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Semana Integradora III

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Hipótese 
“Paciente diabético influenciado por fatores ambientais estressantes e resistente ao tratamento 
terá o quadro clínico agravado”. 
 
Objetivos 
 
Anatomia II 
1- Descreva anatomicamente o fígado 
2- Descreva anatomicamente o pâncreas 
3- Cite e classifique os dentes que compõe a arcada dentária 
 
Histologia e Embriologia II 
4- Descreva histológicamente o fígado 
5- Descreva histológicamente o pâncreas 
6- Explique o desenvolvimento embriológico do fígado e do pâncreas 
 
Programa de Prática Médica II (PPM) 
7- Defina glicosúria, polidpsia e poliúria 
8- Descreva a aplicação subcutânea de insulina 
 
Medicina Baseada em Evidência (MBE) 
9- Defina acurácia da hemoglobina glicada 
 
Fisiologia II e Bioquímica 
10- Defina e classifique diabetes mellitus relacionando-a com dislipidemia 
11- Descreva os estímulos que regulam a secreção de insulina 
12- Cite os exames para diagnóstico e acompanhamento do diabetes 
 
Psicologia Médica 
13- Relacione o diabetes com a saúde mental do paciente 
 
Saúde Coletiva e PAPP 
14- Descrever a epidemiologia do diabetes 
15- Explicar o programa hiperdia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA HUMANA II 
 
o Descrever anatomicamente o fígado 
 
O fígado é um órgão anexo do sistema digestório 
Ele está localizado principalmente no quadrante superior direito do abdome, onde é protegido pela caixa 
torácica e pelo diafragma. 
O fígado normalmente situa-se profundamente às costelas VII a XI no lado direito e cruza a linha mediana 
em direção à papila mamaria esquerda 
O fígado ocupa a maior parte do hipocôndrio direito e do epigástrico superior e estende-se até o 
hipocôndrio esquerdo. 
O fígado se move com as excursões do diafragma e na postura ereta sua posição é mais baixa devido a 
gravidade e essa mobilidade facilita a palpação. 
Têm uma face diafragmática convexa (anterior, superior e algo posterior) e uma face visceral relativamente 
plana, ou mesmo côncava (posteroinferior), que são separadas anteriormente por sua margem inferior 
aguda, que segue a margem costal direita, inferiormente ao diafragma. 
 
 * Face Diafragmática 
Se relaciona com a face inferior do músculo do diafragma 
 
 * Face Visceral 
Veia cava inferior, ligamento venoso, ligamento redondo, processo caudado, tríade portal, vesícula bil iar. 
Lado direito da face anterior do estomago. Parte superior do Duodeno. Vesícula Biliar (fossa da vesícula). 
Rim e glândula suprarrenal direitas. 
 
 
 
 
O fígado é a maior glândula do corpo e, depois da pele, o maior órgão. Pesa cerca de 1.500g e representa 
aproximadamente 2,5% do peso corporal. 
 
Anatomicamente, se divide em dois lobos anatômicos e dois lobos acessórios. 
 
 * Lobos Anatômicos 
- Lobo Hepático Direito: maior, definido pelo ligamento falciforme e a fissura sagital esquerda. 
- Lobo Hepático Esquerdo: menor, definido pelo ligamento falciforme e a fissura sagital esquerda. 
 
 * Lobos Acessórios (face visceral inclinada) 
- Lobo Quadrado: anterior e inferiormente 
- Lobo caudado: posterior e superiormente 
 
 
 
Funcionalmente, se divide em parte direita e parte esquerda do fígado, com tamanhos semelhantes. 
 
A função do fígado é armazenar glicogênio, secretar a bile, destruir hemácias velhas (e outras atividades) 
 
 
Referências: 
M.K.L.D.A.F.A.A. M. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. 
9788527734608. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734608/ . 
 
T.P.W.G. T. Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Grupo A, 2008. 9788536319308. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536319308/ . 
 
 
 
o Descrever anatomicamente o pâncreas 
 
O pâncreas é um sistema digestório e sistema endócrino 
Está localizado sobrejacente e transversalmente aos corpos das vértebras LI e LII, na parede posterior do 
abdome. Está situado atrás do estomago, entre o duodeno à direita e o baço à esquerda. 
O pâncreas é dividido em 4 partes: 
 
 * Cabeça do pâncreas 
Parte mais expandida e larga do órgão 
A cabeça é circundada pela curvatura em forma de “C” do duodeno, fica firmemente fixada a parte 
medial das partes descendente e horizontal do duodeno 
 
 * Colo do pâncreas 
Logo após a cabeça, é curto 
Está sobre os vasos mesentéricos superiores 
 
 * Corpo do pâncreas 
Fino e alongado 
Fica à esquerda dos vasos mesentéricos superiores, passando sobre a aorta e a segunda vértebra lombar. 
A face posterior do corpo do pâncreas não tem peritônio e está em contato com a aorta, artéria 
mesentérica superior, glândula suprarrenal esquerda, rim esquerdo e vasos renais esquerdos 
 
 * Cauda do pâncreas 
Parte final do órgão, fina e curta do lado esquerdo do corpo. 
Fica anteriormente ao rim esquerdo 
 
 
O pâncreas tem funções de produzir secreção exócrina (suco pancreático produzidos pelas células 
acinares) que é liberada no duodeno através do ducto pancreático e ducto acessório, produzir secreção 
endócrina (glucagon e insulina, produzidas pelas ilhotas pancreáticas), que passam para o sangue. 
Além disso, tem função de irrigação. A irrigação arterial do pâncreas provem principalmente dos ramos da 
artéria esplênica. Várias artérias pancreáticas formam diversos arcos com ramos pancreáticos das artérias 
gastroduodenal e mesentérica superior. Até 10 ramos da artéria esplênica irrigam o corpo e a causa do 
pâncreas, as artérias pancreaticoduodenais superiores anterior e posterior, ramos da artéria mesentérica 
superior formam arcos anteriores e posteriores que irrigam a cabeça do pâncreas. 
Ademais, o pâncreas têm função de drenagem. A drenagem venosa do pâncreas é feita por meio das 
veias pancreáticas correspondentes, tributarias das partes esplênicas e mesentérica superior e da veia porta. 
A maioria dessas drena para a veia esplênica. 
 
 
 
Drenagem Linfática: Os vasos linfáticos pancreáticos acompanham os vasos sanguíneos. A maioria dos 
vasos termina nos linfonodos pancreaticoesplênicos, situados ao longo da artéria esplênica. Alguns vasos 
terminam nos linfonodos pilóricos. Os vasos eferentes desses linfonodos drenam para os linfonodos 
mesentéricos superiores ou para os linfonodos celíacos através dos linfonodos hepáticos. 
 
Inervação do pâncreas: os nervos dos pâncreas são derivados dos nervos vago e esplâncnico 
abdominopelvico que atravessam o diafragma 
 
Referências: 
M.K.L.D.A.F.A.A. M. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. 
9788527734608. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734608/ . 
 
T.P.W.G. T. Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Grupo A, 2008. 9788536319308. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536319308/ . 
 
 
o Citar e classificar os dentes que compõem a arcada dentária 
 
Normalmente, crianças têm 20 dentes e adultos têm 32 dentes permanentes. 
* Incisivos: 
- margens cortantes finas. 
- 8 no total sendo 2 superiormente do lado direito, 2 superiormente do lado esquerdo, 2 inferiormente do 
lado direito e 2 inferiormente do lado esquerdo. Ficam localizados anteriormente. 4 são incisivos centrais e 4 
são incisivos laterais. 
* Caninos: 
- cones proeminentes únicos. 4 no total sendo 1 superiormente do lado direito, 1 superiormente do lado 
esquerdo, 1 inferiormente do lado direito e 1 inferiormente do lado esquerdo. Ficam um pouco mais 
lateralizados. 
* Pré-molares (bicúspides): 
- duas cúspides. 8 no total sendo 2 superiormente do lado direito, 2 superiormente do lado esquerdo, 2 
inferiormente do lado direito e 2 inferiormente do lado esquerdo. Ficam lateralizados mais posteriormente. 
* Molares: 
- três ou mais cúspides. 12 no total sendo 3 superiormente do lado direito, 3 superiormente do lado esquerdo, 
3 inferiormente do lado direito e 3 inferiormente do lado esquerdo. Ficamlocalizados posteriormente. 
 
 
 
Má conservação dos dentes na diabetes: 
- devido aos problemas metabólicos causados pelo diabetes, acontece uma alteração na circulação 
sanguínea da área bucal (principalmente no caso de diabetes descompensada). 
- essa alteração prejudica a saúde bucal tornando o paciente mais propenso a desenvolver gengivite e 
doença periodontal. 
- essas doenças provocam destruição óssea e, consequentemente, a perda da sustentação dos dentes. 
 
 
 
Referências: 
M.K.L.D.A.F.A.A. M. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. 
9788527734608. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734608/ . 
 
BRASIL, Ministério da Saúde. SAÚDE BUCAL. 1ª edição, Brasília- DF. 2008. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_bucal.pdf . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA II 
 
o Descrever histológicamente o fígado 
 
Glândulas anexas ao tubo digestório 
 
FÍGADO 
 
Localização: 
Região abdominal (quadrante superior direito), logo abaixo do diafragma. Pode pesar até 1,5 kg. Tem o 
formato de cunha. 
A maior glândula que o ser humano possui. 
É uma glândula mista: bile (secreção exócrina); eritropoietina (secreção endócrina). 
 
Funções: 
Produção de bile; síntese de colesterol; sintetiza eritropoietina (hormônio); converte amônia em ureia; 
desintoxica o organismo; síntese de protombina e fibrinogênio (fatores de coagulação do sangue); 
destruição das hemácias (hemocaterese); síntese, armazenamento e quebra do glicogênio; emulsificação 
de gorduras no processo digestivo (através da secreção biliar); lipogênese (produção de triagilcligerol -
gorduras-; armazenamento das vitaminas A, B12, D, E e K; armazenamento de alguns minerais como o 
ferro; síntese de albumina (importante para a osmolaridade do sangue); síntese de angiotensinógeno. 
 
Relação da localização com a função: 
Passa pelo fígado o sangue venoso drenado dos órgãos abdominais, é irrigado por sangue venoso da veia 
porta (e o sangue da via porta é drenado da região abdominal), ou seja, é um órgão que tem funções 
metabólicas. 
 
O Fígado é dividido na face anterior em: 
- lobo direito e lobo esquerdo. 
 
Na face posterior é dividido em: 
- lobo direito, lobo esquerdo, lobo caudado (centro) e lobo quadrado (inferiormente ao lobo caudado). 
- na face posterior também notamos a Vesícula Biliar (verde pois armazena a bile que é verde), as veias 
hepáticas e o hilo hepático (veia porta, artéria hepática) e a saída de ducto colédoco. 
 
Histologicamente 
O fígado é constituído por lóbulos hepáticos, onde encontramos: 
 
-Hepatócitos: 
São as células funcionais do fígado, são poligonais, possuem um ou dois núcleos centrais, grande 
quantidade de retículo endoplasmático. 
Glicogênio e lipídios armazenados. Esses hepatócitos se organizam em cordões (fileiras de células). 
 
- Capilares Sinusóides: 
Se localizam entre os cordões de hepatócitos e os irrigam, além disso, possuem macrófagos em sua 
parede (fagocitam as hemácias velhas) . 
 
- Veia Centrolobular: 
Fica no centro do lóbulo e sua função é drenar o sangue do lóbulo hepático. 
 
 
Os lóbulos hepáticos são delimitados por tecido conjuntivo interlobular. 
O Espaço Porta é o espaço entre os lóbulos onde encontramos: tecido conjuntivo interlobular, ramos da 
veia porta, ramos da artéria hepática, ductos biliares, capilar linfático. 
-Ramos da veia porta: vênulas, fornecem sangue venoso ao lóbulo. 
-Ramos da artéria hepática: arteríola que fornece sague ao lóbulo. 
-Ducto biliar: drena a bile do lóbulo hepático. 
-Capilar linfático: drena a linfa do espaço porta. 
Hepatócito célula funcional/unidade morfofuncional do fígado. É responsável pela realização de todas 
as funções do fígado (exceto a hemocaterese realizada pelos macrófagos). 
 
 
Morfologicamente: 
São células poligonais, possuem um ou dois núcleos centrais, grande quantidade de retículo 
endoplasmáticoe mitocôndrias; armazena glicogênio e lipídios; se organizam em cordões (fileiras de 
células). Possui microvilosidades na face voltada para o capilar sinusoide para aumentar a superfície de 
absorção de substâncias. Entre dois hepatócitos vizinhos se formam um canalículo bilar (espaço entre as 
duas membranas) que drena a bile do hepatócito. 
 
Circulação hepática. 
O sangue chega no fígado pela Veia Porta (70%) ou pela Artéria Hepática, se ramificam dentro do fígado 
no espaço porta formando os ramos interlobulares (vênulas da veia porta ou arteríolas as artéria hepática) 
e desses ramos esse sangue vai para os capilares sinusoides. 
O sangue dos capilares sinusoides é drenado pela Veia Centrolobular que desemboca na veia sublobular 
e depois veias hepáticas e depois veia cava inferior. 
 
Drenagem da bile: 
O hepatócito produz a bile mas ela deve ser armazenada na vesícula biliar e depois deve ser lançada no 
duodeno. Canalículos biliares ductulos biliares (canal de Hering) ductos biliares ductos hepáticos 
(direito e esquerdo) canal hepático ducto cístico (vesícula biliar) ducto celédoco (duodeno). 
 
Vesícula Biliar 
Localização: 
- aderida a face posterior do fígado. Função: armazenar a bile produzida pelo fígado. 
 
Estrutura: 
-Mucosa: epitélio simples cilíndrico; tecido conjuntivo frouxo. 
-Muscular: musculo liso. 
-Serosa: epitélio simples pavimentoso; tecido conjuntivo frouxo. 
 
 
 
 
Referências 
JUNQUEIRA, CARNEIRO. Histologia Básica - Texto & Atlas, 13ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2017. 
9788527732178. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732178/ . 
P., G. L. Atlas Colorido de Histologia, 7ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. 9788527734318. Disponível 
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734318/ . 
 
 
 
 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732178/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734318/
 
o Descrever histológicamente o pâncreas 
 
PÂNCREAS 
É uma glândula mista, sua secreção exócrina é o suco pancreático (rico em enzimas) e íons bicarbonato 
(devido a acidez do alimento) e água. 
Sua secreção endócrina mais importante é a insulina e o glucagon. 
Divido em lóbulos pancreáticos. 
 
Porções: 
- é dividido anatomicamente em cabeça, corpo e cauda. 
 
Localização: 
Cabeça do pâncreas situa-se na curvatura do duodeno, o corpo do pâncreas cruza a linha média do 
abdômen e a cauda do pâncreas estende-se na direção do baço (parte superior do abdome atrás do 
estomago). Sua maior parte fica do lado esquerdo. 
 
 
Funções: 
Produz o suco pancreático, composto por enzimas digestivas, bicarbonato e água. 
 
Estrutura: 
É revestido por uma capsula de tecido conjuntivo denso. 
 
-Porção endócrina: 
Ilhotas de Langerhans (cerca de um milhão, porem só é 1% do volume do órgão). 
Cada ilhota é considerada um micro órgão e é classificada como uma glândula endócrina cordonal 
merócrina. 
Encontramos cordões celulares com capilares fenestrados entre esses cordões. Células da ilhota: 
 
Célula α produz o hormônio Glucagon (hiper: promove aumento na concentração de glicose plasmática, 
estimula o hepatócito a liberar a glicose armazenada na forma de glicogênio). 
 
Célula β maioria; produz a Insulina (hipo: promove a entrada de glicose na célula). 
 
Outras células: d somatostaina; f peptídeo pancreático. 
 
- Porção exócrina: 
Ácinos e ductos. 
Ácinos são classificados como glândulas exócrinas acinosa composta merócrina. O Ácino é formado pelas 
células acinosas que tem formato piramidal com núcleo na porção basal, grande quantidade de retículo 
endoplasmático granular envolta do núcleo, complexo de golgi bem desenvolvido, e na porção apical as 
células acinosas armazenam as enzimas. 
Os ductos adicionam íon bicarbonato e água as enzimas secretadas para formar o suco pancreático.Referências 
JUNQUEIRA, CARNEIRO. Histologia Básica - Texto & Atlas, 13ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 
2017. 9788527732178. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732178/ . 
P., G. L. Atlas Colorido de Histologia, 7ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. 9788527734318. 
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734318/ . 
 
 
 
 
o Explicar o desenvolvimento embriológico do fígado e o pâncreas 
 
Na quarta semana do desenvolvimento embrionário ocorrem os dobramentos céfalo-caudal e 
lateral do embrião o que leva a formação do intestino primitivo. Esses dobramentos diminuem o 
contato do saco vitelino que antes era amplo e forma apenas um tubo estreito que vai continuar 
esse contato. A parte que ainda tem contato com esse tubo é o intestino primitivo. Durante os 
dobramentos podemos observar que a área cardiogênica é descolada da área cefálica para 
sua posição correta (mediastino do embrião). Esse tubo do intestino primitivo vai ser responsável 
pela formação das estruturas do sistema digestório e respiratório 
 
O intestino primitivo é dividido em 3 regiões distintas: intestino anterior (mais cefálica); intestino 
médio (em contato com o saco vitelino); intestino posterior (mais caudal). Na região anterior o 
intestino primitivo é delimitado pela membrana bocofaringea ou orofaríngea (onde 
posteriormente se formará a boca) e na região posterior o intestino primitivo é delimitado pela 
membrana cloacal (é na cavidade cloacal que desemboca urogenital e digestório). 
 
O fígado e o pâncreas se originam da região anterior do intestino primitivo formada pela dobra 
cefálica. Intestino anterior: boca, faringe, esôfago, estomago e parte inicial do Duodeno. A partir 
dessa porção proximal do duodeno (parte final do intestino anterior) que se formaram os 
brotamentos que formaram o fígado e o pâncreas. 
 
FÍGADO 
O fígado se formará a partir da evaginação das células endodérmicas da parede da parte 
proximal do duodeno (na parte mais caudal do intestino anterior). Essa evaginação formará um 
broto chamado de Broto Hepático ou Divertículo Hepático (PRIMÓRDIO DO FÍGADO). Essas 
células de endoderme que vão se proliferando durante a evaginação crescem penetrando a 
região chamada de Septo Transverso (massa mesodérmica que fica entre a cavidade 
pericárdica e a região do ducto vitelino). O fígado vai se desenvolver nesse Septo Transverso. 
Desse mesmo Broto Hepático saem as estruturas que darão origem ao fígado, a vesícula bilar e 
até o broto pancreático dorsal. Conforme vai ocorrendo o desenvolvimento desse broto 
hepático a conexão/comunicação com o duodeno vai se estreitando formando então o ducto 
biliar. Ao mesmo tempo que isso acontece vai surgir um brotamento da parte mais ventral desse 
broto que vai dar origem a vesícula biliar (que desemboca no ducto biliar através do ducto 
cístico). Ou seja, aquele broto hepático inicial vai dar origem ao ducto biliar, ducto cístico, 
vesícula biliar, ducto hepático e fígado. 
No desenvolvimento o estomago sofre uma rotação de 90 graus e isso influência em outros 
órgãos, como por exemplo: no formato de C do duoeno, posicionamento do fígado e até 
formação do pâncreas. 
9 e 10 semana: o peso do fígado representa 10% do peso corporal do feto pois nesse período 
existe intensa atividade hematopoiética (produção de células sanguíneas). O fígado é o 
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principal responsável pela formação de células sanguíneas durante o 2 e 7 mês. Depois desse 
período a produção principal vai para a medula óssea e o fígado passa a representar 5% do 
peso corporal. 
12 semana: início da formação da bile. A vesícula biliar e o tubo cístico desembocam no ducto 
biliar e conforme o estomago sofre a rotação ela passa a se posicionar atrás do C do Duodeno. 
 
 
 
PÂNCREAS 
O pâncreas vai se formar a partir da formação de dois brotos (projeções da parede do 
duodeno): broto pancreático dorsal e broto pancreático ventral. Esses dois brotos vão se fundir 
para formar uma estrutura única chamada de pâncreas. Durante a do estomago o duodeno 
também vai rotacionar formando um “C” e isso faz com que o broto ventral (menor, perto do 
ducto biliar) migre para a região dorsal e se funda (tanto parênquima quanto ductos) com o 
broto dorsal (maior, perto do mesentério dorsal) formando o Pâncreas. O processo uncinado e a 
parte inferior da cabeça do pâncreas vem do broto pancreático ventral e o resto vem do broto 
pancreático dorsal. 
 
 
Referências 
SADLER. Langman - Embriologia Médica.13 edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016. 9788527729178. 
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527729178/ . 
Cervieri, M. L. Embriologia clínica. Porto Alegre: Grupo A, 2019. 9788533500693. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788533500693/ . 
 
 
 
 
 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527729178/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788533500693/
PROGRAMA DE PRÁTICA MÉDICA 
 
o Definir glicosúria, polidpsia e poliúria 
 
Glicosúria – presença de glicose na urina 
A presença de glicose na urina – glicosúria – é determinada por agentes redutores não específicos (reação 
de Benedict e Clinitest) ou com tiras com reagentes específicos para glicose. Os primeiros, além de menos 
sensíveis, produzem reação falso-positiva em presença de vários açúcares, ácidos e alguns medicamentos. 
A tira reagente é sensível a concentrações de até 100 mg/dℓ de glicose. 
Concentrações elevadas de glicose na urina estão associadas a diabetes melito, glicosúria renal, síndrome 
de Fanconie, uso dos inibidores seletivos do cotransporte renal de sódio-glicose, como a dapagliflozina. 
A glicosúria deve ser diferenciada de outras condições em que se observa a presença de carboidratos na 
urina, como lactosúria e galactosúria 
 
Polidipisia – sede excessiva 
Condição que ocorre quando uma pessoa tem sede excessiva e por causa disso acaba ingerindo 
quantidade exagerada de água e outros líquidos. Esta condição geralmente é acompanhada de outros 
sintomas como o aumento da frequência urinária, boca seca e tontura e possui diferentes causas que pode 
ser diabetes ou alterações na hipófise. 
 
Poliúria – aumento da produção de urina 
O termo poliúria designa o aumento significativo do volume urinário de 24 h, definido, aproximadamente, 
como superior a 3 l. Ela deve ser diferenciada da polaciúria, que pode se associar à eliminação de grandes 
volumes de urina, observada na poliúria, ou de pequenos volumes, encontrada nas infecções 
 
OBS: 
Xantelasma: pequeno depósito de gordura e colesterol abaixo da superfície da pele, especialmente ao 
redor dos olhos 
O termo técnico para perda de peso é CAQUEXIA ou também pode ser chamado de perda ponderal. 
 
 
Referências 
PORTO, Celmo Celeno. Exame clínico: bases para a prática médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2004. 
 
BICKLEY. L. S. Bates: Propedêutica Médica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2013. BENSENÕR, Isabela M., ATTA, José Antonio, MARTINS, Milton de Arruda. S 
 
 
 
 
o Descrever a aplicação subcutânea de insulina 
 
Via subcutânea é a via de administração de medicamentos inferiormente a derme, ou seja, no tecido 
conjuntivo, mais especificamente, no tecido adiposo. 
A administração de medicamentos via subcutânea é muito frequente nas UBS e ESF pelo grande número de 
portadores de diabetes que são insulinodependentes e que são assistidos por essas unidades de saúde. 
Cabe ao médico realizar a administração, a supervisão e o treinamento dos pacientes para administrarem 
a insulina corretamente 
 
Os locais de aplicação são As áreas podem ser a região abdominal (sempre distando 3 cm ou mais da 
cicatriz umbilical), porção anterolateral das coxas,região posterior dos braços distando 3 dedos da axila e 
do cotovelo, e na região látero-superior das nádegas. 
 
 
Objetivo: aplicar uma terapêutica lenta, contínua e segura pela tela subcutânea. Ou seja, o 
medicamento não sofrerá uma absorção rápida. 
 
Técnica Reunir o material: Seringa de 100UI, Agulha 13x4,5mm ou 25x7mm, Medicação prescrita, Luvas 
de procedimento, Óculos de proteção, Algodão, Antisséptico (clorexidine alcoólico). 
 
1. Lavar as mãos. 
2. Preparar a medicação. 
3. Explicar o procedimento ao paciente. 
4. Expor a área de aplicação. 
5. Colocar os óculos de proteção, calçar as luvas de proteção e realizar a antissepsia do local de 
aplicação. 
6. Pinçar o local da aplicação com os dedos polegar e indicador. 
7. Introduzir a agulha 13x4,5mm (agulha de insulina) em um ângulo de 90º, ou a agulha 25x7mm (agulha 
verde) em um ângulo de 45º. 
8. Injetar a medicação e esperar 5 segundos (contar até 5). 
9. Soltar a pele e retirar a agulha delicadamente. 
10. Não massagear o local. 
11. Recolher o material e desprezar: lixo contaminado (saco branco) – luvas e algodão; lixo comum (saco 
preto) – embalagens da seringa e agulha; caixa amarela (descarpak) – agulha e seringa (NÃO 
REENCAPAR AGULHA DEPOIS USADA E NÃO DESCONECTAR A AGULHA DA SERINGA). 
12. Retirar as luvas de procedimentos e os óculos de proteção. 
13. Lavar as mãos. 
14. Checar a medicação no horário correspondente à prescrição e proceder às anotações. 
Contraindicação 
- se no local houver sinais de inflamação, infecção, edema e lipodistrofia. 
 
Armazenamento da insulina 
- a insulina deve ser conservada entre 2 a 8 graus célsius, ou seja, na prateleira central (2) do refrigerador, 
em sua embalagem original. 
 
 
 
 
 
 
Materiais utilizados 
- seringa de 100UI 
- agulha 13x4,5mm ou 25x7mm, 
- medicação prescrita, 
- luvas de procedimento, 
- óculos de proteção, 
- algodão, 
- antisséptico (clorexidine alcoólico). 
 
Descarte 
- lixo contaminado (saco branco) – luvas e algodão; 
- lixo comum (saco preto) – embalagens da seringa e agulha; caixa amarela (descarpak). 
 
Cuidados na administração 
- a insulina deve ser tirada da geladeira cerca de 30 minutos antes da administração para evitar dor e 
irritação. 
- deve-se realizar o rodízio para prevenir lipohipertrofia e hiperglicemia. O local de aplicação só deve ser 
reutilizado depois de 14 dias. 
- deve-se examinar o local de aplicação buscando sinais de lipodistrofia, edema, inflamação e infecção. 
Deve ser um local afastado de articulações, ossos, nervos e grandes vasos sanguíneos. 
- quando tiver que usar dois tipos diferentes de insulina, por exemplo NPH + R (regular), NPH + lispro: aspire 
sempre a insulina R ou a lispro primeiro, e depois, a NPH. Se a quantidade de insulina retirada do frasco for 
maior que a necessária, em hipótese alguma o excesso deve ser devolvido ao frasco. Descarte a seringa e 
reinicie o procedimento 
 
 
Referências 
REICHEMBACH, Mitsy Tânnia; MEIER, Marineli Joaquim; ASCHIDAMINI, Ione Maria. Administração de 
medicamentos por via subcutânea: convenção ou controvérsia para a enfermagem. Rev. bras. 
enferm., Brasília , v. 58, n. 5, p. 602-606, Oct. 2005 . Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672005000500019&lng=en&nrm=iso . 
 
Cenário prático de PPM – Prof. Lidelci 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672005000500019&lng=en&nrm=iso
MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIA (MBE) 
 
o Definir a acurácia da hemoglobina glicada 
 
Acurácia: 
É a capacidade do método de acertar o diagnóstico. Acurácia é a precisão e exatidão de dados e 
informações, quando há ausência de erros ou equívocos. Palavra utilizada para definir o nível de exatidão 
dos resultados obtidos pela aplicação de tecnologia. 
Sensibilidade: 
É a capacidade que o teste diagnóstico/triagem apresenta de detectar os indivíduos verdadeiramente 
positivos, ou seja, diagnosticar corretamente os doentes. 
Especificidade: 
É a capacidade que o teste diagnóstico/triagem apresenta de detectar os indivíduos verdadeiramente 
negativos, isto é, de diagnosticar corretamente os indivíduos sadios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você pega um grupo de pessoas testado por um padrão-ouro e faz seu teste mais barato e depois você 
confere os resultados. Então você checa a acurácia do teste que você desenvolveu. 
Sensibilidade positiva: doença. 
Especificidade negativa: saudável. 
O resultado da conta da especificidade e a sensibilidade vão ser analisados de forma isolada em 
comparação com a tabela que define a acurácia. 
Como são analisados de forma isolada um mesmo teste pode ser bom para ver se a pessoa é saudável 
(especificidade) e não ser bom para ver se a pessoa está doente (sensibilidade) e vice-versa. 
A porcentagem de sensibilidade pode ser alta e ser bom para diagnosticar, mas a especificidade pode ser 
baixa e ser ruim para determinar a saúde. 
Pode ser bom para diagnosticar pessoas que realmente estão doentes (sensibilidade alta). Pode ser bom 
para diagnosticar pessoas que realmente não tem a doença e estão saudáveis (especificidade alta) 
 
 
 
Hemoglobina Glicada: sensibilidade e espeficidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sensibilidade: 0,49 ou 49%. Baixa. 
Especificidade: 0,79 ou 79%. Boa. 
Concluímos que esse teste é bom para determinar que a pessoa não tem essa determinada doença. Se 
der negativo podemos confiar pois a chance de não ter mesmo é grande. Se der positivo é melhor fazer 
outro exame para confirmar. 
 
Referências 
Cenário Prático de BEM – Prof. Guilherme Dallaqua 
 
MATOS, Fabiana Gonçalves de Oliveira Azevedo; CRUZ, Diná de Almeida Lopes Monteiro da. Construção 
de instrumento para avaliar a acurácia diagnóstica. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 43, n. spe, p. 
1088-1097, Dec. 2009 . Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S008062342009000500013&lng=en&nrm=iso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S008062342009000500013&lng=en&nrm=iso
FISIOLOGIA – BIOQUÍMICA 
 
o Definir e classificar diabetes mellitus e relacionar com dislipidemia 
 
O diabetes mellitus é uma doença metabólica complexa que se apresenta sob formas diferentes, que têm 
em comum a hiperglicemia. Pode ser provocada por graus variáveis de deficiência de insulina e de redução 
da sensibilidade das células-alvo ao hormônio. 
 
Diabetes tipo 1 (insulinodependente ou juvenil) 
É uma doença autoimune na qual as células β das ilhotas do pâncreas, produtoras de insulina, são destruídas 
progressivamente. 
É uma doença sob controle poligênico. 
A probabilidade de uma pessoa desenvolver diabetes tipo 1 é tanto maior quanto maior o grau de 
parentesco com uma pessoa com a doença. 
Manifesta-se mais frequentemente em crianças e adolescentes. 
 
Diabetes tipo 2 (insulinoindependente ou da maturidade) 
A forma mais comum do diabetes, caracteriza-se por resistência à insulina e por secreção deficiente de 
insulina, sendo que um distúrbio pode predominar sobre o outro. 
A resistência à insulina é uma condição na qual os tecidos deixam de responder ao hormônio, havendo a 
supressão dos seus efeitos mais marcantes, que são o estímulo da entrada de glicose nos tecidos, 
principalmente músculos e adiposo, e a inibição da produção de glicose pelo fígado. A hiperglicemia 
resultante estimula o pâncreas a secretar mais insulina, no sentido de normalizar a concentração de glicose 
sanguínea; todavia, mesmo na presença de altas concentrações do hormônio circulante, a glicemia 
permanece elevada. 
Em muitos casos, a estimulação crônica das células β do pâncreas leva à sua falência e à secreção 
deficiente do hormônio. 
 
Diabetes gestacional 
Durante a gestação a diabetes mellitusé um dos problemas médicos mais comuns em grávidas. Nesta fase, 
ocorrem alterações metabólicas na mãe, de modo a permitir as condições essenciais ao desenvolvimento 
do feto. Uma dessas alterações é a redução na sensibilidade à insulina, ajudando assim ao correto 
fornecimento de glucose para o crescimento fetal. 
A diabetes gestacional é definida como uma intolerância à glucose, caracterizada pela diminuição 
anormal da sensibilidade à insulina juntamente com a incapacidade de compensação com o aumento 
desta hormona. 
Considera-se a diabetes gestacional quando a hiperglicemia tem início ou é detectada, pela primeira vez, 
durante a gravidez. 
Neste tipo estão, assim, incluídas também as mulheres com pré-existência da diabetes (normalmente a tipo 
2) tendo sido esta patologia apenas identificada durante a gravidez. 
A diabetes gestacional só costuma desenvolver-se na segunda metade da gravidez, quando as alterações 
hormonais características deste período interferem com a insulina 
 
Relação de diabetes mellitus do tipo 2 e a dislipidemia 
A dislipidemia é a elevação da taxa de colesterol ou de gorduras no sangue. Apesar de ser assintomática, 
é uma condição que aumenta as chances de doenças como aterosclerose, acidente vascular cerebral e 
ataque cardíaco 
O diabetes mellitus tipo 2 e a dislipidemia têm grandes relações, pois quanto mais gordura no organismo, 
mais aumenta o nível de glicose e de lipídeos no sangue. Isso leva ao desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares que vêm causando mortalidades em milhares de pessoas no mundo. 
O levantamento dos artigos referente à dislipidemia, doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 2 
mostrou que a obesidade tem grande relação a essas doenças. Existe a necessidade de mais estudos nesta 
área para melhorar e amenizar a dislipidemia e a diabetes mellitus tipo 2. 
 
É importante que haja um esclarecimento necessário para as pessoas sobre a alimentação saudável, e a 
prática regular de atividades física como medida preventiva. Trabalhos educativos nas escolas e 
comunidades voltados para prevenção, diagnóstico e tratamento deveriam ser realizados por profissionais 
especializados 
 
 
 
 
Referências 
DIRETRIZES SBD, Diabetes mellitus Tratamento e acompanhamento das Diretrizes da Sociedade Brasileira de 
Diabetes 
 
PEREIRA, R. A relação entre dislipidemia e diabetes mellitus tipo 2. Cadernos Unifoa. Ed. nº 17 – 
dezembro/2011. Disponível em: 
http://revistas.unifoa.edu.br/index.php/cadernos/article/view/1087#:~:text=A%20aterosclerose%20possui%2
0um%20dos,o%20uso%20de%20medicamentos%20adequados. 
 
 
 
o Descrever os estímulos que regulam a secreção de insulina 
 
A síntese da Insulina é feita pelas células β presentes no pâncreas, por se tratar de uma proteína pequena 
composta por duas cadeias de aminoácidos sua síntese ocorre de maneira usual. Primeiramente se inicia 
pela tradução do RNAm por meio dos ribossomos da célula beta, depois é clivada no retículo 
endoplasmático e depois é clivada novamente no complexo de golgi. 
Para que esse produto final seja secretado na corrente sanguínea é necessário um estímulo: a 
alimentação. Após a ingestão de alimentos ocorre um aumento da glicose na corrente sanguínea, esse é 
o estímulo para que se inicie o processo de secreção. A cligose do sangue vai se ligar ao GLUT2 da 
membrana da célula beta e entra por difusão simples e pelo mesmo vai ser transportada até o citoplasma 
da célula beta. No citoplasma a glicose sofre a ação da Clicoquinase, uma enzima que vai fosforilar a 
glicose a transformando em Glicose-6 fosfato. A partem dessa substancia forma-se ATP que funciona 
como inibidor do canal de potássio da membrana da célula beta fazendo com que sua membrana seja 
despolarizada e se inicie um influxo de cálcio. O cálcio dentro da célula vai emburrar as vesículas de 
Insulina nela presente no sentido da membrana da célula levando a exocitose da insulina, fazendo com 
que a mesma caia na corrente sanguínea. 
A sua regulação é feita através de feedback, ou seja, se a concentração de glicose no sangue está 
elevada sua síntese e secreção aumentarão até que essa glicose seja levada para dentro das células, 
uma vez que a glicose foi levada para dentro das células e está em concentração normal do sangue a 
insulina para de ser secretada. 
Referências 
SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição. Artmed, 2017. 
AIRES, M.M. - Fisiologia. 4ª edição. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2017. 
GUYTON, A.C. e Hall J.E. Tratado de Fisiologia Médica,13ª edição. Editora Elsevier, 2017. 
 
 
o Citar os exames para diagnóstico e acompanhamento do diabetes 
 
Exame de glicemia 
O exame de glicemia é realizado para medir os níveis de glicose no sangue. 
 
Teste oral de tolerância à glicose 
Também conhecido como exame da curva glicêmica, o teste tem como objetivo avaliar o 
funcionamento do organismo exposto à várias concentrações de glicose. 
Em outras palavras, o exame calcula a glicemia antes e depois do paciente beber algo açucarado. 
 
 
 
 
Teste de hemoglobina glicada 
O teste da hemoglobina glicada, também chamado de hemoglobina glicosilada, é realizado a partir da 
coleta de sangue com o paciente em jejum. 
Com ele, o médico consegue avaliar a quantidade de glicose no sangue dos últimos 3 meses. 
 
Frutosamina 
O exame de frutosamina mede os níveis de glicação da albumina. 
A albumina é uma proteína do sangue e a partir da sua avaliação é possível visualizar o controle glicêmico 
das últimas 2 semanas. 
 
Glicemia pós-prandial 
O exame avalia os níveis glicose no sangue após a ingestão de alimentos contendo carboidratos. Isso 
porque os níveis de concentrações de glicose sobem cerca de 10 minutos depois de uma refeição. 
 
Glicemia capilar. 
O teste da glicemia capilar é feito com objetivo de verificar os níveis de açúcar no sangue em 
determinado momento do dia e para isso deve ser utilizado um aparelho de glicemia que realiza a análise 
de uma pequena gota de sangue que é retirada da ponta do dedo. 
 
Peptídeo-C. 
Para monitorar a produção de insulina pelas células beta do pâncreas e ajudar a determinar a causa de 
hipoglicemia. 
 
Exame de fundo de olho. 
Esse nome “fundo de olho” advém da localização da retina, camada interna do olho, localizada no fundo 
(parte posterior) e não no começo do olho. 
Muitas doenças podem acometer a retina e levar a baixa visão, por isso uma boa avaliação se faz 
necessário. 
 
Teste de sensibilidade nos pés 
Classicamente, recomenda-se avaliar a sensibilidade dos pés por meio de monofilamento de 10g, 
associado a mais um teste entre: diapasão 128 Hz (sensibilidade vibratória), pino ou palito (sensibilidade 
dolorosa), martelo (reflexo aquileu) ou bioestesiômetro (limiar de sensibilidade vibratória). 
 
Glicemia causal. 
O jejum é definido como a falta de ingestão calórica de no mínimo 8 horas. 
Glicemia plasmática casual é definida como aquela realizada a qualquer hora do dia, sem observar o 
intervalo da última refeição. 
Os sintomas clássicos de diabetes mellitus incluem poliúria, polidipsia e perda inexplicada de peso. 
 
Referência 
MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2007. 
 
BAYNES, John W.; DOMINICZAK, Marek H. Bioquímica médica. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOLOGIA MÉDICA 
 
o Relacionar diabetes e saúde mental 
 
As pesquisas revelam que o diabetes está muito relacionado com o estado emocional dos seus portadores. 
Esta relação entre o emocional e o diabetes existe antes mesmo do surgimento da doença, pois vários 
autores acreditam que o diabetes é uma doença psicossomática, ou seja, que tem entre os seus fatores 
desencadeantes, causas emocionais. As causas mais comuns verificadas foram: traumas emocionais, 
modificações externas violentas, perda dospais através de morte ou separação, problemas com os pais, 
com a família e até com relação à escola. 
O diabetes pode provocar sentimentos de menos-valia, inferioridade, baixa auto-estima, medo, revolta, 
raiva, ansiedade, regressão, negação da doença, desesperança, incapacidade de amar e se relacionar 
bem com as pessoas, ideias de suicídio e depressão. 
Níveis elevados de açúcar no sangue (hiperglicemia) podem ocasionar dificuldade em pensar claramente 
e nervosismo. 
A presença ou não destes sentimentos, dependerá dos recursos internos e da personalidade de cada um, 
da forma como foi dada a notícia da doença e como a família e os amigos reagiram frente ao diagnóstico. 
Indivíduos com diabetes tipo 1 ou tipo 2 estão em maior risco para desenvolver depressão, ansiedade e 
transtornos alimentares. Estas comorbidades comprometem a adesão ao tratamento e, assim, aumentam o 
risco de complicações graves que podem resultar em cegueira, amputações, acidentes vasculares 
cerebrais, declínio cognitivo, diminuição da qualidade de vida e morte prematura 
A diabetes afeta muitas áreas da vida de quem sofre com ela, principalmente porque envolve uma grande 
responsabilidade. O tratamento requer controle não apenas dos medicamentos, mas também dos hábitos 
alimentares e das atividades. 
Portanto, é muito comum que esta doença cause níveis muito altos de estresse. O próprio estresse provoca 
a liberação de cortisol, um hormônio que também influencia o metabolismo da glicose. No fim das contas, 
tudo está intimamente relacionado. 
Pessoas com diabetes são forçadas a evitar certos comportamentos ou ações. Por exemplo, é 
contraindicado ingerir álcool e comer o que quiser, sem um controle adequado dos alimentos. Isso pode 
aumentar a ansiedade e causar uma certa falta de motivação em relação à vida. 
Além disso, esta é uma patologia, de certa forma, imprevisível. Às vezes, não importa quanto esforço seja 
realizado na execução de todos os controles, os resultados esperados podem não ser obtidos. Os níveis de 
frustração aumentam acentuadamente quando isso ocorre. 
Estima-se que o risco de depressão seja quase três vezes maior em uma pessoa com esta doença. Da mesma 
forma, o transtorno de ansiedade generalizada também está muito presente nesses pacientes. 
 
 
Referências 
5 formas en que la diabetes afecta la salud mental. (n.d.). Retrieved April 16, 2020, from 
https://sumedico.lasillarota.com/especialidades/5-formas-en-que-la-diabetes-afecta-la-salud-mental-
salud-mental-depresion-ansiedad-diabetes/318454 
 
MARCELINO, D. et al. Reflexões sobre o Diabetes Tipo 1 e sua Relação com o Emocional, Psicologia: 
Reflexão e Crítica, 2005, 18(1), pp.72-77. Acessado em: 27 de outubro de 2020. Disponível em: 
file:///C:/Users/gabiv/Downloads/Texto%201%20%20Aspectos%20Emocionais%20da%20Diabetes.pdf. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://sumedico.lasillarota.com/especialidades/5-formas-en-que-la-diabetes-afecta-la-salud-mental-salud-mental-depresion-ansiedad-diabetes/318454
https://sumedico.lasillarota.com/especialidades/5-formas-en-que-la-diabetes-afecta-la-salud-mental-salud-mental-depresion-ansiedad-diabetes/318454
file:///C:/Users/gabiv/Downloads/Texto%201%20%20Aspectos%20Emocionais%20da%20Diabetes.pdf
SAÚDE COLETIVA – PAPP 
 
o Descrever a epidemiologia do diabetes 
 
 
 
 
 
No Brasil, existem 12 milhões de diabéticos, dos quais 4,5 milhões desconhecem o diagnóstico. 
Do total de casos de Diabetes Mellitus, 90% dos casos são do tipo 2, 5 a 10% do tipo 1 e 2% do tipo secundário 
ou associado à outras síndromes. 
A prevalência da Diabetes Mellitus é semelhante entre homens e mulheres. Aumenta consideravelmente 
com o progredir da idade. Dados brasileiros mostram que a prevalência varia de 2,6% para o grupo etário 
de 30 - 39 anos, até 17,4% para o grupo de 60 a 69 anos. 
A Diabetes Mellitus já foi classificada em primeiro lugar na lista de alta carga de doença, ou seja, a patologia 
que provoca maior perda de anos de vida devido à morte prematura ou a anos vividos com incapacidades, 
de acordo com o indicador DALY (Disability Adjusted Life Years - Anos de Vida Perdidos Ajustados por 
Incapacidade). 
No Brasil, é a principal causa de cegueira e de amputação de membros inferiores. Além disso, é responsável 
pelo aumento em três a quatro vezes do risco de ocorrência de doenças cardiovasculares e acidentes 
vasculares encefálicos e por provocar 30% das insuficiências renais e diálises do país. 
No mundo: 1 em cada 11 pessoas com idade entre 20 e 79 anos tem diabetes, isso equivale a 463 milhões 
de pessoas. No brasil são 12,5 milhões de diabéticos. 
O brasil em 2019 era o 5 pais no mundo com mais diabéticos. 
 
Referências 
Secretária Municipal de Saúde de Campinas, “DIABETES MELLITUS: Protocolo de Atendimento Clínico” (São 
Paulo). São Paulo, nov. 2011. Disponível em 
http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/especialidades/endocrinologia/Proto 
c_Diabetes_capacit_25_08_2012.pdf. 
 
Sociedade Brasileira de Diabetes, Atlas de IDF, 2019. Disponível em: 
https://www.diabetes.org.br/publico/images/Atlas_IDF_2019.pdf. 
 
 
 
o Explicar o programa HIPERDIA 
 
Programa instituído em 2001 com a criação do Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial 
e Diabetes Mellitus 
Tem como objetivo de estabelecer a organização da assistência, prevenir e promover a saúde, através da 
vinculação dos usuários à rede, a implementação de programa de educação permanente em hipertensão, 
diabetes e demais fatores de risco para doenças cardiovasculares. 
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a mais freqüente das doenças cardiovasculares; é também o 
principal fator de risco para as complicações mais comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo 
do miocárdio, além da doença renal crônica terminal. 
O Diabetes Mellitus (DM) se configura hoje como uma epidemia mundial sendo um grande desafio para os 
sistemas de saúde de todo o mundo. 
No Brasil, a hipertensão arterial e o diabetes são responsáveis, de longe, pela primeira causa de mortalidade 
e de hospitalizações, de amputações de membros inferiores e representa ainda 62,1% dos diagnósticos 
primários em pacientes com insuficiência renais crônicos submetidos à diálise. 
O Hiperdia destina-se ao cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e/ou 
diabetes mellitus atendidos na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde – SUS, permitindo gerar 
informação para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e sistemática a 
todos os pacientes cadastrados. 
O sistema envia dados para o Cartão Nacional de Saúde, funcionalidade que garante a identificação única 
do usuário do Sistema Único de Saúde – SUS. 
Os pacientes são cadastrados no Programa e passam a ser acompanhados pela equipe multidisciplinar de 
acordo com a necessidade individual de cada um. 
A linha de cuidado do Programa conta com os seguintes atendimentos: atendimento médico, de 
enfermagem, assistência fisioterápica, odontológica, acompanhamento nutricional, avaliação 
oftalmológica, atividade física e assistência farmacêutica. 
 
 
Benefícios 
- orienta os gestores públicos na adoção de estratégias de intervenção 
- permite conhecer o perfil epidemiológico da hipertensão arterial e do diabetes mellitus na população 
 
 
Funcionalidades 
- cadastra e acompanha a situação dos portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus em todo 
o país 
- gera informações fundamentais para os gerentes locais, gestores das secretarias e ministério da saúde. 
 
http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/especialidades/endocrinologia/Proto%20c_Diabetes_capacit_25_08_2012.pdf
http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/especialidades/endocrinologia/Proto%20c_Diabetes_capacit_25_08_2012.pdf
https://www.diabetes.org.br/publico/images/Atlas_IDF_2019.pdf
Referências 
Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas Públicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensãoe 
diabetes mellitus. Brasília: Editora do Ministério da Saúde. 
 
FEITOSA, Isabella de Oliveira; PIMENTEL, Adelma. HIPERDIA: práticas de cuidado em uma unidade de saúde 
de Belém, ParáHIPERDIA: care practices in a health facility in Belém, ParáHIPERDIA: prácticas de atención en 
un centro de salud en Belém, Pará. Rev. NUFEN, Belém , v. 8, n. 1, p. 13-30, 2016 . Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912016000100003&lng=pt&nrm=iso>

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