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Dirofilariose - Dirofilaria immitis

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1 Amaríntia Rezende – Doenças Infecciosas e Parasitárias 2 
DILOFILARIOSE 
ETIOLOGIA 
 Dirofilaria immitis 
 As dirofilárias são nematódeos pertencentes à superfamília 
Filaroidea, família Filariidae. 
 Os parasitas machos adultos possuem 120 a 200mm de 
comprimento e 0,7 a 0,9mm de diâmetro, e as fêmeas adultas 
medem 250 a 310mm de comprimento e 1 a 1,3mm de 
diâmetro e são vivíparas. 
 
 As microfilárias no sangue não são encapsuladas e têm 307 a 
332 µm de comprimento por 6,8 µm de largura. 
 
 Dirofilariose é uma zoonose parasitária não contagiosa 
complexa, de evolução crônica apresentando-se de forma clínica 
ou subclínica, principalmente o cão doméstico, gato e várias 
espécies de animais silvestres. 
CICLO DE VIDA 
 O ciclo biológico da Dirofilária immitis começa quando um 
mosquito ingere microfilárias ou larvas de primeiro estágio (L1), 
ao alimentar-se em um animal hospedeiro infectado. 
 
 Dentro do mosquito, a larva L1 muda para L2, e depois para L3 
(forma infectante). 
 O desenvolvimento das larvas L3 infectantes no mosquito leva 
aproximadamente duas a duas semanas e meia. 
 Quando o mosquito se alimenta em um cão, algumas dessas 
larvas penetram no novo hospedeiro, as larvas seguem por 
dentro da subcútis, passando para o estágio L4 em cerca de nove 
a doze dias e então para o estágio L5. 
PATOGENIA 
 As microfilárias, fase larvaria da D. immitis, são encontradas em 
quantidades variadas na circulação sanguínea. 
 Após a picada do mosquito infectado, as larvas recém chegadas 
ao organismo migram para o tecido subcutâneo e muscular 
mudando para L4 (Jovens adultos), em aproximadamente 3 a 4 
dias. 
 Em seguida, invadem o sistema vascular e por volta de 100 dias, 
após a infecção, chegam ao coração, se alojam no ventrículo 
direito e nas artérias pulmonares dos lobos caudais do 
hospedeiro, mudando para L5, onde atingem a maturidade 
sexual, acasalam e o ciclo se completa com a liberação de novas 
microfilárias na corrente sanguínea. 
 A presença do verme adulto nas artérias pulmonares resulta em 
hipertensão pulmonar crônica que consequentemente pode 
levar à insuficiência do miocárdio ventricular direito e 
insuficiência cardíaca congestiva direita, especialmente em 
conjunto com insuficiência tricúspide secundária. 
 Os vermes provocam lesões vasculares no endotélio das artérias 
pulmonares, resultando em uma descamação, um desgaste, com 
subseqüente exposição do subendotélio, estimulando a adesão 
de leucócitos e plaquetas além de macrófagos ativados no local 
afetado. 
 Além de causar um bloqueio mecânico, impedindo a circulação 
normal no coração. 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 Muitos cães, principalmente os recentemente infectados, são 
assintomáticos, sendo a doença diagnosticada apenas por um 
resultado positivo em testes sanguíneos de triagem de rotina. 
 Já os cães sintomáticos, o que indica um estágio avançado da 
doença, podem apresentar um histórico de tosse crônica, 
dispnéia, taquipnéia, síncope, fadiga, intolerância a exercícios, 
mucosas pálidas ou ictéricas, hemoptise, perda de peso, 
anorexia, trombocitopenia, ascite e insuficiência cardíaca 
congestiva direita, levando o animal à morte. 
 
2 Amaríntia Rezende – Doenças Infecciosas e Parasitárias 2 
 A doença pode ser classificada de acordo com a gravidade em 
classe 1, 2 e 3. Na classe um a doença se apresenta na forma 
assintomática e na classe 3 a condição geral do paciente já é 
grave. 
DIAGNÓSTICO 
 Baseia-se na sintomatologia clínica de disfunção cardiovascular e 
na demonstração das microfilárias adequadas no sangue 
 O diagnóstico pode ser direto, pesquisando-se a presença do 
verme, ou indireto, empregando-se testes sorológicos para 
detecção de anticorpos contra Dirofilaria immitis. 
 Para a pesquisa de microfilárias de D. immitis na circulação, 
utiliza-se o método de filtração, o método direto (gota espessa) 
ou o de concentração: técnicas de Knott modificada 
 
 Ainda tem testes PCR e parasitológico, porém o sorológico é o 
mais utilizado na rotina clínica. 
TRATAMENTO 
 Como os tratamentos adulticidas possuem muitos efeitos 
adversos, incluindo risco a saúde dos animais principalmente 
devido às embolias geradas pelos vermes mortos, devem ser 
utilizados somente quando o cão apresentar condições físicas 
adequadas. 
 Remoção cirúrgica é indicada onde há uma concentração massiva 
de vermes adultos, principalmente na veia cava e no átrio direito 
do coração. 
 Também é feito o tratamento para eliminar as microfilárias da 
circulação sanguínea do doador, com a utilização de Ivermectina.

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