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Professor: Emerson Melo FACULDADE TECSOMA - FINOM CURSO DE FISIOTERAPIA - 5° Período DISCIPLINA: Bases, Técnicas e Métodos de Avaliação PROF.: EMERSON MELO Professor: Emerson Melo Avaliação das deformidades e incapacidades morfo- funcionais dos órgãos e sistemas do corpo humano, como fase para formação e elaboração de um programa de reabilitação fisioterapêutico. Conhecimento de métodos e técnicas específicos de programas de reabilitação. Conhecimento teórico e experiência prática e clínica para avaliação de: postura, marcha, atividades motoras básicas, teste de função muscular, teste de amplitude articular, teste de capacidade respiratória, medidas de cumprimento e circunferência de membros, avaliação do desenvolvimento motor, avaliação do sistema sensório-motor. EMENTA: Professor: Emerson Melo OBJETIVO GERAL: Propiciar aos acadêmicos conhecimentos específicos fundamentais para a capacidade de elaboração de diagnóstico fisioterapêutico, além do conhecimento de testes e exames específicos. Professor: Emerson Melo OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Ao final desta disciplina, o aluno deverá estar apto a avaliar deformidades e incapacidades morfo-funcionais dos diversos órgãos e sistemas do corpo humano, especialmente sistema ósteo-muscular, neurológico e cárdio-respiratório, tendo condições ainda de avaliar o desenvolvimento motor, bem como postura, marcha, força muscular, amplitude de movimento, capacidade respiratória, medidas de comprimento e circunferência de membros. Professor: Emerson Melo CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Unidade I 1 - Conceito e orientação da disciplina Bases Métodos Terapêuticos de Avaliação 1.1 Introdução à Semiologia 1.2.Anamnese: Semiotécnica; Elementos componentes (Identificação, Queixa ........... Principal, HDA, História Patológica Pregressa, antecedentes familiares, Hábitos ...........de Vida e condições sócio-econômicas e culturais); 1.3 Sinais e Sintomas – Diferenciação; 1.4 Técnicas Essenciais do Exame Físico: Inspeção, Palpação, Percussão e Ausculta. 1.5 Sinais Vitais: Pulsos, Pressão Arterial, Freqüência Cardíaca, Temperatura e Freqüência respiratória; Professor: Emerson Melo 1.6 Exame Físico Geral: Estado Geral, Fácies, Postura, Biótipo, Peso e Altura, Temperatura corporal, Exame da Pele, mucosas e fâneros, Musculatura, Circulação, Edema, Estado de nutrição, Estado de hidratação, Fala e Linguagem, Exame da Marcha, Nível de consciência. Professor: Emerson Melo Unidade II 2- Ombro 2.1 Revisão anatômica, biomecânica e classificação da articulação 2.2 Testes específicos para síndrome do impacto 2.3 Testes específicos para instabilidade glenoumeral: 2.4 Síndrome da saída torácica e testes específicos 3- Cotovelo 3.1 Revisão anatômica, biomecânica e da amplitude de movimento. 3.2Testes específicos para epicondilite lateral : Cozen, Mill 3.3Teste especifico para epicondilite medial: teste de cotovelo do golfista. 3.4Teste para instabilidade ligamentar Professor: Emerson Melo 4- Joelho 4.1 Revisão anatômica, biomecânica e amplitude de movimento. 4.2 Teste de instabilidade dos meniscos 4.3 Teste de instabilidade ligamentar 4.4 Teste específicos para disfunção patelofemural 5- Tornozelo 5.1 Revisão anatômica, biomecânica e amplitude de movimento 5.2 Teste especifico para instabilidade ligamentar 5.3 Síndrome do Túnel do Tarso: : teste do torniquete 5.4 Ruptura do tendão calcâneo: teste de Thopson e teste de percussão do tendão .........calcâneo. Professor: Emerson Melo 6 - Quadril 6.1 Revisão anatômica, biomecânica e amplitude de movimento 6.2 Luxação congênita do quadril: teste de Barlow, Ortolani, Allis e Sinal de .........telescopagem 6.3 Testes específicos para Contratura do Quadril 7 - Coluna 7.1Revisão anatômica, biomecânica e amplitude de movimento. 7.2Testes específicos para coluna lombar Professor: Emerson Melo A semiologia médica, também conhecida como propedêutica, é a disciplina ligada ao estudo de sinais e sintomas de doenças humanas e animais. Ou seja, é por meio dela que o profissional consegue ter mais elementos e informações — seja por meio da anamnese ou de exames clínicos — para realizar um diagnóstico seguro. https://blog.maconequi.com.br/como-fazer-anamnese/?utm_source=blog&utm_medium=social&utm_campaign=blog-semiologia-medica Professor: Emerson Melo Aprender corretamente o processo de identificação e avaliação é fundamental para a segurança do paciente e do profissional. Como ela é uma disciplina usada no cotidiano, deve ser trabalhada da melhor maneira possível. Na sequência, veja qual é a forma ideal de aprender semiologia médica e descubra quais pontos merecem atenção Professor: Emerson Melo Semiologia ou Propedêutica é a área da saúde (Medicina,MedicinaVeterinária, Enfermagem, Biologia, Bio medicina, Farmácia, Fisioterapia, Educação Física, Fonoaudiologia, Psicologia, Terapia, Odontologia, N utrição e Terapia Ocupacional), relacionada ao estudo dos sinais e sintomas das doenças humanas e de outros animais. Vem do grego σημειολογία (semeîon, sinal + lógos, tratado, estudo). A Semiologia é muito importante para o diagnóstico da maioria das enfermidades. https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_veterin%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Enfermagem https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Biomedicina https://pt.wikipedia.org/wiki/Biomedicina https://pt.wikipedia.org/wiki/Farm%C3%A1cia https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_F%C3%ADsica https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_F%C3%ADsica https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_F%C3%ADsica https://pt.wikipedia.org/wiki/Fonoaudiologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia https://pt.wikipedia.org/wiki/Odontologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia_Ocupacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia_Ocupacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia_Ocupacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinal_m%C3%A9dico https://pt.wikipedia.org/wiki/Sintoma https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Diagn%C3%B3stico Professor: Emerson Melo Sintoma é toda a informação subjetiva descrita pelo paciente. Não é passível de confirmação pelo examinador, já que é uma sensação do paciente (dor de cabeça, por exemplo). Refere-se, unicamente, à percepção de uma alteração por parte do doente. A anamnese é a parte da semiologia que visa revelar, investigar e analisar os sintomas. Cerca de 80% dos diagnósticos são realizados baseados nessa parte do exame, um dos pilares da história clínica do paciente. A história clínica compreende, além da anamnese, o exame objetivo, os exames complementares e a história pregressa. https://pt.wikipedia.org/wiki/Dor_de_cabe%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Dor_de_cabe%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Dor_de_cabe%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Dor_de_cabe%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Dor_de_cabe%C3%A7a Professor: Emerson Melo Por outro lado, um sinal refere-se a toda alteração objetiva, que é passível de ser percebida pelo examinador (uma mancha na pele, um sopro cardíaco, por exemplo). https://pt.wikipedia.org/wiki/Sopro_card%C3%ADaco https://pt.wikipedia.org/wiki/Sopro_card%C3%ADaco https://pt.wikipedia.org/wiki/Sopro_card%C3%ADaco Professor: Emerson Melo A semiologia médica estuda, também, a maneira de revelar (anamnese, exame clínico, exames complementares) e de apresentar (observação, tabelas, síndromes etc.) esses sintomas, com o propósito de se estabelecer um diagnóstico. A semiologia pode e normalmente defere um diagnóstico com mais precisão em uma investigação médica. https://pt.wikipedia.org/wiki/Anamnese https://pt.wikipedia.org/wiki/Exame_cl%C3%ADnicohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Exame_cl%C3%ADnico https://pt.wikipedia.org/wiki/Exame_cl%C3%ADnico https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome https://pt.wikipedia.org/wiki/Diagn%C3%B3stico Professor: Emerson Melo A Semiologia é, conceitualmente, de acordo com Aurélio Buarque de Holanda, "a ciência geral dos signos, segundo Ferdinand de Saussure (lingüista suíço do século XIX), que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas de signos, isto é, sistemas de significação em oposição à lingüística, que se restringe ao estudo dos signos lingüísticos, ou seja, da linguagem; a semiologia tem por objeto qualquer sistema de signos (imagens, gestos, vestuários, ritos etc.); a semiologia médica se ocupa do estudo e da descrição dos sinais e sintomas de uma doença". Professor: Emerson Melo No sentido empregado, os signos são os sinais, os símbolos, as imagens, os gestos, os ritos. Para Alvin Finkelstein, quem pratica a Semiologia Médica, é privilegiado por uma situação exclusiva: "o objeto pesquisado fala". É indispensável, portanto, que o praticante da arte desenvolva, continuamente, a habilidade de escutar. Nós podemos olhar e não enxergar, ouvir e não escutar. Professor: Emerson Melo Alguns acontecimentos foram cruciais nos últimos 3.000 anos para o desenvolvimento do diagnóstico clínico na sua forma como conhecemos hoje. O diagnóstico clínico teve suas origens na medicina grega. Hipócrates e seus contemporâneos lançaram as bases do método clínico, estabelecendo a medicina como uma profissão e declarando que ela tem uma base racional. Eles colhiam uma história minuciosa e praticavam ausculta direta. Foram os mestres da observação – suas descrições de pacientes poderiam caber em textos modernos de medicina sem muitas alterações. Os textos desta época demonstram um alto nível da medicina, que incluia uma cuidadossa anamnese, inspeção, palpação, ausculta direta, e exame do escarro e da urina. Professor: Emerson Melo Uma contribuição duradoura da escola de Hipócrates era a convicção de que a doença é de etiologia natural e não divina. Entretanto, os gregos não tinham conceito de nosologia. Eles achavam que a doença era causada por um desequilíbrio dos quatro humores do corpo: sangue, bílis amarela, bílis negra, e linfa. A mais antiga referência à Semiologia Médica parece ter sido feita no Império Romano; entendia-se a Semiologia como o estudo diagnóstico dos sinais das doenças. O médico Galeno de Pérgamo (139-199 a.D.) referia-se ao diagnóstico como sendo parte da "semiótica médica". Professor: Emerson Melo Um marco no desenvolvimento clínico foi a retomada da dissecação de corpos humanos para fins educativos. Andreas Vesalius foi assim, capaz de publicar um texto de anatomia humana precisa em 1543, De Humanis Corporis Fabrica. Este livro foi baseado em dissecção pessoal de corpos humanos. Vesalius forneceu a base anatômica necessária, sobre a qual o método clínico pode ser construído. Algum tempo após, em 1761, Giovanni Morgagni estabeleceria a anatomia patológica, ou patologia, como uma disciplina. Ele estabeleceu conceitos patológicos de órgãos inteiros. Enquanto esses conceitos de anatomia patológica se desenvolviam, foi de Thomas Sydenham, no século XVII na Inglaterra, o mérito da definição de doença, apresentando o conceito nosológico. Professor: Emerson Melo O desenvolvimento histórico da nosologia - ramo da medicina que lida com o conceito, definição, classificação e nomenclatura da doença - foi fundamental para a evolução do diagnóstico clínico. Este conceito permitia entender que uma mesma doença podia causar manifestações clínicas diferentes de um indivíduo para o outro. Mas o real primórdio do diagnóstico físico ocorreu com a descoberta da percussão por Auenbrugger em 1760, e sua disseminação e aperfeiçoamento por Jean Nicolas Corvisart em 1808. O conceito de localização anatômica da doença no paciente vivo originou-se com a descoberta de percussão. Antes de Auenbrugger, os médicos não podiam descobrir a localização da doença interna durante a vida do paciente. Esta técnica propiciou um grande avanço sobretudo no diagnóstico das afecções pulmonares. Professor: Emerson Melo Em 1816, um dos maiores acontecimentos para desenvolvimento da semiologia moderna aconteceu, a invenção do estetoscópio por René Laennec. Laennec não apenas forneceu uma ferramenta extraordinária à medicina, como estabeleceu uma ligação entre o que via e ouvia e a disfunção oculta do corpo. Laennec anotava diretamente os achados observados no exame físico de todos os seus pacientes, registrando de que modo o exame se alterava ao longo do tempo. Quando o paciente morria, algo comum entre os pacientes da época doentes o suficientes para serem levados ao hospital, Laennec estabelecia as relações entre os achados do exame físico, incluíndo a ausculta, e os da autópsia, descrevendo desde aquela época as principais manifestações estetoauscultatórias das doenças cardíacas e pulmonares. Professor: Emerson Melo Na primeira metade do século XIX, Paris era a "Meca" do mundo da medicina. A medicina moderna começou a surgir na França durante este período de cinquenta anos. A comunidade médica parisiense foi uma luz brilhante que atraiu médicos de todo o mundo nessa época, assim como eles iriam para a Alemanha a partir de 1850. Pierre- Charles Alexandre Louis (1787-1872) representava o melhor da escola francesa durante este período. Louis estabeleceu a abordagem sistemática para o caso clínico que usamos até hoje. Louis foi um dos primeiros a aplicar estatística para o estudo da medicina. Professor: Emerson Melo Todos esses desenvolvimentos foram aplicados à educação médica por William Osler na clínica médica da Universidade Johns Hopkins em 1893, revolucionando, assim, a educação médica e a prática da medicina na América e no Mundo ocidental. O modelo de instrução de clínica médica que Osler implementou causou uma revolução no ensino médico. Ele consolidou a maneira de ensino da semiologia médica à beira do leito. A ele atribui- se o desenvolvimento do modelo de residência médica conhecido hoje em dia. A partir daí, estudantes de medicina tornaram-se membros efetivos da equipe de atendimento ao paciente, realizando anamnese, fazendo exame físico e participando de rondas com os médicos residentes e professores. Professor: Emerson Melo Na história da semiologia médica, houve ainda inúmeros importantes marcos, como o modelo de ensino médico à beira do leito, já praticado por Boerhaave em Leiden em 1700; além do desenvolvimento de instrumentos de precisão como o termômetro, oftalmoscópio e o esfigmomanômetro. Desta forma, a Semiologia Médica vem se desenvolvendo desde a Grécia antiga, principalmente graças a médicos que se entregaram de corpo e alma ao exercício pleno da medicina, sempre se inquietando em fazer mais por seus pacientes – tornando o exame clínico, ainda hoje, a mais poderosa e confiável ferramenta diagnóstica para o clínico. Professor: Emerson Melo SEMIOLOGIA - ANAMNESE Uma boa Anamnese proporciona um diagnóstico seguro Em Fisioterapia a anamnese é dirigida pelo profissional afim de colher dados do paciente e obter um diagnóstico seguro e, assim, imprimir o tratamento correto. A anamnese consiste numa entrevista com o paciente com perguntas ao paciente e sua doença. objetivas e com a finalidade de reconstituir os fatos relacionados Professor: Emerson Melo A anamnese ou história clínica constitui a base para o diagnóstico e tratamento do paciente. Considerando a própria etimologia da palavra que significa recordação, só poderá ser construída pelo paciente, com o médico tendo o papel de orientar sua construção. Professor: Emerson Melo Na maioria das doenças a anamnese continua sendo a parte mais importante, dentro da avaliação, para se chegar a um diagnóstico. Ela sofre algumas variantes de acordo com o tipo de paciente. Em crianças aentrevista é realizada com a mãe, mas a fala da criança não deixa de ter sua importância clínica. Com adolescentes a anamnese é feita em dois tempos: num primeiro momento se faz com a família; e no segundo momento se faz apenas com o adolescente. Professor: Emerson Melo É importante que o profissional garanta que haverá sigilo das informações às duas partes a menos que a comunicação de informação de uma a outra parte seja realmente muito importante para o tratamento. Com adultos embora haja uma maneira mais uniforme de se fazer a anamnese, mesmo assim sofre muitas modificações de acordo com a patologia que o paciente apresenta. Professor: Emerson Melo Na anamnese em fisioterapia, é bem interessante que cada profissional monte a sua própria anamnese, levando em conta fatores como a sua especialidade, pois a anamnese pode ter perguntas específicas, leva-se em conta também as condições de trabalho e os recursos disponíveis para traçar os objetivo e conduta, ou seja, cada serviço (hospital clínica, home care) tem sua necessidade de informação. Professor: Emerson Melo Embora haja essas variantes na forma de realizar a anamnese em pacientes específicos, existe alguns elementos que são comuns a toda anamnese, ou pelo menos, na maioria delas. Entre esses elementos estão: 1. Identificação do paciente(nome, estado civil, sexo, cor, profissão, endereço, naturalidade, telefone, responsável etc.); Iniciamos a anamnese, a maioria da vezes, com a identificação (nome, endereço, profissão...) e este dado, às vezes, já nos dá uma direção, como por exemplo, a profissão pode estar desencadeando a patologia, dor ou postura. 2. Queixa Principal (QP) - motivo que levou o paciente a procurar o profissional; Professor: Emerson Melo 3. História da Doença Atual (HDA) - consiste em fazer um apanhado da evolução da doença onde o paciente relata quando iniciou e como está no momento atual. Para isso, o fisioterapeuta toma por base o sintoma-guia que é o sintoma que permite recompor a história da doença de forma mais precisa e segura. O paciente será indagado sobre uso de medicamentos que fez para buscar a cura, se deu resultado ou não. O profissional pode se valer de um ou mais sintomas; Início da doença ou do sintoma (data, época ou duração; modo súbito ou gradual, ordem de aparecimento de sintomas; fatores predisponentes e desencadeantes); Professor: Emerson Melo Antes do exame físico, fazemos e escrevemos de forma objetiva as perguntas. Elas podem ser abertas. Nessas, podemos deixar o paciente mais a vontade para falar o que esta sentindo? Ou como a quando começou, isto inclui a HDP (história da doença pregressa), no início e HDA (história da doença atual). Professor: Emerson Melo #Evolução ao longo do tempo, modificações observadas, novos sintomas; # Estado atual; # Detalhamento do sintoma: a - caráter ou qualidade; b - fatores agravantes e de alívio; c - localização exata, intensidade, freqüência, duração, ritmo; d - crises e períodos intercríticos: o que acontece em cada um deles; e - dados negativos relevantes. # Sintomas associados: focais e gerais; Professor: Emerson Melo Repercussões objetivas sobre a vida do paciente, principalmente quanto a sua autonomia, à família, ao trabalho, à sociabilidade, ao lazer, ao prazer, às atividades da vida diária ( AVDs); Professor: Emerson Melo Relação do trabalho com a doença: se o paciente menciona ou você suspeita, verificar o que faz e como faz, situações incômodas no trabalho, ambiente físico e pessoal, riscos, ritmo, trabalho noturno, melhora nos fins de semana ou nas férias, licenças médicas pelo mesmo problema etc.; Professor: Emerson Melo Perguntas específicas já são direcionadas, mas o fisioterapeuta pode perguntar onde concentra-se mais a dor, e pedir mais especificações quando o paciente é interrogado: ―quando doí mais?‖. Todos os itens são de suma importância para uma boa ficha de anamnese, e o conjunto de todas as informações leva a um diagnóstico mais rápido. Professor: Emerson Melo 4. Interrogatório Sintomatológico (IS) - é um complemento da HDA. Este último bem feito dispensa a parte do interrogatório sintomatológico. O IS serve para identificar alguns sinais/sintomas ou mesmo patologia que não tinha relação com as relatadas na HDA; Professor: Emerson Melo 5. Antecedentes Pessoais e Familiares (AP-AF) - consiste em indagar ao paciente sobre algumas doenças que o paciente e/ou seus familiares foram acometidos nos anos anteriores. Deve-se iniciar pelas doenças que foram acometidas na infância e depois as que foram acometidas recentemente. Em caso de mortes dos familiares pergunta-se sobre a causa;como: pressão arterial, uso de medicamentos, fumante, gestante, hipertenso, diabético, doenças hereditárias, cirurgias, medicações de uso contínuo, etc. Professor: Emerson Melo 6. Hábitos de Vida e Condições Sócio-Econômicas - consiste em fazer perguntas ao paciente sobre alguns aspectos de sua vida diária como: alimentação(tipo, quantidade), habitação(local, tipo), ocupação atual e anterior, atividades físicas(sedentarismo, atleta, freqüência, intensidade), vícios(álcool, fumo, drogas ilícitas), condições culturais e escolaridade. Professor: Emerson Melo A anamnese trás um aspecto psicológico muito forte. Ela é o primeiro momento da relação entre profissional e paciente. Então, torná-la agradável contribui para o sucesso do tratamento pois o paciente irá se segurar na confiança que o profissional transmitiu. É sempre bom lembrar, também que durante a anamnese o profissional deve se valer de uma linguagem que seja acessível ao seu paciente. Sendo uma anamnese bem feita pelo fisioterapeuta haverá, portanto um bom diagnóstico e, conseqüentemente um melhor programa fisioterapêutico para o paciente. Professor: Emerson Melo Os itens contidos em uma anamnese variam segundo a idade, o gênero e a enfermidade do paciente, a especialidade clínica, o tempo disponível e os objetivos da consulta. Depois que se conhece e compreende todos os itens de uma anamnese abrangente, é possível fazer uma seleção dos necessários. Nessa anamnese, aparecem os termos técnicos para os sintomas. As definições dos termos, juntamente com as formas de indagar sobre os sintomas, devem ser observadas. Tais padrões constituem uma estrutura para documentação ou registro. Não determinam a seqüência da coleta de informações ou a forma como as mesmas são colhidas. Lembre-se que este é um roteiro padrão, abrangente e minucioso. Elabore o seu próprio roteiro, sucinto, para você se orientar nos seus atendimentos Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo Exame físico Embora tenha se iniciado ao ver e cumprimentar o paciente, uma vez encerrada a anamnese, é hora de proceder ao exame físico propriamente dito. Esse é um outro momento de ansiedade para o estudante e também para o paciente. Para o estudante pela insegurança de não saber como fazê-lo, além da dificuldade do contato físico com uma pessoa desconhecida; para o paciente tanto pelo medo de que possa ser encontrado algo errado ou de sentir dor ou desconforto quanto pela exposição excessiva que representa. Afinal o corpo é o que há de mais particular para cada um de nós. O preparo para o exame é, por isso, essencial Professor: Emerson Melo Exame físico O paciente deverá ser informado sobre a necessidade da realização do exame físico, esclarecido sobre como este será feito, e orientado sobre como proceder para que o mesmo possa ser feito. A participação do paciente, expondo suas dúvidas, deve ser estimulada. Em seguida será orientado a trocar de roupa, com a recomendação de que peças tirar e como colocar a roupa para o exame. Professor: Emerson Melo Exame físico Pacientes homens são orientados a tirar a camisa e a calça e vestir o calção, além de tirar sapatos e meias.Para as mulheres, recomenda-se tirar toda a roupa, exceto a calcinha, e colocar o avental. Alguns pacientes vêm à consulta com roupas que permitem o exame físico porque não gostam de trocar de roupa ou de usar a roupa do ambulatório; eles podem ter sua vontade respeitada desde que isso não traga prejuízo para o exame. Quando o consultório tem banheiro, o paciente pode trocar ali sua roupa; caso disponha apenas de um biombo, pode ser interessante que professor e estudantes saiam para o paciente trocar de roupa. Professor: Emerson Melo Vestido adequadamente para o exame, o paciente deverá ter aferido seu peso e, quando da primeira consulta, sua altura, para o cálculo do índice de massa corporal (IMC). Se não houver balança no consultório, peso e altura serão aferidos antes de ele trocar a roupa, pois não é possível levá-lo pelos corredores sem sua roupa. Completados os dados antropométricos, o paciente é convidado a se assentar na maca ou mesa de exame para que se proceda ao mesmo. Pacientes idosos ou com dificuldade para locomover devem ser auxiliados a subir as escadas para alcançar a mesa. Ficar próximo do paciente e atento aos seus movimentos pode evitar acidentes Professor: Emerson Melo O IMC (Índice de Massa Corporal) é uma ferramenta usada para detectar casos de obesidade ou desnutrição, principalmente em estudos que envolvem grandes populações. De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), essa é uma medida universal de classificação de obesidade, validada pela Organização Mundial da Saúde. É possível encontrar o resultado do índice fazendo uma conta que envolve a relação do peso de uma pessoa em quilos com a sua altura ao quadrado. Para a avaliação de um paciente individualmente, no entanto, ele pode ser falho por não levar em conta a composição desse peso corporal, que pode ser composto por gordura, músculos, água e estruturas ósseas. Professor: Emerson Melo Como calcular IMC O IMC é calculado dividindo o peso pela altura elevada ao quadrado. Ou seja, de forma mais simples, você multiplica sua altura por ela mesma e depois divide seu peso pelo resultado da última conta. Por exemplo, uma pessoa com 1,70 m e 70 kg fará o seguinte cálculo: Altura multiplicada por ela mesma: 1,70 x 1,70 = 2,89 Peso dividido pelo quadrado da altura: 70 / 2,89 = 24,22 Logo, essa pessoa tem IMC de 24. Professor: Emerson Melo IMC Resultado Menos do que 18,5 Abaixo do peso Entre 18,5 e 24,9 Peso normal Entre 25 e 29,9 Sobrepeso Entre 30 e 34,9 Obesidade grau 1 Entre 35 e 39,9 Obesidade grau 2 Mais do que 40 Obesidade grau 3 Tabela de resultados – IMC Professor: Emerson Melo O fato de ter encerrado a anamnese não impede que se continue a conversar com o paciente e a sua participação no exame deve ser estimulada, de sorte a torná-lo um sujeito ativo em toda a consulta. Dados novos e importantes podem surgir enquanto se realiza o exame físico; além disso, conversar enquanto se faz o exame pode deixar o paciente menos tenso. Professor: Emerson Melo Os pacientes valorizam muito o exame físico e não é raro, ao final de um exame minucioso, dizerem que nunca foram tão bem examinados na vida. Do mesmo modo, costumam reclamar de outras consultas dizendo que o médico nem mesmo aferiu a pressão arterial. Professor: Emerson Melo A forma de se iniciar o contato físico com o paciente assim como o desenvolvimento do exame objetivo são de importância decisiva na qualidade da relação Terapeuta - paciente. Recomenda-se que o Fisioterapeuta inicialmente lave suas mãos, procedimento que deverá ser repetido ao final do exame. O começo do exame pelas mãos do paciente e a palpação do pulso radial dá ao paciente sensação de ternura e disposição de aproximação, pois parte de um contato físico direto, socialmente aceito ao se cumprimentar pessoas antes desconhecidas. Esse contato inicial, realizado sem pressa, revela disponibilidade do terapeuta, dá oportunidade para que o paciente acrescente outras informações e torna o exame menos desagradável. Professor: Emerson Melo Em suas primeiras experiências, os estudantes, do mesmo modo que os pacientes, ficam apreensivos. Sentem-se desconfortáveis em seus papéis ambíguos de estudantes e profissionais e inseguros em relação a suas competências recém-adquiridas. O fato de tocar as regiões íntimas do corpo de uma pessoa, bem como de causar desconforto ao paciente, muitas vezes é motivo de muita preocupação. A ansiedade é inevitável. Professor: Emerson Melo Entretanto, com o decorrer do tempo, a competência e a autoconfiança aumentam. Através do estudo e da prática repetida, o fluxo do exame fica mais natural e o Fisioterapeuta passa, gradualmente, a conseguir deslocar a atenção de onde colocar as mãos ou os instrumentos para o que ele ouve, vê e sente. Ao mesmo tempo, acostuma-se ao contato físico, fica mais hábil em 20 minimizar o desconforto e passa a ter mais consciência das reações do paciente do que de seus próprios sentimentos. Logo, consegue realizar em 5 a 10 minutos o que inicialmente lhe tomava 1 ou 2 horas. Um progresso permanente é uma meta a ser alimentada durante toda a vida. Professor: Emerson Melo Como na anamnese, tenha sensibilidade em relação aos sentimentos do paciente. Uma expressão facial ou uma pergunta aparentemente casual, do tipo ―está tudo bem?‖, por parte dele, podem trair preocupações previamente não mencionadas. Sonde essas inquietações sempre que possível. Leve em consideração, também, o bem-estar e as necessidades do paciente. Ajuste a inclinação da cama ou da mesa de exames de forma compatível com as necessidades dele e use travesseiros, para maior conforto, ou cobertores, para aquecê-lo, se necessário. Proporcione o máximo de privacidade possível, utilizando campos e biombos de forma adequada, e fechando as portas. Professor: Emerson Melo O exame fisico não é apenas importante para o diagnóstico. Ela desempenha um importante papel para estabelecer uma melhor comunicação com o paciente. Ou seja, é quando se cria um contato maior. É quando o paciente percebe o cuidado e a preocupação do profissional para com ele. As pessoas geralmente notam isso. É comum ouvir pacientes reclamarem, após consultas, que o profissional de saúde nem ao menos o tocou para fazer o diagnóstico. Deixar de fazer a palpação provoca, no paciente, desconfiança. Ele sente que houve falta de cuidado, despreocupação e até mesmo ineficiência. As pessoas percebem o toque do profissional de saúde de maneira bastante positiva. Mesmo que possam não gostar, enxergam isso como um mal necessário. Professor: Emerson Melo Exame físico Para obter os dados do exame físico, é preciso utilizar os sentidos- visão, olfato, tato e audição. As habilidades necessárias ao exame físico são: • Inspeção • Palpação • Percussão • Ausculta Professor: Emerson Melo Identificação de estruturas: •Tecido cutâneo •Músculos superficiais / profundos • •Coxins adiposos •Ossos / Articulações •Tendões / Ligamentos Professor: Emerson Melo Inspeção É a exploração feita a partir do sentido da visão. Investigam-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior. A inspeção começa no momento em que se entra em contato com o paciente realizando-se uma "inspeção geral'. Professor: Emerson Melo A "inspeção direcionadâ' pode ser panorâmica ou localizada - pode ser efetuada a olho nu ou com auxílio de uma lupa. Raramente se emprega a inspeção panorâmica com visão do corpo inteiro; entretanto, para o reconhecimento das dismorfias ou dos distúrbios do desenvolvimento físico, é conveniente abranger, em uma visão de conjunto, todo o corpo. Mais empregada é a inspeção de segmentos corporais, e, a partir daí, deve-se fixar a atenção em áreas restritas. As lesões cutâneas tornam-se mais evidentes quando ampliadas por uma lupa que tenha capacidadede duplicar ou quadruplicar seu tamanho. Professor: Emerson Melo Mantenha a sala de exame com temperatura agradável • Mantenha a privacidade na hora do exame, evitando interrupções • Adquira o hábito de prestar atenção às expressões faciais do paciente, ou mesmo de perguntar se está tudo bem, enquanto prossegue no exame físico, pois fontes de dor e preocupações podem ser reveladas • Sempre utilize um avental ou lençol para cobrir o paciente • Durante o exame, mantenha o paciente informado de cada passo para deixá-lo tranqüilo. Professor: Emerson Melo O que inspecionar? 1) Deformidades, nódulos, amputação, postura antálgica Professor: Emerson Melo 2 - Integridade cutânea (cicatrizes, úlceras, manchas) Professor: Emerson Melo Coloração (rubor, cianose, hematomas) Professor: Emerson Melo 4- Aumento de volume: • Edemas (inflamatórios ou linfáticos) • Trombose •Tumefações (aumento de volume de ordem tumoral ou p/ infiltração edematosa - cistos) Professor: Emerson Melo Trofismo e contorno muscular (hipertrofia, hipotrofia e atrofia muscular) Professor: Emerson Melo A palpação é uma forma de diagnóstico por pressão. O profissional utiliza a mão ou os dedos para pressionar a superfície do corpo do paciente. Todos os profissionais de Fisioterapia passaram por estes treinamento durante sua formação. Mas, por essa ser uma técnica aparentemente menos sofisticada, é comum se dar mais importância a outras formas de exames, que disponibilizam imagens e dados mais precisos. Palpação Professor: Emerson Melo Mas isso não significa que a palpação pode ser colocada em segundo plano ou esquecida. Ela é tão importante para o diagnóstico quantos as outras formas de exame. Afinal, para se decidir por um tratamento efetivo é necessário explorar todas as informações que puderem ser reunidas. E a palpação oferece um ponto de vista diferente dos outros exames. Sendo, portanto, essencial. Professor: Emerson Melo Importância da palpação: durante o diagnóstico A palpação é uma parte importante do exame físico. Com ela se sente a textura, o tamanho, a consistência e localização de certas partes do corpo com as mãos. Além de se poder também determinar áreas dolorosas. Assim como qualificar a dor sentida pelos pacientes. Professor: Emerson Melo Palpação A palpação frequentemente confirma pontos observados durante a inspeção. A palpação recolhe dados por meio do tato e da pressão. O tato fornece impressões sobre a parte mais superficial, e a pressão, sobre as mais profundas. Professor: Emerson Melo Pela palpação percebem -se modificações de textura, temperatura, umidade, espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza, além da percepção de frêmito, elasticidade, reconhecimento de flutuação, crepitações, vibração, pulsação e verificação da existência de edema e vários outros fenômenos. Por conveniência didática, relacionamos juntamente com os vários tipos de palpação outros procedimentos - vitropressão, puntipressão e fricção com algodão - que fogem um pouco do que se entende por palpação no sentido estrito. Professor: Emerson Melo Exemplos de sinais e problemas que podem ser percebidos pela palpação incluem a pulsação, a distensão abdominal, o frêmito, várias hérnias, luxações articulares, fraturas ósseas, tumores, entre outros. Além disso, ela permite que você sinta a resposta imediata do corpo do paciente ao toque. Assim é possível não apenas encontrar o foco de lesões, como as dores referidas a ela. Professor: Emerson Melo Importância da palpação: alguns cuidados A pressão usada durante a palpação varia de acordo com a região que está sendo examinada. Pressão excessiva para sentir a pulsação, por exemplo, não é viável. Assim como uma pressão leve demais impossibilita sentir com o toque regiões mais profundas sob a pele. Recomendamos que a palpação seja iniciada de forma cuidadosa. Portanto, uma boa ideia é deixar as áreas que você sabe que vão causar desconforto e dor para o fim. Deixando sempre claro para o paciente que esse procedimento é necessário para melhor avaliá-lo. Reconhecer que certas áreas podem causar desconforto significa ter empatia. Por isso, deixe sempre claro quando estiver prestes a fazer algo que possa causar dor. Professor: Emerson Melo Percussão A percussão baseia-se no seguinte princípio: ao se golpear um ponto qualquer do corpo, originam-se vibrações que têm características próprias quanto à intensidade, ao timbre e à tonalidade, dependendo da estrutura anatômica percutida. Ao se fazer a percussão, observa-se não só o som obtido, mas também a resistência oferecida pela região golpeada. Professor: Emerson Melo O que investigar durante a Palpação? • Sintomas dolorosos (dor à palpação LOCAL ou RE FERIDA) • Espasmos musculares (dores miofasciais, pontos gatilhos) • Sinais flogísticos (calor - verifica -se temperatura com o dorso da mão -, rubor e dor) • Edemas* (inflamatórios ou linfáticos) -Palpação e Mobilização dos tecidos: -Cicatrizes, fibroses e aderências -Crepitações, rigidez articular e muscul ar Professor: Emerson Melo O que investigar durante a Palpação? • Sintomas dolorosos (dor à palpação LOCAL ou RE FERIDA) • Espasmos musculares (dores miofasciais, pontos gatilhos) Professor: Emerson Melo O que investigar durante a Palpação? -Palpação e Mobilização dos tecidos: -Cicatrizes, fibroses e aderências -Crepitações, rigidez articular e muscular Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo Edemas: Intra ou extra-articular : pode ser devido ao aumento de líquido dentro da articulação (sinovite) ou a afecções dos tecidos moles; - Verificar coloração e temperatura Professor: Emerson Melo Edemas: Linfedema: aumento de líquido linfático ; Sinal de Cacifo (pressão dos dedos sobre o tecido) Observado pela compressão da área edemaciada ; quando comprimida a região (geralmente com o polegar), a área permanece deprimida por alguns segundos. A demora no retorno da área comprimida (acima de 5 segundos) identifica o edema Edema com cacifo – Sinal de Godet Professor: Emerson Melo Semiotécnica A técnica da percussão sofreu uma série de variações no decorrer dos tempos; hoje, usa-se basicamente a percussão direta e a percussão digitodigital, e, em situações especiais, a punho-percussão, a percussão com a borda da mão e a percussão tipo piparote. Professor: Emerson Melo Percussão A percussão pode ser realizada diretamente , no qual são aplicados golpes com as polpas digitais na região determinada, em digito-digital que é feito por meio de um golpe com a borda ungueal do dedo médio da mão direita na superfície dorsal da 2° falange do dedo médio ou indicador, Professor: Emerson Melo Percussão em punho-percussão, que é realizada com a mão fechada aferindo golpes com a borda cubital, analisando se há sensação de dor, em percussão com a borda da mão, realizada com a mão estendida em percussão piparote , no qual sobre a região do abdômen são exercidos piparotes com o dedo indicador, com a outra mão apoiada na região contra lateral, essa percussão detecta possíveis líquidos abdominais Professor: Emerson Melo Ausculta A inclusão da ausculta com estetoscópio no exame clínico, na primeira metade do século 19, foi um dos maiores avanços da medicina desde Hipócrates. Laennec relatou da seguinte maneira sua descoberta: Professor: Emerson Melo Na ausculta o sentido utilizado é a audição, no qual se podem detectar ruídos produzidos pelos órgãos, que são derivados das vibrações das estruturas corporais superficiais. Existe a ausculta direta e a com estetoscópio. Professor: Emerson Melo Estetoscópio Há vários tipos de estetoscópio: estetoscópio clássico, master, digital, com amplificador, eletrônico e pediátrico. Os principais componentes de um estetoscópio clássico são: • Olivas auriculares • Armação metálica • Tubos de borracha •Receptores. https://www.youtube.com/watch?v=9XL3caBpsok Introdu��o a Semiologia.ppt Professor: Emerson Melo Ausculta Pulmonar Método de exploração funcional que tem por objetivo identificar os sons normais e/ou patológicos que ocorrem no interior dos pulmões durante a ventilação. Professor: Emerson Melo Equipamento utilizado: Estetoscópio Considerações: Adulto e infantil Próprio / da unidade Conservação e limpeza Professor: Emerson Melo Ausculta Anterior • Pontos • Seqüência Professor: Emerson Melo Ausculta Anterior • Pontos • Seqüência Mínimo 4 • De cima para baixo • Medial para lateral •Um lado e depois outro •Comparativo Professor: Emerson Melo Ausculta Posterior • Pontos • Seqüência Professor: Emerson Melo Ausculta Anterior • Pontos • Seqüência Mínimo 5 • De cima para baixo • Medial para lateral •Um lado e depois outro •Comparativo https://www.youtube.com/watch?v=9XL3caBpsok Introdu��o a Semiologia.ppt Professor: Emerson Melo Sinais Vitais: Sinais vitais sempre foram elementos importantes como auxílio no prognóstico clínico de doenças, principalmente das infecciosas, e numa época em que outros recursos de diagnóstico eram precários. Professor: Emerson Melo Os sinais vitais são um grupo de sinais indicadores do desempenho das funções vitais, medidos para estabelecer seus padrões basais, orientar o diagnóstico inicial de uma enfermidade, observar tendências dos processos fisiológicos, fazer o acompanhamento da evolução do quadro clínico e monitorar a resposta do paciente ao tratamento Professor: Emerson Melo Os sinais vitais evidenciam o funcionamento da função corporal, sendo relevantes para determinar o estado de saúde do indivíduo. Sua importância se dá pelo fato de que os sinais vitais são os melhores indicadores das alterações que afetam a eficácia do funcionamento do sistema circulatório, respiratório, renal ou endócrino. Sinais vitais: são definidos como parâmetros do funcionamento regular dos órgãos vitais e se consistem na verificação e análise da pressão arterial, temperatura corporal, respiração e pulsação. Professor: Emerson Melo Em Unidades de Reabilitação Física é imprescindível que todo paciente tenha seus sinais vitais aferidos, analisados e correlacionados, visto que eles precisam de uma atenção maior no que se refere ao cuidado, por apresentarem condições físicas debilitadas, resultantes de lesões medulares, hipertensão, diabetes, acidentes vasculares encefálicos, amputações, mastectomias, dentre outros. Professor: Emerson Melo Os sinais vitais são considerados os principais parâmetros para as verificações das mudanças fisiológicas do ser humano. Constituem uma das partes do exame físico eficiente no monitoramento das condições do paciente. As alterações devem ser observadas pelos profissionais da saúde, e assim que identificadas, devem ser tomados os cuidados necessários para sanar ou diminuir tais disfunções apresentadas. Professor: Emerson Melo O levantamento das condições globais do paciente, tanto físicas como psicológicas, devem resultar em informações significativas para a equipe multiprofissional, capazes de subsidiar a assistência a ser prestada ao paciente. Buscando assim, compreender como são os indicadores das funções vitais, observando problemas fisiológicos e monitorando a resposta do paciente ao tratamento. Professor: Emerson Melo Os sinais vitais são quatro: (1) pulsação, (2) frequência respiratória (3) pressão arterial e (4) temperatura corporal. Eles são quantificados mediante avaliações numéricas e comparados a parâmetros tidos como normais, que variam de acordo com a idade, peso, sexo e saúde geral do paciente e servem para indicar seu estado geral atual e fornecer pistas para possíveis doenças e para a evolução do tratamento. Professor: Emerson Melo Pulso é a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial cada vez que o ventrículo esquerdo se contrai. Em locais onde as artérias de grosso calibre se encontram próximas à superfície cutânea, pode ser sentido à palpação. Cada onda de pulso sentida é um reflexo do débito cardíaco, pois a frequência de pulso equivale à frequência cardíaca. Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado por cada um dos lados do coração em um minuto. Pulso Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo Quando o coração força o sangue através das artérias, a pessoa sente os batimentos pressionando firmemente as artérias que estão localizadas perto da superfície da pele em certos pontos do corpo. A pulsação pode ser tomada mais facilmente na lateral do pescoço, na parte interior do cotovelo ou no pulso. Para a maioria das pessoas, é mais fácil tomar a pulsação no pulso Pulsação Professor: Emerson Melo O aparelho circulatório e o próprio funcionamento do coração podem ser avaliados pela análise das pulsações arteriais, venosas e capilares. Em geral faz-se a análise do pulso radial, mas pode palpar o pulso carotídeo, braquial, femoral, poplíteo, tibial anterior, tibial posterior e pedioso. Frequência Adultos Valor de referência Taquisfigmia 60 a 100 batimentos por minuto (bpm) >100 bpm Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo A pulsação é uma medida da frequência cardíaca (número de vezes que o coração bate por minuto), mas também indica o ritmo do coração e a força do pulso, que corresponde à força de ejeção de sangue pelo coração. Uma pulsação normal para adultos saudáveis varia de 60 a 100 batimentos por minuto Professor: Emerson Melo O pulso é a contração e dilatação de uma artéria, correspondendo aos batimentos cardíacos. O controle de pulso pode ser feito nas artérias radial, temporal, carótida e femoral. O pulso indica dados da estabilidade cardíaca do paciente, onde pode ser controlado com frequência pelo profissional que esta o acompanhando. Professor: Emerson Melo Os melhores locais para se palpar o pulso são onde artérias de grosso calibre se encontram próximas à superfície cutânea e possam ser comprimidas contra uma superfície firme (normalmente um osso). As artérias radiais, ao nível dos punhos, são mais comumente usadas na checagem do pulso em vítimas conscientes. Professor: Emerson Melo As artérias carótidas, ao nível do pescoço, são normalmente usadas para palpação do pulso em vítimas inconscientes. Pode-se também sentir o pulso palpando as seguintes artérias: femoral, na raiz da coxa, braquial no braço, axila na axila, e pedioso no dorso do pé. Também podemos medir o pulso pela ausculta cardíaca, no ápice ou ponta do coração, no lado esquerdo do tórax, levemente abaixo do mamilo (pulso apical). Professor: Emerson Melo A taxa de pulsação aumenta fisiologicamente com exercícios e com emoções ou, patologicamente, devido a lesões ou doenças. Adolescentes acima dos 12 anos e mulheres adultas tendem a ter batimentos cardíacos mais rápidos que os adolescentes meninos e homens adultos. Pessoas com alto condicionamento cardiovascular (como atletas e corredores, por exemplo) podem ter frequência cardíaca próxima a 40 batimentos por minuto, sem apresentarem problemas. Professor: Emerson Melo Os limites das normalidades são: • para o homem, de 60 a 70 batimentos por minuto (bpm); • para a mulher, de 65 a 80 bpm; • para a criança, de 110 a 115 bpm; • para a lactante, de 115 a 130 bpm; e, por fim, • para o recém-nascido, de 130 a 140 bpm. •220-idade=freqmax Professor: Emerson Melo Conceito: A respiração consiste na troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o organismo e o meio ambiente. A ventilação é a manifestação mecânica dessa troca, ou seja, a inspiração e expiração. Ela pode ser contada visualmente, pela palpação, colocando-se a mão sobre o tórax do paciente ou, ainda, com a ausculta dos ruídos ventilatórios no pulmão, com o auxílio de um estetoscópio Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo A frequênciarespiratória é o número de respirações que uma pessoa realiza por minuto. A taxa é medida quando uma pessoa está em repouso e simplesmente envolve a contagem do número de respirações por minuto, contando quantas vezes o peito se expande. As taxas de respiração normal para uma pessoa adulta em repouso variam de 12 a 16 respirações por minuto, mas podem aumentar com exercícios físicos, febre, doenças e outras condições médicas. Ao verificar a respiração, é importante observar também se a pessoa tem dificuldades de respirar e, se for o caso, de que tipo ela é. Professor: Emerson Melo A avaliação da respiração inclui: freqüência respiratória (movimentos respiratórios por minuto – rpm), caráter (superficial e profunda) e ritmo (regular e irregular). Deve se avaliar sem que o paciente perceba, preferencialmente enquanto se palpa o pulso radial, para evitar que o paciente tente conscientemente controlar a respiração. Professor: Emerson Melo RITMO E FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIOS Ritmo e frequência respiratórios normais caracterizam-se pela sucessão regular de movimentos respiratórios, com amplitude de profundidade de 16 a 20 incursões por minuto (IRPM), em pessoas adultas, situação denominada eupneia. Existem fatores que podem alterar a frequência respiratória, como: Drogas, doenças crônicas pulmonares, estresse, sexo, posição, idade e exercícios. Professor: Emerson Melo Ritmos respiratórios anormais: • Respiração dispneica: Respiração desconfortável. • Respiração de Cheyne-Stokes: Ritmo regular com alternância de apneia e hiperventilação. • Respiração de Biot: Respiração com frequência variável, com presença de apneia. • Respiração de Kussmaul: Inspirações profundas seguidas de pausas e Expirações curtas seguidas de pausas. • Respiração supirosa: Inspiração mais profunda seguida de uma expiração mais demorada. Professor: Emerson Melo Freqüências respiratoria normais •Recém nascidos 40 a 45 irpm •Lactentes 25 a 35 irpm •Pré escolares 20 a 35 irpm •Escolares 18 a 35 irpm •Adultos 16 a 20 irpm Irpm = incursões respiratórias por minuto Professor: Emerson Melo Em crianças até 2 a 6 meses de idade, a frequência respiratória varia entre 30 e 60 incursões respiratórias por minuto; •de 6 meses a 11 meses de idade varia de 24 a 50 incursões por minuto; •de 1 até os 5 anos pode atingir até 40 incursões por minuto. •De 6 a 8 anos pode chegar a 30 incursões por minuto; •de 8 a 12 anos varia entre 18 a 20 incursões por minuto e •em adolescentes e pré-adolescentes varia entre 12 e 18 incursões por minuto. Deve sempre ser avaliada com a criança calma, na ausência de choro ou agitação. Professor: Emerson Melo A pressão arterial (PA) é a pressão exercida pelo sangue no interior das artérias. Depende da força desenvolvida pela sístole ventricular, do volume sanguíneo e da resistência oferecida pelas paredes das artérias. O sangue sempre está sob pressão no interior das artérias. Pressão arterial: Professor: Emerson Melo Durante a contração do ventrículo esquerdo (sístole) a pressão está no seu valor máximo, sendo chamada pressão sistólica ou máxima. Durante o relaxamento do ventrículo esquerdo (diástole) a pressão está no seu valor mínimo ou basal, sendo chamada pressão diastólica ou mínima. Pressão arterial: Professor: Emerson Melo A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg). O primeiro número de maior valor,corresponde à pressão sistólica,enquanto o segundo,de menor valor, corresponde à pressão diastólica. Não há um valor preciso de pressão normal, mas, em termos gerais, diz-se que o valor de 120/80 mmHg é o valor considerado ideal para um adulto jovem, entretanto, medidas até 140 mmHg para a pressão sistólica e 90 mmHg para a diastólica também podem ser aceitas como normais. Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo Para medir a pressão arterial manualmente com esfigmomanômetro e estetoscópio deve-se: Procurar sentir o pulso na dobra do braço esquerdo, colocando a cabeça do estetoscópio nesse local; Colocar a braçadeira do aparelho 2 a 3 cm acima da dobra do mesmo braço, apertando-a, de forma que o fio da braçadeira fique por cima do braço; Fechar a válvula da bomba e com o estetoscópio nos ouvidos, encher a braçadeira até aos 180 mmHg ou até deixar de ouvir sons no estetoscópio; Abrir a válvula lentamente, ao mesmo tempo que se olha para o manômetro. No momento em que se ouve o primeiro som, deve-se registar a pressão indicada no manômetro, pois é o primeiro valor da pressão arterial; Continuar a esvaziar a braçadeira até se deixar de ouvir som. No momento em que se deixa de ouvir sons, deve-se registar a pressão indicada no manômetro, pois é o segundo valor da pressão arterial; Juntar o primeiro valor com o segundo para obter a pressão arterial. Por exemplo, quando o primeiro valor é 130 mmHg e o segundo é 70 mmHg, a pressão arterial é de 13 x 7 Professor: Emerson Melo A pressão arterial é a força exercida pelo sangue circulante sobre as paredes das artérias, que depende da força de contração do coração, da quantidade de sangue circulante e da resistência das paredes dos vasos sanguíneos. Essa pressão é obtida por meio de dois valores: pressão sistólica ou máxima e pressão diastólica ou mínima. O limite da normalidade é de 90 a 140 mmHg na Pressão sistólica e 60 a 90 mmHg na pressão diastólica. Professor: Emerson Melo Ao realizar a aferição da pressão arterial pode-se observar alterações fisiológicas correspondentes a cada situação que o individuo apresente, sendo que algumas alterações levam ao aumento da pressão arterial e são comuns conforme o hábito de vida de cada pessoa, sendo alguns exemplos o sedentarismo, o fumo, o uso continuo do álcool, má alimentação, ansiedade, dor, entre outros. Professor: Emerson Melo Por outro lado, ocorrendo com menor freqüência, está a diminuição da pressão arterial, a qual ocorre em pessoas desnutridas, de jejum prolongado, queda da pressão devido ao calor excessivo, entre outros. Deve-se procurar saber se o paciente está realizando o uso de medicação anti-hipertensiva, ou caso ele não saiba informar, é necessário obter a orientação médica prescrita ao mesmo. Professor: Emerson Melo A posição em que o paciente se encontra (em pé, sentado ou deitado), atividade física recente e manguito inapropriado também pode alterar os níveis da pressão. Pacientes, particularmente, sob o risco de alteração dos níveis tencionais, são aqueles: com doença cardíaca, doença renal, diabetes, hipovolemia ou com lesão craniana ou coluna espinhal. Professor: Emerson Melo O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de ausculta a artéria braquial. Os equipamentos usados são o esfigmomanômetro e o estetoscópio Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo (a) A pressão na bolsa de ar maior que 120 mmHg interrompe o fluxo sanguíneo para o braço. Com o estetoscópio, o examinador verifica que não há passagem de sangue pela artéria. (b) A pressão na bolsa de ar entre 80 e 120 mmHg permite o fluxo de sangue durante a sístole. O som da passagem de sangue é audível no estetoscópio. A pressão mostrada nesse momento é a pressão máxima ou sistólica. (c) A pressão na bolsa de ar menor que 80 mmHg permite fluxo de sangue durante a diástole; os sons são audíveis no estetoscópio.Essa é a pressão mínima ou diastólica. Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo Temperatura: Existem vários fatores que influenciam no controle da temperatura corporal, sendo influenciada por meios físicos e químicos e o controle feito através de estimulação do sistema nervoso (Centro termorregulador – neurônios termossensíveis da área pré-óptica do HIPOTÁLAMO.). A temperatura reflete o balanceamento entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo. A temperatura do corpo é registrada em graus Celsius (centígrados).Professor: Emerson Melo TEMPERATURA A temperatura do interior do corpo permanece quase constante, em uma variação de no máximo 0,6 ºC, mesmo quando exposto a extremos de frio ou de calor, graças ao aparelho termorregulador. A temperatura da parte externa do corpo, ao contrário, está sujeita às variações das condições ambientais. A temperatura corporal é regulada pelo sistema nervoso (hipotálamo) por meio do equilíbrio entre produção e perda de calor. Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo O termômetro clínico de vidro, mais usado, tem duas partes: o bulbo e o pedúnculo. O bulbo contém mercúrio; um metal líquido, o qual se expande sob a ação do calor e sobe pelo interior do pedúnculo, indicando a temperatura em graus e décimos de graus. Normalmente os termômetros clínicos são calibrados em graus e décimos de graus, na faixa de temperatura de 35 ºC a 42ºC. Não é necessária uma faixa de temperatura mais ampla, pois raramente o ser humano sobrevive com temperatura corporal fora desta faixa. Professor: Emerson Melo A temperatura corporal normal de uma pessoa varia dependendo do sexo, atividade recente, consumo de alimentos e líquidos, horário do dia e, nas mulheres, com o estágio do ciclo menstrual. A temperatura corporal normal, em todas as idades, pode variar de 36,1 a 37,2 graus Celsius, com média de 36,5º C. A temperatura corporal de uma pessoa pode ser tomada por várias vias: (a) oralmente, medida na boca; (b) por via retal, tomada no ânus; (c) axilar, tomada sob o braço; (d) no ouvido, obtida no tímpano e (e) na pele, tomada na testa. Professor: Emerson Melo A temperatura corporal pode ser medida nos seguintes locais: • Boca – Temperatura Oral: Coloca-se o termômetro de vidro sob a língua do paciente, na bolsa sublingual posterior, mantendo o termômetro por 3 a 8 minutos com lábios fechados. O método oferece temperatura central e é indicado para aqueles que respiram pela boca com suspeita de infecção grave. Professor: Emerson Melo A temperatura corporal pode ser medida nos seguintes locais: • Canal anal – Temperatura Retal: Para o adulto, inserir 03 centímetros do termômetro lubrificado no ânus. Não forçar o termômetro. Mantê-lo no local de 2 a 4 minutos. É contra- indicado após cirurgia do reto ou ferimento no reto e em pacientes com hemorróidas. Professor: Emerson Melo A temperatura corporal pode ser medida nos seguintes locais: • Axila – Temperatura axilar: Mais utilizado, tendo em vista a facilidade. Coloca-se o termômetro no centro da axila, mantendo o braço do paciente de encontro ao corpo, e mantê- lo ali de 3 a 8 minutos. O método é conveniente, mas é contra-indicado para crianças pequenas; em pacientes com estado mental alterado, trauma facial ou distúrbio convulsivo; após fumar ou beber líquidos quentes ou frios; durante administração de oxigênio por cânula ou máscara; e na presença de sofrimento respiratório. Professor: Emerson Melo O paciente que apresenta alterações na temperatura em relação ao seu aumento ou a sua diminuição, pode indicar diversas situações não fisiológicas, como por exemplo infecções e diversos tipos de choque. A temperatura do corpo humano varia entre 35,8 e 37,2ºC. Em média, consideram-se temperaturas normais: •a oral de 37ºC, •axilar de 36,4ºC e a •retal de 37,6C. Professor: Emerson Melo As variações da temperatura encontram-se acima do normal sendo diferenciadas como: •febrícula: 36,9 a 37,4 cº; •estado febril: 37,5 a 37,9 cº; •febre: 38 a 39 cº; •pirexia: 39,1 a 40 cº; •hiperpirexia: acima de 40 cº. Ao possuir esses dados, o cuidado pode ser realizado mais rapidamente para que se tente a reestabelecer o padrão fisiológico do paciente. Alguns desses cuidados em relação à temperatura podem ser através da frigoterapia e administração de medicamentos conforme prescrição orientada pelos médicos. Professor: Emerson Melo Temperatura corporal pode ser anormal devido à febre (temperatura alta) ou hipotermia (temperatura baixa). É considerada uma febre quando a temperatura do corpo fica acima de 37,8 graus centígrados. A hipotermia é definida como uma queda na temperatura corporal abaixo de 35,1 graus centígrados. Professor: Emerson Melo A causa mais comum de elevação sustentada da temperatura é a presença de processos infecciosos, mas ela pode também surgir em função de outras causas, como: •exercícios físicos intensos, •absorção de líquidos orgânicos, •exposição a temperaturas ambientais extremamente altas, etc. A hipotermia, por seu turno, tem dois tipos principais de causas: exposição ao frio extremo ou qualquer condição que diminua a produção de calor ou aumente a perda de calor corporal. Professor: Emerson Melo Síndrome Febril: astenia, inapetência, cefaleia, taquicardia, taquisfigmia, taquipneia, oligúria, dor no corpo, calafrios, sudorese, náuseas, vômitos, delírio, confusão mental, convulsão. Professor: Emerson Melo - Febre leve ou febrícula ou subfebril: até 37,5°C - Febre moderada : 37,5 a 38,5°C - Febre alta ou elevada: acima de 38,5°C * Depende da causa e da capacidade de reação do organismo Professor: Emerson Melo Prática MATERIAL –. termômetro clínico de mercúrio: de vidro graduado em quintos ou décimos, marcando de 35 a 42ºC. Em geral a marca dos 37ºC é de cor diferente; termômetro digital TÉCNICA 1. Lavar as mãos; 2. Descer a coluna de mercúrio abaixo de 35ºC ou zerar o mostrator do termômetro digital. 3. Colocar na axila com o braço colado ao corpo. Dobrar o cotovelo e dobrar o braço oposto por cima. 4. Aguardar de 3 min ou até ouvir o apito final do termômetro digital. 5. Retirar o termômetro, verificar a TAX e anotar. 6. Lavar as mãos ao término. Professor: Emerson Melo Professor: Emerson Melo Sinal vital Diminuído Normal Aumentado Frequência de pulso - FP palpação da artéria radial (pulsações por minuto - ppm) Frequência cardíaca - FC ausculta do impulso apical com o estetoscópio (batimentos por minuto - bpm) <60 Bradisfigmia Bradicardia 60 a 100 ppm Normocardia >100 Taquisfigmia Taquicardia Temperatura corporal (ºC) <35,5º C Hipotermia 35,5 – 37,4°C > 37.4º C Hipertermia/febre Frequência respiratória - FR (incursões respiratórias por minuto - irpm) <12 irpm Bradipnéia 12 - 20 irpm > 20 irpm Taquipnéia Pressão Arterial (PA) Até 139 x 89 mmHg > ou = 140 x 90 mmHg Professor: Emerson Melo 1 – Exame Clínico Geral O exame físico geral é a primeira etapa do exame clínico e além de complementar a anamnese (entrevista clínica), fornece uma visão do paciente como um todo, não segmentada. É dividido em duas partes: qualitativo e quantitativo. Professor: Emerson Melo 1.1 – Exame clínico geral qualitativo Nessa etapa iremos avaliar um aspecto mais subjetivo do paciente. Geralmente graduamos as qualidades em graus, medidos de uma a quatro cruzes (Como por exemplo: “desidratado +/4+”. Isso significa que do máximo que uma pessoa pode ficar desidratada, 4 cruzes, o paciente se encontra com uma cruz) Professor: Emerson Melo A. Avaliação do estado geral: Avaliação subjetiva do que aparenta o paciente, em sua totalidade: nível de consciência, fácies, fala, confusão mental, mobilidade, entre outros. O paciente pode estar em: • bom estado geral (BEG), • regular estado geral (REG) ou • mau estado geral (MEG). Professor: Emerson Melo B. Avaliação do grau de palidez: Observar mucosa palpebral da conjuntiva, mucosa oral, leito ungueal e palma das mãos. O paciente pode estar corado (mais avermelhado) ou descorado. Caso se encontre descorado, classificar o grau (em cruzes). Professor: Emerson Melo C. Avaliação do grau de hidratação: Observar umidificação da mucosa oral, globo ocular e turgor da pele. O paciente pode estar hidratado ou desidratado. Caso se encontre desidratado, classificar o grau (em cruzes). Professor: Emerson Melo D. Avaliação da presença de icterícia: Observar coloraçãoda palma da mão, esclera e freio da língua. A icterícia se caracteriza por um tom amarelado nessas regiões. O excesso de betacaroteno pode se assemelhar à icterícia. Para diferenciar as duas condições, observe se o tom amarelado/alaranjado está presente apenas na pele (caroteno) ou também na esclera e freio lingual (icterícia). A esclera de pacientes idosos e negros pode ter um tom amarronzado, devido a uma hiperpigmentação normal observada neles. Esse tom é mais importante na porção da esclera que fica exposta à luz. Para facilitar a percepção da presença de icterícia, nestes pacientes, portanto, deve-se observar a porção da esclera que não fica exposta normalmente à luz (de baixo da pálpebra). O paciente pode estar ictérico ou anictérico. Caso se encontre ictérico, classificar o grau (em cruzes). Professor: Emerson Melo E. Avaliação da presença de cianose: Observar uma coloração mais azulada no lábio, leito ungueal, e outras extremidades (cianose) que é indicativa de redução da oxigenação do sangue ou de redução da perfusão sanguínea. Então cuidado! O paciente pode estar com a coloração mais azulada por um hipoperfusão sanguínea em razão de frio (cianose periférica causada pela vasoconstrição periférica induzida pelo frio), neste caso, tente esquentar a mão do paciente e observar se melhora. O paciente pode estar cianótico ou acianótico. Professor: Emerson Melo F. Avaliação do padrão respiratório: Observar se há dificuldades para respirar ou se está usando força excessiva (uso de musculatura acessória) para inspirar. O paciente pode estar eupneico ou dispneico (com dificuldades de respirar). Observar a frequência respiratória (o paciente pode estar bradpneico – “poucas inspirações”, ou taquipneico – “muitas inspirações”). Exemplo: um paciente com esforço para respirar e com frequência respiratória aumentada encontra-se taquidispneico. Professor: Emerson Melo 1.2 – Exame clínico geral quantitativo Nessa etapa iremos avaliar aspectos mensuráveis do paciente. Como medidas de pressão arterial, peso, altura, IMC, circunferência abdominal, frequência cardíaca, pulsação e frequência respiratória. Professor: Emerson Melo A. Pressão arterial (PA) A aferição da PA requer preparação do paciente e escolha do material adequado. Antes de aferir a PA, deve-se perguntar ao paciente se: Fumou ou bebeu café ou outros estimulantes há menos de 30 minutos; Está sentindo dor; Está com a bexiga cheia; Está em repouso há menos de 3 minutos Professor: Emerson Melo B. Frequência cardíaca (FC) e pulso (P): Nem sempre as medidas serão equivalentes. Para aferição da FC, pode-se auscultar o coração e contar os batimentos cardíacos em 1 minuto. Para aferição do pulso, normalmente se palpa a artéria radial com o 2° e 3° dedos, contando os batimentos em 1 minuto. Professor: Emerson Melo C. Frequência respiratória (FR): Contar a quantidade de inspirações em 1 minuto, observando movimentos da caixa torácica ou parede abdominal. Não se deve contar ao paciente que sua frequência respiratória está sendo verificada, pois inconscientemente mudamos nosso padrão respiratório. É importante verificar também o ritmo da respiração, que pode conter pausas, períodos de inspiração/expiração profunda ou ser arrítmica; uso de musculatura acessória, tiragem (retração dos espaços intercostais, da fossa supraclavicular ou da região epigástrica), que evidenciam dificuldade para respirar. Observar se não há tempo expiratório prolongado (o normal é o tempo da inspiração ser maior do que o da expiração, o que pode se inverter em situação de broncoespasmo – “crise de asma”). A unidade de medida utilizada é: incursões respiratórias por minuto (irpm). Professor: Emerson Melo Altura e peso Para aferição da altura, o paciente deve estar com os pés descalços, em postura ereta e olhar no horizonte. O peso preferencialmente deve ser aferido em balança analítica, pois pode ser calibrada conforme o ambiente em que está situada. Além de doenças do desenvolvimento, o peso e a altura são importantes para determinar o IMC (Índice de Massa Corpórea): IMC = peso/altura² (kg/m²) Professor: Emerson Melo Circunferência abdominal (CA) Existe mais de um tipo de circunferência que pode sermedida: abdominal, de cintura e de quadril. A circunferência abdominal é medida logo acima da crista ilíaca, na altura da cicatriz umbilical. A circunferência de quadril é medida na linha do trocânter maior do fêmur; já a circunferência de cintura, no ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela, ao nível das espinhas ilíacas ântero superiores. Professor: Emerson Melo Circunferência abdominal (CA) A circunferência abdominal é medida logo acima da crista ilíaca, na altura da cicatriz umbilical. Professor: Emerson Melo A circunferência de quadril é medida na linha do trocânter maior do fêmur; já a circunferência de cintura, no ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela, ao nível das espinhas ilíacas ântero superiores. Professor: Emerson Melo Relação cintura-quadril (RCQ): o que é e como calcular A relação cintura-quadril (RCQ) é o cálculo que se faz a partir das medidas da cintura e do quadril para verificar o risco que uma pessoa tem de desenvolver uma doença cardiovascular. Isso acontece porque, quanto maior a concentração da gordura abdominal, maior o risco de ter problemas como colesterol alto, diabetes, pressão alta ou aterosclerose. Professor: Emerson Melo Como calcular Para calcular a relação cintura-quadril deve-se utilizar uma fita métrica para avaliar: Tamanho da cintura, que deve ser medido na parte mais estreita do abdômen ou na região entre a última costela e o umbigo; Tamanho do quadril, que deve ser medido na parte mais larga das nádegas. Em seguida, deve-se dividir o valor que se obteve do tamanho da cintura pelo tamanho do quadril. Professor: Emerson Melo Resultados iguais ou superiores a esses valores indicam alto risco para doenças cardiovasculares, sendo importante lembrar que quanto maior o valor, maior o risco. Nestes casos, é aconselhado procurar ajuda médica para verificar se já existem problemas de saúde e ir a um nutricionista para iniciar um plano alimentar que permita a perda de peso e a redução do risco de doenças. Professor: Emerson Melo Tabela de risco Cintura-quadril Risco de saúde Mulher Homem Baixo Inferior a 0,80 Inferior a 0,95 Moderado 0,81 a 0,85 0,96 a 1,0 Alto Superior 0,86 Superior 1,0 Além disso, é importante acompanhar a perda de peso e fazer novas medições da cintura e do quadril, para avaliar a diminuição do risco à medida que o tratamento for sendo seguido adequadamente.
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