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Reparação tecidual · Reposição de tecidos e células lesados ou necróticos , por novos elementos sadios, oriundos · Do epitélio adjacente: Reepitelização. · Do parênquima adjacente: Regeneração · Do estroma : Cicatrização Fatores que influenciam na reparação · Capacidade regenerativas das células: · Quanto mais especializado for um tecido, menor a capacidade regenerativa de suas células. · Lábeis : Epitélios de revestimento, células mielóides e linfóides. Regeneração é comum. · Estáveis : Células parenquimatosas (fígado, túbulos renais, glândulas exócrinas e endócrinas, e células mesenquimais. Regeneração é possível. · Perenes ou permanentes : Neurônios, hemácias e fibras musculares. Regeneração é impossível. Ocorre cicatrização. · Grau de destruição · Quanto maior a histólise, menor a possibilidade de regeneração e maior a de cicatrização. · A lise do estroma dificulta a regeneração, já que este funciona como guia e suporte. · Tipo de inflamação · Quanto maior a duração do processo inflamatório menor a possibilidade de regeneração. · A presença de infecção e/ou de corpo estranho diminui as chances de regeneração e inclusive complica a cicatrização (determina a mudança de 1a intenção para de 2a). · Fatores locais · Irrigação e inervação · O tamanho e a localização da lesão · Aposição e imobilização. Mecanismo geral das reparações (fases) · Cessação da ação de agente agressivo; · Formação de coágulo (no caso de feridas) - horas; · Restituição epitelial - 1 a 3 dias; · Reação inflamatória, com invasão do coágulo e da área necrosada por PMN (principalmente Neutrófilos) em 1 a 5 dias, posteriormente por Macrófagos (Mo/) - de 3 a 20 dias; · Dissolução e fluidificação de exsudatos e restos celulares (debris) e posteriormente reabsorção via linfática e/ou via fagocitose (PMN e Mo/); · Formação de tecido de Granulação com neovascularização (3 a 7 dias) e fibroplasia (de 3 ao 30 dias, com máximo no 14 dias); · Fusão dos tecidos de granulação (quando a cicatrização de feridas for por 1a intenção) - 3 a 4 dias; · Devascularização (colágeno espesso estrangula alguns vasos) - 15 a · 20 dias; · Regressão do processo inflamatório, com desaparecimento dos PMN · (3 a 8 dias) e dos Mo/(7 a 30 dias); · Cicatrização colagenosa (35 a 300 dias) ou proliferação parenquimatosa Mediadores da reparação · Hormônios estimuladores: Progesterona, Estrógenos (útero), somatotrofina, eritropoetina (medula óssea), e tireoxina · Fatores do crescimento ("Fatores Séricos" ou "Hormônios das Feridas" ou ainda "Trefonas de Carrel"): · Polipeptídeos (macromoléculas): Insulina, somatomedinas, fatores do crescimento fibroblástico, fatores do crescimento epidérmico, fatores do crescimento plaquetário, fatores do crescimento de nervos, fatores de crescimento ovariano, fatores de crescimento mesenquimal, etc... · Fatores de baixo peso molecular: Nucleotídeos cíclicos, íons Ca e PO4, aminoácidos , glicose, etc... · Enzimas proteolíticas: Tripsina, Trombina, etc... · Fatores inibidores · São polipeptídeos (com especificidade celular mas não espécie- específico) e glicoproteínas que agem como mensageiros intercelulares controlando mitoses por inibição via feed back negativo. Regeneração e cicatrização · Tem início logo após a ocorrência da agressão tecidual · Objetivo da reparação: devolver ao tecido a sua integridade anatômica e funcional normal · Classificação das reparações/cura · Regeneração · Reconstituição da integridade anatômica e funcional sem modificação na relação Parênquima/Estroma · Comum em órgãos com células lábeis e estáveis, portadoras de inflamações agudas exsudativas (com rápida reabsorção) · Exemplos: Pneumonia lobar, hepatite, gastroenterocolites e linfadenites. · A regeneração pode ocorrer de maneira descontrolada ["Regeneração Patológica"] Exemplo clássico: Proliferação pseudo-regenerativa dos hepatócitos na Cirrose [forma-se nódulos e não traves de hepatócitos] · Ocorre na área lesionada · Permanece a membrana basal · Células da borda da lesão crescem e fazem a reparação do local. · Cicatrização · Tipo mais frequente de reparação, caracterizado pela neoformação de tecido conjuntivo fibroso (cicatriz), substituindo as células parenquimatosas perdidas; e com diminuição na relação Parênquima/Estroma. · A cicatrização pode ocorrer de maneira excessiva, formando o "Queloide", comum nas cicatrizações por 2a intenção nos equinos e suínos. Quando ocorre em órgão parenquimatoso, se a massa fibrótica na víscera exceder a reserva funcional do parênquima ["Fibrose ou Carnificação do órgão"] pode-se ter como consequência uma insuficiência. · A cicatrização pode ocorrer de duas maneiras: por 1a intenção e por 2a intenção · Deposição de tecido conjuntivo = cicatriz · Inflamação Crônica = deposição de tecido conjuntivo = Fibrose Reparação por tecido conjuntivo segue e tapas características: · Inflamação · Angiogênese · Migração e proliferação de fibroblastos · Formação de cicatriz · Remodelamento do tecido conjuntivo · Fase inflamatória · Formação de trombo (hemostasia e base para processos de reparo) · Atração de neutrófilos e macrófagos · Mecanismos da angiogenese · De vasos pre-existentes · Óxido nitrico > vasodilatação > aumento de permeabilidade · Degradação da Membrana Basal do vaso “mãe” por MMPs(metaloproteases da matriz) + perda do contato célula-célula entre células endoteliais por ativador de plasminogenio · Migração, proliferação e maturação de células endoteliais · Recrutamento de células periendoteliais (pericitos e fibras musculares lisas de vasos) · De precursores de células endoteliais (PCEs). · PCEs são recrutadas da medula óssea · Contribuem para re-endotelizacão vascular na neovascularização de áreas isquêmicas, feridas cutâneas e tumores. · Fase fibroblástica · Com a ativação de macrófagos há a substituição da matriz extracelular por tecido mais resistente e elástico. · Principal componente: colágeno · Fibroplasia = fibroblastos recrutados para a margem de feridas produzindo colágeno. · Miofibroblastos = fibroblastos com características similares a céls. musculares lisas · Contração da ferida · Reepitelização · Tecido de granulação · Matriz frouxa de colágeno, fibronectina, ác. hialurônico, contendo macrófagos, fibroblastos e novos vasos · Inibição por contato · Fase de maturação e remodelagem · Cicatriz atinge a sua máxima resistência · Acúmulo de deposição de colágeno · Remodelagem das fibrilas de colágeno · Remodelagem tecido conjuntivo · Substituição do tecido de granulação por cicatriz · Degradação do colágeno e de outras proteinas por MMPs · MMPs: produzidos por fibrosblastos, macrófagos, neutrófilos, células sinoviais e algumas células epiteliais. Reparação de feridas cutâneas · Inflamação: Injúria inicial => adesão e agregação de plaquetas (formação de um coágulo) => inflamação. · Proliferação: tecido de granulação => proliferação e migração de tecido conjuntivo fibroso e re-epitelização da superfície da ferida. · Maturação: Deposição MEC, remodelagem tecidual e contracão da ferida. · Cicatrização por 1ª intenção · Incisão cirúrgica limpa e não-infectada · Morte de células, rompimento da membrana basal epitelial · Coágulo · Desidratação da superfície do coágulo (crosta) · Cicatrização por 2ª intenção · Perda excessiva de células e tecidos · Grandes defeitos teciduais => grande coágulo de fibrina · Reação inflamatória mais intensa · Maior tecido de granulação · Contração da ferida · Miofibroblastos · Substancial cicatriz e diminuição epiderme · Tempo · 24h => neutrófilos nas margens da incisão · 24 – 48h => estimulação das células epiteliais · 3º dia => neutrófilos, macrófagos, tecido de granulação · 5º dia neovascularização máxima, fibras de colágeno mais abundantes · 1ª semana => acúmulo de colágeno e proliferação de fibroblastos · 1º mês => tecido conjuntivo sem infiltrado inflamatório · Fatores que influenciam a cicatrização · Grau de contaminação da ferida; · Hormônios glicocorticóides (antiinflamatórios + inibição da síntese de colágeno); · Corpos estranhos · Suturas ou fragmentosde aço, vidro ou osso · Tamanho, localização e tipo da ferida. · Nutrição · Deficiência vit. C e ptns, caquexia do câncer, jejum extremo · Condição metabólica · Diabetes melito (microangiopatia – inibição da cicatrização). · Condição circulatória · Aterosclerose, anormalidades venosas. · Hormônios · Glicocorticoides => inibem a síntese de colágeno · Complicações da reparação tecidual · Formação deficiente da cicatriz · Formação de contraturas (deformidades da ferida e tecidos adjacentes) · Formação excessiva dos componentes da reparação (queloide ou tecido de granulação exuberante) · Quelóide: predisposição individual - razões desconhecidas (afro-americanos). O colágeno é produzido por miofibroblastos, que persistem na lesão através da produção autócrina de TGF- β. · Granulação Exuberante: quantidades excessivas de tecido de granulação
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