Dieta verão e inverno, Estress fisiologico, Tecido adiposo branco e marrom,

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Ministério da Educação 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba 
Campus Sousa 
 
ATIVIDADE AVALIATIVA 2 – BIOCLIMATOLOGIA ANIMAL 
Discente: Flaviane Teles de Souza 
1 – Em termos nutricionais é possível adequar as dietas dos animais de acordo com 
o clima, as chamadas dietas de verão e de inverno. Explique-as. Para animais criados 
no semiárido nordestino, qual a melhor dieta a oferecer? Que estratégias o 
nutricionista tem de manipulação dietética a fim de melhorar a sensação térmica 
dos animais? 
Em termos nutricionais as dietas devem atender as exigências nutricionais dos animais, 
o clima interfere no consumo dos alimentos para mais ou para menos e é preciso adaptar essas 
dietas as condições. 
As dietas de verão aumentam em proporção a quantidade dos elementos que devem 
ser oferecidos aos animais para suprir as suas exigências nutricionais. Considerando que o 
estresse por calor reduz o consumo, mesmo consumindo menos é necessário que os animais 
tenham suas exigências nutricionais atendidas por isso os elementos estão em proporções 
maiores. 
As dietas de inverno diminuem em proporção os elementos que devem ser oferecidos 
aos animais para suprir suas exigências nutricionais. No inverno os animais consomem mais para 
ajudar na regulação de calor e consumiriam mais que o necessário desperdiçando se a dieta 
fosse a mesma oferecida em condições normais de temperatura. Nesse caso há a redução em 
proporção dos elementos. 
 Algumas estratégicas nutricionais dietéticas para melhorar a sensação de térmica dos 
animais, escolher uma forma de apresentação dos alimentos que melhore a digestibilidade, 
alimentos com maior umidade, o uso de aminoácidos puros reduzindo o incremento calórico, a 
utilização de gorduras. 
2 – Quais os principais mecanismos fisiológicos que os animais desenvolvem em 
situações de estresse por calor e por frio? Explique o mecanismo da Anastomose 
Arteriovenosa. Qual o seu objetivo? 
 Os animai possuem células termorreguladoras na sua superfície corporal e 
diversos pontos do seu organismo, uma rede que é integrada aos neurônios hipotalâmicos 
que respondem ao frio e ao calor. 
 Em estresse por calor os principais mecanismos fisiológicos desenvolvidos são: 
redução da ingestão de alimentos reduzindo a produção de calor endógeno, aumentam a 
ingestão de agua, aumentam a frequência respiratória e cardíaca para aumentar a troca de 
calor por evaporação, vasodilatação periférica para aumentar a troca de calor com o 
ambiente e aumentam a sudorese. 
 Em estresse por frio os principais mecanismos fisiológicos desenvolvidos são: 
aumentam a ingestão de alimentos aumentando a produção de calor endógeno, 
vasoconstricção periférica para reduzir a perda de calor para o ambiente, ereção dos pelos, 
tremor muscular, em casos mais extremos a queima de tecido adiposo. 
 A anastomose arteriovenosa consiste na interrupção parcial e temporária da 
circulação até a periferia do corpo, em ambiente de frio intenso para evitar a perda de 
 
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calor, o animal promove um desvio evitando que o sangue vá até a periferia e retorne frio, 
o sangue mantem o fluxo sem ir a periferia mantendo a sua temperatura evitando o 
resfriamento do organismo pela perda de calor com o ambiente. Eventualmente o sangue 
vai até a periferia evitando isquemias. O objetivo é manter a temperatura do animal o 
mais confortável possível, evitar que o animal perca calor para ambiente através do 
sangue na periferia e manter a temperatura no centro corporal garantindo o funcionamento 
dos órgãos. 
3 – Qual a importância do tecido adiposo (branco e marrom) para o controle da 
temperatura corporal dos animais? 
 O tecido adiposo branco é um tecido unilocular, a principal função é gerar energia 
moléculas de ATP e ADP através da lipólise quando em situação de emergência e jejum, 
funciona como isolante térmico pode estar presente em toda superfície corporal. As 
moléculas de energia da lipólise são utilizadas pelo organismo nas reações enzimáticas e 
para produção de calor em situações de hipotermia. 
O tecido adiposo marrom é um tecido multilocular, tem uma alta presença de 
mitocôndrias nas células do tecido e não gera ligações de alta energia, a proteína UCP-1 
interrompe o processo de geração de energia e produz calor. É um tecido com extensa 
rede de capilares e a energia que se dissipa em calor aquece o sangue que passa ali e 
distribui-se ao organismo aquecendo-o. Importante principalmente em animais de 
hibernação e em filhotes de produção quando ainda não desenvolveram seu sistema de 
termoregulação. 
Os dois tecidos ajudam na regulação da temperatura em situações extremas, sendo 
assim sua importância considerável nos processos de termoregulação. 
4 – Explique de forma resumida os mecanismos endocrinológicos em resposta ao 
estresse térmico. 
 Reações comportamentais, em situações de estresse térmico pouco acentuado. 
Como buscar sombra ou sol, aumentar ou diminuir o consumo de agua. 
 Ações do sistema nervoso autônomo, alterações nos sistemas biológicos. Como 
taquicardia ou bradicardia, taquipneia ou bradipneia. 
 Alterações neuroendócrinas, ações hormonais que tem efeito persistente e 
duradouro, alterando o metabolismo, as competências imunológicas e o comportamento. 
Aumento da circulação de glucocorticoides adrenais (cortisol e corticosterona: hormônios 
do estresse) e outros metabolitos relacionados ao estresse. 
 Reações imunológicas, aumento da expressão de genes específicos de uma família 
de proteínas conhecidas como proteínas do estresse, diminuição da defesa do organismo, 
imunossupressão. 
5 – Explique detalhadamente os efeitos das altas temperaturas, o manejo e a 
qualidade das pastagens em animais ruminantes. Por que em condições de estresse 
por calor há maior redução no consumo de volumosos à concentrados? 
Os ruminantes são animais homeotérmicos que tem como característica a 
termogênese, para manter suas temperaturas constantes são capazes de produzir calor 
endógeno para aumentar a sua temperatura em situações de temperaturas baixas ou trocar 
calor com o ambiente para reduzir a sua temperatura em situações de altas temperaturas. 
 
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Os animais criados sob pastejo sofrem com a incidência solar e as altas 
temperaturas que na tentativa de regular a temperatura corporal e trocar calor com o 
ambiente podem reduzir o consumo de alimento para diminuir a produção de calor 
endógeno, com a incidências de altas temperaturas é ideal que se tenham áreas de 
sombreamento, no entanto vale ressaltar que se essa área de sombreamento, não abrangem 
o pasto ou é longe do pasto reduz ainda mais o consumo visto eu o animal que está na 
área de sombreamento não está pastejando. 
As altas temperaturas e radiação solar interferem na qualidade do pasto, diminui 
a qualidade da fibra e aumenta as fibras indigestíveis o que na digestão dos ruminantes 
aumenta a fermentação na tentativa de digerir essas fibras e aumenta a produção de calor 
endógeno interferindo também na sua manutenção da temperatura corporal, por isso é 
comum a redução do consumo de alimento. 
Os alimentos volumosos por característica possuem alto teor de fibra e tem maior 
capacidade de gerar fermentação ruminal, o que gera mais calor endógeno, os alimentos 
concentrados tem baixa capacidade de gerar a fermentação ruminal, por isso em 
condições de estresse por calor é maior a redução do consumo de alimentos volumosos, 
os animais reduzem a fermentação para reduzir a produção de calor endógeno e facilitar 
a manutenção da temperatura corporal na troca de calor. 
Em animais sob confinamento é importante observar alterações no consumo 
proporcional dos alimentos volumosos e concentrados nessascondições de altas 
temperaturas, manter uma relação proporcional equilibrada para não gerar possíveis 
distúrbios metabólico pela grande quantidade de consumo de concentrado em relação aos 
volumosos.