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DIROFILARIOSE Causada pela Dirofilaria immitis e Dirofilaria repens (Dirofilariose subcutânea) Hospedeiro definitivos: cães, ocasionalmente os gatos, carnívoros selvagens e raramente humanos. Hospedeiros intermediários: mosquitos Culicidae Localização: majoritariamente em ventrículo direito e artéria pulmonar (D. immitis) e no tecido subcutâneo (D. repens). Fêmeas são larvíparas (ou seja, depositam larvas em vez de ovos) É uma zoonose, porém, para ocorrer infecção o mosquito contaminado deve realizar diversas investidas. DIROFILARIOSE FELINA Forma adulta Quando as L3 são inoculadas, o desenvolvimento até a forma adulta ocorre apenas em uma pequena porcentagem de gatos (leva cerca de 7-9 meses para D. immitis). Com isso, esses animais apresentam baixa carga parasitária (de 1 a 6 vermes adultos por animal). Além disso, os vermes adultos nessa espécie são menores e com expectativa de vida mais curta que nos cães (gato: até 4 anos; cão: até 7 ou mais anos). Presença de microfilárias Produção de larvas L1 por adultos ocorrem de forma rara nessa espécie. Apenas 20% dos gatos com vermes fêmeas e machos produzem microfilárias. Entretanto, quando ocorre a produção de microfilárias, elas só duram apenas alguns meses no sangue felino e com baixa carga. Predisposição Gatos que vivem ao ar livre, possuem até 3 vezes mais riscos de contaminação e serem antígenos positivos. Gênero Culex, Aedes e Anopheles D. immitis é mais comum em áreas tropicais e temperadas, sendo endêmico na Europa e América do sul e norte. D. repens é mais relatado na Europa e Ásia. A contaminação ocorre mais em gatos do sexo masculino, e nesse sexo ocorre uma maior probabilidade de desenvolver infecções maduras. CICLO BIOLÓGICO – D. immitis Pode ocorrer transmissão transplacentária! O verme adulto pode sobreviver de 5-7 anos em cães, enquanto as microfilárias cerca de 2 anos. Há poucas informações sobre o ciclo de vida da D. repens em gatos. As migrações aberrantes desses vermes para outros órgãos e tecidos é mais evidenciado em gatos do que em cães (mesmo que raros). Responsáveis por efusões nas cavidades do corpo, manifestações neurológicas (cegueira, ataxia, paraparesia, monoparesia, convulsões) CONSEQUÊNCIAS Coração e artéria pulmonar Obstrução do ventrículo direito e artéria pulmonar Aumento da resistência vascular e da pressão arterial. Formação de granulomas na artéria pulmonar pela reação inflamatória exacerbada contra os vermes vivos ou mortos. Ataques ao endotélio vascular pela resposta inflamatória. As larvas L1 são ingeridas pelos mosquitos durante o repasto sanguíneo Ocorre desenvolvimento até L3 dentro do mosquito, no qual a L3 se dirige até a cabeça dele e se instala nas peças bucais Ocorre a passagem da L3 para o animal durante o repasto sanguíneo do mosquito L3 inoculadas migram para o tec. subcutâneo, sofrendo muda para L4 e como adultos jovens vão p/ circulação até o coração, produzindo larvas L1 Larvas L1 (microfilárias) são eliminadas pelas fêmeas na circulação sanguínea Causando trombos sanguíneos nos vasos, causando dificuldade de oxigenação! Larvas atingem maturidade sexual por volta de 120 dias. Desenvolvimento p/ L3 em 14 dias. Por conta da obstrução da artéria pulmonar, ocorre aumento da pressão sanguínea do ventrículo direito para esse vaso, gerando como resposta fisiológica a hipertrofia concêntrica direita. Insuficiência cardíaca direita, ocorrendo regurgitação da válvula tricúspide. A doença arterial pulmonar é mais grave em gatos do que em cães, por conta do aumento de macrófagos intravasculares na atividade pulmonar. Síndrome da veia cava Grupo de sintomas causados pelo bloqueio parcial da veia cava: Congestão hepática Hemólise intravascular com hemoglobinúria Fraqueza aguda Anorexia aguda Dispneia Pulsação/distensão da jugular Ascite Icterícia Hemoglobinúria Pulso femoral fraco Sopro sistólico do lado direito A SVC ocorre em 16% a 20% dos cães com dirofilariose espontânea e a maioria dos estudos indica que os machos são mais predispostos (75% a 90%). Tem maior prevalência em cães com idade média de cinco anos de idade. Pulmão A presença no pulmão, pode causa deficiência respiratória e até pneumonia. Ocorrência de hipertensão pulmonar pela passagem de dirofilárias adultas das art. pulmonares até o átrio/ventrículo direito e a veia cava Ocorre perda gradativa de condição e intolerância a exercícios. Resposta inflamatória eosinofílica nos pulmões nos gatos Ocorre resposta inflamatória pós-morte dos vermes adultos imaturos, gerando proliferação crônica de miofibrócitos. Fígado Por conta da insuficiência cardíaca congestiva, ocorre um aumento da pressão desse sangue ao adentrar no coração, dificultando a sua entrada e ocorrendo congestão hepática. Causando a “dirofilariose associada a doença respiratória”: dispnéia de início agudo e padrão intersticial na radiografia pulmonar. Rara em gatos! Rins Os vermes causam uma expansão mesangial e espessamento da parede dos capilares, proporcionando uma fragilidade dos vasos, gerando hematúria e insuficiência renal aguda. Formação de imunocomplexos podem se acumular nos rins e gerar glomerulonefrite. O bloqueio dos capilares renais por microfilárias é possível, provocando também a glomerunefrite. Wolbachia na dirofilariose Wolbachia são bactérias que vivem hospedadas de forma simbiótica nas duas espécie de Dirofilaria. Estão intimamente ligadas com a sobrevivência dos vermes filariais no hospedeiro e geram respostas inflamatórias no hospedeiro. SINAIS CLÍNICOS Gatos Hipotensão Vômito crônico Diarréia Anorexia Caquexia Ascite Sinais neurológicos: ataxia, cegueira, paraparesia, monoparesia, convulsões Cães Tosse crônica Intolerância a exercícios Ascite Dispnéia Icterícia Hepatomegalia DIAGNÓSTICO 1. Visualização de dirofilárias no esfregaço do sangue, através do teste de Knott modificado ou de filtro 2. Sinais clínicos 3. Presença de antígenos na circulação pelo ELISA 4. Diferenciação das espécies de microfilária por PCR 5. Análise post mortem para achados de vermes adultos 6. Exames de imagem: ecocardiograma e radiografia Envolvimento na muda, embriogênese e sobrevivência das filárias. Fornecimento de aminoácidos para o crescimento bacteriano
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