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Ana Luiza Comin REPARO TECIDUAL: CONCEITOS INICIAIS: PARÊNQUIMA: São as células nobres, que realizam as funções específicas de um determinado órgão. Ex: Ácinos que produzem saliva. ESTROMA: Sustentação estrutural do órgão. REGENERAÇÃO: O órgão volta em sua morfologia original. CICATRIZAÇÃO: o que foi perdido foi reposto por tecido fibroso, sem células parenquimatosas que fizeram a cicatrização. Ex: fígado lesionado-perde hepatócitos e no local forma-se uma cicatriz fibrosa. Fibrose hepática. CÉLULAS: LÁBEIS: se proliferam continuamente. Ex: epiteliais, linfoides e hematopoiéticas. A cada 30 dias há um reparo tecidual completo das células epiteliais. ESTÁVEIS/Quiescentes: podem efetuar a mitose, mas só a realizam quando sofrem certo estímulo. (Estão na fase G0 do ciclo celular). Ex: Parênquima de células glandulares, células mesenquimais (fibroblastos, condroblastos, osteoblastos, células musculares lisas). Precisam de nutrientes, proteínas, glicose, e com debilidade circulatória: dificuldades na divisão mitótica. CÉLULAS PERMANENTES: Não realizam mitose, como as células neuronais, as do tecido muscular esquelético (sofrem fenômeno adaptativo- hipertrofia, para suprir a perda) e as células do músculo cardíaco. REGENERAÇÃO NEURONAL: Se a lesão for no pericário: não regenera-se. Se a lesão for na região do axônio: degeneração com uma porção proximal e todo o resto sofrerá fagocitose (walleriana)- As células de Schwann são células periféricas estáveis. NEUROMA TRAUMÁTICO: Exemplo: a pessoa sofre uma amputação – às vezes na área de secção ocorre um coágulo, uma fibrose- com o axônio não retomando seu trajeto, proliferando-se e formando nódulos. CICATRIZAÇÃO 1ª INTENÇÃO: Secção dos vasos: plaquetas passam a se acumular nas paredes dos vasos cascatas de coagulação redes de fibrinas, com aprisionamento de plaquetas, que liberam fator estabilizador de fibrina e hemácias Hemostasia: sangue para de extravasar. Com a secção: inflamação aguda, pois os neutrófilos, pelo mecanismo de quimiotaxia serão atraídos para a região. 3º DIA: células como macrófagos chegam; os fibroblastos que são estáveis começam a se proliferar, através da ação dos fatores de crescimento que os “chamam”; ORGANIZAÇÃO DO COÁGULO (4º DIA) Organização: substituição do coágulo: proliferações fibroblásticas e miofibroblásticas angioblásticas (brotamentos vasculares), células inflamatórias crônicas; TECIDO DE GRANULAÇÃO: chamado assim por sua aparência clínica. O epitélio pode estar em forma de linguetas, que aos poucos vai gerando membranas basais e “caminhando” em direção ao centro da secção, para juntar-se ao outro lado que realiza o mesmo processo. 5º DIA: Máxima angiogênese; epitélio regenerado; 3-7 DIAS: colagênese (tipo III). Metaloproteinases: colagenases. 7-14: Colagênese dinâmica e remodelação; 14-30 DIAS: maturação no tecido de granulação; retração da ferida; 30 DIAS: reparo completo (fibrose cicatricial); há volta de elasticidade ATENÇÃO: Folículo piloso, glândulas sebáceas/sudoríparas. Não voltam a crescer no local de cicatrização! A mucosa bucal NÃO CICATRIZA: ELA REGENERA! CICATRIZAÇÃO POR 2º INTENÇÃO: Crosta Sanguínea, o coágulo resseca-se e fica como uma proteção/tampão que impede a contaminação de vírus e bactérias. Não ocorre em mucosas bucais, pois há presença de saliva. Processo mais lento; Maior quantia de detritos e exudato; Há uma marcante contração da ferida, por ação dos miofibroblastos; Há grande quantidade de tecidos de granulação e cicatricial; O tecido a ser reparado é mais extenso, mas os processos de reparo são os mesmos do da 1ª intenção! LESÕES TÉRMICAS: Causará apenas exudato inflamatório; Há o processo de regeneração normalmente; Anexos de pele serão preservados. Ana Luiza Comin ORGANISMO SOFRE LESÃO DESTRUIÇÃO TECIDUAL INFLAMAÇÃO NEUTRALIZAÇÃO DA CAUSA NECROSE MÍNIMA? APENAS RESOLUÇÃO; REPARAÇÃO. SE FOR DE TECIDO PERMANENTE: CICATRIZAÇÃO; NECROSE DE MAIOR QUANTIDADE: CICATRIZAÇÃO E REGENERAÇÃO. SNC, CORAÇÃO, M. ESQ ISQUEMIA Dia 06/04 CICATRIZAÇÃO POR 2º INTENÇÃO: Em um processo de gengivectomia: com formação de coágulos; Depois de 2 dias: coágulo sanguíneo fica solúvel, podendo ficar acinzentado, além de sofrer uma organização; 3-4 dia: As porções mais profundas do coágulo são trocados por tecido de granulação; 6-8 dias: Coágulo completamente organizado; Neste sentido, há aspecto edemaciado, eritemaciado... Após 30 dias: epitélio regenerado por completo, com criação de novas junções epiteliais. BIOQUÍMICA DAS REAÇÕES: EGF: Fator de crescimento epidérmico, que foi um dos primeiros a ser isolado! ORIGEM: Células ligadas (lábeis) ao epitélio e mucosa bucal, como das glândulas sudoríparas, das glândulas salivares. Efeito: mitogênico para células epiteliais, fibroblastos e hepatócitos. TGF-ALFA: TRANSFORMADOR Efeito: mitogênico para células epiteliais, fibroblastos e hepatócitos. Células que sofreram inoculação viral Células malignas Extração do TGF. Origem: plaquetas, endotélio, macrófagos e linfócitos. FGF: Fator de crescimento FIBROBLÁSTICO: na idade fetal é importante para o crescimento dos pulmões e ósseo, além de ser mitogênico para células endoteliais, fibroblastos e ainda estimular síntese de colágeno. FDGF: Fator de crescimento derivado das plaquetas Origem: Plaquetas e macrófagos ativados, além do endotélio, músculo liso e células neoplásicas. Efeito na migração e proliferação de células como fibroblastos, células musculares lisas e monócitos. Estimula síntese de colágeno! FNT: Fator de necrose tumoral. Citocina gerada por macrófagos e linfócitos. Efeito: gera angiogênese, mitoses e estimula a síntese de colágeno. Chama-se assim por gerar apoptose de células tumorais, principalmente em células neoplásicas. VEGF: Endotélio vascular: tem origem no endotélio Efeitos: Vasculogênese, angiogênese sanguínea e linfática. (a partir de brotamentos de vasos pré- existentes). Fator de crescimento transformador B: TGFB TODAS as células do tecido de granulação o produzem. Efeito: inibição e estimulação, principalmente na colagênese. RESISTÊNCIA À FORÇA TENSIL: O paciente deve tomar cuidado após o procedimento, pois sua ferida ainda não está 100% restaurada, ou seja, se há algum levantamento de peso pelo paciente a sutura pode romper-se. Sutura: 70% da resistência; 30 dias: Aumento da resistência; 90 dias: 80% da resistência. FATORES GERAIS: IDADE: em jovens a cicatrização é mais rápida! DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL: Proteína, vitamina C (vasos sanguíneos frágeis) e zinco. DISTÚRBIOS HEMORRÁGICOS: Vitamina K participa da cascata de coagulação sanguínea. Um caso de trombocitopenia: coágulo rompe-se, pela deficiência de plaquetas. HORMÔNIOS: cortisona (bloqueia angiogênese), insulina. LOCAIS: INFECÇÃO LOCAL: Destruição; CORPOS ESTRANHOS: Podem gerar infecção/inflamação; POUCA IRRIGAÇÃO LOCAL: Casos de isquemia, arteriosclerose, retorno venoso insuficiente; MOBILIZAÇÃO: tecidos, ossos, músculos. Ana Luiza Comin COMPLICAÇÕES: Reabertura da área: ocorre deiscência, ulceração. Contratura: Pacientes que sofreram queimaduras graves, como no tórax e membros. Miofibroblastos ao contraírem geram complicações. Formações excessivas: Como carne esponjosa e o granuloma piogênico. (formação nodular composta por tecido de granulação) Em cavidade bucal (com placa bacteriana) ocorre quando há algo que sempre irrite o local. Com superfície sempre ulcerada e com vermelhidão. Fibromatoses agressivas: desmóides. Quelóide:excesso de colágeno! Excesso do crescimento de tecido cicatricial. Aspecto ovóide, redondo, linear ou até disforme. EFEITO HIALINO: os feixes de colágeno aumentam e se fusionam, com área com pouca matriz extracelular. Tratamento: pomadas corticoides. REPARO TECIDUAL EM ALVEOLO DENTAL: Possui evolução centrípeta. 1º Dia: começo da organização; 1-9º Dia: organização do coágulo, com deposição de tecido de granulação. 9-10º Dia: maturação do tecidode granulação Calo fibroso intra-alveolar. 10º-4 º mês: neoformação óssea, com tecido ósseo imaturo, ainda sem apresentar trabéculas ósseas organizadas, sem padrão lamelar e sem canais de Havers, com menor mineralização também. 4º-6º mês: tecido ósseo maduro (osso lamelar). COMPLICAÇÕES: CICATRIZAÇÃO FIBROSA: Quando na área de cicatrização há remoção das tábulas ósseas vestibular e lingual, com não formação de m tecido ósseo lamelar novo, mas apenas um tecido conjuntivo fibrosado! OSTEÍTE ALVEOLAR ou ALVEOLÍTE: processo de neoformação óssea não ocorre, pois o coágulo é reabsorvido odores ruins, dor. REPARO EM OSSO LONGO: 1º Mês: Organização do coágulo, com deposição do tecido de granulação; Proliferação de fibroblastos: anel conjuntivo/calo mole. 2-4º Mês: calo ósseo primário, com tecido ósseo imaturo no anel. (Tecido ósseo-fibrino-cartilaginoso). 5º Mês: calo ósseo secundário (remodelamento), que substitui o tecido reparador, por um tecido maduro do tipo lamelar. 6º Mês: processo reparado totalmente. Condroblastos estão presentes, mais na periferia do calo, com irrigação menor Diferenciação de cartilagem. COMPLICAÇÕES: Tecido com baixo potencial osteogênico: com bordas da fratura separadas. União fibrosa (cicatrização), com mobilização não adequada para ocorrer durante o processo. Mineralização inadequada.