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Sumário CAPITULO 1 REFLEXOS PRIMITIVOS ....................................................................... 3 CAPITULO 2 DESENVOLVIMENTO MOTOR NORMAL ............................................. 9 CAPITULO 3 RN DE RISCO ...................................................................................... 22 CAPITULO 4 PATOLOGIAS ..................................................................................... 27 CAPITULO 5 ATIVIDADES CRIATIVAS .................................................................... 43 CAPITULO 1 REFLEXOS PRIMITIVOS Reflexos primitivos são reflexos originados do sistema nervoso central que são presentes em crianças novas, especialmente bebês, mas não em adultos com sistema nervoso intacto. Estes reflexos desaparecem ou são inibidos pelos lóbulos frontais à medida que a criança se desenvolve pela maturação do cérebro pela mielinização, arborização e formação das sinapses das células nervosas, com crescente controle voluntário de cada uma das atividades com estes reflexos relacionadas. Na criança a falta de amadurecimento ou desaparecimento de tais reflexos pode significar a existência de lesões cerebrais. O mesmo se dá para adultos que retornem a adquiri-los. Daí sua importância na pediatria e na neurologia. Uma listagem dos reflexos primitivos inclui: • Reflexo de preensão palmar e plantar (comumente chamado de reflexo preênsil), relacionado com o reflexo plantar • Reflexo de busca • Reflexo de sucção • Reflexo de Babinki • Reflexo tônico cervical assimétrico (RTCA) • Reflexo de Moro • Reflexo da marcha automática • Reflexo de Galant • Reflexo de escada • Reflexo de fuga • Reflexo de olho de boneca • Reflexo tônico labiríntico • Reflexo tônico cervical de retificação • Reflexo positivo ou de suporte apoio plantar • Reflexo de Propulsão • Reflexo/Reação de landau • Entre outros.... Reflexo de pressão palmar 0 – 3 meses Pressionar a face palmar da mão do RN com o dedo do examinador A resposta é a flexão dos dedos. A resposta deve ser simétrica Reflexo de pressão plantar 0 – 7 meses Pressionar a face plantar do pé do RN com o dedo do examinador A resposta é a flexão dos dedos. A resposta deve ser simétrica Reflexo de busca 0 – 2 meses Estimular os lábios do RN em várias posições (direita, esquerda, acima e abaixo) com o dedo enluvado do examinador A resposta esperada é a abertura da boca, desvio da cabeça e movimentação da língua em direção ao estimulo Reflexo de sucção 0 – 3 meses O toque dos lábios da criança com o dedo enluvado Provoca movimentos involuntários de abertura da boca a pressão do dedo. A língua reage em forma de cânula e faz movimentos ondulatórios anteroposteriores Reflexo de Babinski 0 – 6 Meses Firme estimulo tátil é aplicado na lateral do pé Caracteriza-se por uma extensão do hálux e os outros dedos do pé afastam-se entre si Reflexo Tônico Cervical Assimétrico 0 – 2 Meses Com RN em decúbito dorsal manter o tronco centrado e promover a rotação e manutenção da cabeça para um dos lados A resposta normal é a extensão dos membros do lado da face e a flexão dos membros do lado occipital. A resposta pode ser parcial ou completa Reflexo de Moro 0 – 4 Meses Com o RN em posição supina vai tracionar levemente o RN pelos braços a poucos centímetros do leito e soltar os braços permitindo que RN retorne ao leito O RN faz extensão de membros superiores com abertura de dedos e extensão de membros inferiores. Após essa reação é seguida da face do braço que é quando ele fica como se tivesse tentando agarrar alguma coisa seguida de choro. Reflexo de Marcha automática 0 – 2 Meses Após endireitar o tronco, inclinar levemente a criança para frente Desencadeará movimentos sucessivos de marcha dos membros inferiores de modo simétrico Reflexo de Galant 0 – 2 Meses Realizar um estimulo cutâneo com o dedo no sentido longitudinal a 3 cm ao lado da linha media vertebral desde a coluna lombar até a cervical A resposta obtida é o encurvamento do tronco com a concavidade para o lado estimulado. A resposta deve ser simétrica. Testar os dois lados Reflexo de escada 0 – 2 Meses É desencadeado por estimulo tátil do dorso do pé estando o bebe seguro pelas axilas Observa-se elevação do pé como se estivesse subindo um degrau de escada Reflexo de fuga 0 – 2 Meses Avaliado colocando a criança em decúbito ventral no leito, com a face voltada para o colchão Em alguns segundo o RV deve virar o rosto liberando o nariz para respirar normalmente Reflexo Olho de boneca 1 – 3 Meses O RN fica reclinado nos braços do examinador e faz rotação lateral da cabeça e tem que mantê-la na posição por alguns segundos Os olhos permanecem na posição inicial, não acompanha a cabeça. Reflexo tônico labiríntico 1 – 4 Meses Examinador leva a criança suavemente para a posição prona ou supina sobre uma superfície (a própria posição é o estimulo para desencadear o reflexo). Na posição prona, ocorre aumento do tônus flexor de braço, pernas e quadris. Em supino, ocorrerá aumento do tônus extensor de braço, pernas e quadris. Reflexo cervical de retificação 0 – 3 Meses É obtido virando a cabeça do bebê para um lado O corpo vai todo para o mesmo lado que virou a cabeça Reflexo positivo de suporte ou apoio plantar 0 – 2 meses Segura a criança pelo tronco com as duas mãos, corpo fica inclinado para frete, apoiar o calcanhar em superfície plana e rígida Extensão do MMII Reflexo de propulsão 0 – 2 meses Coloca o bebe em decúbito ventral Consiste no deslocamento para frente e tem apoio no dorso dos pés Reflexo/Reação de landau 4 – 6 meses Levanta a criança de bruços da mesa, apoiada apenas com a mão do examinador sob o tórax Primeiro ergue a cabeça, de maneira que a face esteja numa posição vertical, após esta elevação da cabeça ocorre uma extensão tônica da coluna e membros inferiores Reflexo tônico cervical simétrico 2 – 6 Meses Realiza através de estimulo visual, pode fazer um estimulo auditivo ou também pode realizar o movimento passivo no bebê Se acontecer uma extensão de cervical, vai acontecer uma extensão de membros superiores e em flexão de membros inferiores (gato olhando para lua) se faz uma flexão de cervical, flexão de membros superiores e extensão de membros inferiores (gato bebendo leite) Reação labiríntica de retificação 4 – 6 meses Bebê Já possui controle de cervical e começa a se movimentar com a cervical alinhada com o corpo O bebê utiliza a própria orientação espacial para realizar o movimento, passa a ter noção do corpo em relação ao espaço e ela utiliza disso para manter a simetria Reação de paraquedas A partir dos 6 meses Testa sentado porque já tem uma função muscular para realizar o movimento ‘’empurrão’’ para ele reagir 6 meses: anteriorização dos braços; 8 meses: lateralização dos braços; 10 meses posteriorização dos braços Reação de extensão cruzada 0 – 2 Meses Estimula-se a planta do pé do membro em extensão mantido pelo examinador Observa-seflexão e abdução seguida de extensão e adução do membro oposto CAPITULO 2 DESENVOLVIMENTO MOTOR NORMAL O desenvolvimento motor, é estudado para entender as mudanças que ocorrem no comportamento humano durante as várias fases da vida desde o nascimento, e assim, conhecer os fatores que interferem neste processo. É importante conhecermos o desenvolvimento motor normal para conseguir diagnosticar anormalidades e entrar com a intervenção adequada. Existe uma sequência previsível de crescimento e maturação no desenvolvimento motor normal da maioria das crianças, porém, mesmo tendo esta sequência prevista, cada criança tem padrões e ritmos individuais o que não significa que estejam com atraso no desenvolvimento motor normal. Os principais fatores que interferem no desenvolvimento motor são: • Baixo peso ao nascer • Distúrbios cardiovasculares, respiratórios e neurológicos • Infecções neonatais • Desnutrição • Baixas condições sócio-econômicas • Nível educacional precário dos pais • Prematuridade • Exploração do Ambiente • Estímulo Externos A seguir veremos todas as etapas do desenvolvimento motor normal: DESENVOLVIMENTO MOTOR NORMAL 0 – 20 dias de vida O recém-nascido em repouso Apresenta uma postura simétrica com predomínio do padrão flexor de tronco e membros em todas as posturas, decorrente da predominância do tônus de hipertonia flexora fisiológica. . Em supino A cabeça encontra-se lateralizada, ombros elevados e com adução, MMSS em flexão. Os pés em pequeno contato com a região do calcanhar, quadril rodada externamente e abduzida e os joelhos fletidos. Em prono Mantem o padrão postural em flexão, cabeça voltada para um dos lados, mas pode ergue-la por alguns segundos, a fim de liberar as vias aéreas superiores e para aliviar o peso corporal da face. . O recém-nato apresenta marcha automática que desaparecerá por volta dos 8° semana. Os bebes recém-natos não são passivos. Geralmente mexem-se enquanto estão acordados, através de movimentos espontâneos de pequenas atitudes, aparecem com mais frequência quanto estão em supino. Sentado Cabeça pendendo para frente e ampla cifose tóraco-dorsal quando colocado sentado. MMSS pendem livremente e MMII em FL, ABD e RE. •Sem movimentos antigravitacionais de MMSS, MMII ou abdominais quando puxado para sentar.] De pé Mantém o peso do corpo quando suspenso devido à reação positiva de apoio •Marcha automática 1° mês de vida Com a maturação do sistema nervoso e com a influência da reação labiríntica de retificação, a hipertonia fisiológica diminui gradativamente. . Em supino a cabeça voltada para um dos lados; consegue trazer a cabeça na linha media, quando estimulada; ombros elevados e protraídos; cotovelo semifletidos ou fletidos com pronação; punho em posição neutra e mãos fechadas ou abertas. Em MMII pernas semifletidas, abduzidas com rotação externa; Pés movimentam-se livres. Nessa idade o bebe comunica-se com choro e com movimentação espontânea. Em prono Predomínio da postura flexora, coluna arredondada, ombros elevados e protraídos, cabeça voltada para lados. Se colocá-lo de pé sustentado pelas axilas, apresenta apoio plantar e marcha automática presente. Nos primeiros 4 meses, o bebe permanece na postura em que é colocado e cabe ao cuidador, no decorrer do dia, fazer-lhe as mudanças de posição necessárias para que receba os estímulos sensoriais nas diversas posturas. Sentado •Puxado para sentar: –Nenhum controle flexor cervical, porém mais alerta –Tentativas para manter cabeça na vertical –Menor flexão dos MMII •Sentado com suporte: –Cabeça flete com tentativas para manter (atividade do sistema vestibular e visual) –Cifose total com pelve perpendicular (descarga de peso nos isquios) De pé MMSS aumentam atividade em extensão durante esforço •Quadris fletidos e posterior aos ombros • Marcha automática ou ausência 2° mês de vida o bebe já passou por um processo de grande adaptação ao novo ambiente. O tônus começa a diminuir e a reação labiríntica de retificação está mais ativa. . Em supino Apresenta atitude assimétrica, ocasionalmente com comportamento motor em RTCA (reflexo tônico cervical assimétrico), quando o organismo neuromotor experimenta a dissociação dos movimentos entre os dimídios corporais. A cabeça está na linha média e apresenta movimentos com os mesmos padrões motores do 1° mês, porém com maior amplitude. Em prono eleva a cabeça e mantem mais ou menos a 45°, podendo vira-la para ambos lados. Quando acordado e ativo faz movimentos de flexoextensão com as pernas de forma dissociada. De pé, suspenso pela axila, apresenta reação de apoio plantar e marcha automática presente. Sentado Menor atraso na cabeça quando puxado para sentar •Cifose total da coluna •Sentado mantém a cabeça elevada com movimentos para frente e para trás De pé Astasia e abasia •Cabeça elevada em hiperextensão •Melhor controle de cabeça que sentado (elevação ombros) •Quadris atrás dos ombros 3° mês de vida O desenvolvimento está intimamente ligado a exploração do próprio corpo, principalmente com as mãos, colocando- as na boca. Em supino mantem a cabeça na linha média, leva as mãos ate a linha média; brinca com as mãos, leva-a a boca, mantendo o foco visual nas mesmas; segura os brinquedos colocados nas mãos, pela presença do reflexo de preensão palmar, mas não consegue solta-los. Os movimentos são realizados de forma mais harmoniosas e com maior amplitude. Em prono faz apoio dos cotovelos, eleva a cabeça a 90°, mantendo-a durante bastante tempo. Suspenso pelas axilas, não suporta o peso corporal nos membros, iniciando a fase de astasia. (Período em que o bebe não suporta o peso corporal nos MMII, voltando um pouco no 5° mês, podendo no 8° mês suportar todo o peso corporal, ficando em pé). Nesse mês, apresenta o reflexo de moro. Sentado •Quando puxado para sentar –Menor atraso na flexão da cabeça –Elevação dos ombros •MMSS começam a ajudar no movimento •Pode ou não haver sinergia entre flexores cervicais, abdominais e flexores dos quadris MMII em ABD e RE •Controle de cabeça sentado com adução escapular De pé •Sustenta peso melhor em abdução •Controle cervical com menos hiperextensão e menos elevação dos ombros •Tônus de MMSS e escápula auxiliam no controle de tronco •Reflexo de preensão plantar presente 4° mês de vida o bebe adquire extensão total de cotovelo para alcançar objetos. Mãos abertas quanto tentam pegar um objeto. Em supino Mantem a cabeça na linha média, faz elevação das pernas e braços contra a gravidade. Em prono Eleva a cabeça, mantendo-a elevada enquanto houver motivação, adquire o controle cortical, faz apoio os braços com extensão de cotovelos. Intensifica a transferências de peso entre os dimídios. Nesse mês, a etapa neuroevolutiva mais importante é o apoio de braços com extensão de cotovelo e ganho de extensão de quadril. Diminuição da hipertonia flexora. O reflexo de preensão plantar está quase inibido, vira a cabeça para um lado, virando todo seu corpo em bloco para o mesmo lado, o que faz com que comece a receber informações sensoriais dos dois dimídios corporais. Sentado Puxado para sentar: –Boa fixação visual no examinador –Atividade flexora antecipatória (cabeça, MMSS, MMII) •Quando sentado –Se usa ADD escápula p/ equilíbrio limita alcance –Falta coordenação MMSS para alcance –Brinquedo colocado na mão boca p/ brinquedo –MMII em anel aumentam base de apoio De pé Suporta peso com maior controle •Pode ser seguradopelos braços •Melhor controle cervical de pé que sentado •ADD escápula reforçando padrão extensor –Quadríceps forte (trava joelho em extensão) e início contração glúteo máximo – Extensão quadril contribui para lordose lombar –Maior ADD MMII; RE ainda presente –Preensão plantar por falta de estabilidade proximal 5° mês de vida o bebe já se movimenta intencionalmente. Quando é puxado para sentar, o bebe realiza uma flexão e eleva a cabeça com o queijo para dentro. Em supino Apresenta movimentos livres de cabeça, mantendo-a na linha media voluntariamente segura os pés com os joelhos semifletidos, podendo levar a boca dentro do seu campo visual, alcança objetos. Em prono Rola pra supino, brinca de voar, fazendo extensão total de corpo e dos membros, faz movimentos de “pisotear” e vai rodando em torno do eixo corporal na tentativa de pegar o objeto. Quando faz apoio de cotovelo com um braço e o outro tenta pegar o objeto. A etapa – chave do 5° mês é a aquisição do rolar na postura de prono para supino. Puxado para sentar –Cabeça não atrasa, pode elevar os ombros discretamente para ajudar a estabilizar cabeça –Antecipam o alcance para ser puxado –Preensão ativa nas mãos do examinador –Flexão cotovelos –MMII: flexão quadris, joelhos e DF tornozelos Sentado –Boa postura sentado se segurado pelas mãos ou tronco –Mínima mobilidade rotacional –MMII em FL, leve ABD e RE quadris, joelhos fletidos –Mantém-se brevemente sozinho c/ MMSS apoiados frente De pé •Mantém a postura ereta quando segurado •Quadris ainda não alinhados com os ombros •Suporta o peso do corpo nos MMII •Alterna entre extensão e flexão de joelhos (ativa e desativa quadríceps) •Extensores lombares ativos, sem atividade abdominal (aumentam lordose) 6° mês de vida o componente de controle motor sobre o padrão flexor para vencer a ação da gravidade se completa, a criança consegue manter os quatro membros em extensão e a cabeça em flexão. Em supino Faz elevação de pernas com extensão de joelhos, segura os membros inferiores em extensão preparando o sentar, rola de supino para prono e faz ponte. Realiza preensão voluntária, arrasta para trás, brinca de bater o bumbum no solo. Em prono rola para os dois lados, arrasta-se para trás, faz dissociação dos membros inferiores. A etapa neuroevolutiva mais significativa do 6° mês é o bebe conseguir permanecer sentado quando colocado e fazer flexão de cabeça ativamente conta a gravidade. Sentado De pé •Suporta completamente o peso nos MMII •Tronco ainda inclinado p/ frente força muscular de extensão de quadril incompleta •Pode ser segurado pelo tronco ou pelas mãos •Alterna entre extensão e flexão dos joelhos 7° mês de vida a criança tem a capacidade de passar ativamente de deitado para sentado, fica na postura de quatro apoios e já possui controlo de tronco. Supino Arrasta-se para trás, rola para prono, não gosta de ficar em supino, passa para sentado e manipula objetos. Em prono Arrasta-se mais para trás do que para frente, passa de pronto para sentado quando quer pegar algum objeto, estende o membro superior para pegar o objeto e flexiona o inferior. Apresenta controle de tronco e de quadril suficiente para sentar sozinho. Se colocado em pé e mantido segurado pelas axilas, toma peso dos membros inferiores com base alargada. No final do 7° mês começa a fazer transferências de peso na lateral, adota a postura de gatinhas. Sentado •Senta-se a partir de quatro apoios •Ao ser puxado para sentar: –Flexão cabeça ativa –Puxa-se ativamente com os MMSS –Contração abdominal, flexão quadris, joelhos em extensão, pés em flexão plantar •Senta-se de forma independente •Lordose quando sentado •ROT cabeça inicia ROT tronco •Manipula objetos diferentes c/ 2 mãos •Passa de sentado p/ quadrúpede ou prono De pé •Suporte total de peso •Puxa-se para de joelhos a partir de quadrúpede •Passa para de pé usando as mãos para se puxar com extensão simétrica dos MMII ou passa por semi-ajoelhado. •Balança 8° mês de vida o bebe já consegue sentado, passar ativamente para os dois lados. Na posição sentado pode ajoelhar-se se tiver com a mão apoiada. Faz transferências da postura de sentado, de gatas, engatinhando e de pé com apoio. A etapa neuroevolutiva marco do 8° mês é a aquisição do gatinhas, podendo manifesta-se em qualquer semana do mês. O importante é que o bebe adquira a postura de quatro apoios até o final desse mês. Prono Sentado De pé Andar •Anda para frente quando segurado pelas mãos: –Sem rotação pelve –MMII usam planos frontal e sagital –Muita abdução e RE quadris 9° mês de vida O bebe brinca com todas as atividades motoras que adquiriu até o momento. Passa de sentado para prono, fica de gatinhas, não permanece em prono nem em supino quando está em atividade, engatinha com rapidez, com rotação de tronco, passa para pé, usando o meio ajoelhado, fica de pé com apoio. No 8° e 9° mês, o bebe aprimora todas as atividades, ativando reações de proteção, retificação e equilíbrio. Quando de pé, já consegue transferir todo o peso do corpo para os MMII, entretanto, colocar as mãos nos móveis ainda é necessário. Sentado Quadrúpede •Engatinha com padrão reciprocado de extremidades, contra rotação de tronco De joelhos •Brinca na postura de joelhos –Usa quadríceps p/ elevar tronco –Extensão quadril auxiliam - Flexores quadris mais fortes -Mantém postura semi-fletida. •Pode brinca semi-ajoelhado Puxando para de pé •Faz muito esforço p/ puxar-se p/ de pé •Começa a experimentar o abaixar-se a partir da posição de pé transfere o peso demasiadamente para os quadris neste movimento •Manipulação de um brinquedo mais importante que manutenção do equilíbrio perda do equilíbrio Andar para os lados •Apoio dos MMSS ainda é importante •Melhor controle dos MMII no plano frontal abd com menos flex quadril e mais extensão joelhos •Começa a desenvolver controle no plano transversal rotações An•Marcha com apoio –Eleva os MMSS e realiza adução escapular facilita extensão da coluna e anteversão pélvica –Ombros em linha com os quadris devido à extensão lombar e anteversão da pelve –Ampla base de suporte ABD + RE –Compensa a falta de extensão de quadril com anteversão de pelvedar para frente. 10° mês de vida Começa a ficar em pé sem apoio, realiza transferências de peso laterais, fazendo um ensaio para a marcha espontânea. Engatinha, passa de gatinhas para sentado, passa de sentado para prono, engatinha com o padrão de movimentos cruzados, fica de pé e abaixa-se com apoio, anda lateralmente com apoio. Quando chamado, vira-se para trás, aumenta a base de sustentação. Sentado •Aumentam as habilidades motoras finas – muita exploração tátil e visual •Imita gestos •Postura sentada estática é rara •Consegue sentar em “long sitting”, side sitting ou em “W” •Pode engatinhar carregando dois brinquedos nas mãos desenvolvimento dos arcos palmares Engatilhar e puxar-se para de pé •É a principal atividade nesta fase •Ao encontrar diversos obstáculos no caminho o bebê desenvolve planejamento motor e habilidade para resolução de problemas •Demonstra bom controle de dissociação pélvica quando fica semi-ajoelhado •Pode conseguir ficar ajoelhado sem apoio •Ao puxar-se para de pé: –MMII bastante ativos. Usa o semi- ajoelhado –MMSS usados mais para o equilíbrio que para controle De pé •Usa músculos dos MMII podendo conseguir ficar de pé sem suporte dos MMSS. •Consegue baixar-se da postura de pé •Agachasimetricamente segurando-se com as duas mãos •Tentativas de alcance estimulam os mecanismos de “feedforward”. Andar de lado •Consegue olhar na direção para onde está indo •Pode conseguir andar segurando-se com apenas uma mão •Habilidades de planejamento motor permitem mudar a direção do andar Marcha com apoio •Pode andar segurando em apenas uma mão •Encontra estabilidade usando adução escapular, extensão de tronco e anteversão da pelve 11° mês de vida É um mês de poucas aquisições motoras, entretanto aprimora-se a linguagem dia após dia, anda lateralmente com apoio, consegue para em pé com apoio por um período curto de tempo, ativando reações de proteção, retificação e equilíbrio e da um passo quando consegue fica de pé sozinho com a base alargada, faz estabilização dos tornozelos quando fica na ponta dos pés para alcançar algum objeto, podem apresentar marcha espontânea nesse mês. Sentar •Pode permanecer quieto nesta postura quando concentrado em atividades que mimetizam atividades familiares vestir- se, comer •Liberdade para assumir posições variadas ao sentar •Pratica bastante flexão lateral quando sentado •Rotação de tronco controlada Engatilhar •Principal meio de locomoção •Atenção com o esquema corporal (entra e sai em caixas, por baixo de cadeiras, etc) •Usa contração sinérgica de glúteos e quadríceps para alcançar postura de joelhos sem apoio Escalar •Gosta de escalar móveis e descer necessita supervisão Agachado •Pode brincar na postura agachado •Passa para de pé a partir do agachado forte preensão plantar pode acompanhar esta transição aumenta estabilidade MMII •Pode retornar para acocorado bom controle de quadríceps e glúteos Puxar-se para em pé •Utiliza posição de joelho, semi- ajoelhado, acocorado 12° mês de vida Bebe pode levantar para ficar em pé e dar alguns passos, ainda inseguros devido a imaturidade das reações de equilíbrio. No início desse mês, anda com apoio só com umas das mãos, abaixa-se sozinho, pode ficar parado com apoio, brinca sem apoio na posição meio ajoelhado e meio sentado no calcanhar. No final desse mês, anda sozinho. Transições do sentar •Transfere-se facilmente para quadrúpede, ajoelhado, agachado e de pé Utiliza de forma consistente rotações de tronco para as transições do sentar para gatas •Boa mobilidade lombar, quadris, joelhos e tornozelos •Anda independente, porém prefere o engatinhar quando quer ser rápido •Gosta de atividades de escalar De pé •Passa para de pé sem necessidade de suporte •Abaixa-se sem ajuda dos MMSS •Inicia habilidade de transferir peso e manter o equilíbrio em um pé só •Marcha independente: –Grande velocidade –Passos pequenos –Curta fase de balanço –Ampla base de apoio –Sem balanço dos MMSS CAPITULO 3 RN DE RISCO É a criança sofreu complicações no período pré e/ou perinatal e que pode apresentar défict ou atraso no DNPMN. Nas últimas décadas houve melhoria da qualidade dos cuidados ao RN, através da capacitação profissional e maior sofisticação e tecnologia Houve Diminuição da Mortalidade e Aumento da Morbidade Cerca de 9% dos RN são de risco Cerca de 30% dos Nascidos PIG sobrevivem, destes 30% apresentam sequelas Quanto menor a idade gestacional e o peso ao nascer, maior é a morbidade e a mortalidade Nesse capitulo veremos o conceito de bebê de risco, quais os principais fatores de risco, estimulação precoce, posicionamento terapêutico e exercícios terapêuticos e estimulação proprioceptiva. Prematuridade RN com menos de 37 semanas ------------- Limítrofe Moderado Extremo Gestação 35 a 36 semanas 31 a 34 semanas <30 semanas Peso 2200g e 2800g 1590g e 2110g <1500g; Fatores de risco • Pré-natais Fatores que incidem desde o momento da concepção do bebê até o início do trabalho de parto • Neonatais Corresponde ao intervalo de tempo entre o nascimento e os 28 dias de vida • Perinatais • Fatores que incidem do início do trabalho de parto até o 30.º dia de vida do bebê Sinais negativos • Desvio do olhar (fixo ou movimentos instáveis) • Irritação, choro ou sonolência • Pele pálida ou marmórea • Caretas ou expressão facial vaga • Hiperreatividade corporal, abalos, tremores • Extensão exagerada • Ausência de movimentação Sinais Positivos • Estado de sono e vigília bem definidos • Pele rosada • Respiração tranquila • Expressão facial atenta, choro forte e rítmico • Reflexo de procura e sucção, boa alimentação Movimentos em direção a linha média ESTIMULAÇÃO PRECOCE: TÁTIL e TÁTIL CINESTÉSICA VESTIBULAR VISUAL AUDITIVA Metas • Identificar fatores de risco e alterações sensoriomotoras • Modificar a estimulação sensorial para o bebê vinda do ambiente da UTI Neonatal para promover organização comportamental e estabilidade fisiológica • Reduzir o reforço ativo de padrões de movimento e posturas anormais • Promover experiências normais de movimento • Melhorar as habilidades dos pais para prestação de assistência Prenatais 70 % Neonatais 20% Perinatais 10% Idade materna Prematuridade Anóxia Nível sócio- econômico Posmaturidade Infecções Uso de drogas Peso PIG ou GIG Hipoglicemia Medicação continua Parto Icterícia Distúrbios genéticos Sofrimento fetal DM e HAS Asfixia perinatal Doenças auto- imunes Gestação prévia Gestação atual Como a estimulação precoce pode ser alcançada? • Adequação do ambiente de acordo com as limitações impostas pelos cuidados intensivos; • Estar de acordo com a maturidade do neonato; • Ser apropriada em relação ao estado do paciente, condições fisiológicas e respostas comportamentais; • Ser individualizada e modificada conforme as condições clínicas e o estado de maturação da criança; • Ser sensível aos sinais emitidos pelo neonato; • Considerar a quantidade de estímulos sensoriais que o mesmo pode tolerar. Pacientes para estimulação precoce: • Maior de 27 semanas; • Idade pós-natal maior que 72 horas; • Estável hemodinamicamente; • Com ganho de peso • Em ventilação espontânea com ou sem O2 Evitar continuar se: • Hipertensão ou hipotensão; • Taqui ou bradicardia; • Dispnéia ou apnéia; • Sp O2 menor que 88; • Dor POSICIONAMENTO TERAPÊUTICO Fonte: UCI neonatal HBL • Promover contenção e adaptação; • Promover flexão para obter um padrão postural próximo do saudável; • Otimizar a estabilidade fisiológica e a organização neurocomportamental; • Facilitar as mãos na linha média; • Manter alinhamento articular; • Prevenir assimetrias posturais; • Facilitar o controle de cabeça; • Auxiliar o movimento antigravitacional; • Promover interação familiar. POSICIONAMENTO – SUPINO Fonte: UCI neonatal HBL •Dificulta o movimento de alcance; •Favorece as posturas assimétricas; •Favorece a rotação da cabeça, preferencialmente para o lado direito; •Favorece os procedimentos realizados no dia-a-dia da UTIN. POSICIONAMENTO - DL Fonte: UCI neonatal HBL •Proporciona alerta visual para as mãos; •Movimentação para a linha média e boca; •DLD → favorece o esvaziamento gástrico; •DLE → diminui episódios de RGE. POSICIONAMENTO – PRONO Fonte: UCI neonatal HBL •↓ Gasto energético; •↓ FR; •↓ PIC; •↓ RGE; •↓ Episódios de apnéia; • ↓A assincronia toracoabdominal •↓Tempo de choro e desorganização; •Aumenta o tempo de sono profundo; •Melhora SpO2; •Regulariza a FC; •Promove estabilidade da caixa torácica; •Favorece a excursão diafragmática; •Desequilíbrio entreflexores e extensores do pescoço, •Extensão exagerada do tronco •Restrição da moviemntação centrípeta anterior; •Dificuldade em permanecer em postura lateral; •Tendência de manter MmSS flexionados e abduzidos; •Cabeça com rotação para um dos lados; •Predisposição a desvios do pé INTERVENÇÃO TÁTIL •Manter um equilíbrio entre contenção, exploração e auto-organização; •O toque leve deve ser evitado; •Contenção manual. INTERVENÇÃO TÁTIL - CINESTÉSICA • Mudanças no sistema neuroendócrino e imunológico; • Ganho de peso e maturação comportamental; • Massagem terapêutica reduzindo o estresse. EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS E ESTIMULAÇÃO PROPRIOCEPTIVA CAPITULO 4 Patologias Nesse capitulo abordaremos as patologias que são mais prováveis que nós fisioterapeutas vamos encontrar na nossa profissão: • Distrofia muscular de Duchenne • Distrofia muscular de Becker • Síndrome de Down • Síndrome do bebê sacudido • Transtorno do espectro autista (TEA) • Microcefalia • Mielomeningoncele • Hidrocefalia • Paralisia Cerebral (PC) • Alterações na pele DISTROFIA MUSCULAR É a designação coletiva de um grupo de doenças musculares hereditárias, progressivas, sendo sua principal característica a degeneração da membrana que envolve a célula muscular, causando sua morte, afetando os músculos causando fraqueza Essa fraqueza muscular, dependendo do tipo de distrofia, afeta grupos de músculos diferentes e tem velocidade de degeneração variável. Tipos de distrofia Distrofia muscular de Duchenne Essa é a forma mais frequente de distrofia muscular. Ocorre em meninos, e os primeiros sinais de fraqueza muscular surgem assim que começam a caminhar, ao redor dos três aos cinco anos de idade. O tratamento é feito com fisioterapia, para melhorar a qualidade de vida do paciente e ainda não existe cura ou tratamento que retarde sua progressão. A terapia gênica, uma possível cura para DMD, está sendo pesquisada e consiste em introduzir no DNA, um gene sintético, que compensará o gene deletado. O tratamento é feito com fisioterapia, para melhorar a qualidade de vida do paciente e ainda não existe cura ou tratamento que retarde sua progressão. A terapia gênica, uma possível cura para DMD, está sendo pesquisada e consiste em introduzir no DNA, um gene sintético, que compensará o gene deletado. Sintomas • Quedas frequentes • Dificuldade para levantar de uma posição deitada ou sentada • Dificuldade com habilidades motores, como correr e saltar • Andar cambaleante • Grandes músculos da panturrilha • Dificuldades de aprendizagem • Fadiga • Retardo mental • Fraqueza que piora com o tempo. Distrofia muscular de Becker Assemelha-se muito com a distrofia muscular de duchenne no que se refere aos sintomas iniciais e evolução, exceto pelo fato de ter um início em geral mais tardio, evolução mais lenta e uma variação muito grande no grau de comprometimento muscular entre as pessoas com essa distrofia, podendo ser confundida com outras distrofias. Com relação à taxa de incidência, essa forma de distrofia afeta cerca de um em cada trinta mil nascimentos. O tratamento para a distrofia muscular de Becker é feito para aliviar os sintomas de cada pessoas e, por isso, pode variar em cada caso. Porém, as formas mais comuns de tratamento incluem: Remédios corticoides, Fisioterapia, Terapia ocupacional e além disso, pode ainda ser necessário fazer cirurgias, especialmente se os músculos ficarem mais curtos ou muito contraídos, para soltá-los e corrigir o encurtamento. Já quando as contraturas surgem nos músculos dos ombros ou costas, podem provocar deformações na coluna vertebral que precisam ser corrigidas com cirurgia também. Sintomas • Dificuldade gradual para caminhar e subir escadas. • Quedas frequentes sem razão aparente. • Perda de massa muscular. • Enfraquecimento dos músculos do pescoço e braços. • Cansaço excessivo. • Perda de equilíbrio e coordenação. O sinal de Gowers, também conhecido como manobra de Gowers ou manobra do levantar miopático, é um sinal médico que indica fraqueza dos músculos proximais, especificamente aqueles do membro inferior. O sinal descreve um paciente que usa suas mãos para "escalar" seu próprio corpo a partir de uma posição agachada devido à falta de força muscular no quadril e coxas. O sinal de Gowers é classicamente observado na distrofia muscular de Duchenne, mas também ocorre na miopatia centronuclear, distrofia miotônica e diversas outras doenças associadas com fraqueza muscular proximal. Para esta manobra, o paciente é colocado no chão distante de outros objetos com os quais ele poderia usar para se apoiar no momento de ficar na posição ereta. A manobra também pode ser usada para testar paraplegia. Síndrome de down O que é síndrome de down? A síndrome de down é uma condição genética causada por um problema nos cromossomos. Normalmente, o ser humano possui 23 pares de cromossomos, que são os responsáveis por abrigar o nosso código genético. São eles que contêm informações que vão da cor da pele e do cabelo ao desenvolvimento mental e às características gerais que vão ditar a fisiologia de um indivíduo A síndrome de down é caracterizada por uma diferenciação no número de cromossomos, sendo que o cromossomo de número 21, ao invés de apresentar um par, apresenta três cromossomos, na chamada trissomia simples do cromossomo 21, apontada como causa da síndrome de down. Existem outras duas condições que podem causar a síndrome de down. Entre elas, podemos destacar a translocação cromossômica, quando o cromossomo 21 se apresenta grudado a um outro cromossomo, dando a impressão de ser um cromossomo extra, e o mosaicismo, quando o problema na divisão celular acontece depois da formação do embrião, sendo que nem todas as células acabam tendo a trissomia do cromossomo 21. A trissomia simples do cromossomo 21, a translocação cromossômica e o mosaicismo são apontados como diferentes tipos de síndrome de down, sendo que a maior parte das características apresentadas pelos portadores dessa condição são similares. De forma geral, o paciente com síndrome de down pode viver uma vida perfeitamente normal, desde que sejam feitas adaptações ao seu ritmo de aprendizado e a sua forma de ver o mundo. Para conscientizar a população sobre a importância da luta por direitos iguais e por respeito aos portadores dessa condição foi criada uma data especial. O dia da síndrome de down é celebrado em 21 de março. Quais são as características da síndrome de down? Normalmente, o paciente com síndrome de down apresenta características físicas que são bastante marcantes. Dentre elas, podemos destacar: – Rosto arredondado, com olhos puxados e orelhas pequenas; – Mãos de tamanho reduzido e dedos curtos; – Tônus muscular mais fraco e – Língua protusa e maior do que o normal. Outras características da síndrome de down podem incluir: - Desenvolvimento intelectual um pouco mais lento que a média – Condições cardíacas congênitas; – Refluxo; – Problemas de tireoide; – Otites crônicas e – Apneia do sono. Nem sempre o paciente com síndrome de down apresenta todas essas condições, mas, por ter a síndrome, ele pode ter uma propensão acima da média para desenvolver as doenças mencionadas acima. Como a síndrome de down é diagnosticada? O diagnóstico da síndrome de down pode ser feito com o bebê ainda na barriga, por meio de exames específicos. Após o nascimento da criança, é feito o exame do cariótipo, que avalia justamentea posição dos cromossomos como forma de saber se a trissomia está presente. PAPEL DA FISIOTERAPIA NA SÍNDROME DE DOWN O tratamento deve focar em particular no trabalho de equilíbrio, postura, lateralidade e a coordenação de movimentos, inclusive movimentos finos da mão. Algumas alterações graves do sistema locomotor precisam ser investigadas: subluxação cervical, com ou sem lesão medular, luxação de quadril ou instabilidade das articulações, devida a hipotonia e frouxidão ligamentar Lembrando que sempre que se atua com crianças o foco da atividade no tratamento deve ser sempre a brincadeira. O lúdico é sempre o melhor caminho para que o tratamento fisioterapêutico seja leve, prazeroso e até divertido. Ele estimula a descoberta pelo novo e pelo mundo, que norteiam a motivação e o interesse da criança. Por exemplo para crianças de idade maior pode ser utilizado um circuito a ser completado – andar em superfícies instáveis ou com texturas diferentes, passar por aros, pegar ou colocar objetos em suportes etc. 7 brincadeiras para crianças com Síndrome de Down que se destacam 1. Jogo dos obstáculos O jogo dos obstáculos é uma forma de incentivar o desenvolvimento da habilidade motora, da consciência corporal, do equilíbrio e da coordenação das crianças com SD. Também é uma maneira de fazer a turminha aprender que pode superar contratempos e restrições, e se sentir confiante por ter conseguido. A dificuldade pode variar de acordo com a idade e a capacidade motora. Lembre-se de que um percurso muito difícil pode frustrar os pequenos, enquanto um caminho fácil não desafia as habilidades. 2. Brincar em frente ao espelho A brincadeira com espelho desenvolve a autopercepção e é um jeito de a criançada se reconhecer e perceber os movimentos. É uma atividade lúdica, que trabalha o desenvolvimento psicológico e ainda auxilia a descobrir os limites do próprio corpo. Assim, vale pedir para a molecada fazer diferentes expressões faciais e caretas. Imitar gestos também é uma atividade benéfica, além de apontar para determinada parte do corpo e perguntar o nome. Posicionar um espelho de frente para a criança enquanto ela brinca é outra maneira de ela se enxergar e perceber o seu espaço. 3. Jogos para descobrir e conhecer melhor as formas Atividades que exercitam a percepção visual das crianças são fundamentais para que elas entendam como as coisas ao seu redor funcionam. Brincadeiras que envolvam formas ajudam a melhorar a coordenação motora. Isso acontece porque a turminha percebe o que encaixa e como manusear um objeto. Também há uma percepção de espaço, tamanho e profundidade dos itens. Para administrar esses jogos, é possível apresentar desenhos de triângulo, quadrado, círculo e retângulo e pedir para que o pequeno aponte objetos com aquelas formas. Estimular que desenhem as formas geométricas é de grande ajuda, assim como recorrer a brinquedos de encaixe. 4. Brincadeiras que ensinam sobre os alimentos Brincadeiras que estimulam o aprendizado sobre alimentos são ótimas para reconhecer texturas, formar um bom paladar e incentivar a experimentar coisas novas. Essa atividade pode ser realizada durante as refeições, ao perguntar os nomes dos alimentos no prato. Outra ideia é trazer biscoitos doces e salgados e pedir que a criança separe-os de acordo com o sabor. As frutas também entram na brincadeira: ofereça opções para a turminha determinar quais são doces, cítricas ou azedas (ácidas). Ao fazer compras, é interessante chamar a molecada e mostrar quais alimentos precisam ficar na geladeira, na despensa ou em outro lugar específico. 5. Jogos da memória Algumas crianças com Síndrome de Down têm dificuldade intelectual e problemas em desempenhar duas atividades ao mesmo tempo. Por isso, é importante apostar em brincadeiras que estimulem a concentração e a memória. O jogo da memória é divertido e melhora o foco, o que traz benefícios para a turminha. Se você não tiver um em casa, não se preocupe: dá para fazer o seu de maneira bem simples. Escolha símbolos, como casa, animais, alimentos e outros objetos. Então, desenhe dois de cada em cartões ou imprima da internet. Disponha para a turminha determinar os pares e, a cada acerto, pergunte o que é a imagem. 6. Esconde-esconde Juntar a meninada para brincar de esconde-esconde é outra opção positiva para o crescimento das crianças com Síndrome de Down. É um jeito de trabalhar o raciocínio e a coordenação motora. Essa brincadeira ajuda o pequeno a determinar qual lugar é o mais adequado para que ela se esconda ou descobrir em que local os amigos estão escondidos. A atividade ainda exercita a musculatura e melhora o controle corporal. 7. Massinha de modelar Brincar com massinha de modelar favorece a criatividade — afinal, a criança poderá criar objetos variados. A coordenação motora também sai ganhando, já que a turminha precisa modelar e manusear a massinha para que ela se transforme no que deseja. Isso exercita os dedos e as mãos, além de trabalhar o tato e a visão. A massinha pode ser oferecida em cores para que ela solte a imaginação, ou vir com moldes de números, de formas geométricas, de carros e, até mesmo, de pizza. É importante que sempre haja a supervisão de um adulto durante as atividades. As brincadeiras para crianças com Síndrome de Down são estímulos essenciais para o desenvolvimento de habilidades motoras, mentais, emocionais e sociais. Ao saber quais brincadeiras fazer com a criançada, a diversão é garantida, assim como o crescimento saudável! SÍNDROME DO BEBÊ SACUDIDO Se sacudir o bebê, o cérebro pode golpear o interior do crânio A síndrome do bebê sacudido, também chamado traumatismo cranial por maltrato, é uma lesão cerebral severa cuja causa principal é uma sacudida violenta. Pode afetar bebês de poucos meses, mas também pode acontecer em crianças pequenas de três a quatro anos. A sacudida ocasiona danos nas células cerebrais e impede que o cérebro do menor receba oxigênio suficiente. Como consequência pode desencadear hemorragias, hematomas, danos cerebrais irreparáveis ou, até mesmo, a morte. Seus sintomas variam em função da região do cérebro afetado, mas com frequência leva um dano axonal difuso. Em alguns casos se manifestam de maneira evidente em pouco tempo, mas também pode causar sequelas a longo prazo. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) Reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância. São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger. Costuma ser identificado na infância, entre 1 ano e meio e 3 anos, embora os sinais iniciais às vezes apareçam já nos primeiros meses de vida. O distúrbio afeta a comunicação e capacidade de aprendiza... Na forma qualificada como de baixa funcionalidade, a criança praticamente não interage, vive repetindo movimentos e apresenta atraso mental. O quadro provavelmente vai exigir tratamento pela vida toda... O autismo não possui causas totalmente conhecidas, porém há evidências de que haja predisposição genética para ele. Outros reportam o suposto papel de infecções durante a gravidez e mesmo fatores ambientais... Sinais e sintomas – Bebês que evitam o contato visual com a mãe, inclusive durante a amamentação – Choro ininterrupto – Apatia – Inquietação exacerbada – Pouca vontade para falar – Surdez aparente: a criança não atende aos chamados – Transtorno de linguagem, com repetição de palavras que ouve– Movimentos pendulares e repetitivos de tronco, mãos e cabeça – Ansiedade – Agressividade – Resistência a mudanças na rotina: recusa provar alimentos ou aceitar um novo brinquedo, por exemplo PAPEL DO FISIOTERAPEUTA NO TEA O profissional de fisioterapia atua diretamente nas habilidades motoras da pessoa autista, o fisioterapeuta trabalha para desenvolver e aprimorar as funções básicas, como andar, sentar, ficar de pé, jogar, rolar, tocar objetos, engatinhar e a se locomover de maneira geral. O fisioterapeuta trabalha toda coordenação motora grossa e também se concentra no desenvolvimento da força muscular. Além disso, o profissional de fisioterapia pode informar aos pais sobre os exercícios que são fundamentais para a criança. Dessa forma, pais e responsáveis podem gerenciar a execução dos exercícios feitos em casa, caso o terapeuta passe alguns deles para serem realizados no ambiente doméstico. O fato de fazer as atividades em casa pode dar mais confiança à criança com autismo. A familiaridade com o local é sempre um ponto positivo para o autista. MICROCEFALIA são caracterizadas por apresentar a cabeça e o cérebro em tamanho menor do que o normal para sua idade e, quando comparadas a outras crianças da mesma idade e do mesmo sexo, a diferença é bem nítida. A explicação está na redução do espaço para o crescimento do cérebro e de suas capacidades, pois as fontanelas (conhecidas como moleiras, popularmente) que deveriam demorar mais tempo para se fecharem após o nascimento do bebê, acabam se unindo precocemente, impedindo esse crescimento normal e necessário do cérebro dentro da caixa craniana e o perímetro da cabeça fica, então, menor do que o normal. A doença também pode ser decorrente de um crescimento insuficiente do cérebro já durante a gestação. O diagnóstico da microcefalia é obtido, mais comumente, após o primeiro ano de vida quando é perceptível que o tamanho da cabeça da criança é bem inferior ao tamanho que deveria apresentar. Mas pode ser evidenciada também logo após o nascimento durante os primeiros exames que a criança realiza pós-parto. Principais efeitos: Epilepsia; Autismo; Déficit intelectual; Rigidez nos músculos; Convulsões, etc. O papel da fisioterapia no tratamento da microcefalia Crianças com microcefalia têm, normalmente, deficiências motoras e cognitivas, características que no futuro podem comprometer, significativamente, a qualidade de vida. Dessa forma, a criança diagnosticada com a doença deve receber um acompanhamento fisioterapêutico desde cedo. Até os três anos de idade, a criança já pode evidenciar dificuldades motoras e o profissional acompanha o quadro com estímulos através de procedimentos específicos da fisioterapia. Após os quatro anos de idade, podem surgir as primeiras dificuldades cognitivas, momento em que os especialistas já iniciam o processo de reabilitação intelectual, associando o trabalho fisioterapêutico com a atuação de outros profissionais, como psicólogos e fonoaudiólogos. O trabalho do fisioterapeuta vai depender do quadro de evolução da criança: quantas sessões por semana, a intensidade e o tipo de estímulo a ser aplicado, etc. Mas é sempre importante ressaltar que o trabalho deve ser multidisciplinar, ou seja, em conjunto com o trabalho de outros profissionais, como, por exemplo, os já mencionados. Não existe um tratamento definitivo para a doença, todo o trabalho realizado pela fisioterapia e outros profissionais tem por objetivo a redução dos impactos que a criança sofre como decorrência do acometimento pela microcefalia. A relação da microcefalia com o Zika vírus Recentemente, acompanhamos junto ao Ministério da Saúde quadros de crianças diagnosticadas com microcefalia como decorrência da transmissão do Zika vírus da mãe para o bebê durante a gestação, através da placenta. A febre Zika é causada pela ação do mosquito Aedes aegypti que transmite a doença e sua relação com o desenvolvimento da microcefalia (atuação do vírus no organismo humano, período de maior vulnerabilidade da gestante, infecção do feto, etc) ainda permanece sob investigações, porém, sabe-se que o risco inicial está associado aos primeiros três meses de gestação. MIELOMENINGONCELE A mielomeningocele, também conhecida como espinha bífida aberta, é uma malformação congênita da coluna vertebral da criança em que as meninges, a medula e as raízes nervosas estão expostas. Acontece entre 18 e 21 dias de gestação e é o defeito do tubo neural mais comum, ocorrendo em 1 a 10 a cada 1000 nascimentos. Espinha Bífida • Má formação congênita que afeta o desenvolvimento do tubo neural • Fechamento incompleto do canal vertebral • Ocorre entre 3ª e 5ª semana de gestação • Pode ou não estar acompanhada de protusão e displasia das membranas • Afeta sistemas osteoneuromuscular e genitourinário • Ocorre paralisia sensório-motora que acomete os MMII abaixo do nível da lesão Nível neurológico Torácico Lombar Alto Lombar baixo Sacral NÍVEL TORÁCICO •Ausência de sensibilidade e de musculatura ativa abaixo do quadril. •Postura de abandono em Mmii •São capazes de adquirir posição sentada (com ou sem apoio), deslocar-se arrastando no solo e realizar transferências com MMSS. •O ortostatismo só é possível com uso do parapodium ( contra indicado Qdo flexão >30º) . •O treino de marcha só pode ser realizado com RGO com órtese Longa bilateral e cinto pélvico com prolongamento torácico Nível Lombar Alto • Apresentam alguma sensibilidade abaixo dos quadris, atividade de flexores e adutores de quadris e podem ter extensão de joelhos. • Geralmente tem bom controle de tronco, deslocam-se engatinhando, passam para o de pé com auxílio de MMSS e deambulam com apoio. Nível Lombar Baixo • Apresenta alguma sensibilidade abaixo dos quadris e atividade de flexores e adutores de quadris, flexores e extensores de joelhos e, eventualmente, abdutores de quadris, dorsiflexores e eversores dos pés. • São capazes de realizar etapas motoras, como passagem de ajoelhado e semi- ajoelhado para de pé. • Realizam deambulação com goteiras e muletas e podem usar hates laterais Nível Sacral. Hidrocefalia A hidrocefalia se caracteriza pelo acúmulo de líquidos na cabeça. O excesso retido faz com que os ventrículos cerebrais se dilatem, provocando danos nas estruturas encefálicas. Hidrocefalia (hidro = água + céfalo = cabeça) é uma condição que se caracteriza pelo acúmulo do líquido cefalorraquidiano (LCR) nos ventrículos cerebrais (cavidades intercomunicantes localizadas em áreas do encéfalo) e no espaço subaracnoide entre as membranas aracnoide e pia-mater das meninges. Esse acúmulo pode ser causado por um desequilíbrio entre a produção e a reabsorção do líquido cefalorraquidiano ou por algum tipo de obstrução que impeça sua circulação e drenagem. O fato é que o excesso retido faz os ventrículos cerebrais dilatarem, o que pode provocar compressão e danos nas estruturas encefálicas. A hidrocefalia pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum nas crianças e nos idosos. Pode ser causada por hemorragias ou sangramentos intracranianos, traumatismos cranianos, infecções (meningite), idiopática, ou seja, sem causa aparente, congênitas (malformações cerebrais), tumores e cistos. Seu tratamento é feito através de um procedimento cirúrgico onde se coloca um cateter que fica em contato com o líquor a uma válvula que limita a quantidade de líquido a ser drenado. A outra extremidade do cateter é passada por baixo da pele ate uma outra cavidade do corpo que possa recebereste liquido, geralmente a cavidade abdominal. Paralisia Cerebral (PC) Paralisia cerebral é um transtorno de movimento postura, resultante de uma lesão ou defeito no cérebro em desenvolvimento (dano cerebral). CAUSAS Paralisia cerebral pode ser causada por lesão cerebral durante a vida intra-uterina ou no nascimento. Também podem ser adquiridos após o nascimento. Neste caso, paralisia cerebral geralmente é causada por lesões cerebrais nos primeiros meses ou anos de vida. FATORES DE RISCO Vários fatores de risco podem aumentar a probabilidade de paralisia cerebral. No entanto, é importante saber que esses fatores de risco não necessariamente resultarão na doença. Estes fatores de risco estão normalmente presentes: Durante o desenvolvimento fetal, antes, durante ou logo após o nascimento Durante a infância Fatores de risco para a paralisia cerebral incluem: Nascimento prematuro Baixo peso ao nascer Má nutrição intra-uterina Falta de fatores de crescimento durante a vida intra-uterina Incompatibilidade de RH ou tipo de sangue A-B-O entre a mãe e a criança Infecção da mãe com sarampo alemão ou outras doenças virais no início da gravidez Infecção bacteriana da mãe, do feto ou criança que ataca direta ou indiretamente o sistema nervoso central do bebê Perda prolongada de oxigênio antes ou durante o parto Icterícia grave logo após o nascimento SINTOMAS Os primeiros sinais de paralisia cerebral geralmente aparecem antes de uma criança completar 18 meses de idade. Crianças com paralisia cerebral são frequentemente lentas para atingir marcos do desenvolvimento, tais como aprender a rolar, sentar, engatinhar, sorrir ou caminhar. Os pais muitas vezes são os primeiros a suspeitar que seu bebê não está desenvolvendo habilidades motoras normalmente. Sintomas que podem acompanhar a paralisia cerebral incluem: Espasticidade Movimento involuntário Problemas andando ou movendo-se Dificuldade de deglutição Problemas com a fala Paralisia cerebral varia de leve a grave. Sinais físicos de paralisia cerebral incluem fraqueza e hipotonia dos músculos, ou espasticidade e rigidez. Em alguns casos, doenças neurológicas (tais como retardo mental ou convulsões) também ocorrem em crianças com paralisia cerebral. SOBRE ESPASTICIDADE DEVIDO À PARALISIA CEREBRAL Espasticidade é causada por dano ou prejuízo de uma parte do sistema nervoso central (cérebro ou medula espinhal) que controla o movimento voluntário. Este dano interrompe sinais importantes entre o sistema nervoso e músculos, criando um desequilíbrio que aumenta a atividade muscular ou espasmos. Espasticidade pode dificultar o movimento, postura e equilíbrio. Ela pode afetar a habilidade de uma pessoa para mover um ou mais membros, ou para mover um lado do corpo. Às vezes, a espasticidade é tão severa que atrapalha as atividades diárias, padrões de sono e os cuidados. Em determinadas situações, essa perda de controle pode ser perigosa para o indivíduo. Objetivos da fisioterapia no tratamento da Paralisia Cerebral A fisioterapia tem função importante na facilitação do desenvolvimento motor, no desenvolvendo dos reflexos, ajuda a diminuir bloqueios, contraturas e deformidades. Com isto, o foco do fisioterapeuta deve ser o de se aproximar ao máximo do desenvolvimento motor normal. Os objetivos com o tratamento fisioterapêutico na paralisia cerebral incluem principalmente o aprimoramento das habilidades existentes, desenvolvendo funções e promovendo a independência, além de colaborar com a prevenção ou diminuição de deformidades. Benefícios da fisioterapia para a Paralisia Cerebral A fisioterapia é muito importante para o tratamento da paralisia cerebral, uma vez que o profissional é responsável por auxiliar no desenvolvimento da independência do paciente, facilitando as atividades de vida diária. Todavia, o tratamento fisioterapêutico se estende, também, à família. Uma vez que possibilita a conscientização dos parentes a fim de fornecer orientações e ensinar técnicas para facilitar a integração ao ambiente familiar. Além disso, o fisioterapeuta irá tratar também a condição motora do paciente, desenvolvendo um trabalho para diminuir contraturas e deformidades, com o uso de diversos equipamentos. Fisioterapia aquática como tratamento da Paralisia Cerebral A fisioterapia aquática se destaca no tratamento da paralisia cerebral devido às particularidades que o tratamento em meio liquido é capaz de exercer sobre o paciente. Assim, uma das vantagens é facilitar a aquisição de postura assim como no controle dos movimentos, na normalização do tônus muscular, no aumento da amplitude de movimento articular, além da melhora respiratória e da socialização do indivíduo. Os efeitos físicos da fisioterapia aquática também oferecem vantagens ao tratamento, sendo eles: Densidade relativa, de quem depende a capacidade de flutuação; Empuxo, força oposta à gravidade; Tensão superficial, atuando como resistência ao movimento; Pressão hidrostática que é a pressão de imersão, dependente direta da profundidade da imersão; Ambiente agradável e lúdico para as crianças e adolescentes. Esses benefícios ainda estão ligados ao aumento potencial de confiança, de motivação e de interesse. Isso pelo fato de tornar mais fácil certas tarefas que fora da água seriam difíceis ou até mesmo impossíveis de serem realizadas. Alterações na pele do RN FONTE: @GAVETEIROO Eritema tóxico: é uma erupção benigna e autolimitada, de causa desconhecida, que geralmente surge nos primeiros dois dias de vida. As lesões consistem em pápulas ou pústulas firmes, de 1 a 3 mm, brancas ou amarelo-claras, sob uma base eritematosa. É comum na face, extremidades proximais, tronco e nádegas, ou qualquer lugar do corpo, exceto nas palmas e plantas; Hemangiomas: são tumores cutâneos benigno, geralmente não estão presentes ao nascimento, mas podem aparecer algumas semanas depois e aumentar consideravelmente durante o primeiro ano de vida, tendo a regredir espontaneamente aos dois ou três anos de idades. São nódulos elásticos vermelho vivo, com uma superfície enrugada e margens bem definida; Vernix caseosa: Substância gordurosa esbranquiçada formada, que lubrifica a pele e facilita a passagem através do canal do parto; Lanugo: pelo fino, sem medula e abundante, que recobre a pele do rn, principalmente nas costas, ombros e face. Desaparece nas primeiras semanas de vida, com substituição por pelo corporal definitivo; Cianose: é a coloração azulada da pele e é comum em rn. Geralmente está presente como cianose de extremidades; Milium sebáceo: é caracterizado por pequenos pontos brancos localizados na base do nariz, queixo e testa, devido a presença de glândulas sebáceas obstruídas em função de hormônios materno; Manchas Mongólicas: são manchas azul-acinzentadas, que se localizam na região próxima aos glúteos ou no sacro. Mancha salmão: são avermelhadas, comuns na região da testa, pálpebras, e região posterior do pescoço. É comum e costuma desaparecer em alguns meses. CAPITULO 5 ATIVIDADES CRIATIVAS Fala-se muito a respeito de ludicidade e atividades lúdicas para crianças. No entanto, ainda há pais que se perguntam o que são e, o mais importante, como desenvolvê-las com os filhos. Em um primeiro momento, podemos conceituar atividades lúdicas como brincadeiras e tarefas recreativas que têm a finalidade de entreter e divertir as crianças de maneira educativa e didática. Nesse sentido, o primeiro processo de aprendizagem e desenvolvimento começa com jogose brincadeiras. Assim, os pequenos aprendem e nem se dão conta disso, pois são atividades divertidas e relaxantes. Abaixo, listamos alguns benefícios obtidos com tarefas recreativas. Você perceberá como as atividades lúdicas ajudarão a criança a desenvolver habilidades essenciais para a vida toda. 0-3 meses O CICLISTA Vamos fazer um pouco de exercício com o bebê. Por isso, podemos acomodá-lo de barriga para cima no berço ou no trocador. Pegamos seus tornozelos com as nossas mãos e vamos flexionando e esticando, alternativamente, suas perninhas com delicadeza: esticamos uma perna e flexionamos a outra, flexionamos a primeira e esticamos a segunda e, assim sucessivamente, seguindo um ritmo suave. Pouco a pouco, podemos aumentar a velocidade das ‘’pedaladas’’ ou fazer algumas variações no ritmo (ora mais lento, ora mais rápido). Depois, para variar um pouco a brincadeira, segure seus tornozelos e estique ambas as pernas de uma vez. Enquanto isso, podemos cantar alguma musiquinha. Damos o exercício por finalizado antes que o bebê comece a demonstrar sinais de cansaço, o beijamos e fazemos cócegas nos seus pés. Será possível... • Iniciar seu bebê na descoberta do próprio corpo. • Potencializar o desenvolvimento motor das pernas do bebê. • Favorecer a sincronização dos movimentos do bebê • Estimulá-lo a adquirir sentido de ritmo. SAPATINHO MUSICAL Para realizar essa atividade, devemos preparar previamente o ‘’sapatinho musical’’. Basta costurarmos com firmeza um chocalho pequeno na ponta de um dos sapatinhos de tricô (ou meias). Podemos calçar o ‘’sapatinho musical’’ em um dos pés e o outro sapatinho, sem chocalho, no outro. Se o bebê não mexer as pernas, nós mesmos podemos mexê-las para chamar a atenção dele para os pés, aproveitando o som ou o brilho metálico do chocalho. A partir desse momento, o bebe mexera as pernas para tentar tocar o chocalho com suas mãos. E também tentara aproximar o pé da boca. Em outro dia, podemos mudar o ‘’sapatinho musical’’ de pé para surpreendê-lo. A atividade deve durar um tempo ponderado, para que a criança não fique cansada por causa do esforço. Será possível... • Exercitar as pernas e os braços do bebê • Inicia-lo no reconhecimento das relações de causa e efeito (ao mexer uma perna, toca um chocalho) • Desenvolver os sentidos de visão e de audição do bebê • Praticar a sincronização óculo-manual dele. O chocalho Nestes primeiros meses de vida, o bebê começa a segurar objetos com as mãos, mesmo que por pouco tempo, já que os deixam cair logo em seguida. Colocamos um chocalho nas mãos do nosso pequenino para que ele tente pegá-lo Como ele não consegue segurá-lo durante muito tempo, o chocalho cairá, e o barulho chamará sua atenção Tornamos a lhe oferecer o objeto para que se divirta segurando-o por algum tempo; ele o deixará cair em seguida, e nós o devolveremos novamente ao bebê. Também podemos ajuda-lo a segurar o chocalho e lhe ensinar o barulho que o objeto faz quando o movimentarmos em diferentes ritmos. Quando virmos que o bebe se cansou do jogo, devemos mudar de atividade. Será possível... • Aumentar a coordenação óculo-manual do bebê • Estimula-lo a descobrir os objetos e as texturas • Exercitar suas mãos e estimulá-lo a adquirir sentido de ritmo • Aumentar o controle psicomotor do bebê A bola gigante Necessitamos de uma bola suíça, de uns 75cm de diâmetro, que podemos encontrar em alguma loja de brinquedos, de esporte ou em grandes lojas de variedades. Colocamos a bola de plástico no chão, se possível sobre o carpete ou o tapete. Posicionamo-nos em frente a bola suíça e colocam0os o bebê em cima dela, de modo que apoie a barriguinha nela. Devemos segurá- lo bem com as mãos, já que o pequenino ainda não consegue se manter nem em pé nem sentado. Fazemos com que a bola de plástico rode suavemente, com o bebe apoiado nela, com cuidado, para que ele não escorregue. É preciso levar em conta que o bebê ai9nda não sustenta a cabeça com firmeza; por isso, devemos segurá- la. Podemos mover a bola para frente, para trás, para um lado e para o outro. E, a todo momento, devemos explicar o que estamos fazendo ao nosso pequenino, para que, mesmo que ele não nos entenda, vá se familiarizando com os sons e com a nossa voz. Quando percebemos que o bebê está cansado, mudamos de atividade. Será possível... • Inicia-lo na aquisição da noção de lateralidade. • Favorecer o relaxamento do bebê, movimentos que o ajudam a dormir. • Aumentar o controle motor e o sentido de equilíbrio do bebê • Explorar as capacidades motoras do bebê. 3 – 6 meses A GANGORRA Sentamo-nos no chão com as pernas fechadas e esticadas Deitamos o bebê de barriga para cima sobre as nossas coxas, de modo que as pernas do bebê fiquem sobre o nosso0 estômago e sua cabecinha se apoie, mais ou menos, sobre os nossos joelhos Então, suspendemos o bebê pelas mãos. Agora, bem devagar, reclinamos as costas até o chão, enquanto levantamos as pernas, fazendo com que o bebê fique de pé em nossa barriga. Depois, repetimos no sentido contrário para voltar à posição inicial. Podemos fazer esse movimento de gangorra varias vezes, enquanto falamos coisas carinhosas Será possível... • Fazer com que o bebê comece a controlar sua postura e a manter o equilíbrio. • Favorecer o relaxamento do bebê e estimular seu prazer sensorial. • Ensiná-lo adquirir segurança na realização de atividades em diferentes pontos. Espelho magico Os espelhos atraem muito a atenção dos pequeninos. Se tivermos um grande em casa, podemos fazer essa brincadeira. Colocamo-nos diante do espelho com o bebê nos braços, de modo que ele possa se olhar no espelho comodamente. Agora, chamamos a sua atenção para que se vê no espelho, dizendo a ele algumas palavras carinhosas. Quando conseguirmos que fique atento, seguramos a sua mãozinha, a levantamos e o cumprimentamos, dizendo ‘’O bebê está cumprimentando com a mão’’. Podemos continuar brincando dessa maneira, realizando movimentos, diferentes e mudando de posição, fazendo gestos ou mexendo diversas partes do corpo ou objetos. Devmos observar como nosso bebê reage e continuar brincando, até notarmos que ele ficou cansado. Será possível... • Fazer com que perceba os movimentos próprios de cada parte do corpo. • Ajudá-lo a descobrir o próprio corpo. • Inicia-lo no reconhecimento da própria imagem. • Desenvolver a lateralidade no bebê Luzinhas Para este exercício, precisamos de uma pequena lanterna, papel celofone de cores vistosas e fita crepe. Tampamos o foco da lanterna com o papel celofane, que colocamos com a fita crepe. Deixamos o quarto do bebê com pouca luz e nos sentamos ao lado dele. Acendemos a lanterna e chamamos sua atenção para a luz que podemos projetar no teto ou na parede, mas sempre bem à visto do nosso bebê. Quando tivermos certeza de que ele está vendo a luz colorida, vamos mexendo aos poucos a lanterna para que o pequenino siga seu movimento com o olhar. Enquanto durar a brincadeira, podemos contar ao bebê alguma história inventada sobre o que é essa luz que se vê, ir nomeando os objetos que vamos iluminando ou colocar uma música suave de fundo. Numa outra ocasião, podemos usar um papel celofone de outra cor para que o pequenino vá se familiarizando com as diferentes cores. Será possível... Faze-lo praticar a exploração visual de imagens. Proporcionar ao bebê asuperação do medo diante de uma situação nova. Potencializar a visualização e a identificação das diferentes cores. Exercitar o movimento da cabeça e do pescoço do bebê. O pequeno malabarista Nesta atividade, precisamos de uma bola pequena de plástico, de cores bem chamativa. Deitamos o bebe no berço ou sobre uma superfície lisa. Mostramos a ele a bolinha para que observe as cores. Levantamos sus pernas e colocamos a bolinha sobre seus pés. Tratamos de ajuda-lo a mantê-la sobre seus pés, mesmo que ele dê chutes. Quando a bolinha cair, devemos mostrar alegria com alguma frase e voltar a repetir a operação varias vezes. Enquanto segurarmos a bolinha sobre seus pés, podemos ensiná-lo a chutá-la fazer com que ele a gire, etc. Será possível... • Exercitar a motricidade das extremidades do nosso bebê. • Estimular a coordenação da percepção ocular e a dinâmica geral do bebê • Fazê-lo perceber a solidez e a permanência dos objetos • Inicia-lo na percepção das distâncias (perto-longe). 6 – 9 meses Pulando obstáculos Nós mesmos nós fazemos de obstáculos físicos para que nosso bebê aprenda a vencê-los. Os pais sentam no chão com as pernas esticadas, um ao lado do outro. O bebê também estará sentado no chão, perto de um dos dois. Deixamos um brinquedo do outro lado e estimulamos o bebê para que vá busca-lo, passando por cima de nossas pernas. Também podemos nos posicionar de outras maneiras (um deitado de barriga para cima e o outro sentado com as pernas dobradas em forma de túnel, por exemplo) para que o bebê procure opções para nos saltar engatilhando. Se for necessário, nas primeiras vezes, o ajudaremos a subir e a descer. E, muito importante: devemos sempre parabenizar o bebê pelos seus esforços e demonstrar grande alegria quando ele alcançar um brinquedo. Será possível... • Exercitar e fortalecer os braços e as pernas do pequenino. • Estimular a coordenação de movimentos de deslocamento do bebê. • Desenvolver a sua agilidade e o seu sentido de equilíbrio. • Potencializar o controle de sua motricidade. A marionete Com uma marionete de qualquer personagem, podemos entreter o bebê por um bom tempo. Podemos compra-la em alguma loja de brinquedos ou fazê-la com uma luva ou meia, alguns botões, etc. com o bebê sentado no chão ou no colo do pai ou da mãe, um dos dois se aproxima dele, escondendo, nas costas, a mão que segura a marionete. Quando chegar perto do bebê, mostrar a marionete e fazer com que ela cumprimente o bebê, procurando mudar o tom de voz. Podemos esconder a marionete outra vez e tornar a mostrá-la para que o bebê a toque. Depois, podemos preparar duas marionetes. Colocamos uma em cada mão e encenamos alguma pequena história para o nosso pequenino. Se prepararmos mari0ontetes de pessoas e animais, as possibilidades de realizar esta atividade serão bem maiores. Será possível... • Estimular a capacidade de antecipação do bebê. • Exercitar o movimento da cabeça e do pescoço do pequeno. • Potencializar a sua percepção visual de objetos. • Aprimorar a sua capacidade de localizar e observar os objetos. Subindo a montanha Algumas almofadas grandes, peças de roupas, alguns cobertores ou edredons podem servir para a criação de uma montanha ‘’íngreme’’ no quarto, que permitirá que o nosso bebê inicie uma ‘’escalada’’ No meio do quarto, formamos uma ‘’área montanhosa’’ com um monte de almofadas, cobertores e roupas amontoadas. Os obstáculos devem ser facilmente escaláveis pelo bebê e devemos procurar um piso cuja superfície não seja escorregadia, para que as almofadas não saiam do lugar quando o bebê for subi-las. Convidamos o bebê para subir, fazendo gestos como se também pudéssemos subir, mostrando que estamos animados. Com estes estímulos, o bebê subirá contente. Devemos estar sempre bem perto dele para ajuda-lo quando for necessário. Quando ele já estiver se movimentando com desenvoltura, poderemos fazer uma ladeira levemente inclinada com uma tábua e uma alça, para que ele suba e desça por ela. É preciso ter muito cuidado para que ele não caia. Será possível... • Desenvolver as habilidades motoras e de coordenação. • Aumentar seu dinamismo e sua segurança no que se refere as coordenações gerais. • Trabalhar a coordenação dinâmica geral do bebê. • Exercitar sua força orgânica e muscular. Mundo do papel O papel oferece muitas possibilidades de entretenimento as crianças de qualquer idade. Para esta atividade, devemos preparar diferentes tipos de papel de cores variadas Entregamos uma folha de papel ao bebê para ver o que ele vai fazer com ela. Se não fizer nada, pegamos uma nós mesmo e a amassamos com a mão. Quanto maior for o barulho que fizermos, melhor. Assim, ensinamos ao pequenino a amassar a folha Depois, certamente, ele jogará no chão Então, podemos usar o papel amassado para brincar de bolinha Se o bebê estiver sentado sobre nossas pernas e tivermos uma caixa perto dos nossos pés, poderemos brincar de encestar a bola improvisada. Para cada cesta que fizermos daremos gritos de alegria e, quando não acertamos, diremos ‘’Aaaaah!’’. Será possível... • Ajuda-lo a descobrir novas texturas. • Estimular a motricidade de sus extremidades superiores. • Aumentar sua habilidade para manipular objetos. • Favorecer a coordenação da percepção ocular do bebê. 9 – 12 meses Estica e puxa Com um pedaço de pano resistente, podemos ajudar o bebê a fazer exercício de uma maneira divertida e interessante. Sentamo-nos com o nosso bebê no chão. Entregamos-lhe um pedaço de pano, que ele logo pegará e examinará. Seguramos o pedaço de pano pela outra extremidade e o tiramos do bebê delicadamente, dando pequeno puxões e afrouxando de vez em quando. O pequenino deverá notar a todo momento, em nosso rosto e no nosso modo de falar, que se trata de uma brincadeira. Nunca devemos soltar o pano repentinamente, para evitar que o bebê caia de costas e se machuque. Na primeira vez, para lhe ensinar como funciona a brincadeira, podemos fazer uma demonstração, brincando só o pai e a mãe. Desta maneira, quando o bebê puxar o pano, faremos com que pense que está nos arrastando, o que será muito divertido para ele. Será possível... Exercitar e fortalecer as extremidades superiores do bebê. Compartilhar experiências e estabelecer vínculos afetivos. Desenvolver a atenção do pequenino. Estimular adua capacidade de segurar objetos. O lençol sem fim Com meia dúzia de lenços, se possível de cores diferentes, podemos preparar uma brincadeira de mágica que encantará o nosso bebê. Damos um nó em cada lenço, um atrás do outro, de modo que formem uma enorme fileira. Colocamos os lenços amarrados dentro do casaco ou da camiseta, deixando que apareça um pedacinho deles por cima da gola. Aproximamo-nos do bebê; depois de falar um pouco com ele em tom carinhoso, deixamos que ele perceba o pedaço do lenço que deixamos visível. Agora convidamos o pequenino a tirar o lenço dali9 para ver o que acontece. Se for o caso, o ajudamos a tirar ou começamos a fazê-lo nós mesmos para que ele continue. Quando ele acabar de tirar os lenços, poderemos começar a brincadeira novamente. Será possível... • Aumentar a habilidade do bebê para manipular objetos. • Desenvolver a sua capacidade de observação atenta. • Potencializar a capacidade de
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