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pediatria pronto pdf

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Sumário 
CAPITULO 1 REFLEXOS PRIMITIVOS ....................................................................... 3 
CAPITULO 2 DESENVOLVIMENTO MOTOR NORMAL ............................................. 9 
CAPITULO 3 RN DE RISCO ...................................................................................... 22 
CAPITULO 4 PATOLOGIAS ..................................................................................... 27 
CAPITULO 5 ATIVIDADES CRIATIVAS .................................................................... 43 
 
 
 
 CAPITULO 1 
 REFLEXOS PRIMITIVOS 
 
Reflexos primitivos são reflexos originados do sistema nervoso central que são 
presentes em crianças novas, especialmente bebês, mas não em adultos com 
sistema nervoso intacto. Estes reflexos desaparecem ou são inibidos pelos 
lóbulos frontais à medida que a criança se desenvolve pela maturação do 
cérebro pela mielinização, arborização e formação das sinapses das células 
nervosas, com crescente controle voluntário de cada uma das atividades com 
estes reflexos relacionadas. 
Na criança a falta de amadurecimento ou desaparecimento de tais reflexos 
pode significar a existência de lesões cerebrais. O mesmo se dá para adultos 
que retornem a adquiri-los. Daí sua importância na pediatria e na neurologia. 
Uma listagem dos reflexos primitivos inclui: 
• Reflexo de preensão palmar e plantar (comumente chamado de reflexo 
preênsil), relacionado com o reflexo plantar 
• Reflexo de busca 
• Reflexo de sucção 
• Reflexo de Babinki 
• Reflexo tônico cervical assimétrico (RTCA) 
• Reflexo de Moro 
• Reflexo da marcha automática 
• Reflexo de Galant 
• Reflexo de escada 
• Reflexo de fuga 
• Reflexo de olho de boneca 
• Reflexo tônico labiríntico 
• Reflexo tônico cervical de retificação 
• Reflexo positivo ou de suporte apoio plantar 
• Reflexo de Propulsão 
• Reflexo/Reação de landau 
• Entre outros.... 
 
 
 
Reflexo de 
pressão palmar 
 
0 – 3 
meses 
Pressionar a face 
palmar da mão do 
RN com o dedo do 
examinador 
 
A resposta é a flexão 
dos dedos. A 
resposta deve ser 
simétrica 
 
 
 
Reflexo de 
pressão plantar 
 
0 – 7 
meses 
 
Pressionar a face 
plantar do pé do RN 
com o dedo do 
examinador 
 
A resposta é a flexão 
dos dedos. A 
resposta deve ser 
simétrica 
 
 
 
 
Reflexo de 
busca 
 
 
 
0 – 2 
meses 
Estimular os lábios 
do RN em várias 
posições (direita, 
esquerda, acima e 
abaixo) com o dedo 
enluvado do 
examinador 
 
 
A resposta esperada 
é a abertura da 
boca, desvio da 
cabeça e 
movimentação da 
língua em direção ao 
estimulo 
 
 
 
 
 
Reflexo de 
sucção 
 
 
 
 
0 – 3 
meses 
 
 
 
O toque dos lábios 
da criança com o 
dedo enluvado 
Provoca 
movimentos 
involuntários de 
abertura da boca a 
pressão do dedo. A 
língua reage em 
forma de cânula e 
faz movimentos 
ondulatórios 
anteroposteriores 
 
 
 
Reflexo de 
Babinski 
 
0 – 6 
Meses 
 
Firme estimulo tátil 
é aplicado na lateral 
do pé 
 
Caracteriza-se por 
uma extensão do 
hálux e os outros 
dedos do pé 
afastam-se entre si 
 
 
 
Reflexo Tônico 
Cervical 
Assimétrico 
 
 
0 – 2 
Meses 
Com RN em 
decúbito dorsal 
manter o tronco 
centrado e 
promover a rotação 
e manutenção da 
cabeça para um dos 
lados 
A resposta normal é 
a extensão dos 
membros do lado da 
face e a flexão dos 
membros do lado 
occipital. A resposta 
pode ser parcial ou 
completa 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexo de 
Moro 
 
 
 
 
 
0 – 4 
Meses 
 
 
Com o RN em 
posição supina vai 
tracionar levemente 
o RN pelos braços a 
poucos centímetros 
do leito e soltar os 
braços permitindo 
que RN retorne ao 
leito 
O RN faz extensão 
de membros 
superiores com 
abertura de dedos e 
extensão de 
membros inferiores. 
Após essa reação é 
seguida da face do 
braço que é quando 
ele fica como se 
tivesse tentando 
agarrar alguma coisa 
seguida de choro. 
 
 
 
 
 
Reflexo de 
Marcha 
automática 
 
 
0 – 2 
Meses 
 
 
Após endireitar o 
tronco, inclinar 
levemente a criança 
para frente 
 
Desencadeará 
movimentos 
sucessivos de 
marcha dos 
membros inferiores 
de modo simétrico 
 
 
 
 
Reflexo de 
Galant 
 
 
 
0 – 2 
Meses 
 
Realizar um 
estimulo cutâneo 
com o dedo no 
sentido longitudinal 
a 3 cm ao lado da 
linha media 
vertebral desde a 
coluna lombar até a 
cervical 
 
 
A resposta obtida é 
o encurvamento do 
tronco com a 
concavidade para o 
lado estimulado. A 
resposta deve ser 
simétrica. Testar os 
dois lados 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexo de 
escada 
 
 
 
 
 
 
0 – 2 
Meses 
 
 
 
 
É desencadeado por 
estimulo tátil do 
dorso do pé 
estando o bebe 
seguro pelas axilas 
 
 
 
 
Observa-se elevação 
do pé como se 
estivesse subindo 
um degrau de 
escada 
 
 
 
 
 
Reflexo de fuga 
 
 
 
0 – 2 
Meses 
 
Avaliado colocando 
a criança em 
decúbito ventral no 
leito, com a face 
voltada para o 
colchão 
 
Em alguns segundo 
o RV deve virar o 
rosto liberando o 
nariz para respirar 
normalmente 
 
 
 
 
 
Reflexo Olho 
de boneca 
 
 
 
 
1 – 3 
Meses 
 
O RN fica reclinado 
nos braços do 
examinador e faz 
rotação lateral da 
cabeça e tem que 
mantê-la na posição 
por alguns 
segundos 
 
 
Os olhos 
permanecem na 
posição inicial, não 
acompanha a 
cabeça. 
 
 
 
 
 
Reflexo tônico 
labiríntico 
 
 
 
 
1 – 4 
Meses 
 
Examinador leva a 
criança suavemente 
para a posição 
prona ou supina 
sobre uma 
superfície (a própria 
posição é o 
estimulo para 
desencadear o 
reflexo). 
 
Na posição prona, 
ocorre aumento do 
tônus flexor de 
braço, pernas e 
quadris. Em supino, 
ocorrerá aumento 
do tônus extensor 
de braço, pernas e 
quadris. 
 
 
 
Reflexo cervical 
de retificação 
 
 
0 – 3 
Meses 
 
 
É obtido virando a 
cabeça do bebê 
para um lado 
 
 
O corpo vai todo 
para o mesmo lado 
que virou a cabeça 
 
 
 
 
Reflexo 
positivo de 
suporte ou 
apoio plantar 
 
 
 
0 – 2 
meses 
 
Segura a criança 
pelo tronco com as 
duas mãos, corpo 
fica inclinado para 
frete, apoiar o 
calcanhar em 
superfície plana e 
rígida 
 
 
 
 
Extensão do MMII 
 
 
 
 
 
 
Reflexo de 
propulsão 
 
 
 
 
0 – 2 
meses 
 
 
 
 
Coloca o bebe em 
decúbito ventral 
 
 
 
Consiste no 
deslocamento para 
frente e tem apoio 
no dorso dos pés 
 
 
 
 
Reflexo/Reação 
de landau 
 
 
 
4 – 6 
meses 
 
 
Levanta a criança de 
bruços da mesa, 
apoiada apenas 
com a mão do 
examinador sob o 
tórax 
 
Primeiro ergue a 
cabeça, de maneira 
que a face esteja 
numa posição 
vertical, após esta 
elevação da cabeça 
ocorre uma 
extensão tônica da 
coluna e membros 
inferiores 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexo tônico 
cervical 
simétrico 
 
 
 
 
 
2 – 6 
Meses 
 
 
 
Realiza através de 
estimulo visual, 
pode fazer um 
estimulo auditivo 
ou também pode 
realizar o 
movimento passivo 
no bebê 
Se acontecer uma 
extensão de cervical, 
vai acontecer uma 
extensão de 
membros superiores 
e em flexão de 
membros inferiores 
(gato olhando para 
lua) se faz uma 
flexão de cervical, 
flexão de membros 
superiores e 
extensão de 
membros inferiores 
(gato bebendo leite) 
 
 
 
 
 
Reação 
labiríntica de 
retificação 
 
 
 
 
4 – 6 
meses 
 
 
Bebê Já possui 
controle de cervical 
e começa a se 
movimentar com a 
cervical alinhada 
com o corpo 
 
O bebê utiliza a 
própria orientação 
espacial para realizar 
o movimento, passa 
a ter noção do corpo 
em relação ao 
espaço e ela utiliza 
disso para manter a 
simetria 
 
 
 
 
 
Reação de 
paraquedas 
 
 
A 
partir 
dos 6 
meses 
 
Testa sentado 
porque já tem uma 
função muscular 
para realizar o 
movimento 
‘’empurrão’’ para 
ele reagir 
 
 
6 meses: 
anteriorização dos 
braços; 8 meses: 
lateralização dos 
braços; 
10 meses 
posteriorização dos 
braços 
 
 
 
 
Reação de 
extensão 
cruzada 
 
 
 
0 – 2 
Meses 
 
 
Estimula-se a planta 
do pé do membro 
em extensão 
mantido pelo 
examinador 
 
 
Observa-seflexão e 
abdução seguida de 
extensão e adução 
do membro oposto 
 
 
CAPITULO 2 
DESENVOLVIMENTO 
MOTOR NORMAL 
 
O desenvolvimento motor, é estudado para entender as mudanças que 
ocorrem no comportamento humano durante as várias fases da vida desde o 
nascimento, e assim, conhecer os fatores que interferem neste processo. É 
importante conhecermos o desenvolvimento motor normal para conseguir 
diagnosticar anormalidades e entrar com a intervenção adequada. Existe uma 
sequência previsível de crescimento e maturação no desenvolvimento motor 
normal da maioria das crianças, porém, mesmo tendo esta sequência prevista, 
cada criança tem padrões e ritmos individuais o que não significa que estejam 
com atraso no desenvolvimento motor normal. 
Os principais fatores que interferem no desenvolvimento motor são: 
• Baixo peso ao nascer 
• Distúrbios cardiovasculares, respiratórios e neurológicos 
• Infecções neonatais 
• Desnutrição 
• Baixas condições sócio-econômicas 
• Nível educacional precário dos pais 
• Prematuridade 
• Exploração do Ambiente 
• Estímulo Externos 
A seguir veremos todas as etapas do desenvolvimento motor normal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
MOTOR NORMAL 
 0 – 20 dias de vida 
O recém-nascido em repouso 
Apresenta uma postura simétrica com 
predomínio do padrão flexor de tronco e 
membros em todas as posturas, 
decorrente da predominância do tônus de 
hipertonia flexora fisiológica. . 
 
Em supino 
A cabeça encontra-se lateralizada, 
ombros elevados e com adução, MMSS 
em flexão. Os pés em pequeno contato 
com a região do calcanhar, quadril 
rodada externamente e abduzida e os 
joelhos fletidos. 
 
Em prono 
Mantem o padrão postural em flexão, 
cabeça voltada para um dos lados, mas 
pode ergue-la por alguns segundos, a fim 
de liberar as vias aéreas superiores e 
para aliviar o peso corporal da face. 
. 
 
 
O recém-nato apresenta marcha 
automática que desaparecerá por volta 
dos 8° semana. Os bebes recém-natos 
não são passivos. Geralmente mexem-se 
enquanto estão acordados, através de 
movimentos espontâneos de pequenas 
atitudes, aparecem com mais frequência 
quanto estão em supino. 
Sentado 
Cabeça pendendo para frente e ampla 
cifose tóraco-dorsal quando colocado 
sentado. MMSS pendem livremente e 
MMII em FL, ABD e RE. 
•Sem movimentos antigravitacionais de 
MMSS, MMII ou abdominais quando 
puxado para sentar.] 
De pé 
Mantém o peso do corpo quando 
suspenso devido à reação positiva de 
apoio 
•Marcha automática 
1° mês de vida 
Com a maturação do sistema nervoso 
e com a influência da reação labiríntica 
de retificação, a hipertonia fisiológica 
diminui gradativamente. . 
Em supino 
a cabeça voltada para um dos lados; 
consegue trazer a cabeça na linha 
media, quando estimulada; ombros 
elevados e protraídos; cotovelo 
semifletidos ou fletidos com pronação; 
punho em posição neutra e mãos 
fechadas ou abertas. Em MMII pernas 
semifletidas, abduzidas com rotação 
externa; Pés movimentam-se livres. 
Nessa idade o bebe comunica-se com 
choro e com movimentação 
espontânea. 
 
 
Em prono 
Predomínio da postura flexora, coluna 
arredondada, ombros elevados e 
protraídos, cabeça voltada para lados. 
Se colocá-lo de pé sustentado pelas 
axilas, apresenta apoio plantar e 
marcha automática presente. 
 
Nos primeiros 4 meses, o bebe 
permanece na postura em que é 
colocado e cabe ao cuidador, no 
decorrer do dia, fazer-lhe as mudanças 
de posição necessárias para que 
receba os estímulos sensoriais nas 
diversas posturas. 
Sentado 
•Puxado para sentar: 
–Nenhum controle flexor cervical, 
porém mais alerta 
–Tentativas para manter cabeça na 
vertical 
–Menor flexão dos MMII 
•Sentado com suporte: 
–Cabeça flete com tentativas para 
manter (atividade do sistema vestibular 
e visual) 
–Cifose total com pelve perpendicular 
(descarga de peso nos isquios) 
De pé 
MMSS aumentam atividade em 
extensão durante esforço 
•Quadris fletidos e posterior aos 
ombros 
• Marcha automática ou ausência 
 
2° mês de vida 
o bebe já passou por um processo de 
grande adaptação ao novo ambiente. O 
tônus começa a diminuir e a reação 
labiríntica de retificação está mais ativa. . 
 
Em supino 
Apresenta atitude assimétrica, 
ocasionalmente com comportamento 
motor em RTCA (reflexo tônico cervical 
assimétrico), quando o organismo 
neuromotor experimenta a dissociação 
dos movimentos entre os dimídios 
corporais. A cabeça está na linha média 
e apresenta movimentos com os mesmos 
padrões motores do 1° mês, porém com 
maior amplitude. 
 
Em prono 
eleva a cabeça e mantem mais ou menos 
a 45°, podendo vira-la para ambos lados. 
Quando acordado e ativo faz movimentos 
de flexoextensão com as pernas de 
forma dissociada. De pé, suspenso pela 
axila, apresenta reação de apoio plantar 
e marcha automática presente. 
 
 
Sentado 
Menor atraso na cabeça quando 
puxado para sentar 
•Cifose total da coluna 
•Sentado mantém a cabeça elevada 
com movimentos para frente e para 
trás 
De pé 
Astasia e abasia 
•Cabeça elevada em hiperextensão 
•Melhor controle de cabeça que 
sentado (elevação ombros) 
•Quadris atrás dos ombros 
 
 
3° mês de vida 
O desenvolvimento está intimamente 
ligado a exploração do próprio corpo, 
principalmente com as mãos, colocando-
as na boca. 
Em supino 
 
mantem a cabeça na linha média, leva as 
mãos ate a linha média; brinca com as 
mãos, leva-a a boca, mantendo o foco 
visual nas mesmas; segura os 
brinquedos colocados nas mãos, pela 
presença do reflexo de preensão palmar, 
mas não consegue solta-los. Os 
movimentos são realizados de forma 
mais harmoniosas e com maior 
amplitude. 
 
Em prono 
 
faz apoio dos cotovelos, eleva a cabeça 
a 90°, mantendo-a durante bastante 
tempo. Suspenso pelas axilas, não 
suporta o peso corporal nos membros, 
iniciando a fase de astasia. (Período em 
que o bebe não suporta o peso corporal 
nos MMII, voltando um pouco no 5° mês, 
podendo no 8° mês suportar todo o peso 
corporal, ficando em pé). Nesse mês, 
apresenta o reflexo de moro. 
Sentado 
 
 
 
•Quando puxado para sentar 
–Menor atraso na flexão da cabeça 
–Elevação dos ombros 
•MMSS começam a ajudar no 
movimento 
•Pode ou não haver sinergia entre 
flexores cervicais, abdominais e 
flexores dos quadris MMII em ABD e 
RE 
•Controle de cabeça sentado com 
adução escapular 
De pé 
 
•Sustenta peso melhor em abdução 
•Controle cervical com menos 
hiperextensão e menos elevação dos 
ombros 
•Tônus de MMSS e escápula auxiliam 
no controle de tronco 
•Reflexo de preensão plantar presente 
 
 
 
 
 
 
 
4° mês de vida 
 
o bebe adquire extensão total de 
cotovelo para alcançar objetos. Mãos 
abertas quanto tentam pegar um objeto. 
Em supino 
 
Mantem a cabeça na linha média, faz 
elevação das pernas e braços contra a 
gravidade. 
 
Em prono 
 
Eleva a cabeça, mantendo-a elevada 
enquanto houver motivação, adquire o 
controle cortical, faz apoio os braços com 
extensão de cotovelos. Intensifica a 
transferências de peso entre os dimídios. 
Nesse mês, a etapa neuroevolutiva mais 
importante é o apoio de braços com 
extensão de cotovelo e ganho de 
extensão de quadril. Diminuição da 
hipertonia flexora. 
O reflexo de preensão plantar está quase 
inibido, vira a cabeça para um lado, 
virando todo seu corpo em bloco para o 
mesmo lado, o que faz com que comece 
 
a receber informações sensoriais dos 
dois dimídios corporais. 
Sentado 
Puxado para sentar: 
–Boa fixação visual no examinador 
–Atividade flexora antecipatória 
(cabeça, MMSS, MMII) 
•Quando sentado 
–Se usa ADD escápula p/ equilíbrio 
limita alcance 
–Falta coordenação MMSS para 
alcance 
–Brinquedo colocado na mão boca p/ 
brinquedo 
–MMII em anel aumentam base de 
apoio 
De pé 
Suporta peso com maior controle 
•Pode ser seguradopelos braços 
•Melhor controle cervical de pé que 
sentado 
•ADD escápula reforçando padrão 
extensor 
–Quadríceps forte (trava joelho em 
extensão) e início contração glúteo 
máximo 
– Extensão quadril contribui para 
lordose lombar 
–Maior ADD MMII; RE ainda presente 
–Preensão plantar por falta de 
estabilidade proximal 
 
 
 
 
 
 
5° mês de vida 
o bebe já se movimenta 
intencionalmente. Quando é puxado 
para sentar, o bebe realiza uma flexão 
e eleva a cabeça com o queijo para 
dentro. 
 
Em supino 
 
Apresenta movimentos livres de 
cabeça, mantendo-a na linha media 
voluntariamente segura os pés com os 
joelhos semifletidos, podendo levar a 
boca dentro do seu campo visual, 
alcança objetos. 
Em prono 
 
Rola pra supino, brinca de voar, 
fazendo extensão total de corpo e dos 
membros, faz movimentos de “pisotear” 
e vai rodando em torno do eixo corporal 
na tentativa de pegar o objeto. Quando 
faz apoio de cotovelo com um braço e 
o outro tenta pegar o objeto. 
A etapa – chave do 5° mês é a 
aquisição do rolar na postura de prono 
para supino. 
 
Puxado para sentar 
–Cabeça não atrasa, pode elevar os 
ombros discretamente para ajudar a 
estabilizar cabeça 
–Antecipam o alcance para ser puxado 
–Preensão ativa nas mãos do 
examinador 
–Flexão cotovelos 
–MMII: flexão quadris, joelhos e DF 
tornozelos 
Sentado 
–Boa postura sentado se segurado 
pelas mãos ou tronco 
–Mínima mobilidade rotacional 
–MMII em FL, leve ABD e RE quadris, 
joelhos fletidos 
–Mantém-se brevemente sozinho c/ 
MMSS apoiados frente 
De pé 
•Mantém a postura ereta quando 
segurado 
•Quadris ainda não alinhados com os 
ombros 
•Suporta o peso do corpo nos MMII 
•Alterna entre extensão e flexão de 
joelhos (ativa e desativa quadríceps) 
•Extensores lombares ativos, sem 
atividade abdominal (aumentam 
lordose) 
 
 
 
 
 
 
 
 
6° mês de vida 
o componente de controle motor sobre o 
padrão flexor para vencer a ação da 
gravidade se completa, a criança 
consegue manter os quatro membros em 
extensão e a cabeça em flexão. 
 
Em supino 
 
Faz elevação de pernas com extensão 
de joelhos, segura os membros inferiores 
em extensão preparando o sentar, rola 
de supino para prono e faz ponte. 
Realiza preensão voluntária, arrasta para 
trás, brinca de bater o bumbum no solo. 
Em prono 
 
rola para os dois lados, arrasta-se para 
trás, faz dissociação dos membros 
inferiores. A etapa neuroevolutiva mais 
significativa do 6° mês é o bebe 
conseguir permanecer sentado quando 
colocado e fazer flexão de cabeça 
ativamente conta a gravidade. 
 
 
 
Sentado 
 
De pé 
•Suporta completamente o peso nos 
MMII 
•Tronco ainda inclinado p/ frente 
força muscular de extensão de quadril 
incompleta 
•Pode ser segurado pelo tronco ou 
pelas mãos 
•Alterna entre extensão e flexão dos 
joelhos 
7° mês de vida 
a criança tem a capacidade de passar 
ativamente de deitado para sentado, fica 
na postura de quatro apoios e já possui 
controlo de tronco. 
Supino 
 
Arrasta-se para trás, rola para prono, não 
gosta de ficar em supino, passa para 
sentado e manipula objetos. 
 
 
 
Em prono 
 
Arrasta-se mais para trás do que para 
frente, passa de pronto para sentado 
quando quer pegar algum objeto, 
estende o membro superior para pegar o 
objeto e flexiona o inferior. Apresenta 
controle de tronco e de quadril suficiente 
para sentar sozinho. Se colocado em pé 
e mantido segurado pelas axilas, toma 
peso dos membros inferiores com base 
alargada. No final do 7° mês começa a 
fazer transferências de peso na lateral, 
adota a postura de gatinhas. 
Sentado 
•Senta-se a partir de quatro apoios 
•Ao ser puxado para sentar: 
–Flexão cabeça ativa 
–Puxa-se ativamente com os MMSS 
–Contração abdominal, flexão quadris, 
joelhos em extensão, pés em flexão 
plantar 
•Senta-se de forma independente 
•Lordose quando sentado 
•ROT cabeça inicia ROT tronco 
•Manipula objetos diferentes c/ 2 mãos 
•Passa de sentado p/ quadrúpede ou 
prono 
De pé 
•Suporte total de peso 
•Puxa-se para de joelhos a partir de 
quadrúpede 
 
•Passa para de pé usando as mãos para 
se puxar com extensão simétrica dos 
MMII ou passa por semi-ajoelhado. 
•Balança 
8° mês de vida 
o bebe já consegue sentado, passar 
ativamente para os dois lados. Na 
posição sentado pode ajoelhar-se se tiver 
com a mão apoiada. Faz transferências 
da postura de sentado, de gatas, 
engatinhando e de pé com apoio. A 
etapa neuroevolutiva marco do 8° mês é 
a aquisição do gatinhas, podendo 
manifesta-se em qualquer semana do 
mês. O importante é que o bebe adquira 
a postura de quatro apoios até o final 
desse mês. 
Prono 
 
Sentado 
 
 
 
 
 
 
De pé 
 
Andar 
 
•Anda para frente quando segurado pelas 
mãos: 
–Sem rotação pelve 
–MMII usam planos frontal e sagital 
–Muita abdução e RE quadris 
 
9° mês de vida 
O bebe brinca com todas as atividades 
motoras que adquiriu até o momento. 
Passa de sentado para prono, fica de 
gatinhas, não permanece em prono nem 
em supino quando está em atividade, 
engatinha com rapidez, com rotação de 
tronco, passa para pé, usando o meio 
ajoelhado, fica de pé com apoio. No 8° e 
9° mês, o bebe aprimora todas as 
atividades, ativando reações de proteção, 
retificação e equilíbrio. Quando de pé, já 
consegue transferir todo o peso do corpo 
para os MMII, entretanto, colocar as 
mãos nos móveis ainda é necessário. 
 
 
 
Sentado 
 
Quadrúpede 
 
•Engatinha com padrão reciprocado de 
extremidades, contra rotação de tronco 
De joelhos 
•Brinca na postura de joelhos 
–Usa quadríceps p/ elevar tronco 
–Extensão quadril auxiliam 
- Flexores quadris mais fortes 
-Mantém postura semi-fletida. 
•Pode brinca semi-ajoelhado 
 
Puxando para de pé 
•Faz muito esforço p/ puxar-se p/ de pé 
•Começa a experimentar o abaixar-se a 
partir da posição de pé transfere o 
peso demasiadamente para os quadris 
neste movimento 
•Manipulação de um brinquedo mais 
importante que manutenção do equilíbrio 
 perda do equilíbrio 
 
Andar para os lados 
•Apoio dos MMSS ainda é importante 
•Melhor controle dos MMII no plano 
frontal abd com menos flex quadril e 
mais extensão joelhos 
•Começa a desenvolver controle no plano 
transversal rotações 
 
An•Marcha com apoio 
–Eleva os MMSS e realiza adução 
escapular facilita extensão da coluna e 
anteversão pélvica 
–Ombros em linha com os quadris devido 
à extensão lombar e anteversão da pelve 
–Ampla base de suporte ABD + RE 
 
–Compensa a falta de extensão de 
quadril com anteversão de pelvedar para 
frente. 
10° mês de vida 
Começa a ficar em pé sem apoio, realiza 
transferências de peso laterais, fazendo 
um ensaio para a marcha espontânea. 
Engatinha, passa de gatinhas para 
sentado, passa de sentado para prono, 
engatinha com o padrão de movimentos 
cruzados, fica de pé e abaixa-se com 
apoio, anda lateralmente com apoio. 
Quando chamado, vira-se para trás, 
aumenta a base de sustentação. 
Sentado 
•Aumentam as habilidades motoras finas 
– muita exploração tátil e visual 
•Imita gestos 
•Postura sentada estática é rara 
•Consegue sentar em “long sitting”, side 
sitting ou em “W” 
•Pode engatinhar carregando dois 
brinquedos nas mãos desenvolvimento 
dos arcos palmares 
Engatilhar e puxar-se para de pé 
•É a principal atividade nesta fase 
•Ao encontrar diversos obstáculos no 
caminho o bebê desenvolve 
planejamento motor e habilidade para 
resolução de problemas 
•Demonstra bom controle de dissociação 
pélvica quando fica semi-ajoelhado 
•Pode conseguir ficar ajoelhado sem 
apoio 
•Ao puxar-se para de pé: 
–MMII bastante ativos. Usa o semi-
ajoelhado 
–MMSS usados mais para o equilíbrio 
que para controle 
De pé 
•Usa músculos dos MMII podendo 
conseguir ficar de pé sem suporte dos 
MMSS. 
•Consegue baixar-se da postura de pé 
•Agachasimetricamente segurando-se 
com as duas mãos 
•Tentativas de alcance estimulam os 
mecanismos de “feedforward”. 
Andar de lado 
•Consegue olhar na direção para onde 
está indo 
•Pode conseguir andar segurando-se 
com apenas uma mão 
•Habilidades de planejamento motor 
permitem mudar a direção do andar 
 
Marcha com apoio 
•Pode andar segurando em apenas uma 
mão 
•Encontra estabilidade usando adução 
escapular, extensão de tronco e 
anteversão da pelve 
 
 
 
 
 
11° mês de vida 
É um mês de poucas aquisições 
motoras, entretanto aprimora-se a 
linguagem dia após dia, anda 
lateralmente com apoio, consegue para 
em pé com apoio por um período curto 
de tempo, ativando reações de proteção, 
retificação e equilíbrio e da um passo 
quando consegue fica de pé sozinho com 
a base alargada, faz estabilização dos 
tornozelos quando fica na ponta dos pés 
para alcançar algum objeto, podem 
apresentar marcha espontânea nesse 
mês. 
Sentar 
•Pode permanecer quieto nesta postura 
quando concentrado em atividades que 
mimetizam atividades familiares vestir-
se, comer 
•Liberdade para assumir posições 
variadas ao sentar 
•Pratica bastante flexão lateral quando 
sentado 
•Rotação de tronco controlada 
Engatilhar 
•Principal meio de locomoção 
•Atenção com o esquema corporal (entra 
e sai em caixas, por baixo de cadeiras, 
etc) 
•Usa contração sinérgica de glúteos e 
quadríceps para alcançar postura de 
joelhos sem apoio 
Escalar 
•Gosta de escalar móveis e descer 
necessita supervisão 
 
Agachado 
•Pode brincar na postura agachado 
•Passa para de pé a partir do agachado 
 forte preensão plantar pode 
acompanhar esta transição aumenta 
estabilidade MMII 
•Pode retornar para acocorado bom 
controle de quadríceps e glúteos 
 
Puxar-se para em pé 
•Utiliza posição de joelho, semi-
ajoelhado, acocorado 
 
 
 
 
 
 
 
 
12° mês de vida 
Bebe pode levantar para ficar em pé e 
dar alguns passos, ainda inseguros 
devido a imaturidade das reações de 
equilíbrio. No início desse mês, anda 
com apoio só com umas das mãos, 
abaixa-se sozinho, pode ficar parado 
com apoio, brinca sem apoio na posição 
meio ajoelhado e meio sentado no 
calcanhar. No final desse mês, anda 
sozinho. 
Transições do sentar 
•Transfere-se facilmente para 
quadrúpede, ajoelhado, agachado e de 
pé 
 
Utiliza de forma consistente rotações de 
tronco para as transições do sentar para 
gatas 
•Boa mobilidade lombar, quadris, joelhos 
e tornozelos 
•Anda independente, porém prefere o 
engatinhar quando quer ser rápido 
•Gosta de atividades de escalar 
De pé 
•Passa para de pé sem necessidade de 
suporte 
•Abaixa-se sem ajuda dos MMSS 
•Inicia habilidade de transferir peso e 
manter o equilíbrio em um pé só 
•Marcha independente: 
–Grande velocidade 
–Passos pequenos 
–Curta fase de balanço 
–Ampla base de apoio 
–Sem balanço dos MMSS 
 
 
 
 
 
 
 
CAPITULO 3 
RN DE RISCO 
 
 
É a criança sofreu complicações no período pré e/ou perinatal e que pode 
apresentar défict ou atraso no DNPMN. 
Nas últimas décadas houve melhoria da qualidade dos cuidados ao RN, através 
da capacitação profissional e maior sofisticação e tecnologia 
Houve Diminuição da Mortalidade e Aumento da Morbidade 
Cerca de 9% dos RN são de risco 
Cerca de 30% dos Nascidos PIG sobrevivem, destes 30% apresentam sequelas 
Quanto menor a idade gestacional e o peso ao nascer, maior é a morbidade e a 
mortalidade 
Nesse capitulo veremos o conceito de bebê de risco, quais os principais 
fatores de risco, estimulação precoce, posicionamento terapêutico e 
exercícios terapêuticos e estimulação proprioceptiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prematuridade 
RN com menos de 37 semanas 
------------- Limítrofe Moderado Extremo 
Gestação 35 a 36 
semanas 
31 a 34 
semanas 
<30 
semanas 
Peso 2200g e 
2800g 
1590g e 
2110g 
<1500g; 
 
Fatores de risco 
• Pré-natais 
Fatores que incidem desde o momento 
da concepção do bebê até o início do 
trabalho de parto 
• Neonatais 
Corresponde ao intervalo de tempo 
entre o nascimento e os 28 dias de vida 
• Perinatais 
• Fatores que incidem do início 
do trabalho de parto até o 30.º 
dia de vida do bebê 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais negativos 
• Desvio do olhar (fixo ou 
movimentos instáveis) 
• Irritação, choro ou sonolência 
• Pele pálida ou marmórea 
• Caretas ou expressão facial 
vaga 
• Hiperreatividade corporal, 
abalos, tremores 
• Extensão exagerada 
• Ausência de movimentação 
Sinais Positivos 
• Estado de sono e vigília bem 
definidos 
• Pele rosada 
• Respiração tranquila 
• Expressão facial atenta, choro 
forte e rítmico 
• Reflexo de procura e sucção, 
boa alimentação 
Movimentos em direção a linha média 
 
ESTIMULAÇÃO PRECOCE: 
TÁTIL e TÁTIL CINESTÉSICA 
VESTIBULAR 
VISUAL 
AUDITIVA 
Metas 
• Identificar fatores de risco e 
alterações sensoriomotoras 
• Modificar a estimulação 
sensorial para o bebê vinda do 
ambiente da UTI Neonatal para 
promover organização 
comportamental e estabilidade 
fisiológica 
• Reduzir o reforço ativo de 
padrões de movimento e 
posturas anormais 
• Promover experiências normais 
de movimento 
• Melhorar as habilidades dos 
pais para prestação de 
assistência 
 
Prenatais 
70 % 
 
Neonatais 
20% 
 
Perinatais 
10% 
 
Idade materna Prematuridade Anóxia 
Nível sócio- 
econômico 
Posmaturidade Infecções 
Uso de drogas Peso PIG ou 
GIG 
Hipoglicemia 
Medicação 
continua 
Parto Icterícia 
Distúrbios 
genéticos 
Sofrimento fetal 
DM e HAS Asfixia perinatal 
Doenças auto-
imunes 
 
 
Gestação prévia 
Gestação atual 
 
Como a estimulação precoce 
pode ser alcançada? 
• Adequação do ambiente de 
acordo com as limitações 
impostas pelos cuidados 
intensivos; 
• Estar de acordo com a 
maturidade do neonato; 
• Ser apropriada em relação ao 
estado do paciente, condições 
fisiológicas e respostas 
comportamentais; 
• Ser individualizada e modificada 
conforme as condições clínicas 
e o estado de maturação da 
criança; 
• Ser sensível aos sinais emitidos 
pelo neonato; 
• Considerar a quantidade de 
estímulos sensoriais que o 
mesmo pode tolerar. 
 
Pacientes para estimulação 
precoce: 
• Maior de 27 semanas; 
• Idade pós-natal maior que 72 
horas; 
• Estável hemodinamicamente; 
• Com ganho de peso 
• Em ventilação espontânea com 
ou sem O2 
Evitar continuar se: 
• Hipertensão ou hipotensão; 
• Taqui ou bradicardia; 
• Dispnéia ou apnéia; 
• Sp O2 menor que 88; 
• Dor 
 
 
 
 
 
POSICIONAMENTO 
TERAPÊUTICO 
 
 
Fonte: UCI neonatal HBL 
 
• Promover contenção e 
adaptação; 
• Promover flexão para obter um 
padrão postural próximo do 
saudável; 
• Otimizar a estabilidade 
fisiológica e a organização 
neurocomportamental; 
• Facilitar as mãos na linha 
média; 
• Manter alinhamento articular; 
• Prevenir assimetrias posturais; 
• Facilitar o controle de cabeça; 
• Auxiliar o movimento 
antigravitacional; 
• Promover interação familiar. 
 
 
POSICIONAMENTO – SUPINO 
 
Fonte: UCI neonatal HBL 
•Dificulta o movimento de alcance; 
•Favorece as posturas assimétricas; 
•Favorece a rotação da cabeça, 
preferencialmente para o lado direito; 
•Favorece os procedimentos realizados 
no dia-a-dia da UTIN. 
POSICIONAMENTO - DL 
 
Fonte: UCI neonatal HBL 
•Proporciona alerta visual para as 
mãos; 
•Movimentação para a linha média e 
boca; 
•DLD → favorece o esvaziamento 
gástrico; 
•DLE → diminui episódios de RGE. 
 
 
 
POSICIONAMENTO – PRONO 
 
Fonte: UCI neonatal HBL 
•↓ Gasto energético; 
•↓ FR; 
•↓ PIC; 
•↓ RGE; 
•↓ Episódios de apnéia; 
• ↓A assincronia toracoabdominal 
•↓Tempo de choro e desorganização; 
•Aumenta o tempo de sono profundo; 
•Melhora SpO2; 
•Regulariza a FC; 
•Promove estabilidade da caixa 
torácica; 
•Favorece a excursão diafragmática; 
•Desequilíbrio entreflexores e 
extensores do pescoço, 
•Extensão exagerada do tronco 
•Restrição da moviemntação centrípeta 
anterior; 
•Dificuldade em permanecer em 
postura lateral; 
•Tendência de manter MmSS 
flexionados e abduzidos; 
•Cabeça com rotação para um dos 
lados; 
•Predisposição a desvios do pé 
 
 
INTERVENÇÃO TÁTIL 
 
•Manter um equilíbrio entre contenção, 
exploração e auto-organização; 
•O toque leve deve ser evitado; 
•Contenção manual. 
INTERVENÇÃO TÁTIL -
CINESTÉSICA 
 
• Mudanças no sistema 
neuroendócrino e imunológico; 
• Ganho de peso e maturação 
comportamental; 
• Massagem terapêutica 
reduzindo o estresse. 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS E 
ESTIMULAÇÃO PROPRIOCEPTIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPITULO 4 
Patologias 
 
 
Nesse capitulo abordaremos as patologias que são mais prováveis que nós 
fisioterapeutas vamos encontrar na nossa profissão: 
• Distrofia muscular de Duchenne 
• Distrofia muscular de Becker 
• Síndrome de Down 
• Síndrome do bebê sacudido 
• Transtorno do espectro autista (TEA) 
• Microcefalia 
• Mielomeningoncele 
• Hidrocefalia 
• Paralisia Cerebral (PC) 
• Alterações na pele 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISTROFIA MUSCULAR 
É a designação coletiva de um grupo 
de doenças musculares hereditárias, 
progressivas, sendo sua principal 
característica a degeneração da 
membrana que envolve a célula 
muscular, causando sua morte, 
afetando os músculos causando 
fraqueza 
 
Essa fraqueza muscular, dependendo do 
tipo de distrofia, afeta grupos de músculos 
diferentes e tem velocidade de 
degeneração variável. 
Tipos de distrofia 
Distrofia muscular de Duchenne
 
Essa é a forma mais frequente de distrofia 
muscular. Ocorre em meninos, e os 
primeiros sinais de fraqueza muscular 
surgem assim que começam a caminhar, 
ao redor dos três aos cinco anos de idade. 
O tratamento é feito com fisioterapia, para 
melhorar a qualidade de vida do paciente e 
ainda não existe cura ou tratamento que 
retarde sua progressão. A terapia gênica, 
uma possível cura para DMD, está sendo 
pesquisada e consiste em introduzir no 
DNA, um gene sintético, que compensará o 
gene deletado. O tratamento é feito com 
fisioterapia, para melhorar a qualidade de 
vida do paciente e ainda não existe cura ou 
tratamento que retarde sua progressão. A 
terapia gênica, uma possível cura para 
DMD, está sendo pesquisada e consiste em 
introduzir no DNA, um gene sintético, que 
compensará o gene deletado. 
Sintomas 
• Quedas frequentes 
• Dificuldade para levantar de uma posição 
deitada ou sentada 
• Dificuldade com habilidades motores, 
como correr e saltar 
• Andar cambaleante 
• Grandes músculos da panturrilha 
• Dificuldades de aprendizagem 
• Fadiga 
• Retardo mental 
• Fraqueza que piora com o tempo. 
Distrofia muscular de Becker 
 
Assemelha-se muito com a distrofia 
muscular de duchenne no que se refere 
aos sintomas iniciais e evolução, exceto 
pelo fato de ter um início em geral mais 
tardio, evolução mais lenta e uma variação 
 
muito grande no grau de 
comprometimento muscular entre as 
pessoas com essa distrofia, podendo ser 
confundida com outras distrofias. 
Com relação à taxa de incidência, essa 
forma de distrofia afeta cerca de um em 
cada trinta mil nascimentos. 
O tratamento para a distrofia muscular de 
Becker é feito para aliviar os sintomas de 
cada pessoas e, por isso, pode variar em 
cada caso. Porém, as formas mais comuns 
de tratamento incluem: Remédios 
corticoides, Fisioterapia, Terapia 
ocupacional e além disso, pode ainda ser 
necessário fazer cirurgias, especialmente 
se os músculos ficarem mais curtos ou 
muito contraídos, para soltá-los e corrigir o 
encurtamento. 
Já quando as contraturas surgem nos 
músculos dos ombros ou costas, podem 
provocar deformações na coluna vertebral 
que precisam ser corrigidas com cirurgia 
também. 
Sintomas 
• Dificuldade gradual para caminhar e subir 
escadas. 
• Quedas frequentes sem razão aparente. 
• Perda de massa muscular. 
• Enfraquecimento dos músculos do 
pescoço e braços. 
• Cansaço excessivo. 
• Perda de equilíbrio e coordenação. 
 
O sinal de Gowers, também conhecido 
como manobra de Gowers ou manobra do 
levantar miopático, é um sinal médico que 
indica fraqueza dos músculos proximais, 
especificamente aqueles do membro 
inferior. O sinal descreve um paciente que 
usa suas mãos para "escalar" seu próprio 
corpo a partir de uma posição agachada 
devido à falta de força muscular no quadril 
e coxas. 
O sinal de Gowers é classicamente 
observado na distrofia muscular de 
Duchenne, mas também ocorre na 
miopatia centronuclear, distrofia miotônica 
e diversas outras doenças associadas com 
fraqueza muscular proximal. 
Para esta manobra, o paciente é colocado 
no chão distante de outros objetos com os 
quais ele poderia usar para se apoiar no 
momento de ficar na posição ereta. A 
manobra também pode ser usada para 
testar paraplegia. 
 
 
 
 
 
 
 
Síndrome de down 
 
O que é síndrome de down? 
A síndrome de down é uma condição 
genética causada por um problema nos 
cromossomos. 
Normalmente, o ser humano possui 23 
pares de cromossomos, que são os 
responsáveis por abrigar o nosso código 
genético. São eles que contêm informações 
que vão da cor da pele e do cabelo ao 
desenvolvimento mental e às 
características gerais que vão ditar a 
fisiologia de um indivíduo 
A síndrome de down é caracterizada por 
uma diferenciação no número de 
cromossomos, sendo que o cromossomo 
de número 21, ao invés de apresentar um 
par, apresenta três cromossomos, na 
chamada trissomia simples do 
cromossomo 21, apontada como causa da 
síndrome de down. 
Existem outras duas condições que podem 
causar a síndrome de down. Entre elas, 
podemos destacar a translocação 
cromossômica, quando o cromossomo 21 
se apresenta grudado a um outro 
cromossomo, dando a impressão de ser um 
cromossomo extra, e o mosaicismo, 
quando o problema na divisão celular 
acontece depois da formação do embrião, 
sendo que nem todas as células acabam 
tendo a trissomia do cromossomo 21. 
A trissomia simples do cromossomo 21, a 
translocação cromossômica e o 
mosaicismo são apontados como 
diferentes tipos de síndrome de down, 
sendo que a maior parte das características 
apresentadas pelos portadores dessa 
condição são similares. 
De forma geral, o paciente com síndrome 
de down pode viver uma vida 
perfeitamente normal, desde que sejam 
feitas adaptações ao seu ritmo de 
aprendizado e a sua forma de ver o mundo. 
Para conscientizar a população sobre a 
importância da luta por direitos iguais e 
por respeito aos portadores dessa 
condição foi criada uma data especial. O 
dia da síndrome de down é celebrado em 
21 de março. 
Quais são as características da 
síndrome de down? 
Normalmente, o paciente com síndrome 
de down apresenta características físicas 
que são bastante marcantes. Dentre elas, 
podemos destacar: 
– Rosto arredondado, com olhos puxados e 
orelhas pequenas; 
– Mãos de tamanho reduzido e dedos 
curtos; 
– Tônus muscular mais fraco e 
– Língua protusa e maior do que o normal. 
Outras características da síndrome de 
down podem incluir: 
- Desenvolvimento intelectual um pouco 
mais lento que a média 
– Condições cardíacas congênitas; 
– Refluxo; 
– Problemas de tireoide; 
– Otites crônicas e 
– Apneia do sono. 
Nem sempre o paciente com síndrome de 
down apresenta todas essas condições, 
 
mas, por ter a síndrome, ele pode ter uma 
propensão acima da média para 
desenvolver as doenças mencionadas 
acima. 
Como a síndrome de down é 
diagnosticada? 
O diagnóstico da síndrome de down pode 
ser feito com o bebê ainda na barriga, por 
meio de exames específicos. 
Após o nascimento da criança, é feito o 
exame do cariótipo, que avalia justamentea posição dos cromossomos como forma 
de saber se a trissomia está presente. 
PAPEL DA FISIOTERAPIA NA 
SÍNDROME DE DOWN 
O tratamento deve focar em particular no 
trabalho de equilíbrio, postura, 
lateralidade e a coordenação de 
movimentos, inclusive movimentos finos 
da mão. 
Algumas alterações graves do sistema 
locomotor precisam ser investigadas: 
subluxação cervical, com ou sem lesão 
medular, luxação de quadril ou 
instabilidade das articulações, devida a 
hipotonia e frouxidão ligamentar 
Lembrando que sempre que se atua com 
crianças o foco da atividade no tratamento 
deve ser sempre a brincadeira. 
O lúdico é sempre o melhor caminho para 
que o tratamento fisioterapêutico seja 
leve, prazeroso e até divertido. 
Ele estimula a descoberta pelo novo e pelo 
mundo, que norteiam a motivação e o 
interesse da criança. 
Por exemplo para crianças de idade maior 
pode ser utilizado um circuito a ser 
completado – andar em superfícies 
instáveis ou com texturas diferentes, 
passar por aros, pegar ou colocar objetos 
em suportes etc. 
7 brincadeiras para crianças com 
Síndrome de Down que se destacam 
1. Jogo dos obstáculos 
O jogo dos obstáculos é uma forma de 
incentivar o desenvolvimento da 
habilidade motora, da consciência 
corporal, do equilíbrio e da coordenação 
das crianças com SD. Também é uma 
maneira de fazer a turminha aprender que 
pode superar contratempos e restrições, e 
se sentir confiante por ter conseguido. 
A dificuldade pode variar de acordo com a 
idade e a capacidade motora. Lembre-se 
de que um percurso muito difícil pode 
frustrar os pequenos, enquanto um 
caminho fácil não desafia as habilidades. 
2. Brincar em frente ao espelho 
A brincadeira com espelho desenvolve a 
autopercepção e é um jeito de a criançada 
se reconhecer e perceber os movimentos. 
É uma atividade lúdica, que trabalha o 
desenvolvimento psicológico e ainda 
auxilia a descobrir os limites do próprio 
corpo. 
Assim, vale pedir para a molecada fazer 
diferentes expressões faciais e caretas. 
Imitar gestos também é uma atividade 
benéfica, além de apontar para 
determinada parte do corpo e perguntar o 
nome. 
Posicionar um espelho de frente para a 
criança enquanto ela brinca é outra 
maneira de ela se enxergar e perceber o 
seu espaço. 
3. Jogos para descobrir e conhecer melhor 
as formas 
Atividades que exercitam a percepção 
visual das crianças são fundamentais para 
que elas entendam como as coisas ao seu 
redor funcionam. Brincadeiras que 
envolvam formas ajudam a melhorar a 
coordenação motora. 
 
Isso acontece porque a turminha percebe o 
que encaixa e como manusear um objeto. 
Também há uma percepção de espaço, 
tamanho e profundidade dos itens. 
Para administrar esses jogos, é possível 
apresentar desenhos de triângulo, 
quadrado, círculo e retângulo e pedir para 
que o pequeno aponte objetos com 
aquelas formas. Estimular que desenhem 
as formas geométricas é de grande ajuda, 
assim como recorrer a brinquedos de 
encaixe. 
4. Brincadeiras que ensinam sobre os 
alimentos 
Brincadeiras que estimulam o aprendizado 
sobre alimentos são ótimas para 
reconhecer texturas, formar um bom 
paladar e incentivar a experimentar coisas 
novas. Essa atividade pode ser realizada 
durante as refeições, ao perguntar os 
nomes dos alimentos no prato. Outra ideia 
é trazer biscoitos doces e salgados e pedir 
que a criança separe-os de acordo com o 
sabor. 
As frutas também entram na brincadeira: 
ofereça opções para a turminha 
determinar quais são doces, cítricas ou 
azedas (ácidas). Ao fazer compras, é 
interessante chamar a molecada e mostrar 
quais alimentos precisam ficar na 
geladeira, na despensa ou em outro lugar 
específico. 
5. Jogos da memória 
Algumas crianças com Síndrome de Down 
têm dificuldade intelectual e problemas em 
desempenhar duas atividades ao mesmo 
tempo. Por isso, é importante apostar em 
brincadeiras que estimulem a 
concentração e a memória. 
O jogo da memória é divertido e melhora o 
foco, o que traz benefícios para a 
turminha. Se você não tiver um em casa, 
não se preocupe: dá para fazer o seu de 
maneira bem simples. 
Escolha símbolos, como casa, animais, 
alimentos e outros objetos. Então, desenhe 
dois de cada em cartões ou imprima da 
internet. Disponha para a turminha 
determinar os pares e, a cada acerto, 
pergunte o que é a imagem. 
6. Esconde-esconde 
Juntar a meninada para brincar de 
esconde-esconde é outra opção positiva 
para o crescimento das crianças com 
Síndrome de Down. É um jeito de trabalhar 
o raciocínio e a coordenação motora. 
Essa brincadeira ajuda o pequeno a 
determinar qual lugar é o mais adequado 
para que ela se esconda ou descobrir em 
que local os amigos estão escondidos. A 
atividade ainda exercita a musculatura e 
melhora o controle corporal. 
7. Massinha de modelar 
Brincar com massinha de modelar favorece 
a criatividade — afinal, a criança poderá 
criar objetos variados. A coordenação 
motora também sai ganhando, já que a 
turminha precisa modelar e manusear a 
massinha para que ela se transforme no 
que deseja. Isso exercita os dedos e as 
mãos, além de trabalhar o tato e a visão. 
A massinha pode ser oferecida em cores 
para que ela solte a imaginação, ou vir com 
moldes de números, de formas 
geométricas, de carros e, até mesmo, de 
pizza. É importante que sempre haja a 
supervisão de um adulto durante as 
atividades. 
As brincadeiras para crianças com 
Síndrome de Down são estímulos 
essenciais para o desenvolvimento de 
habilidades motoras, mentais, emocionais 
e sociais. Ao saber quais brincadeiras fazer 
com a criançada, a diversão é garantida, 
assim como o crescimento saudável! 
 
 
 
SÍNDROME DO BEBÊ SACUDIDO 
 
Se sacudir o bebê, o cérebro pode golpear o 
interior do crânio 
A síndrome do bebê sacudido, também 
chamado traumatismo cranial por maltrato, 
é uma lesão cerebral severa cuja causa 
principal é uma sacudida violenta. Pode 
afetar bebês de poucos meses, mas 
também pode acontecer em crianças 
pequenas de três a quatro anos. 
A sacudida ocasiona danos nas células 
cerebrais e impede que o cérebro do menor 
receba oxigênio suficiente. Como 
consequência pode desencadear 
hemorragias, hematomas, danos cerebrais 
irreparáveis ou, até mesmo, a morte. 
Seus sintomas variam em função da região 
do cérebro afetado, mas com frequência 
leva um dano axonal difuso. Em alguns 
casos se manifestam de maneira evidente 
em pouco tempo, mas também pode causar 
sequelas a longo prazo. 
 
 
 
 
 
O Transtorno do Espectro do 
Autismo (TEA) 
 
Reúne desordens do desenvolvimento 
neurológico presentes desde o nascimento 
ou começo da infância. São elas: Autismo 
Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo 
de Kanner, Autismo de Alto 
Funcionamento, Autismo Atípico, 
Transtorno Global do Desenvolvimento 
sem outra especificação, Transtorno 
Desintegrativo da Infância e a Síndrome de 
Asperger. 
Costuma ser identificado na infância, entre 
1 ano e meio e 3 anos, embora os sinais 
iniciais às vezes apareçam já nos primeiros 
meses de vida. O distúrbio afeta a 
comunicação e capacidade de aprendiza... 
Na forma qualificada como de baixa 
funcionalidade, a criança praticamente não 
interage, vive repetindo movimentos e 
apresenta atraso mental. O quadro 
provavelmente vai exigir tratamento pela 
vida toda... 
O autismo não possui causas totalmente 
conhecidas, porém há evidências de que 
haja predisposição genética para ele. 
Outros reportam o suposto papel de 
infecções durante a gravidez e mesmo 
fatores ambientais... 
 
Sinais e sintomas 
– Bebês que evitam o contato visual com a 
mãe, inclusive durante a amamentação 
– Choro ininterrupto 
– Apatia 
– Inquietação exacerbada 
– Pouca vontade para falar 
– Surdez aparente: a criança não atende 
aos chamados 
– Transtorno de linguagem, com repetição 
de palavras que ouve– Movimentos pendulares e repetitivos de 
tronco, mãos e cabeça 
– Ansiedade 
– Agressividade 
– Resistência a mudanças na rotina: recusa 
provar alimentos ou aceitar um novo 
brinquedo, por exemplo 
PAPEL DO FISIOTERAPEUTA NO 
TEA 
O profissional de fisioterapia atua 
diretamente nas habilidades motoras da 
pessoa autista, o fisioterapeuta trabalha 
para desenvolver e aprimorar as funções 
básicas, como andar, sentar, ficar de pé, 
jogar, rolar, tocar objetos, engatinhar e a 
se locomover de maneira geral. O 
fisioterapeuta trabalha toda coordenação 
motora grossa e também se concentra no 
desenvolvimento da força muscular. 
Além disso, o profissional de fisioterapia 
pode informar aos pais sobre os exercícios 
que são fundamentais para a criança. 
Dessa forma, pais e responsáveis podem 
gerenciar a execução dos exercícios feitos 
em casa, caso o terapeuta passe alguns 
deles para serem realizados no ambiente 
doméstico. O fato de fazer as atividades 
em casa pode dar mais confiança à criança 
com autismo. A familiaridade com o local é 
sempre um ponto positivo para o autista. 
 
 
 
MICROCEFALIA 
 
são caracterizadas por apresentar a cabeça 
e o cérebro em tamanho menor do que o 
normal para sua idade e, quando 
comparadas a outras crianças da mesma 
idade e do mesmo sexo, a diferença é bem 
nítida. A explicação está na redução do 
espaço para o crescimento do cérebro e de 
suas capacidades, pois as fontanelas 
(conhecidas como moleiras, popularmente) 
que deveriam demorar mais tempo para se 
fecharem após o nascimento do bebê, 
acabam se unindo precocemente, 
impedindo esse crescimento normal e 
necessário do cérebro dentro da caixa 
craniana e o perímetro da cabeça fica, 
então, menor do que o normal. A doença 
também pode ser decorrente de um 
crescimento insuficiente do cérebro já 
durante a gestação. 
O diagnóstico da microcefalia é obtido, 
mais comumente, após o primeiro ano de 
vida quando é perceptível que o tamanho 
da cabeça da criança é bem inferior ao 
tamanho que deveria apresentar. Mas 
pode ser evidenciada também logo após o 
nascimento durante os primeiros exames 
que a criança realiza pós-parto. 
Principais efeitos: 
Epilepsia; Autismo; Déficit intelectual; 
Rigidez nos músculos; Convulsões, etc. 
 
 
O papel da fisioterapia no 
tratamento da microcefalia 
Crianças com microcefalia têm, 
normalmente, deficiências motoras e 
cognitivas, características que no futuro 
podem comprometer, significativamente, a 
qualidade de vida. Dessa forma, a criança 
diagnosticada com a doença deve receber 
um acompanhamento fisioterapêutico 
desde cedo. 
Até os três anos de idade, a criança já pode 
evidenciar dificuldades motoras e o 
profissional acompanha o quadro com 
estímulos através de procedimentos 
específicos da fisioterapia. Após os quatro 
anos de idade, podem surgir as primeiras 
dificuldades cognitivas, momento em que 
os especialistas já iniciam o processo de 
reabilitação intelectual, associando o 
trabalho fisioterapêutico com a atuação de 
outros profissionais, como psicólogos e 
fonoaudiólogos. 
O trabalho do fisioterapeuta vai depender 
do quadro de evolução da criança: quantas 
sessões por semana, a intensidade e o tipo 
de estímulo a ser aplicado, etc. Mas é 
sempre importante ressaltar que o 
trabalho deve ser multidisciplinar, ou seja, 
em conjunto com o trabalho de outros 
profissionais, como, por exemplo, os já 
mencionados. Não existe um tratamento 
definitivo para a doença, todo o trabalho 
realizado pela fisioterapia e outros 
profissionais tem por objetivo a redução 
dos impactos que a criança sofre como 
decorrência do acometimento pela 
microcefalia. 
A relação da microcefalia com o 
Zika vírus 
Recentemente, acompanhamos junto ao 
Ministério da Saúde quadros de crianças 
diagnosticadas com microcefalia como 
decorrência da transmissão do Zika vírus 
 
da mãe para o bebê durante a gestação, 
através da placenta. 
A febre Zika é causada pela ação do 
mosquito Aedes aegypti que transmite a 
doença e sua relação com o 
desenvolvimento da microcefalia (atuação 
do vírus no organismo humano, período de 
maior vulnerabilidade da gestante, 
infecção do feto, etc) ainda permanece sob 
investigações, porém, sabe-se que o risco 
inicial está associado aos primeiros três 
meses de gestação. 
 
 MIELOMENINGONCELE 
 
A mielomeningocele, também conhecida 
como espinha bífida aberta, é uma 
malformação congênita da coluna 
vertebral da criança em que as meninges, a 
medula e as raízes nervosas estão 
expostas. 
Acontece entre 18 e 21 dias de gestação e 
é o defeito do tubo neural mais comum, 
ocorrendo em 1 a 10 a cada 1000 
nascimentos. 
Espinha Bífida 
• Má formação congênita que afeta o 
desenvolvimento do tubo neural 
• Fechamento incompleto do canal 
vertebral 
• Ocorre entre 3ª e 5ª semana de gestação 
• Pode ou não estar acompanhada de 
protusão e displasia das membranas 
• Afeta sistemas osteoneuromuscular e 
genitourinário 
• Ocorre paralisia sensório-motora que 
acomete os MMII abaixo do nível da lesão 
Nível neurológico 
Torácico 
Lombar Alto 
Lombar baixo 
Sacral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NÍVEL TORÁCICO 
 
•Ausência de sensibilidade e de 
musculatura ativa abaixo do quadril. 
•Postura de abandono em Mmii 
•São capazes de adquirir posição sentada 
(com ou sem apoio), deslocar-se 
arrastando no solo e realizar transferências 
com MMSS. 
•O ortostatismo só é possível com uso do 
parapodium ( contra indicado Qdo flexão 
>30º) . 
 
•O treino de marcha só pode ser realizado 
com RGO com órtese Longa bilateral e 
cinto pélvico com prolongamento torácico 
 
Nível Lombar Alto 
• Apresentam alguma sensibilidade abaixo 
dos quadris, atividade de flexores e 
adutores de quadris e podem ter extensão 
de joelhos. 
 
• Geralmente tem bom controle de tronco, 
deslocam-se engatinhando, passam para o 
de pé com auxílio de MMSS e deambulam 
com apoio. 
 
 
Nível Lombar Baixo 
• Apresenta alguma sensibilidade abaixo 
dos quadris e atividade de flexores e 
adutores de quadris, flexores e extensores 
de joelhos e, eventualmente, abdutores de 
quadris, dorsiflexores e eversores dos pés. 
 
• São capazes de realizar etapas motoras, 
como passagem de ajoelhado e semi-
ajoelhado para de pé. 
• Realizam deambulação com goteiras e 
muletas e podem usar hates laterais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nível Sacral. 
 
Hidrocefalia 
 
A hidrocefalia se caracteriza pelo acúmulo 
de líquidos na cabeça. O excesso retido faz 
com que os ventrículos cerebrais se 
dilatem, provocando danos nas estruturas 
encefálicas. 
Hidrocefalia (hidro = água + céfalo = 
cabeça) é uma condição que se caracteriza 
pelo acúmulo do líquido cefalorraquidiano 
(LCR) nos ventrículos cerebrais (cavidades 
intercomunicantes localizadas em áreas do 
encéfalo) e no espaço subaracnoide entre 
as membranas aracnoide e pia-mater das 
meninges. Esse acúmulo pode ser causado 
por um desequilíbrio entre a produção e a 
reabsorção do líquido cefalorraquidiano ou 
por algum tipo de obstrução que impeça 
sua circulação e drenagem. O fato é que o 
excesso retido faz os ventrículos cerebrais 
dilatarem, o que pode provocar 
compressão e danos nas estruturas 
encefálicas. 
A hidrocefalia pode afetar pessoas de 
qualquer idade, mas é mais comum nas 
crianças e nos idosos. 
Pode ser causada por hemorragias ou 
sangramentos intracranianos, 
traumatismos cranianos, infecções 
(meningite), idiopática, ou seja, sem causa 
aparente, congênitas (malformações 
cerebrais), tumores e cistos. 
Seu tratamento é feito através de um 
procedimento cirúrgico onde se coloca um 
cateter que fica em contato com o líquor a 
uma válvula que limita a quantidade de 
líquido a ser drenado. 
A outra extremidade do cateter é passada 
por baixo da pele ate uma outra cavidade 
do corpo que possa recebereste liquido, 
geralmente a cavidade abdominal. 
Paralisia Cerebral (PC) 
 
Paralisia cerebral é um transtorno de 
movimento postura, resultante de uma 
lesão ou defeito no cérebro em 
desenvolvimento (dano cerebral). 
CAUSAS 
Paralisia cerebral pode ser causada por 
lesão cerebral durante a vida intra-uterina 
ou no nascimento. Também podem ser 
adquiridos após o nascimento. Neste caso, 
paralisia cerebral geralmente é causada 
por lesões cerebrais nos primeiros meses 
ou anos de vida. 
 
 
FATORES DE RISCO 
Vários fatores de risco podem aumentar a 
probabilidade de paralisia cerebral. 
No entanto, é importante saber que esses 
fatores de risco não necessariamente 
resultarão na doença. 
Estes fatores de risco estão normalmente 
presentes: 
Durante o desenvolvimento fetal, antes, 
durante ou logo após o nascimento 
Durante a infância 
Fatores de risco para a paralisia cerebral 
incluem: 
Nascimento prematuro 
Baixo peso ao nascer 
Má nutrição intra-uterina 
Falta de fatores de crescimento durante a 
vida intra-uterina 
Incompatibilidade de RH ou tipo de sangue 
A-B-O entre a mãe e a criança 
Infecção da mãe com sarampo alemão ou 
outras doenças virais no início da gravidez 
Infecção bacteriana da mãe, do feto ou 
criança que ataca direta ou indiretamente 
o sistema nervoso central do bebê 
Perda prolongada de oxigênio antes ou 
durante o parto 
Icterícia grave logo após o nascimento 
SINTOMAS 
Os primeiros sinais de paralisia cerebral 
geralmente aparecem antes de uma 
criança completar 18 meses de idade. 
Crianças com paralisia cerebral são 
frequentemente lentas para atingir marcos 
do desenvolvimento, tais como aprender a 
rolar, sentar, engatinhar, sorrir ou 
caminhar. Os pais muitas vezes são os 
primeiros a suspeitar que seu bebê não 
está desenvolvendo habilidades motoras 
normalmente. 
Sintomas que podem acompanhar a 
paralisia cerebral incluem: 
Espasticidade 
Movimento involuntário 
Problemas andando ou movendo-se 
Dificuldade de deglutição 
Problemas com a fala 
Paralisia cerebral varia de leve a grave. 
Sinais físicos de paralisia cerebral incluem 
fraqueza e hipotonia dos músculos, ou 
espasticidade e rigidez. Em alguns casos, 
doenças neurológicas (tais como retardo 
mental ou convulsões) também ocorrem 
em crianças com paralisia cerebral. 
SOBRE ESPASTICIDADE DEVIDO À 
PARALISIA CEREBRAL 
Espasticidade é causada por dano ou 
prejuízo de uma parte do sistema nervoso 
central (cérebro ou medula espinhal) que 
controla o movimento voluntário. Este 
dano interrompe sinais importantes entre 
o sistema nervoso e músculos, criando um 
desequilíbrio que aumenta a atividade 
muscular ou espasmos. 
Espasticidade pode dificultar o movimento, 
postura e equilíbrio. Ela pode afetar a 
habilidade de uma pessoa para mover um 
ou mais membros, ou para mover um lado 
do corpo. Às vezes, a espasticidade é tão 
severa que atrapalha as atividades diárias, 
padrões de sono e os cuidados. Em 
determinadas situações, essa perda de 
controle pode ser perigosa para o 
indivíduo. 
Objetivos da fisioterapia no tratamento 
da Paralisia Cerebral 
A fisioterapia tem função importante na 
facilitação do desenvolvimento motor, no 
desenvolvendo dos reflexos, ajuda a 
 
diminuir bloqueios, contraturas e 
deformidades. Com isto, o foco do 
fisioterapeuta deve ser o de se aproximar 
ao máximo do desenvolvimento motor 
normal. 
Os objetivos com o tratamento 
fisioterapêutico na paralisia cerebral 
incluem principalmente o aprimoramento 
das habilidades existentes, desenvolvendo 
funções e promovendo a independência, 
além de colaborar com a prevenção ou 
diminuição de deformidades. 
Benefícios da fisioterapia para a Paralisia 
Cerebral 
A fisioterapia é muito importante para o 
tratamento da paralisia cerebral, uma vez 
que o profissional é responsável por 
auxiliar no desenvolvimento da 
independência do paciente, facilitando as 
atividades de vida diária. Todavia, o 
tratamento fisioterapêutico se estende, 
também, à família. Uma vez que possibilita 
a conscientização dos parentes a fim de 
fornecer orientações e ensinar técnicas 
para facilitar a integração ao ambiente 
familiar. 
Além disso, o fisioterapeuta irá tratar 
também a condição motora do paciente, 
desenvolvendo um trabalho para diminuir 
contraturas e deformidades, com o uso de 
diversos equipamentos. 
Fisioterapia aquática como tratamento da 
Paralisia Cerebral 
A fisioterapia aquática se destaca no 
tratamento da paralisia cerebral devido às 
particularidades que o tratamento em 
meio liquido é capaz de exercer sobre o 
paciente. Assim, uma das vantagens é 
facilitar a aquisição de postura assim como 
no controle dos movimentos, na 
normalização do tônus muscular, no 
aumento da amplitude de movimento 
articular, além da melhora respiratória e da 
socialização do indivíduo. 
Os efeitos físicos da fisioterapia aquática 
também oferecem vantagens ao 
tratamento, sendo eles: 
Densidade relativa, de quem depende a 
capacidade de flutuação; 
Empuxo, força oposta à gravidade; 
Tensão superficial, atuando como 
resistência ao movimento; 
Pressão hidrostática que é a pressão de 
imersão, dependente direta da 
profundidade da imersão; 
Ambiente agradável e lúdico para as 
crianças e adolescentes. 
Esses benefícios ainda estão ligados ao 
aumento potencial de confiança, de 
motivação e de interesse. Isso pelo fato de 
tornar mais fácil certas tarefas que fora da 
água seriam difíceis ou até mesmo 
impossíveis de serem realizadas. 
Alterações na pele do RN 
 
FONTE: @GAVETEIROO 
 Eritema tóxico: é uma erupção benigna 
e autolimitada, de causa desconhecida, 
que geralmente surge nos primeiros dois 
dias de vida. As lesões consistem em 
pápulas ou pústulas firmes, de 1 a 3 mm, 
 
brancas ou amarelo-claras, sob uma base 
eritematosa. É comum na face, 
extremidades proximais, tronco e nádegas, 
ou qualquer lugar do corpo, exceto nas 
palmas e plantas; 
 Hemangiomas: são tumores cutâneos 
benigno, geralmente não estão presentes 
ao nascimento, mas podem aparecer 
algumas semanas depois e aumentar 
consideravelmente durante o primeiro ano 
de vida, tendo a regredir espontaneamente 
aos dois ou três anos de idades. São 
nódulos elásticos vermelho vivo, com uma 
superfície enrugada e margens bem 
definida; 
 Vernix caseosa: Substância 
gordurosa esbranquiçada formada, que 
lubrifica a pele e facilita a passagem 
através do canal do parto; 
 Lanugo: pelo fino, sem medula e 
abundante, que recobre a pele do rn, 
principalmente nas costas, ombros e face. 
Desaparece nas primeiras semanas 
de vida, com substituição por pelo corporal 
definitivo; 
 Cianose: é a coloração azulada da pele 
e é comum em rn. Geralmente está 
presente como cianose de extremidades; 
 Milium sebáceo: é caracterizado por 
pequenos pontos brancos localizados na 
base do nariz, queixo e testa, devido a 
presença de glândulas sebáceas obstruídas 
em função de hormônios materno; 
 Manchas Mongólicas: são manchas 
azul-acinzentadas, que se localizam na 
região próxima aos glúteos ou no sacro. 
 Mancha salmão: são avermelhadas, 
comuns na região da testa, pálpebras, e 
região posterior do pescoço. É comum e 
costuma desaparecer em alguns meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CAPITULO 5 
 ATIVIDADES CRIATIVAS 
 
Fala-se muito a respeito de ludicidade e atividades lúdicas para crianças. 
No entanto, ainda há pais que se perguntam o que são e, o mais 
importante, como desenvolvê-las com os filhos. Em um primeiro 
momento, podemos conceituar atividades lúdicas como brincadeiras e 
tarefas recreativas que têm a finalidade de entreter e divertir as crianças 
de maneira educativa e didática. 
Nesse sentido, o primeiro processo de aprendizagem e desenvolvimento 
começa com jogose brincadeiras. Assim, os pequenos aprendem e nem 
se dão conta disso, pois são atividades divertidas e relaxantes. 
Abaixo, listamos alguns benefícios obtidos com tarefas recreativas. Você 
perceberá como as atividades lúdicas ajudarão a criança a 
desenvolver habilidades essenciais para a vida toda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0-3 meses 
O CICLISTA
 
Vamos fazer um pouco de exercício 
com o bebê. Por isso, podemos 
acomodá-lo de barriga para cima no 
berço ou no trocador. 
Pegamos seus tornozelos com as 
nossas mãos e vamos flexionando e 
esticando, alternativamente, suas 
perninhas com delicadeza: 
esticamos uma perna e flexionamos 
a outra, flexionamos a primeira e 
esticamos a segunda e, assim 
sucessivamente, seguindo um ritmo 
suave. 
Pouco a pouco, podemos aumentar 
a velocidade das ‘’pedaladas’’ ou 
fazer algumas variações no ritmo 
(ora mais lento, ora mais rápido). 
Depois, para variar um pouco a 
brincadeira, segure seus tornozelos 
e estique ambas as pernas de uma 
vez. Enquanto isso, podemos cantar 
alguma musiquinha. 
Damos o exercício por finalizado 
antes que o bebê comece a 
demonstrar sinais de cansaço, o 
beijamos e fazemos cócegas nos 
seus pés. 
 
Será possível... 
• Iniciar seu bebê na 
descoberta do próprio 
corpo. 
• Potencializar o 
desenvolvimento motor 
das pernas do bebê. 
• Favorecer a sincronização 
dos movimentos do bebê 
• Estimulá-lo a adquirir 
sentido de ritmo. 
 
SAPATINHO 
MUSICAL
 
Para realizar essa atividade, 
devemos preparar previamente o 
‘’sapatinho musical’’. Basta 
costurarmos com firmeza um 
chocalho pequeno na ponta de um 
dos sapatinhos de tricô (ou meias). 
Podemos calçar o ‘’sapatinho 
musical’’ em um dos pés e o outro 
sapatinho, sem chocalho, no outro. 
Se o bebê não mexer as pernas, 
nós mesmos podemos mexê-las 
para chamar a atenção dele para os 
pés, aproveitando o som ou o brilho 
metálico do chocalho. 
A partir desse momento, o bebe 
mexera as pernas para tentar tocar 
o chocalho com suas mãos. E 
também tentara aproximar o pé da 
boca. 
 
Em outro dia, podemos mudar o 
‘’sapatinho musical’’ de pé para 
surpreendê-lo. 
A atividade deve durar um tempo 
ponderado, para que a criança não 
fique cansada por causa do esforço. 
Será possível... 
• Exercitar as pernas e os 
braços do bebê 
• Inicia-lo no 
reconhecimento das 
relações de causa e efeito 
(ao mexer uma perna, toca 
um chocalho) 
• Desenvolver os sentidos de 
visão e de audição do bebê 
• Praticar a sincronização 
óculo-manual dele. 
 
O chocalho 
 
Nestes primeiros meses de vida, o 
bebê começa a segurar objetos com 
as mãos, mesmo que por pouco 
tempo, já que os deixam cair logo 
em seguida. 
Colocamos um chocalho nas mãos 
do nosso pequenino para que ele 
tente pegá-lo 
Como ele não consegue segurá-lo 
durante muito tempo, o chocalho 
cairá, e o barulho chamará sua 
atenção 
Tornamos a lhe oferecer o objeto 
para que se divirta segurando-o por 
algum tempo; ele o deixará cair em 
seguida, e nós o devolveremos 
novamente ao bebê. 
Também podemos ajuda-lo a 
segurar o chocalho e lhe ensinar o 
barulho que o objeto faz quando o 
movimentarmos em diferentes 
ritmos. 
Quando virmos que o bebe se 
cansou do jogo, devemos mudar de 
atividade. 
Será possível... 
• Aumentar a coordenação 
óculo-manual do bebê 
• Estimula-lo a descobrir os 
objetos e as texturas 
• Exercitar suas mãos e 
estimulá-lo a adquirir 
sentido de ritmo 
• Aumentar o controle 
psicomotor do bebê 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A bola gigante 
 
Necessitamos de uma bola suíça, 
de uns 75cm de diâmetro, que 
podemos encontrar em alguma loja 
de brinquedos, de esporte ou em 
grandes lojas de variedades. 
Colocamos a bola de plástico no 
chão, se possível sobre o carpete 
ou o tapete. 
Posicionamo-nos em frente a bola 
suíça e colocam0os o bebê em cima 
dela, de modo que apoie a 
barriguinha nela. Devemos segurá-
lo bem com as mãos, já que o 
pequenino ainda não consegue se 
manter nem em pé nem sentado. 
Fazemos com que a bola de 
plástico rode suavemente, com o 
bebe apoiado nela, com cuidado, 
para que ele não escorregue. É 
preciso levar em conta que o bebê 
ai9nda não sustenta a cabeça com 
firmeza; por isso, devemos segurá-
la. 
Podemos mover a bola para frente, 
para trás, para um lado e para o 
outro. 
E, a todo momento, devemos 
explicar o que estamos fazendo ao 
nosso pequenino, para que, mesmo 
que ele não nos entenda, vá se 
familiarizando com os sons e com a 
nossa voz. 
Quando percebemos que o bebê 
está cansado, mudamos de 
atividade. 
 
Será possível... 
• Inicia-lo na aquisição da 
noção de lateralidade. 
• Favorecer o relaxamento 
do bebê, movimentos que o 
ajudam a dormir. 
• Aumentar o controle motor 
e o sentido de equilíbrio do 
bebê 
• Explorar as capacidades 
motoras do bebê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 – 6 meses 
A GANGORRA 
 
Sentamo-nos no chão com as 
pernas fechadas e esticadas 
Deitamos o bebê de barriga para 
cima sobre as nossas coxas, de 
modo que as pernas do bebê 
fiquem sobre o nosso0 estômago e 
sua cabecinha se apoie, mais ou 
menos, sobre os nossos joelhos 
Então, suspendemos o bebê pelas 
mãos. Agora, bem devagar, 
reclinamos as costas até o chão, 
enquanto levantamos as pernas, 
fazendo com que o bebê fique de pé 
em nossa barriga. 
Depois, repetimos no sentido 
contrário para voltar à posição 
inicial. 
Podemos fazer esse movimento de 
gangorra varias vezes, enquanto 
falamos coisas carinhosas 
 
 
 
 
 
 
Será possível... 
• Fazer com que o bebê 
comece a controlar sua 
postura e a manter o 
equilíbrio. 
• Favorecer o relaxamento 
do bebê e estimular seu 
prazer sensorial. 
• Ensiná-lo adquirir 
segurança na realização de 
atividades em diferentes 
pontos. 
 
Espelho magico 
 
Os espelhos atraem muito a 
atenção dos pequeninos. Se 
tivermos um grande em casa, 
podemos fazer essa brincadeira. 
Colocamo-nos diante do espelho 
com o bebê nos braços, de modo 
que ele possa se olhar no espelho 
comodamente. 
Agora, chamamos a sua atenção 
para que se vê no espelho, dizendo 
a ele algumas palavras carinhosas. 
Quando conseguirmos que fique 
atento, seguramos a sua mãozinha, 
a levantamos e o cumprimentamos, 
dizendo ‘’O bebê está 
cumprimentando com a mão’’. 
Podemos continuar brincando dessa 
maneira, realizando movimentos, 
diferentes e mudando de posição, 
 
fazendo gestos ou mexendo 
diversas partes do corpo ou objetos. 
Devmos observar como nosso bebê 
reage e continuar brincando, até 
notarmos que ele ficou cansado. 
Será possível... 
• Fazer com que perceba os 
movimentos próprios de 
cada parte do corpo. 
• Ajudá-lo a descobrir o 
próprio corpo. 
• Inicia-lo no 
reconhecimento da própria 
imagem. 
• Desenvolver a lateralidade 
no bebê 
 
Luzinhas 
 
Para este exercício, precisamos de 
uma pequena lanterna, papel 
celofone de cores vistosas e fita 
crepe. 
Tampamos o foco da lanterna com 
o papel celofane, que colocamos 
com a fita crepe. 
Deixamos o quarto do bebê com 
pouca luz e nos sentamos ao lado 
dele. 
Acendemos a lanterna e chamamos 
sua atenção para a luz que 
podemos projetar no teto ou na 
parede, mas sempre bem à visto do 
nosso bebê. 
Quando tivermos certeza de que ele 
está vendo a luz colorida, vamos 
mexendo aos poucos a lanterna 
para que o pequenino siga seu 
movimento com o olhar. 
Enquanto durar a brincadeira, 
podemos contar ao bebê alguma 
história inventada sobre o que é 
essa luz que se vê, ir nomeando os 
objetos que vamos iluminando ou 
colocar uma música suave de 
fundo. 
Numa outra ocasião, podemos usar 
um papel celofone de outra cor para 
que o pequenino vá se 
familiarizando com as diferentes 
cores. 
Será possível... 
Faze-lo praticar a exploração 
visual de imagens. 
Proporcionar ao bebê asuperação do medo diante de 
uma situação nova. 
Potencializar a visualização e a 
identificação das diferentes 
cores. 
Exercitar o movimento da cabeça 
e do pescoço do bebê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O pequeno 
malabarista 
 
Nesta atividade, precisamos de uma 
bola pequena de plástico, de cores 
bem chamativa. 
Deitamos o bebe no berço ou sobre 
uma superfície lisa. 
Mostramos a ele a bolinha para que 
observe as cores. 
Levantamos sus pernas e 
colocamos a bolinha sobre seus 
pés. 
Tratamos de ajuda-lo a mantê-la 
sobre seus pés, mesmo que ele dê 
chutes. 
Quando a bolinha cair, devemos 
mostrar alegria com alguma frase e 
voltar a repetir a operação varias 
vezes. 
Enquanto segurarmos a bolinha 
sobre seus pés, podemos ensiná-lo 
a chutá-la fazer com que ele a gire, 
etc. 
 
 
 
 
 Será possível... 
• Exercitar a motricidade das 
extremidades do nosso 
bebê. 
• Estimular a coordenação 
da percepção ocular e a 
dinâmica geral do bebê 
• Fazê-lo perceber a solidez 
e a permanência dos 
objetos 
• Inicia-lo na percepção das 
distâncias (perto-longe). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 – 9 meses 
Pulando 
obstáculos 
 
Nós mesmos nós fazemos de 
obstáculos físicos para que nosso 
bebê aprenda a vencê-los. 
Os pais sentam no chão com as 
pernas esticadas, um ao lado do 
outro. O bebê também estará 
sentado no chão, perto de um dos 
dois. 
Deixamos um brinquedo do outro 
lado e estimulamos o bebê para que 
vá busca-lo, passando por cima de 
nossas pernas. 
Também podemos nos posicionar 
de outras maneiras (um deitado de 
barriga para cima e o outro sentado 
com as pernas dobradas em forma 
de túnel, por exemplo) para que o 
bebê procure opções para nos 
saltar engatilhando. 
Se for necessário, nas primeiras 
vezes, o ajudaremos a subir e a 
descer. E, muito importante: 
devemos sempre parabenizar o 
bebê pelos seus esforços e 
demonstrar grande alegria quando 
ele alcançar um brinquedo. 
 
Será possível... 
• Exercitar e fortalecer os 
braços e as pernas do 
pequenino. 
• Estimular a coordenação 
de movimentos de 
deslocamento do bebê. 
• Desenvolver a sua 
agilidade e o seu sentido 
de equilíbrio. 
• Potencializar o controle de 
sua motricidade. 
 
A marionete 
 
Com uma marionete de qualquer 
personagem, podemos entreter o 
bebê por um bom tempo. Podemos 
compra-la em alguma loja de 
brinquedos ou fazê-la com uma luva 
ou meia, alguns botões, etc. 
com o bebê sentado no chão ou no 
colo do pai ou da mãe, um dos dois 
se aproxima dele, escondendo, nas 
costas, a mão que segura a 
marionete. 
Quando chegar perto do bebê, 
mostrar a marionete e fazer com 
que ela cumprimente o bebê, 
procurando mudar o tom de voz. 
 
Podemos esconder a marionete 
outra vez e tornar a mostrá-la para 
que o bebê a toque. 
Depois, podemos preparar duas 
marionetes. Colocamos uma em 
cada mão e encenamos alguma 
pequena história para o nosso 
pequenino. 
Se prepararmos mari0ontetes de 
pessoas e animais, as 
possibilidades de realizar esta 
atividade serão bem maiores. 
 Será possível... 
• Estimular a capacidade de 
antecipação do bebê. 
• Exercitar o movimento da 
cabeça e do pescoço do 
pequeno. 
• Potencializar a sua 
percepção visual de 
objetos. 
• Aprimorar a sua 
capacidade de localizar e 
observar os objetos. 
 
Subindo a 
montanha 
 
Algumas almofadas grandes, peças 
de roupas, alguns cobertores ou 
edredons podem servir para a 
criação de uma montanha 
‘’íngreme’’ no quarto, que permitirá 
que o nosso bebê inicie uma 
‘’escalada’’ 
No meio do quarto, formamos uma 
‘’área montanhosa’’ com um monte 
de almofadas, cobertores e roupas 
amontoadas. Os obstáculos devem 
ser facilmente escaláveis pelo bebê 
e devemos procurar um piso cuja 
superfície não seja escorregadia, 
para que as almofadas não saiam 
do lugar quando o bebê for subi-las. 
Convidamos o bebê para subir, 
fazendo gestos como se também 
pudéssemos subir, mostrando que 
estamos animados. 
Com estes estímulos, o bebê subirá 
contente. 
Devemos estar sempre bem perto 
dele para ajuda-lo quando for 
necessário. 
Quando ele já estiver se 
movimentando com desenvoltura, 
poderemos fazer uma ladeira 
levemente inclinada com uma tábua 
e uma alça, para que ele suba e 
desça por ela. É preciso ter muito 
cuidado para que ele não caia. 
 Será possível... 
• Desenvolver as habilidades 
motoras e de coordenação. 
• Aumentar seu dinamismo e 
sua segurança no que se 
refere as coordenações 
gerais. 
• Trabalhar a coordenação 
dinâmica geral do bebê. 
• Exercitar sua força 
orgânica e muscular. 
 
 
 
 
 
 
Mundo do papel 
 
O papel oferece muitas 
possibilidades de entretenimento as 
crianças de qualquer idade. Para 
esta atividade, devemos preparar 
diferentes tipos de papel de cores 
variadas 
Entregamos uma folha de papel ao 
bebê para ver o que ele vai fazer 
com ela. 
Se não fizer nada, pegamos uma 
nós mesmo e a amassamos com a 
mão. Quanto maior for o barulho 
que fizermos, melhor. 
Assim, ensinamos ao pequenino a 
amassar a folha 
Depois, certamente, ele jogará no 
chão 
Então, podemos usar o papel 
amassado para brincar de bolinha 
Se o bebê estiver sentado sobre 
nossas pernas e tivermos uma caixa 
perto dos nossos pés, poderemos 
brincar de encestar a bola 
improvisada. 
Para cada cesta que fizermos 
daremos gritos de alegria e, quando 
não acertamos, diremos ‘’Aaaaah!’’. 
 
Será possível... 
• Ajuda-lo a descobrir novas 
texturas. 
• Estimular a motricidade de 
sus extremidades 
superiores. 
• Aumentar sua habilidade 
para manipular objetos. 
• Favorecer a coordenação 
da percepção ocular do 
bebê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 – 12 meses 
Estica e puxa 
 
Com um pedaço de pano resistente, 
podemos ajudar o bebê a fazer 
exercício de uma maneira divertida 
e interessante. 
Sentamo-nos com o nosso bebê no 
chão. 
Entregamos-lhe um pedaço de 
pano, que ele logo pegará e 
examinará. 
Seguramos o pedaço de pano pela 
outra extremidade e o tiramos do 
bebê delicadamente, dando 
pequeno puxões e afrouxando de 
vez em quando. 
O pequenino deverá notar a todo 
momento, em nosso rosto e no 
nosso modo de falar, que se trata 
de uma brincadeira. 
Nunca devemos soltar o pano 
repentinamente, para evitar que o 
bebê caia de costas e se 
machuque. 
Na primeira vez, para lhe ensinar 
como funciona a brincadeira, 
podemos fazer uma demonstração, 
brincando só o pai e a mãe. 
Desta maneira, quando o bebê 
puxar o pano, faremos com que 
pense que está nos arrastando, o 
que será muito divertido para ele. 
Será possível... 
Exercitar e fortalecer as 
extremidades superiores do bebê. 
Compartilhar experiências e 
estabelecer vínculos afetivos. 
Desenvolver a atenção do 
pequenino. 
Estimular adua capacidade de 
segurar objetos. 
 
O lençol sem fim 
 
Com meia dúzia de lenços, se 
possível de cores diferentes, 
podemos preparar uma brincadeira 
de mágica que encantará o nosso 
bebê. 
Damos um nó em cada lenço, um 
atrás do outro, de modo que formem 
uma enorme fileira. 
Colocamos os lenços amarrados 
dentro do casaco ou da camiseta, 
deixando que apareça um 
pedacinho deles por cima da gola. 
Aproximamo-nos do bebê; depois 
de falar um pouco com ele em tom 
carinhoso, deixamos que ele 
 
perceba o pedaço do lenço que 
deixamos visível. 
Agora convidamos o pequenino a 
tirar o lenço dali9 para ver o que 
acontece. 
Se for o caso, o ajudamos a tirar ou 
começamos a fazê-lo nós mesmos 
para que ele continue. 
Quando ele acabar de tirar os 
lenços, poderemos começar a 
brincadeira novamente. 
Será possível... 
• Aumentar a habilidade do 
bebê para manipular 
objetos. 
• Desenvolver a sua 
capacidade de observação 
atenta. 
• Potencializar a capacidade 
de

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