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resumo capítulo 3 e 4 Bittar

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CENTRO UNIVERSITÁRIO EURO-AMERICANO
CURSO DE DIREITO
	Discente: Mariana Brito Santos
	CPD: 53140
	Curso: Direito
	Disciplina: Ciência Política
	Data: 23/04/2020
	Prazo para entrega do impresso: No dia da prova N1. IMPRETERIVELMENTE.
	RESUMO DO CAPÍTULO 3 e 4
	
	
DOUTRINAS E FILOSOFIAS POLÍTICAS- contribuições para a história da ciência política
EDUARDO C. B. BITTAR
CAPÍTULO 3
ARISTÓTELES, A VIDA POLÍTICA E A CIDADANIA
No capítulo 3 do livro Doutrinas e Filosofias Políticas o autor explica como ocorreu o envolvimento de Aristóteles com a vida política, como Aristóteles desenvolve sua filosofia e crenças a fins políticos, tal qual, como deve ser um Estado Ideal e como funcionam regimes governamentais. Desta maneira, descreve que Aristóteles (384-322 a. C.) que foi discípulo de Platão, nasceu em Estagira, porém, viveu em Atenas, estudou na Academia de Platão por anos, recepcionou ensinamentos voltados ao socratismo e platonismo, mas abandonou tais dogmas e ensinos para criar sua própria teoria filosófica. Aristóteles possui vastos escritos dispersos em vários setores do conhecimento humano, e suas contribuições são atribuídas as ciências naturais e biológicas, à ética, à política e à lógica. E na área política Aristóteles engloba obras indispensáveis para sua compreensão. Aristóteles teve ligação direta com a teoria platônica, onde começou a atuar em um período político pós-platônico. Consequentemente, ao produzir o estudo da Constituição dos Atenienses, utilizou “A República” como contraponto para seu texto, onde nele se baseava e criticava, mas em momento algum desconsiderou a obra de Platão. 
O autor explica que política é uma característica exclusiva das cidades-estados ou pólis, que no qual é considerada como uma comunidade perfeita de aldeias. Para Aristóteles a ciência política é anunciada como uma grande ciência, isso em função da teleologia que atravessa a ciência prática, que aponta que, para cada ação, propósito, arte ou ciência, existe um bem respectivo, é assim para o indivíduo e para a pólis também. Assim, a comunidade que é capaz de abastecer o homem do necessário, ou conceder mais que o necessário, é mais que uma aldeia, é uma comunidade de aldeias, a pólis, que no qual caracteriza-se por sua autossuficiência. É em comunidade que se decide acerca do que é melhor e do que é pior, argumentando sobre o necessário para a sobrevivência, e em estágios avançados, sobre o destino da pólis, com meios para que se faça da legislação uma fonte de educação e virtude para os cidadãos. Na pólis justiça é sinônimo de ordem e racionalidade. 
Na concepção aristotélica não se pode comentar sobre estudo político sem a associação das comunidades, onde cada comunidade possui seus costumes, história, e leis, é por natureza que as comunidades se formam com regimes do tipo Monárquico ou Republicano, pois são regimes que se fazem justos e corretos. Apesar disto, não se encontra comunidades que por meios naturais admitam regimes de tipo Tirano, Oligárquico ou Democrático, pois tais tipos de governo fogem de seus princípios naturais. A ideia de politicidade por natureza está inserida na ideia de um desenvolvimento natural, gradual e progressivo das comunidades, que vai da rusticidade e da barbárie, modificando-se à uma civilização e a busca do verdadeiro locus, para a realização ética humana e a concretização da felicidade. Sendo assim, o homem é o único que possui “lógos”, que é um conjunto de leis que regem o universo, que tende a buscar pela felicidade, a natureza não ocorre em vão, e por isso o homem torna-se um animal político.
Para que possamos entender as formas variadas de governo, devemos tomar como ponto de partida, o fato de que, governo e regime são semelhantes, de modo que podemos determinar primeiramente quais são as formas de governo retas e justas, e quais são as corruptas e desviadas. Para identificar leva-se em consideração o fato de o governo estar voltado para as necessidades da população, ou para os interesses e vontades próprias dos que governam.
Sendo assim, a Monarquia, é o governo voltado ao atendimento das necessidades gerais; a Aristocracia é o governo das melhores pessoas que se propõem para ofertar o melhor; e a República é a forma de governo voltada ao atendimento do bem comum, essas três formas de governo podem ser consideradas como retas. Já as formas de governo corruptas correspondem a Tirania, que é a forma de governo corrupta da Monarquia, onde um governador tem poder ilimitado sobre a vontade do povo; Oligarquia que corresponde a forma corrupta da Aristocracia, que é a forma de governo em que o poder político está concentrado num pequeno número pertencente a uma mesma família, um mesmo partido político ou grupo econômico ou corporação; e a Democracia que corresponde a República, que é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente, no desenvolvimento político. Todas essas formas de governo corruptas fogem do princípio de bem comum, beneficiando primeiramente a seus governantes, e frequentemente, prejudicando a população pela escassez de serviços essenciais.
Aristóteles conservou seus estudos voltados aos regimes políticos, mas deu ênfase a um em especial, a Politéia ou República, é neste regime que Aristóteles deposita sua crença de ser a melhor forma de governo. O que caracteriza o regime republicano é a união de elementos dos regimes Oligárquico e Democrático, onde recolhe características brutas de cada um. Pode-se dizer que nesses regimes existe um conflito em torno de valores básicos como: liberdade, riqueza e virtude, onde se mistura a riqueza da Oligarquia e a pobreza da Democracia, tornando-se o regime Republicano.
Aristóteles descreve o regime ideal como algo que seja bom para a maioria dos homens e das cidades, com o regime sendo aplicado e adaptado de acordo com os sistemas vigentes em cada cidade. Mas conforme Aristóteles esse modelo de regime existiu em poucas cidades e talvez somente um único homem tenha feito ele existir. Para Aristóteles a comunidade política que melhor se encaixa é a da classe média, pois é a que é capaz de manter a mediedade, o meio termo, e a amizade com o governo. A classe média mostra-se mais estável pelo fato de ser mais difícil que pobres e ricos se unam contra a classe média, tornando-se assim menos propensa a rupturas. É na igualdade que deve se basear a construção de uma comunidade política. Aristóteles afirma que os melhores legisladores pertenciam a classe média, como: Sólon, Licurgo, Corondas e outros, o que fortalece o argumento que dá poder à classe média.
Aristóteles descreveu os principais traços para um Estado Ideal, que são: população, território, proximidade do mar e localização, o caráter natural dos cidadãos, as partes constitutivas, as funções na cidade, os regimes da terra e da comida em comum, o plano da cidade, o funcionalismo público, a educação do cidadão, as virtudes e a educação por etapas e desde a juventude. E para todos os traços Aristóteles utiliza da doutrina do “nada em excesso” e do “meio termo”.
Ademais, na teoria aristotélica a filosofia atua para fornecer parâmetros para a boa atuação, seja do legislador, seja do homem de estado, a filosofia permite estabelecer novas proporções para a coisa pública, pois o legislador deve ser experiente na matéria ética para desvincular-se de suas altas atribuições. Para que uma cidade seja constituída de forma regular, faz-se necessário que seus componentes sejam dotados de virtude cívica, tentando se adequar nos moldes das constituições vigentes. O princípio máximo de uma congregação política é a constituição, que consiste, nas palavras de Aristóteles, em uma organização das autoridades públicas e a autoridade soberana da cidade. A constituição, torna-se então o espelho do sistema que é vinculado a todos os cidadãos. A lei no espaço político tem um papel de dominância, e as leis que são bem estabelecidas são as que devem exercer soberania. Todavia, as leis são exercidas pelo homem, e assim, podem ser justas ou injustas, superioresou inferiores, a depender de quem as cria, consequentemente as leis são estabelecidas de acordo com o regime estabelecido e a depender desse regime as leis podem ser retas e justas ou desviadas e injustas. 
 
DOUTRINAS E FILOSOFIAS POLÍTICAS- contribuições para a história da ciência política
EDUARDO C. B. BITTAR
CAPÍTULO 4
POLÍTICA, FILOSOFIA E DIREITO ROMANO: O LEGADO E A DTRADIÇÃO DO DIREITO.
Neste capítulo o autor versa sobre o Estado romano e como ocorreram as questões políticas e públicas do período de sua existência. Em que tal qual o Estado romano compreende um conjunto de elementos, que pode ser denominado como um legado jurídico-político romano, que é a soma de todas as ideias, práticas, fontes, formas de manifesto, doutrinas e leis, decisões e costumes, que são ligados ao Direito e as instituições políticas romanas. Este legado será transportado até o século XVI por autores renascentistas e para o século XIX, como fonte de inspiração jurídica para o movimento positivista.
O Estado romano, que teve seu início em 754 a. C. e fim em 565 d. C., pode ser explicado quanto a suas funções como cidade-Estado, “Roma sempre manteve as características básicas de uma cidade-Estado, desde sua fundação, até a morte de Justiniano. O domínio sobre uma grande extensão territorial, e sobretudo o cristianismo iriam determinar a superação da cidade-Estado, promovendo o advento de novas formas de sociedade política, englobadas no conceito de Estado Medieval”. Pode-se perceber que o Estado romano teve períodos políticos, que são: período régio (754 a. C./510 a. C.) que é marcado como patriarcalista, religioso e com costumes próprios; período da República (510 a. C./27 a. C.) que é marcado pelo desenvolvimento das magistraturas e a distinção entre jus e faz; período do principado (27 a. C./284 d. C.); e período da Monarquia Absoluta (284/565 d. C.) em que o Direito torna-se a manifestação da vontade do Imperador. Os diversos períodos políticos em Roma revelam uma diversidade de princípios e de interesses públicos que foram estabelecidos, mas o que motiva é que a experiência que Roma adquiriu trouxe ditames clássicos e paradigmas que estruturaram conceitos universais que se tornaram parte das ideias medievais, modernas e contemporâneas, sobre poder. 
Em questão do que é político e privado na cultura romana, pode-se perceber que reside em um sistema de classes dominantes, a modo que, cargos públicos eram indicados para pessoas que possuíssem fortuna e nobreza em destaque, onde suas vidas privadas influenciavam em sua ascensão política, sendo assim, na cultura do imperialismo romano, levar uma vida política era quase uma extensão da vida privada. A função pública torna-se motivo de grande notoriedade e destaque pessoal entre os romanos, onde pessoas em funções públicas tem reconhecimento de sua dignidade pelo Estado romano. Pode-se perceber que como forma de ingresso no meio político, existiam o favoritismo, a cooptação, o tráfico de influências, e a venda de títulos, isso ocorria, quando a estrutura romana crescia, decorrente do domínio de províncias e territórios, onde se disseminava o interesse em manter as altas elites políticas e os benefícios financeiros para a manutenção da estrutura do Estado.
Ao longo do crescimento de Roma, pode-se perceber que as concepções que traziam consigo, sejam culturais, político-econômicas ou jurídicas, foram alteradas assim como suas dimensões espaciais. Esses conceitos foram difundidos na Europa e no mundo por meio de uma política expansionista e imperialista, que espalhou a forma de ser da política romana, bem como suas formas de governar e suas leis. Essa disseminação encaixou-se de modo que se tornou impossível pensar em Direito sem a influência e os moldes do Direito Romano. Porém, na Idade Média, o legado romano foi desmembrado, em decorrência de ataques bárbaros, onde essa fragmentação difundiu-se entre os costumes bárbaros, as ordens feudais, as normas do Direito canônico e as fontes romanas. Mas tal legado permaneceu vivo, e foi penetrando-se em diversas culturas, e onde ganhou notoriedade entre o mundo Ocidental e Oriental, por meio da expansão das fronteiras do Império Romano.
O autor apresenta como um dos principais pensadores romanos Marcus Tulius Cicerus, que teve forte influência estóica, e acabou por se tornar um grande representante dessa filosofia. Filosofia que se encontram os conceitos mais elementares do Direito Romano, que são advindos da filosofia grega. O estoicismo de Cícero demonstra sua dedicação em definir e elogiar o Estado e a vida sob as leis do Estado, percebe-se em Cícero uma remissão da ordem de fato das coisas à ordem natural ou divina, onde suas ideias políticas seguem um sentido de estoicismo político-jurídico. 
A doutrina de Cícero reconhece a devida importância ao Estado, e ao Direito Romano, que compreende que são formas de manutenção e garantia da ordem. Ademais Cícero compreende um profundo respeito às leis, a ordem pública e a comunidade política, mas nesse respeito está a rejeição de qualquer tipo de violência que possa animar o convívio humano em sociedade. Para Cícero as leis do Estado devem ser responsáveis pela manutenção da República, pois permitem a igualdade. Sendo assim, a cidade permite a organização política e a congregação de esforços, mas sobrepõe-se a igualdade de convívio.

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