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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE PACARAIMA, DO ESTADO DE RORAIMA. Alfredo, brasileiro (a), (estado civil), portador do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro Sao Pedro Cidade de Boa Vista-RR, por intermédio de seu (sua) advogado (a) e bastante procurador (a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS em face de ROBERTO, brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. DOS FATOS Senhor Alfredo, proprietário e possuidor de um sítio na zona rural de Pacaraima-RR. Passa os fins de semana no sítio, O sítio possui cerca de arame e madeira em suas demarcações territoriais que garantem a divisão entre a sua propriedade e a do Roberto. O Alfredo vem constatando reiteradamente que seu vizinho, o senhor Roberto, que criar vacas, derruba a cerca nota que a cerca de arame que faz divisa com o sítio de seu vizinho Roberto foi deslocada cinco metros para dentro de seu terreno, reduzindo sua área. Prontamente, Alfredo providencia o deslocamento da cerca para a sua posição originária. Um mês depois, o vizinho Roberto desloca, novamente a cerca de lugar, para usar aquela faixa de terra para passagem de seu gado e no final do mesmo dia, providencia o deslocamento da cerca para a sua posição originária. Passado mais um mês, o vizinho Roberto repete a sua mesma conduta do mês anterior, providenciando, no final do dia, o deslocamento da cerca para a sua posição originária. Passados mais três meses, aproveitando que Alfredo está indo poucas vezes ao sítio, e como, até então, não houve reclamação por parte dele, Roberto avisa a João, funcionário de Alfredo responsável por cuidar do sítio, que irá deslocar na próxima semana, novamente, a cerca, mantendo-a nessa posição pelo período de seis meses, para que possa usar aquela faixa de terra para passagem de suas novas cabeças de gado, adquiridas recentemente em um leilão. E foi movido por um instinto de justiça, que o REQUERENTE decidiu buscar a justa indenização pelos danos causados à sua propriedade devido à destruição de sua cerca, pois, não é demasiado anotar-se, o fato ocorreu justamente na época que ele não estava, o que lhe ocasionou um prejuízo considerável. DO DIREITO DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA A responsabilidade objetiva se dá independentemente da comprovação da culpa, havendo que existir tão somente a ação ou omissão, nexo causal e o resultado danoso. Neste contexto, o Código Civil de 2002, estabeleceu a responsabilidade objetiva pelo fato do animal em seu artigo 936, in verbis: Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. A omissão e o nexo causal restaram claros e evidentes, já que houve a falta de guarda dos animais, o que propiciou a invasão. O dano se comprova com as provas documentais acostada, que consta a os danos causado. Por fim, nestes termos, o Requerido responde por todos os danos suportados pelo autor, neste sentido o presente julgado: DA CULPA IN VIGILANDO Ficou faticamente claro, que o REQUERIDO incorreu no mínimo em culpa, pois não obstante a obrigação de manter o devido cuidado sobre o rebanho de sua propriedade. verificou-se o inafastável descumprimento de seus deveres, pois, o as sua vacas que tinha o sinal de sua Fazenda adentrou em propriedade alheia, sem o seu conhecimento. Destarte, fica evidenciada a culpa in vigilando do REQUERIDO, pois ele deveria ter sob seus cuidados o animal que lhe pertence. Assim, os doutrinadores têm entendido que a responsabilidade é do dono do animal, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos que o animal venha a causar. DO DEVER DE INDENIZAR Aquele que praticar ato ilícito tem o dever de indenizar, esses são os termos do artigo 927 do Código Civil de 2002, insta salientar o inteiro teor do Parágrafo único do referido artigo: "Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização." Desta feita, cumpre salientar, que o REQUERENTE deve ser indenizado nos termos do artigo acima citados, eis que a condição em que se encontra se enquadra perfeitamente na intelecção do mesmo, cabendo ao REQUERIDO, conforme explanado anteriormente, responder pelos danos causados por seu gado. Por todo o exposto, evidente que o REQUERENTE sofreu diversos prejuízos de ordem material, haja vista que se viu compelido a pagar o conserto da cerca divisória no valor de R$ (......) (valor expresso) para evitar que outros animais destruíssem o restante da cerca. de acordo com os reajustes dos insumos necessários, e levando em consideração o prazo mínimo de (......) meses para que o mesmo vinha usado seu terreno documentos comprobatórios em anexo. Destarte, não é demasiado anotar, que os danos materiais sofridos pelo REQUERENTE perfazem o montante de R$ (.....) (valor expresso). OS PEDIDOS Diante de todos os fatos e fundamentos anteriormente dispostos, REQUER: a) A citação do REQUERIDO para, querendo, apresentar defesa sob pena de serem reputados como verdadeiros os fatos ora alegados, nos termos do art. 285 e 319 do Código de Processo Civil; b) Seja julgada procedente a presente Ação de Reparação por danos Materiais, em razão do prejuízo causado pelo gado que invadiu a propriedade do REQUERENTE, condenando-se o REQUERIDO ao pagamento de uma indenização pelos danos causados na esfera patrimonial, no valor total de R$ (......) (valor expresso), referente à destruição da cerca, estimada em R$ (......) (valor expresso), mais o montante de R$ (......) (valor expresso), relativo ao gasto com a reconstrução da cerca. c) Seja o REQUERIDO condenado a pagar as despesas, custas e honorários advocatícios no montante de 20% do valor da causa. Pretende provar o alegado mediante prova documental, testemunhal e demais meios de prova em Direito admitidos, nos termos do art. 332 do Código de Processo Civil. Dá-se à causa o valor de ..... Nesses Termos, Pede Deferimento. [Local], [dia] de [mês] de [ano]. [Assinatura do Advogado] [Número de Inscrição na OAB]
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