave recessão econômica dos últimos 100 anos, altera tanto o papel do Estado no capitalismo brasileiro, contemplando o reposicionamento do país junto ao centro dinâmico capitalista mundial, quanto a atuação de uma nova maioria política interna mais favorável aos interesses dominantes.” Por isso, entre os anos de 1985 e 2016, pós militarismo, o conjunto dos seis presidentes teve importante papel na sustentação do regime democrático. Dessa forma, o capitalismo brasileiro reposicionou a sua dinamica, impondo uma atuação do Estado mais comprometido com a parcela da população mais enriquecida nacional e internacionalmente. Porém, a população menos afortunada sofreu com o elevado desemprego, ocasionado pelo agravamento economico, pelas crises, ausencia de produção e exclusão social. Passo que, durante a Nova República, os polos das piramides foram beneficiados de acordo com as suas necessidades, aumentando assim, a satisfação social perante o Estado liberal capitalista. Por isso, afirma Pochmann: “é nesse contexto que as reformas em curso buscam oferecer condições para que, nos próximos 20 anos, a dinâmica da acumulação de capital seja sustentada, em grande medida, pelas transferencias do Estado brasileiro às despesas financeiras”. Ainda, parafraseando: “Nesse sentido, pode-se constatar que a emergência de um novo projeto de governo do tipo conservador, classista e autoritário termina por apontar para o esgotamento do ciclo político da Nova República. Além disso, constatou-se também que a inflexão alcançou as relações internacionais, com o realinhamento brasileiro à atual onda de globalização. A inflexão também se dá nas condições internas do país em face ao avanço das reformas das políticas públicas que as tornam convergentes com o atendimento dos interesses da menor parcela da sociedade.” Dessa forma, frisa-se que o capitalismo brasileiro passou por diversas influencias ao longo dos anos, principalmente as históricas que envolvem as Revoluções Industriais, as figuras políticas, o Regime Militar e os pactos economicos externos. E, assim continuará acontecendo, sempre se desenvolvendo e mudando, passando por altos e baixos e seguindo o fluxo e as demandas sociais internas e externas, não tendo o que se falar em inflexão, mas tão somente em flexão. Referência: ESTADO E CAPITALISMO NO BRASIL: A INFLEXÃO ATUAL NO PADRÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DO CICLO POLÍTICO DA NOVA REPÚBLICA, Pochnann, Marcio. 2017, pág. 309 a 330. http://www.scielo.br/pdf/es/v38n139/1678-4626-es-38-139-00309.pdf
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