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Módulo 1

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Módulo 1 – Promoção, proteção e apoio ao Aleitamento Materno
Aleitamento no pré-natal
Importância e vantagens da amamentação para a criança
· Em condições favoráveis, o leite materno exclusivo é capaz de suprir todas as necessidades nutricionais nos primeiros seis meses de vida e continua sendo uma importante fonte de nutrientes no segundo ano de vida, especialmente de proteínas, gorduras e vitaminas (HORTA, 2007). É também rico em anticorpos e em outras substâncias que protegem a criança de infecções comuns nos dois primeiros anos de vida, período decisivo para o seu crescimento e desenvolvimento.
· Ao abordar o assunto com Maria, a enfermeira Edna ressaltou que inúmeros estudos comprovam que a interrupção prematura da amamentação é perigosa, pois muitos dos alimentos que passam a ser utilizados a partir do desmame são inadequados para a alimentação da criança, aumentando a exposição a microorganismos e, consequentemente, os casos de diarreia. Além disso, estudos comprovam que a ocorrência de infecções respiratórias, colites ulcerativas, infecções de ouvido, alergias, asma, hipertensão, colesterol alto, obesidade e diabetes, câncer na infância, doenças cardiovasculares, aterosclerose e desnutrição é menor nas crianças amamentadas.
· A enfermeira Edna enfatizou ainda que a amamentação contribui com a diminuição de problemas ortodônticos e fonoaudiológicos associados ao uso de chupetas e mamadeiras, pois o esforço que a criança faz para retirar o leite do peito é um exercício importante para a boca e para os músculos do rosto e irá repercutir positivamente na respiração, na mastigação, na deglutição, na articulação da fala e no alinhamento dos dentes (GUIA PARA MENORES DE 2 ANOS, 2018). É fato comprovado também que as crianças amamentadas têm um desempenho de inteligência maior que as crianças não amamentadas.
Glândula Mamária
· Na segunda consulta de pré-natal, Maria foi atendida pela médica de família e comunidade Amélia, que apresentou para Maria as noções básicas da anatomia da glândula mamária feminina e de seu funcionamento. Estes conhecimentos são importantes para que Maria possa compreender as mudanças que estão acontecendo em seu corpo já durante a gestação e o que virá após o parto.
· Com o auxílio de uma mama cobaia feita de crochê, a médica Amélia mostrou que ao redor do mamilo encontramos a aréola. Nesta área e nos mamilos, localizam-se glândulas areolares, que na gravidez crescem e produzem uma secreção cuja função consiste em lubrificar os mamilos e as aréolas. Essas glândulas constituem-se na fonte do cheiro da mãe, favorecendo o bebê a reconhecê-la e a encontrar a mama.
A aréola é macia, flexível, elástica e está aderida ao tecido subcutâneo, rico em gordura. O mamilo fica no centro da aréola e possui grande sensibilidade, ficando mais rígidos e salientes especialmente na gestação e no período menstrual. São também ricamente providos de glândulas.
Anatomicamente, os mamilos podem ser classificados em três tipos:
· Mamilo normal: apresenta-se protruso e caracteriza-se pela existência de um ângulo com cerca de 45 graus em relação à aréola. É extremamente elástico e de fácil apreensão.
· Mamilo plano: situa-se no mesmo nível que a aréola, inexistindo a presença de um ângulo entre os dois. É de tecido pouco elástico.
· Mamilo invertido: caracteriza-se pela inversão total do tecido epitelial, podendo ocasionar o desaparecimento completo do mamilo.
· Glândula Mamaria Feminina 01 
Quer Conferir Melhor A Anatomia Das Glândulas Mamárias?
Veja nesse vídeo os diferentes tipos de mamilo e como eles podem interferir na amamentação:
· Tipos de Mamilos – Dificuldades na amamentação e como lidar
Fisiologia da lactação
Após o nascimento, com a saída da placenta, ocorre uma drástica mudança nos níveis hormonais: os níveis de estrógeno e progesterona têm uma queda brusca, o que estimula a produção de prolactina e de ocitocina. A prolactina é o hormônio responsável pela produção do leite, e a ocitocina, pela saída do leite. Assim, em torno de 48 a 72 horas após o parto, ocorre a chamada apojadura, que é a descida do leite. Na apojadura, a mulher sente as mamas cheias, quentes e por vezes doloridas (SANTOS, 2011; VINHA, 1999; MATUHARA; NAGANUM, 2008).
Os níveis de prolactina se elevam em resposta à sucção do bebê e estão diretamente relacionados à frequência, duração e intensidade da sucção. Ou seja, quanto mais o bebê toma o leite materno, mais leite é produzido. A sucção produz uma elevação de prolactina, sendo que o pico de produção do leite ocorre entre 20 a 40 minutos após o início da sucção. Assim, 30 minutos de sucção favorecem níveis elevados de prolactina por cerca de 3 a 4 horas, o que é importante para a produção de leite para as próximas mamadas.
Portanto, a sucção do mamilo em livre demanda pela criança é o elemento básico para a manutenção da amamentação. Após o nascimento, quanto mais rápido e mais frequentemente o recém-nascido suga a mama, maior será a produção de leite, pois o que controla a produção de leite é o esvaziamento da glândula pela sucção (BRASIL, 2009).
Vídeo 
Usando um modelo de mama de tecido, esse vídeo curtinho mostra como a amamentação acontece:
Amamentação – Fisiologia da Lactação
Composição do leite materno
O leite materno é caracterizado de acordo com suas características bioquímicas, adequadas a cada período da vida da criança. Distingue-se em:
● Colostro: líquido espesso, de coloração amarelada devido à alta concentração de betacaroteno e alta densidade. É produzido nos primeiros sete dias de vida do bebê. O volume, no início, varia de dois a 20 ml em cada mamada, totalizando 50 a 100ml/dia, sendo suficiente para satisfazer as necessidades do lactente. O colostro apresenta alta concentração de lmunoglobulina A e de lactoferrina que, juntamente com a grande quantidade de linfócitos e macrófagos, fornecem proteção ao recém-nascido. Além disso, tem ação laxativa, o que facilita a eliminação de mecônio e auxilia na prevenção da icterícia.
Mecônio – corresponde às primeiras fezes do bebê; possui um tom esverdeado escuro.
Icterícia – é a pigmentação amarela da pele e da parte branca dos olhos num recém-nascido, causada por uma concentração elevada de bilirrubina no sangue.
● Leite de transição: líquido produzido entre o 7° e o 15° dia após o parto. O volume de leite e a composição variam no decorrer dos dias.
● Leite maduro: leite produzido como continuação ao leite de transição, apresenta-se como um líquido branco e opaco, com pouco odor, sabor ligeiramente adocicado e seu volume médio é de 700 a 900 ml/dia, durante os primeiros seis meses. A partir do segundo semestre, a quantidade média de produção diária é de 600ml. O leite materno tem 88% de água e é composto também por proteínas, carboidratos, lipídios, minerais e vitaminas.
· O leite materno, em diferentes fases do pós-parto: da esquerda para a direita, colostro (primeiros sete dias de vida), leite de transição (entre o 7° e o 15° dia após o parto) e leite maduro (continuação ao leite de transição).
· Todo leite materno é adequado para o crescimento e desenvolvimento das crianças. O leite materno nunca é fraco! E, de modo geral, toda mulher tem condições biológicas para amamentar.
Mas e se o bebê nascer prematuro? Todos esses mecanismos para a amamentação ainda funcionam?
A resposta é sim: o leite produzido pelas mães de crianças que nascem prematuramente é chamado de leite pré-termo. Este difere do leite de mães de crianças de termo por apresentar maior teor de proteína, lipídios e calorias, atendendo à maior necessidade de crescimento do pré-termo; menor teor de lactose, o que torna a digestão facilitada; maior quantidade de lgA e lactoferrina (BRASIL, 2009).
Existem pouquíssimas razões para que a mãe não amamente. Não podem amamentar:
 
Observação: Mães que não amamentam: As crianças não amamentadas requerem cuidados adicionais no acompanhamento do seu crescimento e desenvolvimento. Recomenda-se que a família procure profissionais de saúde para receber orientações de como alimentar a criança nãoamamentada!
 
Não podem amamentar:
– Mães infectadas pelo vírus HIV;
– Mães infectadas pelo HTLV 1 e HTLV 2;
– Mães que façam uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação, como por exemplo antineoplásicos e radiofármacos. É importante consultar o Manual “Amamentação e uso de Medicamentos e outras Substâncias” do Ministério da Saúde, antes de se prescrever medicações às mulheres que estão amamentando;
– Mães de crianças portadoras de galactosemia, doença rara em que não se pode ingerir leite humano ou qualquer outro que contenha lactose.
Na consulta seguinte, João foi orientado sobre a importância da amamentação e ficou muito motivado em oferecer todo o suporte possível para que Maria amamente. Ele se lembrou das dificuldades que a esposa teve para amamentar o primeiro filho devido às dores e fissuras na mama e perguntou como poderia apoiar Maria da melhor forma possível dessa vez, além de questionar o que fazer se isso acontecesse novamente. Na época, Maria tentou vários métodos que suas amigas e família ensinaram, como cremes e óleos naturais, sem sucesso.
A enfermeira explicou ao casal que, em caso de problemas, toda a equipe de saúde, inclusive o agente comunitário com quem tinham mais contato, estaria disposta a ajudar. Existem muitas informações de amigos e na Internet que podem agravar o problema ainda mais.
Como você aconselharia uma mãe que estivesse passando por dificuldades na amamentação?
Contato pele a pele entre mãe e bebê
Em sua terceira consulta de pré-natal, Maria e João reencontraram a enfermeira Edna. Eles conversaram novamente sobre amamentação e contato pele a pele após o nascimento.
Maria comentou que, quando Pedro nasceu, o pessoal de enfermagem que estava na sala de parto colocou-o em cima do peito dela, deixando-o ali por algum tempo, mas ela não havia entendido o porquê de terem feito aquilo.
A enfermeira explicou que quando a mãe e o bebê estão em condições físicas e emocionais adequadas, este é o procedimento recomendado. O contato pele a pele precoce e prolongado é indicado no período pós-parto imediato e deve durar até a primeira mamada ou pelo tempo que a mãe desejar (WORLD HEALTH ORGANIZATION; UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 1998).
O contato pele a pele entre mãe e bebê faz parte dos Dez Passos Para o Sucesso do Aleitamento Materno, da Iniciativa Hospital Amigo da Criança, ação mundial para a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.
Assista o filme “Iniciativa Hospital Amigo da Criança: 10 passos que fazem a diferença”, produzido pelo Ministério da Saúde brasileiro:
Durante o contato pele a pele, a criança não deve ser forçada a mamar, mas os estudos demonstram que este contato cria um ambiente ótimo para a adaptação do recém-nascido à vida fora do útero. Este contato auxilia no estabelecimento da sucção e estimula a produção de hormônios responsáveis pela produção e ejeção do leite e que reduzem o tamanho do útero e sangramento.
O contato pele a pele promove ainda o vínculo entre a mãe e o filho; protege, naturalmente, o recém-nascido do frio e estabiliza a frequência respiratória e o nível de glicemia do bebê. Como o recém-nascido reconhece o odor materno, o contato pele a pele acalma-o: ele chora menos e o stress provocado pelo trabalho de parto é atenuado; além de possibilitar o reconhecimento e a exploração do corpo materno pelo bebê (MATTAR, ABRÂO, 2003).
Para reforçar o seu aprendizado até aqui, assista o vídeo “Amamentação: muito mais do que alimentar a criança”, produzido pela Sociedade Brasileira de Pediatria
Aleitamento no puerpério
… E enfim o bebê de Maria nasceu!
O pequeno se chama José e, logo após o nascimento, precisou ficar na UTI. Maria foi orientada pelo profissional de saúde do hospital a fazer ordenha manual para estimular a produção de leite enquanto seu bebê esteve internado. Felizmente, a preocupação durou pouco!
A primeira coisa que deve ser feita para o tratamento da fissura mamilar é posicionar corretamente o bebê no peito. Portanto, o profissional lembrou Maria de que é o bebê que vai à mama e não o contrário, mostrando que ela pode amamentar em várias posições:
A enfermeira explicou como segurar o bebê, em quatro pontos:
1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo;
2. O corpo do bebê deve ficar próximo ao da mãe;
3. Bebê bem apoiado;
4. A cabeça e o corpo do bebê devem estar alinhados.
Também explicou como ajudar o bebê a pegar a mama:
1. Tocar o lábio do bebê com o mamilo;
2. Esperar que o bebê abra bem a boca;
3. Levar rapidamente o bebê até a mama, apontando o lábio inferior embaixo do mamilo
 
Por fim, Maria aprendeu os quatro pontos de uma boa pega:
1. Mais aréola visível acima da boca do bebê;
2. Boca bem aberta;
3. Queixo tocando a mama;
4. Lábio inferior do bebê virado para fora.
Quer ver em detalhes como a pega correta funciona? Assista o vídeo “Amamentação, muito mais do que alimentar a criança” | Posição e pega
Pontos a serem observados durante a mamada:
Geral
● A mãe está relaxada e confortável
● O bebê está calmo e relaxado
● Não existe dor ou desconforto
● As mamas parecem saudáveis
● A mama fica apoiada, porém a região do mamilo e da aréola fica livre
Posição do bebê
● A cabeça e o corpo do bebê estão alinhados (pescoço não está torcido)
● O bebê está próximo do corpo da mãe (barriga com barriga)
● O corpo do bebê recebe apoio
● O bebê se aproxima da mama com o nariz apontando para o mamilo
Pega
● A boca do bebê está bem aberta
● Lábio inferior voltado para fora
● Mais aréola visível acima do lábio superior do bebê
● O queixo toca a mama
Sucção
● Sucção lenta e profunda com pausas
● Bochechas cheias durante a sucção
● O bebê solta a mama quando termina
A enfermeira Edna orientou, além do posicionamento e pega corretos, outras dicas para o tratamento da fissura nos mamilos, como:
● Amamentar em livre demanda – e colocar o bebê no peito aos primeiros sinais de fome, para que ele não sugue com tanta força;
● Não passar sabão ou outros produtos na região da aréola e do mamilo, para não retirar a oleosidade natural da pele;
● Fazer ordenha manual se a mama estiver cheia, para que a região mamilo-areolar fique flexível permitindo que o bebê faça uma boa pega;
● Começar a amamentação pela mama menos dolorida;
● Usar diferentes posições para amamentar, para diminuir a pressão na área machucada.
Enquanto a enfermeira Edna observava a mamada do bebê, aproveitou para relembrar e reforçar alguns pontos importantes que foram discutidos com Maria durante o pré-natal:
● O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde recomendam que o bebê seja amamentado com leite materno exclusivo por seis meses e continuado por dois anos ou mais.
● O leite materno tem todos os nutrientes que as crianças precisam nos seis primeiros meses e continua sendo uma importante fonte de nutriente no segundo ano de vida, especialmente de proteína, gorduras e vitaminas.
● Não existe leite fraco; toda mulher produz leite de qualidade, sendo que o leite materno contém todos os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento da criança.
● Durante a mamada, é importante esvaziar uma mama até o final para depois oferecer a outra, pois o leite tem duas etapas, o leite anterior e o leite posterior. O leite posterior é o mais rico em gordura, que causa saciedade no bebê e que leva ao ganho de peso.
● O bebê deve mamar sob livre demanda, isto é, no horário que quiser, pelo tempo que desejar.
● Durante os primeiros seis meses, não se deve oferecer água, chás e outros leites, pois levam ao desmame precoce e até mesmo ao aumento da morbimortalidade infantil. Mesmo nos lugares mais quentes, o leite materno tem a quantidade certa de água que o bebê precisa!
● A mamadeira é fonte de contaminação e pode levar ao desmame devido a confusão de bicos. Isso acontece porque algumas crianças, depois que experimentam a mamadeira, tem dificuldades em prosseguir com o aleitamento materno: começam a mamada e logo em seguida largam o peito e choram. Portanto, após os seis meses, quando a criança começar a beber outros líquidos,o copo é a melhor opção.
Volta ao trabalho
E quando Maria voltar ao trabalho?
A enfermeira Edna e Maria conversaram também a respeito dos direitos relacionados à licença maternidade e amamentação. Foram muitas as orientações – mas Maria já conhece as vantagens da amamentação e sabe que tudo vai valer a pena!
● Manter o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e amamentar sob livre demanda quando estiver com o bebê;
● Começar o estoque de leite quinze dias antes de voltar ao trabalho;
● Não utilizar mamadeiras, oferecendo a alimentação por meio de copo para que o bebê não faça confusão de bicos e deixe de mamar por causa disso;
● Esvaziar as mamas através de ordenha durante o horário de trabalho e guardar o leite, para levar para casa quando possível;
● Armazenamento – pode ser guardado na geladeira por doze horas e no freezer ou congelador por quinze dias.
Ordenha manual:
● Utilizar recipiente de vidro com tampa plástica, lavado e esterilizado (após lavar e enxaguar bem, ferver por quinze minutos, deixando secar em um pano limpo);
● Prender os cabelos e utilizar um lenço limpo na cabeça;
● Usar máscara ou lenço na boca, evitar falar, espirrar ou tossir enquanto estiver ordenhando o leite;
● Lavar bem as mãos e antebraços e secar com uma toalha limpa;
● Adotar uma posição confortável, mantendo os ombros relaxados e um pouco inclinados para frente;
● Massagear as mamas com a ponta dos dedos, fazendo movimentos circulares no sentido da aréola para o corpo;
● Com os dedos da mão em forma de “C”, colocar o polegar acima da linha onde acaba a aréola e os dedos indicador e médio abaixo da aréola em oposição ao polegar, sustentando o seio com os outros dedos;
● Firmar os dedos e empurrar para trás em direção à costela;
● Apertar o polegar contra os outros dedos até sair o leite;
● Desprezar os primeiros jatos de leite;
● Mudar a posição dos dedos ao redor da aréola para esvaziar todas as áreas;
● Após terminar a coleta, fechar bem o frasco, anotando na tampa do frasco a data e hora em que foi realizada a primeira coleta de leite e guardar imediatamente no freezer/congelador ou na geladeira;
● Se o frasco não ficou cheio, é possível completá-lo em outras ordenhas, utilizando outro recipiente de vidro, como um copo de beber água, lavado e fervido por 15 minutos, para fazer a coleta do leite;
● Colocar o leite recém-ordenhado em cima do que já estava congelado até faltarem dois dedos para encher o frasco (não encher totalmente o vidro porque pode quebrar com o congelamento).
Quer ver como uma profissional de saúde ensina uma mãe a fazer a ordenha manual de leite materno? Assista o vídeo “Ordenha Manual – Aleitamento materno”
Descongelamento e/ou degelo do leite humano:
● Aquecer água em uma panela e desligar o fogo assim que iniciar fervura – a temperatura da água deve estar em torno de 40 ºC, ou seja, deve ser possível tocar a água sem se queimar;
● O frasco com o leite congelado deve ser colocado no recipiente com a água aquecida e ser agitado até descongelar;
● O leite materno não deve ser aquecido, pois isso ocasiona perdas de fatores de proteção. Deve ser oferecido em temperatura ambiente.
Demonstração e orientação de como oferecer o leite ordenhado à criança em um copo/xícara:
● Acomodar o bebê acordado no colo, na posição sentada ou semi-sentada, sendo que a cabeça forme um ângulo de 90º com o pescoço;
● Encostar a borda do copo no lábio inferior do bebê e deixar o leite materno tocar o lábio;
● Não despejar o leite na boca do bebê.
Amamentação, família e sociedade
O grupo conversou sobre o objetivo da Norma Brasileira de Comercialização para Latentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), que é regulamentar a promoção comercial e orientar sobre o uso apropriado dos alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, bem como o uso de mamadeiras, bicos e chupetas. Durante a reunião, os produtos que essa Norma abrange foram apresentados:
● Fórmulas infantis para lactentes e fórmulas infantis de seguimento para lactentes;
● Fórmula infantis de seguimento para crianças de primeira infância;
● Leites fluidos, leites em pó, leites modificados e os similares de origem vegetal;
● Alimentos de transição e alimentos à base de cereais indicados para lactentes e/ou crianças de primeira infância, bem como outros alimentos ou bebidas à base de leite ou não, quando comercializados ou de forma apresentados como apropriados para alimentação de lactentes e de crianças de primeira infância;
● Fórmula de nutrientes apresentada e ou indicada pra recém-nascido de alto risco;
● Mamadeiras, bicos e chupetas.
Houve bastante discussão sobre a proibição de promoção comercial desses produtos. Também foram esclarecidas as dúvidas em relação a quais produtos podem ter promoção comercial (como por exemplo: leites em geral e alimentos de transição, que devem ser acompanhados de frase de advertência específica para cada produto).
Os comerciantes participaram ativamente da discussão levantando vários exemplos de promoção comercial como: divulgação por meios eletrônicos (internet), escritos (folder, mala direta, outdoors, encartes e/ou panfletos com informação de preço/promoções/descontos); auditivos e visuais (propaganda de TV, rádio, internet); estratégias promocionais para induzir vendas ao consumidor no varejo, tais como exposições especiais (vitrines, expositores, ilhas), sinalizadores internos (displays, bandeirolas, cartazes), cupons de descontos ou preço abaixo do custo, brindes e vendas vinculadas a produtos não cobertos pela NBCAL.
A enfermeira aproveitou e conversou um pouco sobre outros pontos da NBCAL, pois junto com os comerciantes também estavam alguns profissionais de saúde. Discutiram sobre amostras e doações, material educativo, material técnico científico, rotulagem e também sobre o papel da sociedade civil no monitoramento da Norma.
Maria e João entenderam nesse momento que os leites para crianças pequenas doados do supermercado, assim como as papinhas prontas, não eram o melhor para José e Pedro. E decidiram que já era hora de se informar melhor sobre como deveria ser a transição da amamentação exclusiva para a alimentação complementar.
RESPOSTAS APRENDIZAGEM MÓDULO 1
Confira abaixo todas as respostas do módulo
– Aleitamento no pré-natal
( E ) Amamentação é natural entre todos os mamíferos e não precisa ser aprendida
Resposta: Apesar de a amamentação ser a forma natural é necessário tempo para as mulheres aprenderem e se adaptarem aos cuidados com o bebê. Amamentar nem sempre é fácil, por isso exige paciência, informação e apoio.
( E ) Mães desnutridas têm leite fraco e devem receber complementação
Resposta: Mães desnutridas não possuem leite fraco. Até as mães desnutridas são capazes de produzir um leite de qualidade para cada criança.
( E ) O leite materno nem sempre é o melhor alimento para o bebê
Resposta: o leite materno sempre é o melhor alimento para a criança até os 6 meses de idade. A cxomposição do leite materno é única, personalizada e atende às necessidades nutricionais da criança. Após os 6 meses de idade, o aleitamento materno deve ser complementado com alimentos saudáveis.
( E ) No segundo ano de vida, a amamentação deixa de ter vantagens nutricionais e passa a ter apenas vantagens afetivas
Resposta: No segundo ano de vida, o leite materno ainda é importante, mas é necessário que seja complementado com alimentos saudáveis. O Mnistério da Saúde recomenda O leite materno é muito importante para criança até os 2 anos ou mais, sendo o único alimento que deve receber até os 6 meses. O consumo de outros alimentos além do leite materno passa a ser necessário para p pleno crescimento e desenvolvimento a partir dos 6 meses.
( C ) A amamentação é importante não só para o bebê e a mãe, mas para toda a sociedade.
 
– Composição Leite Materno
Como você aconselharia uma mãe que estivesse passando por dificuldades na amamentação?
( E ) Que introduza outros alimentos até que sejam superadas as dificuldades.
Resposta: O aleitamento materno deve ser exclusivo até os 6meses de idade da criança. Após isso, pode-se realizar a introdução de alimentos saudáveis.
( C ) Que visite a unidade de saúde para pedir aconselhamento à enfermeira e médica pediatra a respeito.
( E ) Que esfregue buchas no mamilo para fortalecê-lo.
Resposta: Não é recomendado utilizar esse técnica.
( E ) Que use unguentos naturais nas fissuras da mama. Substituir essa palavra por por óleos.
Resposta: não é recomendado o uso de substâncias na mama. O leite possui ação cicatrizante e bactericida, assim, a mãe pode retirar/ordenhar um pouco de leite e passar ao redor da aréola e bico depois das mamada, em casos de fissuras nos mamilos.
( E ) Que complemente a amamentação com leites de fórmula.
Resposta: A maioria dos problemas na amamentação podem ser evitados, como por exemplo o cuidado para que a pega e posição sejam adequados, cuidados coom a mulher, etc. A fórmula infantil somente deve ser utilizada em casos muito específicos. É recomendado que procure aconselhamento de um profissional de saúde para superar as dificuldades.
 
– Aleitamento no puerpério
Baseado no que você estudou até aqui, marque a alternativa correta:
( E ) A principal dificuldade das mães na amamentação é que o bebê não sabe falar e não dá sinais de que está com fome.
Resposta: Mesmo que o bebê não fale, ele demonstra sinais de que está com fome antes de chorar: aumenta os movimentos dos olhos fechados e abertos, abre a boca, estica a língua e vira a cabeça para procurar a mama, faz sons suaves, chupa ou morde as mãos, dedos, coberta ou lençol, ou qualquer objeto que entra em contato com sua boca.
( E ) Para facilitar a amamentação, a mãe deve levar a mama até o bebê
Resposta: O ideal é que o bebê que vá até mama e não a mama que vai ao bebê.
( C ) Fissura mamilar é um problema comum, que pode ser evitado quando mãe e bebê aprendem a pega correta.
( E ) Existem três tipos de mamilo: normal, pequeno e grande.
Resposta: Mamilo normal: apresenta-se protruso e caracteriza-se pela existência de um ângulo com cerca de 45 graus entre o mamilo e a aréola. É extremamente elástico e de fácil apreensão.
Mamilo plano: situa-se no mesmo nível que a aréola, inexistindo a presença de um ângulo entre os dois. É de tecido pouco elástico, devido à grande quantidade de aderências de tecido conetivo existente em sua superfície.
Mamilo invertido: caracteriza-se pela inversão total do tecido epitelial, podendo ocasionar o desaparecimento completo do mamilo.
 
Questionário Final
Como ao longo do curso já existem várias perguntas, decidi eliminar algumas perguntas do questionário final. Estão destacadas em verde.
( C ) A ligação afetiva entre mãe e filho é favorecida pela amamentação.
( C ) A amamentação previne doenças no bebê e na mãe.
( C ) A amamentação é mais prática, pois o leite já está pronto.
( E ) Se o leite da mãe for fraco, deve-se complementar com leite de vaca.
Resposta: Todo o leite materno é adequado para o crescimento e desenvolvimento adequado das crianças. O leite materno nunca é fraco! E, de modo geral, toda mulher tem condições biológicas para amamentar.
( C ) Uma das vantagens do leite materno quando comparado aos demais leites é a facilidade da digestão.
( C ) A mulher perde peso ao amamentar. Modificar essa pergunta. Escrever: Uma das vantagens da amamentação para a mulher: pode ajudar a mulher a perder peso.
( E ) O momento de começar a pensar na amamentação é depois que o bebê nascer.
Resposta: A amamentação deve ser discutida desde as consultas de pré-natal.
( C ) A amamentação exclusiva até o sexto mês é a mais indicada para as mães e os bebês.
( E ) A amamentação tem vantagens nutricionais, mas sem nenhum fator de proteção e de defesa contra infecções para a criança.
Resposta: O leite humano apresenta fatores de proteção e de defesa contra infecções. Isto porque é rico em anticorpos e em outras substâncias que protegem a criança de infecções comuns nos 2 primeiros anos de vida, período decisivo para o crescimento e desenvolvimento da criança, com repercussões ao longo do curso de sua vida.
( C ) Diarreia é um dos sintomas que podem surgir no desmame precoce.
( C ) Chupetas e mamadeiras podem causar problemas ortodônticos e fonoaudiológicos.
( C ) Para a mãe, a amamentação ajuda a aumentar o espaçamento entre as gestações.
( E ) A amamentação é um fator de proteção contra o câncer para a criança, mas não para a mãe.
Resposta: Uma das vantagens da amamentação é que protege a mulher do câncer de mama, ovário, e endométrio.
( C ) Crianças amamentadas são mais saudáveis e geram menos gastos com cuidados de saúde para a família e menor impacto financeiro no sistema de saúde.
( E ) A amamentação favorece a saúde, mas não há provas de que ela melhore o desenvolvimento cognitivo, emocional e afetivo das crianças.
Resposta: crianças amamentadas têm maiores chances de atingir o seu potencial máximo de desenvolvimento cognitivo, emocional e afetivo, resultando em adultos com maior capacidade laboral, que contribuem para o desenvolvimento.
( C ) Apojadura é o nome que se dá à descida do leite, que acontece de 48 a 72 horas após o parto.
( C ) A livre demanda é o elemento básico para a manutenção da amamentação.
( E ) A composição do leite materno se mantém, independente do tempo transcorrido após o parto, e é isso que garante o ganho de peso do bebê.
Resposta: O leite materno é caracterizado de acordo com suas características bioquímicas, adequadas a cada determinado período da vida da criança. Ou seja, sua composição muda de acordo com a idade da criança a fim de suprir suas necessidades.
( E ) Quando o parto é prematuro, não há tempo suficiente para a produção do leite materno.
Resposta: Mesmo em partos prematuros, a mãe produz leite em quantidade e qualidade suficiente para a criança.
( E ) Há poucas razões pelas quais uma mulher não possa amamentar. Entre elas, a infecção por vírus como gripe, zika e catapora.
Resposta: Existem poucas razões pelas quais uma mulher não possa amamentar, entre elas:
– Mães infectadas pelo vírus HIV;
– Mães infectadas pelo HTLV 1 e HTLV 2;
– Mães que façam uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação, como por exemplo antineoplásicos e radiofármaco.
Gripe, Zika e catapora não são motivos.
( C ) O contato pele a pele imediatamente no pós parto favorece a amamentação.
( E ) A dor para amamentar é sinal de infecção.
Resposta: a dor para amamentar pode ser sinal que a pega do bebê pode ser melhorada. Se continuar doendo, é importante procurar ajuda de profisisonais de saúde para evitar complicações.
( C ) A primeira coisa que deve ser feita para o tratamento da fissura é posicionar corretamente o bebê no peito.
( E ) Não importa a posição correta para o bebê, desde que ele consiga alcançar o mamilo.
Resposta: A posição do bebê é muito importante para a amamentação. A posição adequada é essencial para o sucesso da amamentação.
( C ) Para ajudar o bebê a pegar a mama, a mãe deve tocar o lábio do bebê com o mamilo e, assim que ele abrir a boca, levá-lo rapidamente até a mama.
( C ) Uma boa pega é identificada por ausência de dor ou desconforto na mãe, mais aréola visível acima da boca do bebê e lábio inferior do bebê virado para fora.
( E ) Em caso de fissura mamilar, o melhor a fazer é interromper a amamentação para não contaminar o leite.
Resposta: A primeira coisa que deve ser feita para o tratamento da fissura é posicionar corretamente o bebê no peito, ou seja, é o bebê que vai à mama e não a mama que vai ao bebê. Em caso de dificuldade, é semrpe recomendável procurar um profissional de saúde.
( C ) Começar a amamentação pela mama menos dolorida e usar diferentes posições para amamentar são estratégias para tratar a fissura nos mamilos.
( E ) Cada mamada deve durar entre 30 e 40 minutos, não importa se o bebê esvazie ou não a mama.
Resposta: A duração da mamada depende da criança. Durante a mamada é importante esvaziar uma mama até o final para depois oferecer a outra, pois o leite tem duas etapas, o leite anterior e o leite posterior, que é o mais rico em gordura, que causa saciedade no bebê,e que leva ao ganho de peso.
( E ) Graças ao fenômeno da confusão dos bicos, o bebê pode alternar entre a mamadeira e o peito sem problemas.
Resposta: A confusão de bicos pode acontecer quando sugar em uma mamadeira confunde a criança, pois a maneira de sugar o peito e a mamadeira são diferentes. A utlização da mamadeira não é recomendável, pois pode causar desmame precoce.
( C ) Na posição correta, mãe e bebê ficam “barriga com barriga”.
( E ) Diante de qualquer dificuldade na amamentação, a primeira ação deve ser apresentar a mamadeira ao bebê.
Resposta: Diante da dificuldade, é recomendável que a família procure orientação de um profissional de saúde qualificado.

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