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JORGE LUIZ R. M. JÚNYOR TATHYANE KRAHENBUHL UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DANÇA PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA EM REDE – PROEF/UFG ENSINANDO HANDEBOL A PARTIR DE UM MODELO HÍBRIDO: TGfU+SEM. REALIZAÇÃO Jorge Luiz Rodrigues Mota Junyor ORIENTAÇÃO Tathyane Krahenbuhl ILUSTRAÇÃO Sabrinna Aparecida Rezende Macedo APOIO Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Venda proibida. Obra sem fins lucrativos. Sumário 1. Que tipo de ensino de esporte a escola necessita? ............ 6 2. O Teaching Games for Understanding (TGfU): Ensinando jogos para compreensão ..................................................... 8 3. O Sport Education Model (SEM): uma nova proposta de educação esportiva ........................................................ 11 4. Proposta Híbrida (TGfU + SEM): Uma possibilidade diferenciada para o ensino esportivo .......................... 14 5. Ensinando Handebol a partir do modelo híbrido TGfU+SEM ............................................................. 16 5.1. Unidade Didática ...................................... 21 5.2. Proposta de Instrumento Avaliativo ........... 31 6. Sugestões de leitura ........................................ 40 7. Referências ................................................. 41 Caro(a) professor(a), Este livreto traz considerações acerca do ensino do esporte na escola a partir de discussões apresentadas na dissertação intitulada “O ensino do Handebol a partir de uma proposta híbrida: contribuições do Teaching Games for Understanding e do Sport Education”. Com a intenção de tentar contribuir com a sua prática pedagógica construímos este livreto, que foi pensado a partir da ideia de proporcionar a você um material simples e direto que o oriente no sentido de ensinar o esporte numa perspectiva que coloque o aluno como protagonista de sua própria aprendizagem. Partimos da ideia de adotar um modelo híbrido para o ensino do esporte utilizando os princípios de dois modelos inovadores, o Teaching Games for Understanding (TGfU) e o Sport Education Model (SEM), sem perder de vista as necessidades de adequação segundo a nossa realidade escolar. O TGfU e o SEM são bastante conhecidos em outros países, como Inglaterra, USA, Canadá, Portugal, dentre outros, mas no contexto brasileiro ainda são pouco conhecidos e utilizados na escola. Inicialmente, faremos uma breve explanação sobre o entendimento que temos acerca de como o esporte deve ser ensinado na escola, em seguida, apresentaremos os dois modelos (TGfU e SEM) e os aspectos importantes de serem pensados na perspectiva da hibridização e de sua aplicação no contexto escolar. A partir disso, mostraremos a possibilidade de um caminho a ser percorrido para o ensino do esporte com base no modelo híbrido, tomando como exemplo uma Unidade Didática de Handebol, o qual foi aplicada no contexto de uma escola pública de ensino fundamental. Cabe ressaltar que o que apresentaremos aqui não se constitui enquanto receita e, sim, enquanto apoio para que você, professor(a), possa pensar o seu trabalho dentro dos limites e das possibilidades de sua realidade. Assim, trazemos de forma sucinta e simples, orientações quanto à utilização de um modelo híbrido baseado na experiência de implementação de uma Unidade Didática para o ensino do Handebol considerando as possíveis dificuldades a serem encontradas, bem como, as possibilidades de ação tendo em mente o ambiente escolar. Como já dito, nosso exemplo de aplicação do modelo híbrido é o Handebol, mas nada impede que as ideias aqui colocadas lhe sirvam de inspiração para o ensino de outras modalidades coletivas. Esperamos que este livreto lhe seja útil ao passo em que se torne possível, por meio dele, traçar um caminho diferente e mais instigante ao ensino do esporte na sua realidade escolar. 6 1. Que tipo de ensino de esporte a escola necessita? Para ensinar qualquer modalidade esportiva no contexto da escola acreditamos ser necessário que o professor faça uma reflexão: Que perspectiva seguir quanto ao ensino esportivo tendo em vista que a escola se constitui ou deve se constituir enquanto espaço de formação humana? Realizar este tipo de questionamento implica pensar em uma Educação Física que adote uma visão pedagógica crítica para o ensino do esporte, o que desemboca na necessidade de uma mudança de postura em relação a organização do trabalho. Bracht (2001), em relação ao esporte, nos diz que é preciso tratá-lo pedagogicamente. É claro que, quando se adota uma perspectiva pedagógica crítica, este ‘tratá-lo pedagogicamente’ será diferente do trato pedagógico dado ao esporte a partir de uma perspectiva conservadora de educação. (BRACHT, 2001, p. XVI) Para tanto, compreendemos que o trato crítico do esporte alude lançarmos mão dos mais variados meios para que o aluno se aproprie dele ao passo em que este aluno seja capaz de entender o esporte e mudá-lo de acordo com seus interesses, suas necessidades e seu próprio modo de vida. A tarefa desta concepção crítica é a ampliação do significado do movimento para significados mais expressivos, mais comunicativos, mais explorativos e mais produtivos. (HILDEBRANDT, 1988, p.56) 7 Uma das formas de se chegar ao tipo de ensino de esporte que a escola necessita reside na observância e tomada de consciência de que o modelo tradicional, que enfatiza o ensino técnico, tem sido pouco produtivo do ponto de vista de uma aprendizagem mais significativa. Assim, Vemos como necessário superarmos o modelo onde o professor simplesmente dá a bola de forma descompromissada com a atividade que se desenvolverá, ou ainda, o modelo onde este expõe todos os conteúdos como prontos e acabados no qual os alunos participam como meros receptores de informações. (Bento 2003, p. 53). Essa visão nos leva a entender que o conhecimento a ser tratado sobre o esporte precisa ir além do domínio técnico, devendo então, incorporar outros saberes que abordam o esporte numa perspectiva de produção humana de extrema relevância e influência social. Ao direcionarmos o olhar para os esportes coletivos de invasão, mais especificamente para Handebol (esporte a ser abordado neste livreto), vemos que o contexto de sua prática suscita um ambiente propício de ser explorado quanto à possiblidade de trato do jogo, o que por sua vez, pretendemos elucidar a partir da adoção do modelo híbrido (TGfU+SEM). Até este ponto esperamos que essa breve discussão sobre o ensino do esporte na escola tenha lhe proporcionado alguns importantes instantes de autorreflexão, o qual é 8 necessário ao processo de abertura a possíveis mudanças e/ou consolidação de ideias. Passamos agora a apresentar os modelos TGfU e SEM e as possíveis convergências que favorecem o hibridismo desses modelos. 2. O Teaching Games for Understanding (TGfU): Ensinando jogos para compreensão O Teaching Games for Understanding (Ensino de jogos para compreensão) ou TGfU, como é mais conhecido, foi desenvolvido por Bunker e Thorpe em 1982 como forma de contestação frente a um modelo de ensino tradicional centrado no ensino da técnica e na superficialidade da reflexão sobre o esporte (CLEMENTE, 2014). Entendido como uma nova possibilidade de conceituar o ensino e aprendizagem de jogos, o TGfU é “um modelo centrado no aluno e no jogo para a aprendizagem de jogos relacionados ao esporte, possuindo fortes laços com uma abordagem construtivista do aprendizado” (GRIFFIN e BUTLER, 2005, p.1 - tradução nossa). Portanto, o TGfU oportuniza ao aluno a vivência e a possiblidade de aprendizagem do esporte por meio da apreciação do jogo, inserindo esse aluno noprocesso de construção de um conhecimento técnico-tático que se dá a 9 partir da consideração da estrutura do jogo, a qual deve servir de base para se pensar o quê, quando e de que maneira fazer. Neste contexto, você, professor(a), deve ser quem auxilia os alunos a compreenderem as relações entre o esporte proposto e os jogos escolhidos para o ensino deste. Sua ação deve incluir feedbacks (diálogos problematizadores/questionamentos) e instruções que os ajudem a perceberem as situações constituintes da lógica do jogo para tomarem decisões adequadas. Basicamente a aplicabilidade do TGfU consiste em proporcionar o ensino do esporte mediado por jogos reduzidos que procurem manter a ecologia da modalidade esportiva tratada. Assim, os jogos precisam ser pensados e escolhidos de modo a manter a estrutura básica do esporte, colocando os alunos em situações claras de problemas de ordem tática que se fazem necessários ao processo de compreensão do jogo e tomada de decisão os quais, por sua vez, independem do domínio de habilidades técnicas. Holt, Strean e Bengoechea (2002) trazem contribuições importantes ao modelo do TGfU ao sugerirem e detalharem 4 (quatro) princípios pedagógicos, os quais permitem ao 10 professor realizar o exercício de escolha e estruturação dos jogos segundo a intenção de auxiliar o aluno a construir e consolidar um conhecimento tático crucial à capacidade de um jogar inteligente. São eles: Amostragem: tipos de jogos que serão selecionados para a aprendizagem de um esporte. Aqui, é preciso pensar na escolha de jogos a partir de suas semelhanças e diferenças estruturais com a modalidade esportiva que se quer ensinar. Modificação por representação: utilização de jogos reduzidos que apresentem uma estrutura tática semelhante a modalidade esportiva propriamente dita. Modificação por exagero: modificação que faça emergir com mais frequência um problema tático que se quer que o aluno tome consciência e procure soluções para resolver. Tais modificações ou constrangimentos podem ser estabelecidos a partir da manipulação de espaço de jogo, tempo, materiais, número de participantes e adição de regras. Complexidade tática: preocupação em procurar ajustar as demandas táticas do jogo segundo o nível de compreensão do aluno, partindo da utilização gradativa de tarefas mais simples para as mais complexas. Fique atento(a)! Desde o primeiro momento seus alunos deverão experimentar jogos com características da modalidade na sua forma reduzida. 11 3. O Sport Education Model (SEM): uma nova proposta de educação esportiva O SEM foi criado por Siedentop em 1994 como uma resposta frente à descontextualização e à falta de autenticidade no trato do esporte nas aulas de Educação Física. Pauta-se na humanização e democratização do esporte. Neste modelo de característica construtivista, os alunos são o centro do processo, tornando-se corresponsáveis pela própria aprendizagem, de modo que o educando é visto como “alguém ativo e responsável pelas suas experiências de aprendizagem e pela construção de seu conhecimento” (PERKINS, 1999 apud MESQUISTA et al., 2014). O SEM centra-se na formação dos sujeitos, oportunizando aos alunos (distribuídos em equipes) a vivência autêntica de uma modalidade com maior duração de tempo e o desempenho de diversos papeis (ex.: jogador, árbitro, treinador, capitão, estatístico, jornalista etc.). Neste modelo, são objetivos centrais formar um aluno competente, letrado/alfabetizado e entusiasta – como podemos observar no quadro a seguir proposto por Ginciene e Matthiesen (2017) ao citarem as ideias trazidas por Siedentop (1994). 12 Objetivos centrais e específicos do Sport Education. Objetivos centrais Explicação Objetivos específicos Formar um aluno competente Habilidades básicas e necessárias para conseguir se apropriar do conhecimento e desfrutar das práticas. Ensinar as habilidades específicas. Ensinar a modalidade esportiva para além da abordagem tradicional (centrada na técnica e na dimensão procedimental). Adaptar as regras e espaços para que todos possam participar (mais e menos habilidosos). Formar um aluno letrado Um aluno "alfabetizado", que conheça as regras, rituais e tradições das práticas. Fazer com que os alunos diferenciem os diferentes papeis para além da prática em si, atuando como: técnico, manager, árbitro, jornalista etc. Incentivar papeis de liderança e responsabilidade. Promover trabalhos em grupo em busca de um objetivo comum. Fazer os alunos conhecerem, respeitarem e, até, apreciarem rituais particulares de cada prática. Formar um aluno entusiasta Um aluno que possua boas atitudes, que respeite a cultura esportiva e seja engajado na prática. Fazer com que os alunos vivenciem os papeis de árbitros e juízes, de modo que possam compreender sua importância. Despertar o interesse pela prática. Fonte: Siedentop (1994) apud Ginciene e Matthiesen (2017, p.731) Buscando contemplar tais objetivos, o SEM se estrutura a partir da integração de 6 (seis) características: Temporada ou Época Esportiva: se caracteriza pela Unidade Didática a ser desenvolvida pelo professor num período mais prolongado de aulas. A ideia é fazer com que a estruturação dessa Época Esportiva permita envolver o aluno na modalidade trabalhada de modo que ele não só 13 se familiarize com ela, como também adquira um saber significativo sobre ela. Afiliação: momento inicial da Época Esportiva no qual os alunos são mobilizados a se organizarem em equipes. Os alunos devem definir os nomes de suas equipes, criar bandeiras, definir cores, por exemplo. É na Afiliação que se define e se distribui papeis/funções específicas que serão desempenhadas pelos alunos durante o processo (ex.: árbitro, jornalista, técnico, estatístico, anotador, dentre outras). A partir da definição dessas funções todos contribuem com o desenvolvimento das demandas da Época Esportiva. Competição Formal: se dá pela formalização da competição entre equipes em meio ao desenvolvimento dos conteúdos de ensino da modalidade. Nesse sentido a Unidade Didática deve prever um momento, preferencialmente, a cada aula, de no mínimo um confronto entre equipes. É importante ressaltar que na Competição Formal todos os alunos se envolvem, inclusive os da(s) equipe(s) que não estão jogando já que estes serão os responsáveis por conduzir a competição atuando nas mais variadas funções ou papeis que receberam. Registro Estatístico: consiste em envolver os alunos no registro e na publicização de dados e resultados das competições, o que pode ser feito utilizando os mais 14 diversos meios de comunicação disponíveis e acessíveis à escola (ex.: cartazes, murais, redes sociais, dentre outras opções). Festividade: refere-se ao clima de confraternização que se estabelece ao longo de toda a Temporada. Esse clima festivo é um dos quesitos que faz com que os alunos, independente de suas habilidades, sintam-se à vontade e instigados a estarem envolvidos diretamente no processo. Evento Culminante: a realização de um evento (ex.: Festival ou torneio) encerra o ciclo fazendo o fechamento da Época Esportiva através de um momento em que as equipes se confrontam, oportunizando a troca de experiências e consolidação de todo o conhecimento que se construiu ao longo de toda Época Esportiva. O SEM pode ser implementado mesmo em meio às adversidades que permeiam o cotidiano da escola pública. É preciso compreender que este modelo não é fechado e lhe permite adequá-lo à sua realidade escolar sem perder de vista as suas características. 4. Proposta Híbrida (TGfU + SEM): Uma possibilidade diferenciada para o ensino esportivo Aproposta híbrida de ensino aqui sugerida procura comportar ações e características pertinentes a cada um dos modelos (TGfU e SEM), sem a pretensão de fazer juízo de valor 15 comparativo acerca dos mesmos, vislumbrando que é possível combiná-los de forma harmônica culminando numa proposta que venha a potencializar o ensino do esporte para além do que já se avança quando utilizamos os modelos de forma individualizada. Neste sentido, adotar conjuntamente o TGfU e o SEM, nos traz uma gama de possibilidades de atuação junto aos alunos, uma vez que segundo Gil-Arias et al. (2017), os dois modelos compartilham objetivos e processos pedagógicos e se opõem ao modelo tradicional, descontextualizado e linearmente mecanizado de instrução direta no ensino dos esportes. São, portanto, dois modelos que agregados aparam arestas e lacunas um do outro, podendo assim “culminar em resultados de alta qualidade para estudantes” (GIL-ARIAS, 2017, p.3). O TGfU ao priorizar o ensino para a compreensão tática, tira do aluno o peso da necessidade de competência técnica para que possa praticar o esporte, assim como o SEM, que ao oportunizar a criação de grupos (Afiliação) gera um clima de cumplicidade (Festividade) no qual as pessoas envolvidas não se sentem constrangidas em jogar, seja por medo de errar ou de serem julgadas por seus colegas. Enquanto um modelo ocupa-se da dimensão social, da distribuição de papeis/responsabilidades e entende a necessidade de um maior tempo de ensino (SEM), o outro 16 (TGfU) coloca o aluno em situações de jogos que requerem soluções estratégicas e incita-o a externalizar ideias, a trocar informações, a propor saídas para as situações problemas - o que de certo modo configura-se numa permanente avaliação de seus progressos ainda durante o processo de ensino- aprendizagem. 5. Ensinando Handebol a partir do modelo híbrido TGfU+SEM Partiremos agora ao trato de uma Unidade Didática (UD) para o ensino do Handebol, pensada a partir do hibridismo. Cabe destacar que a UD que aqui será exposta foi aplicada em uma turma de 9° ano do Ensino Fundamental em uma escola pública proporcionando resultados positivos. Antes de apresentar a estrutura da UD apresentaremos com detalhes alguns aspectos relacionados ao seu arcabouço o que posteriormente facilitará o entendimento sobre a mesma. Desta feita, a UD aqui tratada é composta por um total de 17 aulas distribuídas de forma geminada onde cada encontro compreende duas aulas. Apenas no último encontro é que Resumidamente, o modelo híbrido ora proposto estrutura-se a partir da utilização dos princípios do TGfU que permitem escolher e manipular os jogos admitindo uma melhor apropriação do jogar tendo como pano de fundo o arcabouço do SEM no emprego das seis características que o compõe. 17 temos a utilização de 03 aulas em função da realização do Festival de Handebol que será devidamente comentado há seu tempo. É importante salientar que para cada encontro se elenca objetivos que estão intimamente ligados aos conteúdos propostos para cada aula. Estes conteúdos foram e devem ser elencados e desenvolvidos a partir do nível de conhecimento que os alunos apresentam sobre a modalidade. Por sua vez os conteúdos e objetivos desta UD podem vir a sofrer alterações a depender da realidade em que se propõe trabalhá-los. Nesta UD estão especificados os componentes do TGfU e do SEM adotados nos encontros. Na especificação destes componentes são citados jogos e (ou) elementos específicos dos modelos que se voltam não só para o aprendizado técnico- tático do Handebol como também suas regras e características específicas. Os jogos tratados nesta UD foram propostos em formato reduzido o que demanda a utilização dos princípios do TGfU (citados na p. 10). Para que todos os alunos trabalhem simultaneamente, a quadra necessita ser dividida em pequenas miniquadras preferencialmente de mesma dimensão. No primeiro momento de cada encontro, em cada miniquadra, os alunos já divididos em equipes (estabelecidas a partir da Afiliação) vivenciam os jogos propostos. 18 Este período inicial de envolvimento de cada equipe com o jogo é chamado aqui de “jogo treino”, tendo em vista que cada equipe interage entre os seus integrantes procurando melhorar suas habilidades, debater e compreender as ações técnico- táticas envolvidas no jogo. Por sua vez, é no jogo treino que se dá a maioria dos feedbacks realizados pelo professor, onde a equipe procura trazer soluções para os problemas técnico- táticos que suscitam os jogos. Observe que a UD apresenta uma breve descrição dos jogos utilizados em cada encontro. Cabe destacar que durante a Temporada, ao final de cada encontro que antecede o evento culminante, um “jogo de campeonato” é realizado entre duas equipes que se confrontam tendo como referência o(s) jogo(s) escolhido(s) para aquele encontro. Neste contexto as equipes que não se confrontarem no dia, participam dos jogos treinos e ficam responsáveis por organizar, arbitrar o(s) jogo(s) e coletar informações referentes ao resultado do jogo de 19 campeonato. Além disso, também encarregam-se de organizar o espaço e materiais ao término do encontro. O último encontro desta UD é destinado à realização do Festival de Handebol (Evento Culminante) que encerra a Temporada. Todas as equipes se envolvem na organização do evento uma vez que tarefas e funções são distribuídas entre os alunos. Nesta UD há a experiência marcante de envolvimento da turma principalmente na condução dos jogos, já que as ações de arbitragem, anotação e divulgação de resultados ficaram exclusivamente a cargo dos alunos, permanecendo o professor apenas como responsável por mediar o processo e orientar quando necessário. Na experiência deste Festival todas as equipes competem entre si. Assim, opta-se por utilizar o rodízio simples enquanto sistema de disputa o que garante um número considerável de jogos, maior interação entre as equipes e justiça no que se refere aos resultados. Os jogos são propostos tendo como referência as regras oficiais da modalidade realizando-se apenas ajustes quanto ao número de jogadores (a depender da quantidade de integrantes presentes 20 de cada equipe) e o acréscimo da regra que contempla a exigência das equipes serem mistas devendo haver um equilíbrio entre as equipes quanto ao número de meninos e meninas, seguida da exigência de que a marcação de uma menina durante o jogo só pode ser realizada por outra menina. A esta altura é importante ressaltar o 1° encontro da UD como ponto de partida para o bom andamento e consolidação de todas as ações previstas na Temporada. Uma vez que compete ao momento de Afiliação a formação das equipes (que se mantêm durante a Temporada) e definição/distribuição de papeis/funções. No caso específico desta UD a turma se organizou em quatro equipes as quais escolheram seus nomes e cores (Verde, Vermelho, Amarelo e Preto) e, dentro das equipes, realizaram a distribuição inicial dos papeis propostos (o que inclui a escolha consensual do técnico). Após a Afiliação, em todos os encontros, cada equipe recebia um conjunto de coletes com sua cor característica. Podemos afirmar que a experiência da Afiliação se mostra bastante significativa em termos de aprendizagem, inicialmente, em função dos mais variados “problemas” que normalmente surgem, já que as exigências para a composição das equipes no que se refere à equanimidade nem sempre condizem com os interesses iniciais dos alunos os quais, 21 tendem a concentrar seus esforços na ideia de estar e/ou formar a equipe mais forte. Desta feita, os mais variados conflitos que aparecem, principalmente os relacionados ao sexismo e/ou exclusão dosconsiderados menos habilidosos, podem e necessitam ser aproveitados enquanto momento de aprendizagem e tomada de consciência. Estas situações ao serem problematizadas e discutidas com os alunos, por mais que os mesmos inicialmente se mostrem resistentes, tendem a proporcionar uma tomada de consciência importante à condução do trabalho e principalmente à formação humana do sujeito. Torna-se, pois, necessário que os alunos venham a compreender que a significância da aprendizagem reside nos desafios proporcionados pela lógica da imprevisibilidade do jogo, que se sustenta no equilíbrio das condições das equipes envolvidas a começar pelo nível de habilidade e condições técnico-táticas. Na falta de conhecimento para auxiliar a equipe quanto à parte técnica e tática, ao técnico poderá ser conferida e ressaltada outras atribuições como: manter a união, harmonia e disciplina da equipe e ainda a capacidade de dialogar e sensibilizar a equipe no sentido de manter o empenho e foco nas ações propostas. 22 5.1. Unidade Didática 1° Encontro Aulas 1 e 2 Objetivos Promover o momento de Afiliação. Conteúdos (ações técnico-táticas) Componentes do TGfU Componentes do SEM Formação de equipes; Debate em grupo (escolha e registro do nome e da cor da equipe, distribuição inicial de papeis/funções: Técnicos, jornalistas, anotadores e árbitros). Observações Descrição: após apresentação dos objetivos gerais, da introdução ao conceito de Temporada e do modelo/formato da competição, os alunos deverão se organizar em 04 (quatro) grupos. Os grupos deverão ser formados mantendo a ideia de equilíbrio entre os grupos (distribuição equiparada do número de meninos e meninas e distribuição equânime dos alunos considerados mais habilidosos). 2° Encontro Aulas 3 e 4 Objetivos Desenvolver o conhecimento acerca da conservação da posse de bola; Desenvolver o conhecimento acerca da criação de linhas de passe; Fazer com que os alunos vivenciem diferentes papeis (árbitro, jornalista, técnico e anotador). Conteúdos (ações técnico-táticas) Conservação da posse da bola. Criação de linhas de passe. Componentes do TGfU 1) Jogo do desmarque: 2x2 + apoio. Questionamentos: o que é se desmarcar? 2) Jogo dos passes 3x3 e 4x4 Questionamentos: O que devo fazer para auxiliar meu colega que está com a bola? Componentes do SEM Introdução e experienciação de papeis/funções: jornalista, técnico, árbitro e anotador; Jogo de campeonato. Observações 1) Descrição: Num espaço delimitado em forma de quadrado cada equipe se organizará em grupos de modo que dois alunos de cada grupo se posicionam na parte interna do quadrado e os outros dois (apoio) nas laterais opostas do lado de fora do quadrado. Os alunos que se encontram na parte interna e cujo grupo possui a posse da bola deve se desmarcar para receber uma bola do apoio. Cada passe bem sucedido resulta em um ponto. 2) Descrição: Em suas miniquadras cada equipe se organizará inicialmente em trios para realizar o jogo dos 23 passes que consiste em cada equipe tentar executar um total de cinco passes sem que a outra equipe pegue a bola. Todas as vezes que a bola cai ou se perde a posse da bola zera-se a contagem que só é reiniciada quando a equipe toma posse de bola novamente. Esse jogo será realizado inicialmente com 3x3 e depois 4x4. 3° Encontro Aulas 5 e 6 Objetivos Desenvolver a compreensão e o conhecimento acerca da conservação da posse da bola e a criação de linhas de passe; Aprender a progredir com a bola em direção à meta adversária; Incentivar papeis de liderança e responsabilidade. Conteúdos (ações técnico-táticas) Conservação da posse de bola; Criação de linhas de passe; Progressão em direção a meta adversária. Componentes do TGfU 1) Jogo dos passes. Questionamentos: O que devo fazer quando estou com a bola? O que devo fazer quando estou sem a bola e minha equipe está de posse dela? 2) Jogo dos passes + Alvo. Componentes do SEM Atuação nas funções: jornalista, técnico, árbitro e anotador; Jogo de campeonato. Observações 1) Descrição: Retomar o jogo dos 5 passes nas quadras reduzidas introduzindo a regra da proibição do retorno da bola para quem acabou de passar. 2) Descrição: Agregar o alvo ao jogo dos 5 passes de modo que o ponto possa ser considerado tanto na conquista dos cinco passes quanto no acerto ao alvo adversário. Neste sentido é possível pontuar de duas formas. No jogo a bola não poderá ser driblada. 4° Encontro Aulas 7 e 8 Objetivos Desenvolver a compreensão acerca das ações de desmarque e recepção da bola em progressão; Desenvolver a compreensão e percepção sobre postura e ações defensiva; Desenvolver a postura de trabalho em equipe para busca de objetivos comuns. Conteúdos (ações técnico-táticas) Ações de desmarque; Passe e recepção em progressão; Princípios básicos defensivos. Componentes do TGfU Salva bandeira invertido Questionamento: O que devo fazer para impedir o avanço da bola em quadra? Componentes do SEM Atuação nas funções: jornalista, técnico, árbitro e anotador. Jogo de campeonato. 24 Observações Descrição: Ambas as equipes, cada uma de posse de uma bandeira (bola), tenta atravessar o lado da quadra adversária e colocar a sua bandeira dentro da área da equipe adversária. Só pode ser pego (“congelado”) no jogo quem estiver de posse de bola. 5° Encontro Aulas 9 e 10 Objetivos Aprender a realizar ações de progressão e ataque a meta adversária; Incentivar papeis de liderança e responsabilidade; Vivenciar diferentes papeis de modo que possa haver a compreensão da importância de cada um deles. Conteúdos (ações técnico-táticas) Progressão em direção à meta adversária; Ataque (arremesso) à meta adversária. Componentes do TGfU 1) Jogo 3x2 e 3x3 com alvo. 2) Jogo 4x4+guarda redes. Questionamento: O que significa progredir no jogo? Como manter a posse da bola? O que a equipe deve fazer para conseguir o ponto? Componentes do SEM Atuação nas funções: jornalista, técnico, árbitro e anotador; Jogo de campeonato. Observações 1) Descrição: Equipes distribuídas nas miniquadras realizam jogo 3x2 e 3x3 procurando acertar cone que se encontra no interior de um círculo no lado da quadra adversária. Equipe sem posse de bola procura defender o cone posicionando- se fora do círculo. Como as equipes são mistas, deverá haver a presença de pelo menos uma menina de cada lado. Durante o jogo a marcação de uma menina com posse de bola só poderá ser feita por outra menina. 2) Descrição: Jogo 4x4 realizado em toda a extensão da quadra onde ambas as equipes tentam pontuar arremessando a bola ao gol que é protegido por um goleiro. Jogo regido com regras básicas do handebol quanto ao número de passos, tempo máximo segurando a bola e faltas na marcação. Será realizado de forma mista com a exigência apenas de que a marcação de uma menina seja feita por outra, principalmente ao estar de posse de bola. 6° Encontro Aulas 11 e 12 Objetivos Desenvolver a compreensão de princípios, ações e postura defensiva; Desenvolver a compreensão de ações e postura defensiva por zona. Conteúdos (ações técnico-táticas) Princípios básicos defensivos. 25 Componentes do TGfU 1) Jogo Crossover. Questionamento: O que posso fazer para auxiliar minha equipe a defender? 2) Salva bandeira invertido 4x4 com alternância entre equipe que defende e equipe que ataca. Questionamento: Qual deve ser o meu comportamento na defesa para evitar que o adversário marque ponto? Componentes do SEM Atuação nas funções: jornalista, técnico, árbitro e anotador; Jogo de campeonato. Observações 1) Descrição: Equipe para ser decretada vencedora necessita que todos os seus membros atravessem a meia quadra defensiva adversária (sem ser tocado) entrando na área neutra que é a área do goleiro. Cadaequipe deverá atentar-se em atravessar seus membros e ao mesmo tempo impedir que o adversário o faça o mesmo. A equipe que primeiro atravessar todos seus integrantes ganha o jogo. 2) Descrição: Dois jogos acontecem de forma simultânea com o ataque partindo próximo da meia quadra e a defesa preposicionada. As equipes que estão no ataque têm o tempo de 05 minutos para articular ações de ataque tentando buscar o ponto enquanto isso a equipe adversária se articula defensivamente para impedir. O ponto é caracterizado ao se colocar a bola no solo da área adversária estando bem próximo dela e sem invadi-la. Não serão validados arremessos de longa distância. A ação de congelar o adversário só poderá ser feita de frente para ele. Após realizar o passe quem estava de posse de bola pode deslocar-se. 7° Encontro Aulas 13 e 14 Objetivos Desenvolver a noção de criação de espaços no ataque; Desenvolver a postura de trabalho em equipe para busca de objetivos comuns. Conteúdos (ações técnico-táticas) Conservação da posse de bola e criação de espaços no ataque. Componentes do TGfU Jogo de Touchdown 4x4 seguido de arremesso ao gol nas proximidades da área. Questionamentos: qual o melhor momento de se realizar um passe neste jogo? O que significa atrair a defesa adversária e o que isso possibilita? Componentes do SEM Atuação nas funções: jornalista, técnico, árbitro e anotador; Jogo de campeonato. 26 Observações Descrição: Equipe com a posse de bola tenta avançar até as proximidades da área do gol adversário de onde poderá realizar o arremesso. Quando quem está com a posse de bola é bloqueado este deverá realizar o passe para um dos companheiros que esteja melhor posicionado não podendo este estar mais avançado em relação a posição de quem está com a bola. Ao recepcionar o passe a pessoa deve tentar progredir fazendo uso dos três passos e do drible e ao ser bloqueado deve passar a bola como já dito antes. Caso a equipe adversária tome a posse de bola deverá proceder da mesma forma. 8° Encontro Aulas 15, 16 e 17 Objetivos Realizar evento culminante; Desenvolver a postura de trabalho em equipe para busca de objetivos comuns. Conteúdos (ações técnico-táticas) Realização de ações tanto ofensivas quanto defensivas visando superar o adversário e marcar pontos. Questionamentos: Aproveitar diferentes situações dos jogos para recordar as ações técnico-táticas já trabalhadas durante a temporada. Componentes do TGfU Jogo 6x6 e 5x5 Componentes do SEM Atuação nas funções: jornalista, técnico, árbitro e anotador; Organização e participação em Festival de handebol. Observações Descrição: Organização e realização de Festival de Handebol com auxílio dos alunos da turma. As quatro equipes que compõem a turma se enfrentarão tendo como sistema de disputa o rodízio simples. Os alunos estarão envolvidos na organização e condução do evento sendo que a arbitragem, a anotação e sistematização dos resultados ficarão a cargo das equipes que se revezarão conforme a tabela dos jogos. As equipes ao final serão premiadas com medalhas. Há ainda algumas considerações que julgamos pertinentes para se pensar definições sobre a Unidade Didática, o desenvolvimento dos papeis e a composição das equipes. Pensando em prolongar o período de desenvolvimento das aulas, é interessante que a Unidade Didática possua um número significativo de aulas. Há autores que falam em, no mínimo, 20 aulas, contudo, vimos trabalhos satisfatórios desenvolvidos em 14 aulas. Isto depende da quantidade de 27 alunos, da heterogeneidade do grupo e, principalmente, de sua realidade escolar. A nossa pesquisa, por exemplo, foi desenvolvida em 17 aulas de 50 min agrupadas em 8 encontros (as aulas eram geminadas). Com esse quantitativo, já pudemos observar aprendizagens significativas acerca do Handebol. Uma dica, seria você pensar em utilizar as aulas disponíveis ao longo do bimestre para elaborar uma Unidade Didática com o máximo possível de tempo disponível. Quanto ao desenvolvimento dos papeis, é importante que seja feito de forma contínua e, sempre que possível, rotativa entre os alunos em cada equipe. Há apenas um papel fixo na temporada que é do técnico (ainda que inicialmente ele venha a atuar mais como líder, motivador ou mediador de conflitos). Os outros papeis (jogador, árbitro, capitão, estatístico, anotador, jornalista, fotógrafo, etc.) devem ser distribuídos e experimentados entre todos os demais integrantes da equipe. Contudo, de início, em realidades cuja proposta esteja sendo introduzida e os alunos demonstrem dificuldades com a dinâmica das ações, você professor(a), poderá optar por introduzir poucos papeis e distribui-los de modo que cada aluno vivencie apenas um deles na temporada, além do papel de jogador – o qual todos deverão cumprir. 28 À medida que for se dando o desenvolvimento do modelo e sua familiaridade em relação aos sujeitos, você tem a liberdade de introduzir outros papeis que façam parte do universo esportivo e que possam ser aproveitadas no sentido ampliar o conhecimento sobre o esporte e aproximá-lo do aluno a partir do seu protagonismo nas ações inerentes aos papeis. Com o intuito de clarificar as características de cada papel ou função, apresentamos a seguir um quadro com alguns papeis e a indicação de exemplos de atribuições. A partir da distribuição dos papeis é importante que o professor destine um tempo para orientar os alunos sobre essas atribuições no sentido deles passarem gradativamente a cumpri-las de forma autônoma no decorrer da temporada. PAPEIS ATRIBUIÇÕES BÁSICAS O B R IG A T Ó R IO S ANOTADOR Elaborar com o auxílio do professor as súmulas de jogo. Realizar o preenchimento da súmula durante os jogos e registrar os resultados. Monitorar o tempo de jogo e controlar as substituições. Conhecer as regras do jogo. Gerenciar todos os aspectos dos jogos. Ex: postura do técnico e atletas no banco reserva, pedidos de tempo, placar e substituições. ÁRBITRO Arbitrar os jogos fazendo cumprir as regras do jogo/modalidade e regulamento. Estudar e conhecer as regras do jogo/modalidade. Zelar pelo controle e bom andamento dos jogos agindo de forma imparcial. Estudar sobre a função do árbitro. JOGADOR Estar sempre envolvido nos jogos e atividades propostas pelo professor e técnico procurando aprender e melhorar seu desempenho. Auxiliar seus companheiros de equipe a melhorar o desempenho. Respeitar os adversários, companheiros de equipe, comissão técnica e arbitragem. Procurar sempre agir com fair play 29 O P C IO N A IS CAPITÃO Representar, Liderar, auxiliar e motivar a equipe em quadra/campo. Servir de exemplo para os demais integrantes da equipe demostrando um bom espírito esportivo sempre. Garantir que as estratégias sejam cumpridas pela equipe durante os jogos. Conversar e tirar dúvidas com a arbitragem durante os jogos e repassar as informações a equipe. ESTATÍSTICO Propor e elaborar com o auxílio do professor instrumento(s) de coleta de dados estatísticos. Coletar dados e realizar análise estatística da equipe apurando e contabilizando falhas e acertos. Ex: número de erros e acertos de passe, tempo de posse de bola, número de faltas, número de finalizações certas e erradas, etc. Fornecer dados estatísticos ao treinador tanto da própria equipe quanto das equipes adversárias visando auxiliar na preparação da equipe e organização de estratégias. Fornecer informações ao jornalista. FOTÓGRAFO Realizar o registro fotográfico de treinos e jogos visando auxiliar o(s) jornalista(s) na composição de suas matérias. GESTOR DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Fazer o levantamento dos materiais a serem utilizados pela equipe nas aulas/treinos. Organizar e disponibilizar os materiais a serem utilizados pela equipe durante as aulas/treinose nos jogos. Cuidar da limpeza e conservação, bem como recolher e guardar os materiais utilizados pela equipe. JORNALISTA Produzir notícias relacionadas ao esporte que está sendo trabalhado na escola. Fazer a cobertura dos jogos e eventos esportivos colhendo resultados e informações que possam ser transformadas em notícias e publicadas através de jornal, blog, redes sociais, etc. PREPARADOR FÍSICO Pesquisar e propor sessões de exercícios de preparação física. Estudar e orientar a equipe sobre a prevenção de lesões. Realizar o tratamento inicial de lesões simples (aplicação de gelo, enfaixamento e imobilização). Fornecer água a equipe durante os treinos e jogos Organizar e cuidar do kit médico. TÉCNICO Liderar a equipe com motivação, respeito, tolerância e espírito esportivo. Garantir que todos os membros da equipe joguem. Mediar exercícios e o ensino de habilidades a partir das orientações do professor. Sugerir exercícios para o aprendizado e aprimoramento da equipe. Discutir e estabelecer estratégias para equipe em relação aos jogos. Tomar decisões sobre a ordem de escalação da equipe para os jogos e informá-la ao professor. Fonte: adaptado a partir de Siedentop, D., Hastie, P. & Mars, H. V. D (2004) 30 Os alunos podem, por exemplo, serem incentivados a realizar estudo extraclasse sobre os papeis que receberam. Além disso, a atuação deles frente aos papeis pode ser utilizada como critério a ser pontuado e somado aos pontos dos jogos de suas equipes o que vem a servir de estímulo para que se dediquem ainda mais ao cumprimento de suas atribuições. É importante procurar adaptar as atribuições à capacidade cognitiva do aluno. Ele pode, por exemplo, não conseguir ainda elaborar uma súmula, porém você pode orientá-lo a preencher uma súmula previamente proposta por você, professor(a). Busque elencar as atribuições e/ou adapta- las de acordo com aquilo que você percebe que os alunos conseguem realizar. A medida que os alunos forem ganhando autonomia e conhecimento, você poderá aumentar o grau de complexidade dessas atribuições. Uma opção interessante de ser adotada e que pode contribuir com a aprendizagem acerca dos papeis seria propor momentos específicos de orientação sobre cada um dos diferentes papeis. Contudo, entendemos que realizar isso dentro de apenas uma Temporada isolada se torna algo difícil, porém cremos que à medida em que o professor opta por adotar a proposta para o ensino esportivo da escola durante o ano letivo, poderá diluir esse tipo de ação no decorrer das Temporadas de modo que com o passar do tempo os alunos 31 passem a consolidar um conhecimento mais amplo sobre esses papeis. Quanto a composição das equipes vale lembrar que, sem perder de vista a ideia de procurar manter a mesma formação de equipes durante uma temporada, nada impede que você professor faça pequenos ajustes nas equipes em função de situações como transferência de alunos da escola ou faltas excessivas. O que deve ser levando em conta sempre é a manutenção do equilíbrio entre as equipes seja ele quantitativo e/ou de habilidade. Lembrando que é importante propor a mudança da formação das equipes a cada temporada permitindo assim novas experiências em equipe. 5.2. Proposta de Instrumento Avaliativo Finalizando este livreto apresentamos uma proposta de ficha avaliativa para que você possa realizar a avaliação da aprendizagem de seus alunos a partir da utilização do modelo híbrido. Acreditamos que em função do elevado número de alunos que normalmente um professor de Educação Física possui em cada turma, a realização de uma avaliação individualizada (aluno por aluno) se torna um tanto difícil e, às vezes, inviável de ser feita em tempo hábil. Neste sentido, não descartando a importância dos instrumentos avaliativos que se concentram em avaliar aluno 32 por aluno, propomos um modelo de ficha avaliativa coletiva que visa auxiliá-lo no processo de análise e acompanhamento da evolução do nível de jogo dos seus alunos em equipe com base na análise de indicadores de ações técnico-táticos e de aspectos comportamentais (coesão social e de tarefa) observáveis na dinâmica das ações. Pensando nas aulas de Educação Física, os níveis de jogo adotados como parâmetros estão alicerçados em Garganta (1995) e correspondem aos quatro níveis por ele discutidos em seu trabalho intitulado “Para uma teoria dos jogos desportivos colectivos”. Os níveis são: Anárquico, Descentralizado, Estruturado e Elaborado. Em nossa pesquisa nos valemos apenas dos três primeiros níveis. O Elaborado nos remete a pensar em equipes de alto nível o que se torna discrepante ao trato da Educação Física no contexto escolar exigindo, assim, um outro viés de trabalho que é o treinamento esportivo. Contudo, não deixamos de expor, neste material, sobre este último nível para que tenha conhecimento de suas características caso atue em uma realidade contemplada com algum tipo de projeto esportivo e/ou ação com condições estruturais e temporais que permitam chegar a este nível. Considerando a avaliação técnico-tática, a partir da ideia de caracterizar pontualmente cada um dos níveis de jogo, procuramos consolidar um quadro com os principais 33 parâmetros descritivos que compõem cada conteúdo técnico- tático que envolve o jogo. Estes parâmetros são apresentados de forma gradativa por nível de jogo permitindo traçar uma escala evolutiva de aprendizagem para cada indicador que compõe um conteúdo técnico/tático. Este quadro intitulado “Parâmetros para avaliação da aprendizagem – Modelo híbrido de ensino do esporte (TGfU + SEM)” ao acompanhar a ficha avaliativa servirá de apoio para o preenchimento da ficha e, por conseguinte, subsidiará a análise do desenvolvimento da aprendizagem de seus alunos, dinamizando a identificação de pontos de partida e a progressão da aprendizagem do grupo considerando os níveis. Cremos que um olhar detido sobre o nível de jogo de cada equipe (que devem se manter as mesmas durante toda a Temporada) permite emitir um juízo de valor quanto à aprendizagem da modalidade, possibilitando também, em meio à observação das equipes, identificar casos pontuais que necessitem de intervenção. A seguir, apresentamos os parâmetros para avaliação da aprendizagem em cada nível e, na sequência, a Ficha avaliativa coletiva. 34 Parâmetros para avaliação da aprendizagem – Modelo híbrido de ensino do handebol (TGfU + SEM) Conteúdos Técnico-Táticos Indicadores de ações técnico- táticas Nível ANÁRQUICO Jogar e manter a posse de bola Comunicação em jogo Verbalizam excessivamente durante o jogo, principalmente para pedir a bola. Ocupação espacial Se aglutinam em torno da bola, não sabem ocupar racionalmente os espaços. Campo visual Prevalece o uso excessivo da visão central, campo visual de jogo reduzido. Observação-Ação Não observam antes de agir, livram-se da bola ou a retém sem objetividade tática. Conservação da posse de bola / Progressão em direção à meta adversária Passe – situação Passam frequentemente a bola para colegas que estão marcados. Passe - qualidade Passes sem direção, sem precisão e controle de força para que a bola chegue ao colega. Ações de desmarque / Passe e recepção em progressão Desmarque Não se desmarcam para receber a bola. Atacar a meta adversária Arremesso ao gol – situação Arremesso ao gol quando está marcado ou em posição/distância inadequada. Arremesso ao gol – qualidade Número reduzido de arremessos ao gol e quando efetuados não apresentam precisão e/ou força suficiente. Recepção e conservação da posse da bola Recepção Deixam a bola escapar facilmente quando recebem o passe. Criação de linhas de passe; Criação de espaços no ataque Linha de passeNão se movimentam procurando uma posição favorável para receber um passe (não criam linhas de passe; ficam “escondido” atrás dos defensores). Princípios básicos defensivos / Defender a meta Recuperação/ Conquista da posse de bola A recuperação/conquista da bola se dá em função do erro do adversário e do alto grau de alternância da posse de bola entre as equipes. Posicionamento defensivo Não se posicionam em uma linha imaginária entre o atacante direto e a meta. Organização defensiva Não há organização defensiva visível. Não se responsabilizam pela defesa. 35 Conteúdos Técnico-Táticos Indicadores de ações técnico- táticas Nível DESCENTRALIZADO Jogar e manter a posse de bola Comunicação em jogo Prevalência da verbalização. Ocupação espacial Não se aglutinam em torno da bola, mas fazem ocupação do espaço em função dos elementos do jogo. Campo visual Ainda prevalece o uso da visão central (não mais excessivo) mas, com inícios de ampliação do campo visual. Observação-Ação Observam antes de agir, com intencionalidade de passe para progressão/circulação de bola (bola neutra) Conservação da posse de bola / Progressão em direção à meta adversária Passe - situação Procuram passar a bola para colegas que estão desmarcados. Passe - qualidade Passes com direção, mas ainda com pouca precisão e controle de força para que a bola chegue ao colega. Ações de desmarque / Passe e recepção em progressão Desmarque Se desmarcam, mas não progridem com a equipe para o ataque. Atacar a meta adversária Arremesso ao gol - situação Desperdiçam oportunidades de arremesso quando estão em condições favoráveis. Arremesso ao gol - qualidade Número discreto de arremessos ao gol, mas com pouca precisão e/ou força suficientes. Recepção e conservação da posse da bola Recepção Controlam com dificuldade a bola quando recebem o passe. Criação de linhas de passe; Criação de espaços no ataque Linha de passe Movimentam-se procurando uma posição favorável para receber um passe do companheiro (cria linha de passe). Princípios básicos defensivos / Defender a meta Recuperação/ Conquista da posse de bola Efetuam tentativas de recuperação da posse de bola por meio da interceptação dos passes ou após uma execução mal resolvida. Posicionamento defensivo Se posicionam em uma linha imaginária entre o atacante direto e a meta, mas sem expressiva pressão sobre os atacantes. Organização defensiva Há uma certa organização defensiva, contudo só se responsabilizam pelo atacante direto. 36 Conteúdos Técnico-Táticos Indicadores de ações técnico- táticas Nível ESTRUTURADO Jogar e manter a posse de bola Comunicação em jogo Verbalização e comunicação gestual, demonstrando maior entrosamento entre os integrantes da equipe. Ocupação espacial Utilizam tática individual ou em grupo para ocupação dos espaços (de forma racional). Campo visual Maior controle visual, melhor reconhecimento da posição espacial (propriocepção) em quadra sem necessariamente ter a visão como elemento central da ação. Observação-Ação Observam antes de agir, tendo em vista o passe com possibilidade de gerar ponto (bola ofensiva) Conservação da posse de bola / Progressão em direção à meta adversária Passe - situação Passam a bola para colegas desmarcados e normalmente em condições favoráveis de progredir e/ou finalizar Passe - qualidade Passam com precisão, fazendo com que a bola chegue a uma distância e velocidade adequada ao colega. Ações de desmarque / Passe e recepção em progressão Desmarque Se desmarcam e progridem com a equipe para o ataque. Atacar a meta adversária Arremesso ao gol - situação Arremessam ao gol quando estão em condições favoráveis. Arremesso ao gol - qualidade Número maior de arremessos ao gol, seguidos de variabilidade, precisão e força suficiente. Recepção e conservação da posse da bola Recepção Recebe o passe e controla a bola com facilidade. Criação de linhas de passe; Criação de espaços no ataque Linha de passe Criam linhas de passe com possibilidades de efetivação de ataque. Princípios básicos defensivos / Defender a meta Recuperação/ Conquista da posse de bola Ações frequentes e conscientes de interceptação da bola ou de pressão sobre o adversário com a finalidade de recuperar a bola. Posicionamento defensivo Além de se posicionarem em uma linha imaginária entre o atacante direto e a meta, pressionam o adversário para evitar o passe e/ou a finalização. Organização defensiva Se responsabilizam pelo atacante direto e fazem coberturas quando o companheiro é superado. 37 Conteúdos Técnico-Táticos Indicadores de ações técnico- táticas Nível ELABORADO Jogar e manter a posse de bola Comunicação em jogo Prevalência da comunicação motora, demonstrando entrosamento entre os integrantes da equipe. Ocupação espacial Demostram capacidade de utilizar de forma harmoniosa, coordenada e racional tanto táticas individuais quanto coletivas para ocupação dos espaços. Campo visual Pleno controle visual somado a otimização das capacidades propioceptivas. Domínio da posição espacial em quadra sem a necessidade da visão como elemento central de ação. Observação-Ação Demonstram capacidade de observar e tomar decisões rápidas e coerentes à realidade e necessidade do jogo. Conservação da posse de bola / Progressão em direção à meta adversária Passe –situação Passe amparado por tomadas rápidas de decisão visando sempre companheiros desmarcados e em condições favoráveis de progredir e/ou finalizar. Passe -qualidade Passam com rapidez, precisão e versatilidade buscando sempre fazer com que a bola chegue a uma distância e velocidade adequada ao colega. A circulação da bola no ataque apresenta velocidade e fluidez. Ações de desmarque / Passe e recepção em progressão Desmarque Desmarcam-se com extrema facilidade e objetividade (com e sem a bola) progredindo com a equipe para o ataque buscando sempre criar superioridade numérica. Atacar a meta adversária Arremesso ao gol - situação Arremessam ao gol quando se encontram em condições favoráveis ou livres da marcação. Arremesso ao gol - qualidade Elevado número de arremessos e conversões de gol (em comparação a equipe adversária), precedidos de ações criativas, variabilidade, precisão e adequação de força segundo as circunstâncias. Recepção e conservação da posse da bola Recepção Buscam receber o passe em movimento indo ao encontro da bola, recebem, amortecem e retêm pouco a bola mantendo ritmo e velocidade das ações de ataque. Criação de linhas de passe; Criação de espaços no ataque Linha de passe Observa-se ações efetivas de movimentação visando a criação de linhas de passe e espaço no ataque em meio a utilização dos mais variados sistemas ofensivos tendo em vista a efetivação do ataque. Princípios básicos defensivos / Defender a meta Recuperação/ Conquista da posse de bola Demonstram atitude defensiva. Observa-se ações frequentes e exitosas de tomada de posse de bola sustentadas por um bom domínio e uso consciente de ações de antecipação, interceptação, dissuasão e pressão. Posicionamento defensivo Sempre se posicionam entre o atacante direto e a meta com o objetivo de impedir o passe, coibir a finalização e/ou recuperar a posse de bola. Demonstram conhecimento na utilização dos artifícios possíveis pela regra para efetuar essas ações, como por exemplo, o uso consciente das faltas. Organização defensiva Trabalham de forma coordenada e colaborativa na defesa em observância aos deslocamentos ofensivos e a ocupação dos espaços atuando tanto junto ao atacante direto quanto em coberturas dentro dos mais variados sistemas defensivos. 38 FICHA AVALIATIVA COLETIVA DE ANÁLISE DA APRENDIZAGEMMODELO HÍBRIDO DE ENSINO DO HANDEBOL (TGfU+SEM) Legenda: Nível com características consolidadas. Transição - apresenta características não consolidadas do nível seguinte. Encontro: ______ Equipe: _____________________ Data: ___/___/_____ Ausente Regular Frequente Engajamento da equipe/grupo nas ações propostas Trabalho em grupo para o alcance de metas Comemoração de gols/pontos em grupo Compreensão e cumprimento das regras do jogo Ausente Regular Frequente Clima saudável e descontraído da equipe Felicidade e prazer por jogar na equipe Respeito e diálogo entre os integrantes da equipe/grupo Respeito e diálogo com o adversário Apreciação e interesse pelo jogo ASPECTOS COMPORTAMENTAIS Aspectos de Coesão de Tarefas Aspectos de Coesão Social 39 A parte inicial da ficha remete-se aos níveis de jogo e foi compilada em função dos parâmetros sugeridos e delimitados por nível de jogo. Esta por sua vez, soma-se a segunda parte da ficha o qual designamos de aspectos comportamentais que visam avaliar a constituição de sujeitos letrados, competentes e entusiastas acerca da modalidade. Como forma de melhor identificar os avanços e considerando que o processo não é linear, consta na ficha duas perspectivas de avaliação para os indicadores técnico-tático: “nível com características consolidadas” e “transição – apresenta características não consolidadas do nível seguinte”. Nesta ficha avaliativa você pode inferir, a partir de suas observações, concepções e conhecimentos, o nível de jogo das equipes em cada aula, inclusive, no que tange ao fato de que uma equipe pode apresentar características não consolidadas de um nível subsequente. Ao analisar as fichas preenchidas, durante ou após cada jogo, acreditamos ser possível estimar o nível da equipe identificando seus avanços no decorrer do processo. É importante ressaltar que este modelo de ficha é apenas uma sugestão o que não impede você, professor ou professora, de propor modificações, utilizar outros instrumentos ou até mesmo elaborar um instrumento avaliativo que melhor se adeque a sua realidade. 40 6. Sugestões de leitura BAYER. C. O ensino dos desportos coletivos. Paris: Vigot, 1994. BRASIL, I. B. G. O saber para praticar do jogo de handebol na Educação Física escolar: recursos avaliativos para o ensino médio. 2016. 234f. Dissertação (Mestre em Docência na Educação Básica) - UNESP, Faculdade de Ciências, Bauru, 2016.Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/137831. Acesso em: Jul. 2019. CLEMENTE, F. M. Princípios pedagógicos dos teaching games for understanding e da pedagogia não-linear no ensino da Educação Física. Movimento. Porto Alegre, v.18, n.02, p. 315- 335, abr/jun de 2012. Disponível em https://www.usfx.bo/nueva/vicerrectorado/citas/SOCIALES_8/P edagogia/9.pdf. Acesso em Dez. 2018. CLEMENTE, F.; ROCHA, R. F. Utilização dos jogos reduzidos no ensino do handebol:a influência nas ações táticas. Conexões, v. 10, n. 2, p. 66-76, 2012. Disponível em https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/articl e/view/8637675. Acesso em Ago. 2019. REVERDITO, R. S.; SCAGLIA, A. J. Pedagogia do esporte: jogos coletivos de invasão. São Paulo: Phorte, 2009. SADI, R. Pedagogia do esporte: descobrindo novos caminhos - 1.ed. - São Paulo: Ícone, 2010. SIEDENTOP, D., HASTIE, P. & MARS, H. V. D. Complete guide to sport education. Champaign, Illinois: Human Kinetics, 2004. https://repositorio.unesp.br/handle/11449/137831 https://www.usfx.bo/nueva/vicerrectorado/citas/SOCIALES_8/Pedagogia/9.pdf https://www.usfx.bo/nueva/vicerrectorado/citas/SOCIALES_8/Pedagogia/9.pdf https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/view/8637675 https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/view/8637675 41 7. Referências BENTO, A. (2003). Redescutindo o ensino do esporte coletivo na aula de educação física escolar. Dissertação de Mestrado, Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. Fonte: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/96103/bent o_a_me_rcla.pdf?sequence=1. Acesso em Nov. 2019. BRACHT, V. Esporte na escola e esporte de rendimento. Movimento (ESEF/UFRGS), v. 6, n. 12, p. XIV–XXIV, 23 out. 2001. Disponível em https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/download/2504/1148. Acesso em Jul. 2019 CLEMENTE, F. M. Princípios pedagógicos dos teaching games for understanding e da pedagogia não-linear no ensino da Educação Física. Movimento. Porto Alegre, v.18, n.02, p. 315- 335, abr/jun de 2012. Disponível em https://www.usfx.bo/nueva/vicerrectorado/citas/SOCIALES_8/P edagogia/9.pdf. Acesso em Dez. 2018. GARGANTA, J. Para uma teoria dos jogos desportivos colectivos. In: GRAÇA, A.; OLIVEIRA, J. (Org.). O ensino dos jogos desportivos. 2. ed. Faculdade de Ciências do Desporto e da Educação Física. Universidade do Porto: Porto, 1995. p. 11-25. GIL-ARIAS, A. et al. Impact of a hybrid TGfU-Sport Education unit on student motivation in physical education. PloS one (2017). Disponível em http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone .0179876. Acesso em Ago. 2019. https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/96103/bento_a_me_rcla.pdf?sequence=1 https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/96103/bento_a_me_rcla.pdf?sequence=1 https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/download/2504/1148 https://www.usfx.bo/nueva/vicerrectorado/citas/SOCIALES_8/Pedagogia/9.pdf https://www.usfx.bo/nueva/vicerrectorado/citas/SOCIALES_8/Pedagogia/9.pdf http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0179876 http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0179876 42 GINCIENE, G e MATTHIESEN, S. Q. O modelo do Sport Education no ensino do atletismo na escola. Movimento, Porto Alegre, v. 23, n. 2., p. 729-742, abr./jun. de 2017. Disponível em https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/download/69788/42227. Acesso em Out. 2019. GRIFFIN, L.L.; BUTLER, J. Teaching games for understanding: theory, research, and practice. Champaign, Illinois: Human Kinetics, 2005. HILDEBRANDT, R. O esporte como fenômeno social e a análise critica do esporte. Kinesis, [S.l.], abr. 2013. ISSN 2316- 5464. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/kinesis/article/view/8537. Acesso em: 12 dez. 2019 HOLT, N., STREAN, W., & BENGOECHEA, E. Expanding the teaching games for understanding model: new avenues for future research and practice. Journal of Teaching in Physical Education, 21, 162-176, 2002. Disponível em https://www.researchgate.net/publication/234627739_Expandi ng_the_Teaching_Games_for_Understanding_Model_New_Av enues_for_Future_Research_and_Practice. Acesso em Dez. 2019. MESQUITA, I. M. R. et al. Modelo de educação esportiva: da aprendizagem à aplicação. Rev. educ. fis. UEM [online]. 2014, vol.25, n.1, pp.1-14. ISSN 1983-3083. Disponível em http://dx.doi.org/10.4025/reveducfis.v25i1.21177. Acesso em Dez. 2018. SIEDENTOP, D., HASTIE, P. & MARS, H. V. D. Complete guide to sport education. 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