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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA ORIENTAÇÕES CURRICULARES PRIORITÁRIAS DO MUNICÍPIO DE CAUCAIA – OCPMC CAUCAIA 2021 SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA Vitor Pereira Valim Prefeito Francisco Deuzinho de Oliveira Filho Vice-Prefeito Maria Emilia Pessoa de Lima Carneiro Secretária de Educação Leonel Andrade dos Santos Coordenador de Desenvolvimento Pedagógico Nivaneida Dias Crisóstomo Diretora do CENFA Janaina Morais Farias Raquel Almeida Ferreira Siqueira Supervisoras de Educação Infantil Cristiane de Oliveira Cavalcante Supervisora de Anos Iniciais Jair Lino Soares Junior Supervisor de Anos Finais Maria Aparecida Pacobahyba Raposo Gerente Municipal MAISPAIC Elaine de Lima Oliveira Colaboradora EDUCAÇÃO INFANTIL Ednilda Mota Correia Evaneida Soares Carneiro Francisca Marlônia Barbosa Bittencourt Juliana Alves dos Santos Liliana Rodrigues da Silva Maria Liztaylon da Silva Silvia Elaine da Rocha Silva Pontes ENSINO FUNDAMENTAL Língua Portuguesa Adrianny Geni Ricco Knebel Diniz Adrianizia da Silva Sombra Marques Elisabete Ferreira Matias da Rocha Francisca Eliane Santos Forte Francisco Idenio Pontes Correia Jessica Rodrigues Dantas Matemática Flávio Augusto Rocha Franco Isly de Aguiar Martins Murilo Breno Paiva Cordeiro Vilemar Martins da Silva Geografia Francisco Wagner Bezerra Junior Ciências Ronnielle Cabral Rolim Língua Inglesa João Rocha Junior História Francisco Wagner Bezerra Junior Isly de Aguiar Martins Educação Física João Martins dos Santos Neto Arte Adrianny Geni Ricco Knebel Diniz SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 3 SUMÁRIO Sumário SUMÁRIO 3 APRESENTAÇÃO GERAL 7 EDUCAÇÃO INFANTIL 6 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO 30 CAMPO DE EXPERIÊNCIA 1 – “O EU, O OUTRO E NÓS” 31 CAMPO DE EXPERIÊNCIA 2 – “CORPO, GESTOS E MOVIMENTO 47 CAMPO DE EXPERIÊNCIA 3 – “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS 65 CAMPO DE EXPERIÊNCIA 4 - “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO” 75 CAMPO DE EXPERIÊNCIA 5 – “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES” 96 ENSINO FUNDAMENTAL 121 ANOS INICIAIS 124 LÍNGUA PORTUGUESA - ANOS INICIAIS 125 1º ANO 125 2º ANO 141 3º ANO 160 4º ANO 173 5º ANO 188 MATEMÁTICA - ANOS INICIAIS 204 1º ANO 204 2º ANO 208 3º ANO 213 4º ANO 218 SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 4 5º ANO 223 ARTE – ANOS INICIAIS 230 1º AO 5º ANO 230 ENSINO RELIGIOSO – ANOS INICIAIS 233 1º ANO 233 2º ANO 234 3º ANO 235 4º ANO 236 5º ANO 237 CIÊNCIAS – ANOS INICIAIS 238 1º ANO 238 2º ANO 239 3º ANO 241 4º ANO 243 5º ANO 245 GEOGRAFIA – ANOS INICIAIS 248 1º ANO 248 2º ANO 250 3º ANO 252 4º ANO 254 5º ANO 256 HISTÓRIA – ANOS INICIAIS 258 1º ANO 258 2º ANO 260 3º ANO 262 SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 5 4º ANO 264 5º ANO 266 EDUCAÇÃO FÍSICA – ANOS INICIAIS 268 1º E 2º ANO 268 4º E 5º ANO 270 ANOS FINAIS 272 LÍNGUA PORTUGUESA – ANOS FINAIS 273 6º ANO 273 7º ANO 284 8º ANO 295 9º ANO 308 LÍNGUA INGLESA – ANOS FINAIS 321 6º ANO 321 7º ANO 326 8º ANO 330 9º ANO 334 MATEMÁTICA – ANOS FINAIS 338 6º ANO 338 7º ANO 345 8º ANO 351 9º ANO 355 ARTES – ANOS FINAIS 360 6º AO 9º ANO 360 ENSINO RELIGIOSO – ANOS FINAIS 363 6º ANO 363 SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 6 7º ANO 364 8º ANO 365 9º ANO 366 CIÊNCIAS – ANOS FINAIS 368 6º ANO 368 7º ANO 371 8º ANO 374 9º ANO 377 GEOGRAFIA – ANOS FINAIS 380 6º ANO 380 7º ANO 383 8º ANO 386 9º ANO 390 HISTÓRIA – ANOS FINAIS 394 6º ANO 394 7º ANO 397 8º ANO 399 9º ANO 401 EDUCAÇÃO FÍSICA 403 6º E 7º ANO 403 8º E 9º ANO 406 REFERÊNCIAS 408 SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 7 APRESENTAÇÃO GERAL É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperançado verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo. (Paulo Freire) A Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (SMECT), por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Pedagógico e do Centro de Formação e Avaliação Terezinha Costa Lima (CENFA), apresenta as Orientações Curriculares Prioritárias do Município de Caucaia (OCPMC). Este documento de orientações possui a finalidade de contribuir com o planejamento das atividades pedagógicas, contemplando as etapas Educação Infantil e Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Anos Finais) da Educação Básica da rede Municipal, considerando o ano de 2020 e 2021. As OCPMC surgem em um contexto de pandemia provocada pelo novo coronavírus, quando novas formas de ensino e de aprendizagem foram (re)pensadas para alcançar as diversas realidades de acesso à educação básica. As orientações não foram produzidas de forma aleatória, mas baseadas em documentos legais norteadores, sendo eles: I) Orientações Curriculares Prioritárias do Ceará, II) Proposta Curricular de Caucaia e III) Mapas Focais do Instituto REUNA. Além disso, foram levadas em consideração as necessidades de aprendizagem das crianças e dos estudantes em cada etapa para o desenvolvimento pleno das suas competências. Assim, almeja-se que a seleção de objetivos de aprendizagem e desenvolvimento (OAD) e de habilidades presentes na OCPMP, por períodos possibilite, ao docente a compreensão que não está sendo promovido um engessamento do currículo, mas uma reorganização que possibilite o mínimo a cada público, considerando os conhecimentos prévios da criança e do estudante, especialmente aqueles necessários à consolidação das aprendizagens ao ano posterior. Nessa perspectiva, o presente documento está estruturado em duas partes. A primeira contempla a Educação Infantil promovendo a visibilidade de ações que SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 8 garantam o desenvolvimento integral das crianças. Dessa forma, compreende-se que o delinear do planejamento se dá por intermédio de uma escuta atenta e de observações pautadas na criança e na forma afetiva de oportunizar e acolher seus encantamentos e descobertas. Esses aspectos preconizam os direitos de aprendizagem das crianças, dando-lhes oportunidade de serem protagonistas de suas experiências e aprendizagens. A partir disso, tem-se a apresentação dos OAD organizados para os três grupos: bebês (0 a 1 ano e 6 meses), crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) e crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses). Esses objetivos de aprendizagensestão articulados aos campos de experiências e aos direitos de aprendizagens (Conviver, participar, brincar, explorar, expressar e conhecer-se), que juntos potencializam e norteiam o cotidiano da infância com experiências ricas em significatividade, ludicidade e continuidade A segunda parte se refere à etapa do Ensino Fundamental e é dividida em subpartes: a primeira é dedicada às orientações dos componentes curriculares dos Anos Iniciais e a segunda dos Anos Finais. Essas orientações articulam habilidades prioritárias que direcionam o trabalho em rede e têm como premissas as aprendizagens essenciais que os estudantes precisam desenvolver em cada etapa da vida escolar, destacando o processo de continuidade e aprofundamento de competências que mobilizam o conhecimento e que são indispensáveis para a resolução de demandas complexas A SMECT pretende, com essa ação, promover às escolas do município um documento orientador que viabilize a elaboração de orientações metodológicas coerentes com o contexto, acessíveis às famílias, às crianças e aos estudantes na rotina das experiências e estudos, no acompanhamento e nas avaliações realizadas pelos professores. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 9 EDUCAÇÃO INFANTIL SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 10 Que a utopia esteja presente cotidianamente no nosso ato de pensar e de agir tornando a criança, sua beleza sua aprendizagem focos permanentes de alegria, de amor e de novas aprendizagens. (Marília Dourado) O presente documento, elaborado no contexto permeado pela pandemia da COVID-19, objetiva orientar as instituições de Educação Infantil acerca do trabalho pedagógico a ser desenvolvido com bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas, matriculadas na rede municipal de Caucaia. Toma-se como fundamento a importância de um currículo que fortaleça os vínculos com as famílias no intuito de promover e de ampliar o desenvolvimento e a aprendizagem dos meninos e meninas do nosso município. As OCPMC, por outro lado, estruturam-se também com vivências que contemplam práticas pedagógicas presenciais em um possível retorno às instituições. Este trabalho tem como premissa a garantia dos seis Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento, quais sejam: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Dessa feita, o trabalho pedagógico requer a articulação entre os cinco Campos de Experiências e o entrelaçamento dos Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento 1 . Nessa perspectiva, a Proposta Curricular de Caucaia deve ser ratificada como documento norteador das experiências na Educação Infantil, mantendo a correlação com a Base Nacional Comum Curricular, Documento Curricular Referencial do Ceará e ainda sob a égide das Orientações Curriculares Prioritárias do Ceará (OCPC). Considerando as crianças como sujeitos de direitos e compreendendo a pluralidade cultural no município de Caucaia, ou seja, a existência de educação indígena, quilombola e do campo, e tomando por base as múltiplas infâncias, sugerimos o trabalho baseado 1 Para a faixa etária dos bebês, a BNCC e a Proposta Curricular de Caucaia apresenta 29 Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento(OAD). Enquanto, para as crianças bem pequenas e crianças pequenas contemplam o quantitativo de 32 OAD. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 11 em Temáticas de Alinhamento para os períodos letivos previstos no ano de 2021. Nesse sentido, a cada período estabelecido os professores e as professoras devem elencar os Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento a serem utilizados, conforme a investigação pedagógica das crianças, contemplando as necessidades delas. Cada temática de alinhamento pode e deve ser utilizada em conexão com as demais, não invalidando ou restringindo-se a um contexto de trabalho único. Fazendo uma analogia aos Campos de Experiências e aos Direitos de Aprendizagem, as temáticas de alinhamento também sempre estão interligadas. Por exemplo, ao trabalhar com a temática 3, não invalida o debate das demais e assim, sucessivamente. O fio condutor desse processo será sempre a aprendizagem significativa de bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas. A seguir apresentamos o agrupamento das respectivas temáticas. Temáticas de Alinhamento Família e escola: vinculação necessária para a aprendizagem e desenvolvimento de bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas. Narrativas do cotidiano pedagógico na construção da documentação pedagógica A criança protagonista e as múltiplas linguagens As interações e a brincadeira: eixos estruturantes para uma educação de qualidade. O brincar livre dos bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas O brincar e jogos heurísticos: aprendizagem por meio da exploração e interação. Os educadores(as), percebendo a importância da garantia dos direitos às crianças e enfatizando a Educação em Valores Humanos: Paz, Verdade, Amor, Retidão e Não-violência, selecionarão cada Objetivo de Aprendizagem e Desenvolvimento contemplando as múltiplas linguagens da infância em seu pensamento pedagógico. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 12 Em suma, este documento apresenta as possibilidades de trabalho pedagógico com as famílias e as crianças das instituições de Educação Infantil públicas do município de Caucaia. Desse modo, busca-se a organização das ações pautadas em uma visão de criança potente, que é protagonista e produtora de conhecimento, bem como cocriadora de seu percurso de aprendizagem. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 13 Família e escola: vinculação necessária para a aprendizagem e desenvolvimento de bebês, crianças bem pequenas e pequenas “Família e escola se complementam. Na parceria responsável, cada parte entende a dificuldade da outra e coloca-se sensatamente a serviço do somatório de energias positivas na busca do equilíbrio de ações convergentes em prol da educação e formação das crianças.” (Roberto Gameiro) Ao longo da civilização, a família é vista como base e suporte para o desenvolvimento do ser humano. Apesar de ser dirigida, nesse tempo, em regime patriarcal, onde o pai era a figura principal e decidida por todos, a família sempre era considerada instituição fundamental, e quem tinha uma família estruturada era melhor visto pela sociedade. Na idade moderna, entre os séculos XVI à XVII, esse cenário ganha novas formas, começa a surgir algumas mudanças referente a infância, a criança ganha espaço na família e passa a ser vista como alguém que precisa de cuidados e que tem vida totalmente diferenciada dos adultos. As famílias começam a se organizar e a criança torna-se o centro de atenção dentro deste novo espaço, e os cuidados com a criança se tornam maiores. Com esse novo formato de família, surgem alguns problemas, as crianças adquirem características fora dos padrões de educação, com isso, surgiu proposta de educá-las e a moralizá-las fora da família. Nos dias de hoje, a família enquanto instituição de ensino, não perdeu seu valor, porém, assumiu várias estruturas, sendo estas de laços sanguíneos ou não e com os mais diversos atores. A família assumiu uma nova estrutura e é constituída por qualquer grupo de pessoas que se unem e vão viver juntos e que tem afinidades entre si. E se houver criança neste grupo, deve haver amor, afeto e acima de tudo seus direitos SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 14 devem ser respeitados. Nesse sentido, Pires (2009) afirma. Filhos adotivos, gerados por inseminação artificial ou criados por casaishomossexuais não modificam o principal objetivo da família: ser um espaço que proporciona a convivência, o amor e a segurança entre seus integrantes. (PIRES, 2009, p.14). Independente da estrutura familiar, o que importa é saber qual o será o papel dessa instituição no desenvolvimento humano de nossas crianças e quais serão as vivências e experiências vividas no cotidiano familiar que proporcionem um desenvolvimento saudável e integral dos pequeninos. Com experiências positivas, as crianças ao adentrarem no cotidiano escolar, se mostrariam mais autônomas e confiantes para enfrentar os mais novos desafios. A família que se constitui permeada de carinho, amor, afeto, e a criança é livre para descobrir, expressar-se, brincar etc., colabora de forma efetiva no processo de adaptação escolar. Essa parceria entre família e escola é imprescindível para o processo de aprendizagem dos bebês, das crianças bem pequenas e pequenas. A escola, por sua vez, precisa desenvolver ações de acolhimento para os pais e responsáveis proporcionando um ambiente acolhedor, oferecendo assim, diálogo, empatia, amor, momentos de interação entre todos os atores. Esse processo tem como objetivo estreitar cada vez mais os vínculos entre ambos. Nessa perspectiva, Tiba (1996) ressalta: O ambiente escolar dever ser de uma instituição que complete o ambiente familiar do educando, os quais devem ser agradáveis e geradores de afeto. Os pais e a escola devem ter princípios muito próximos para o benefício do filho/aluno. (TIBA, 1996, p.140) A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como, a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir. Ressalta-se que, mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir as crianças e a um futuro melhor. O ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 15 simultânea, propiciando aos bebês, crianças bem pequenas e pequenas uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade. A instituição visa complementar o ambiente familiar, uma vez que os primeiros incentivos devem surgir na família em parceria com a escola, arrematando com práticas pedagógicas significativas na construção e valorização da identidade da criança. Sendo oportunizadas vivências nas quais os valores humanos sejam despertados nesse infante em sua formação humana. Esta parceria entre família e escola vai depender da relação e da proposta da escola para inserir no contexto de cada família no ambiente escolar. A escola não deveria assumir o lugar dos pais, considerando que aquela instituição fica pouco tempo com a criança, porém, o faz porque alguns pais têm o discurso pronto de que trabalham e não sobra tempo para educá-los. Chalita (2001, p. 17 e 18) diz: Por melhor que seja essa escola, por mais bem preparados que estejam seus professores, nunca a escola vai suprir a carência deixada por uma família ausente. Pai, mãe, avó ou avô, tios, quem quer que tenha a responsabilidade pela educação da criança deve participar efetivamente sob pena de a escola não conseguir atingir seu objetivo. Conclui-se que a participação da família é de suma importância no processo de ensino aprendizagem. A família é e sempre será a base de todos os avanços e a concretude da vida em sociedade. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 16 Narrativas do cotidiano pedagógico na construção da documentação pedagógica. “Se não aprendermos a escutar as crianças, será difícil aprender a arte de estar e conversar com elas (de conversar em um sentido físico, formal, ético e simbólico).” (Alfredo Hoyelos) A arte de narrar o cotidiano perpassa pelo silêncio da observação na construção do olhar atento e da escuta sensível. O processo de documentação pedagógica nasce da necessidade de compreender as poéticas da infância, suas narrativas e formas de vislumbrar o mundo. Muito mais que um acervo burocrático, ela é a composição de memórias afetivas que permite o professor autoavaliar a sua prática e promover ações de continuidade e significatividade nas experiências com meninos e meninas. A prática da documentação pedagógica é reconhecida como condição indispensável para garantir a construção de uma memória educativa, de evidenciar o modo como às crianças constroem conhecimento, de fortalecer uma identidade própria da educação das crianças e da construção da qualidade dos contextos educativos. (FOCHI, 2016, p. 217). Dessa feita, documentar permite narrar, escutar e interpretar os percursos de desenvolvimento e aprendizagem das crianças, bem como subsidiar a visualização das contribuições desempenhadas pelo professor na construção de uma pedagogia holística. Proença (2018) nos permite uma reflexão sensível sobre os pilares que constituem a documentação pedagógica, são eles: a observação, os registros, a reflexão e avaliação. Percebemos a relevância da observação contínua do professor no ato de acolher os direitos das crianças transformando registros observados em intencionalidade pedagógica na perspectiva de uma reflexão acerca do fazer docente sob o olhar das crianças. A documentação pedagógica vem para desconstruir a prática da pedagogia SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 17 transmissiva, pois permite a autoavaliação da prática diante da imersão diária nos enredos que as crianças criam e recriam. O protagonismo da infância é contemplado quando entendemos a magnitude de interpretar os olhares, as escolhas e as singularidades de meninos e meninas. Pontes (2020) destaca três premissas que tecem a arte de documentar, são elas: Estéticas: na forma de valorizar a criança, sua cultura e suas construções; Poéticas: considerar os argumentos de definição e argumentação na forma da criança explicar o mundo; Visuais: os registros que falam por si, que documentam as narrativas. (PONTES, 2020, p. 72). Essas ideias auxiliam nosso pensamento na construção dessas narrativas, pois nos permitem uma reflexão fundamentada na garantia do bem-estar emocional das crianças, nas quais são estruturadas pela valorização integral e afetiva do professor para com elas. Diante disso, também ressaltamos as práticas pedagógicas pautadas nos valores humanos que são indissociáveis no percurso de acolhimento e pertencimento. As técnicas que utilizamos junto aos valores universais2 são: Amor/Canto em grupo – Paz/Harmonização – Verdade/Citações e provérbios - Não violência/Vivências em grupo - Retidão/Contação de histórias. Dessa forma, os registros também precisam contemplar essas interações socioafetivas que as crianças estabelecem com seus pares no contexto das aprendizagens e do desenvolvimento. Por fim, destacamos que as ações de registrar e refletir precisam ser vivenciadas com muita responsabilidade cotidianamente para que consigamos metamorfosear a prática transmissiva e adultocêntrica em uma prática que respeite e garanta os direitos das crianças. A documentação ao longo do tempo é um recurso de questionamentos para monitorar e avaliar a aprendizagem em decorrência da complexidade das 2 O Instituto Sathya Sai de Educação do Brasil estabelece os valores: Amor, paz, verdade, não violência e retidão como valores universais. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 18 identidades das crianças, bem como rever os múltiplos horizontes trilhados pelo professor em busca da excelência.SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 19 A criança protagonista e as múltiplas linguagens Ser criança “Ser criança é dureza- Todo mundo manda em mim -Se pergunto o motivo, Me respondem “porque sim”. Isso é falta de respeito, “Porque sim” não é resposta, Atitude autoritária Coisa que ninguém gosta! Adulto deve explicar Pra criança compreender Esses “podes” e “não podes”, Pra aceitar sem se ofender! Criança exige carinho, E sim! Consideração! Criança é gente, é pessoa, Não bicho de estimação!” (Tatiana Belinky) As discussões e reflexões acerca do conceito de criança vêm evoluído muito nas últimas décadas, ganhando grande notoriedade com a construção de várias políticas públicas educacionais, voltados para a Primeira Infância. Cada vez mais, observamos e reconhecemos o protagonismo da criança em suas nuances, potencialidades, autonomia e co-construtora de conhecimento, e (re)produzindo cultura em uma sociedade. Nesse sentido, a legislação educacional vem consolidando esse protagonismo infantil, ao elaborar as primeiras leis brasileiras que viessem a garantir o direito à educação e a manifestação do pensamento da criança. Colaborando com essa ideia, destacamos dentre os principais documentos legais as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, que conceitua a criança como: Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura. (BRASIL, 2009). SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 20 Outro documento normativo, que objetiva a consolidar e estabelecer os direitos de aprendizagem (conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se) foi a Base Nacional Comum Curricular, que assegura que as instituições de Educação Infantil realizem um trabalho na qual o ser pueril possa: Expressar-se como sujeito criativo e sensível, com diferentes linguagens, sensações corporais, necessidades, opiniões, sentimentos e desejos, pedidos de ajuda, narrativas, registros de conhecimentos elaborados a partir de diferentes experiências, envolvendo tanto a produção de linguagens quanto a fruição das artes em todas as suas manifestações. (BRASIL, 2016, p.62). Diante do exposto, é imprescindível que esses direitos de aprendizagem sejam respeitados e oportunizados por meio dos campos de experiências. Cabe ao professor(a), considerar a criança como centro do processo educativo, planejando e elaborando experiências desafiadoras e instigantes, de modo a desenvolver e ampliar suas potencialidades e relações consigo e com o outro. Essa convivência em grupo permite o despertar e o cultivo dos valores humanos (Amor, Paz, Verdade, Retidão e Não Violência) promovendo o respeito mútuo às diferenças e diversidades culturais. Portanto, quando o docente compreende essas concepções, constrói seu planejamento centrado na criança e baseado em sua escuta de forma atenta e sensível, buscando atender aos seus interesses e necessidades em diferentes contextos investigativos, por meio das múltiplas linguagens. Segundo os autores Edwards, Gandini e Forman (1999), a importância das múltiplas linguagens para o desenvolvimento infantil acontece da seguinte maneira: As crianças pequenas são encorajadas a explorar seu ambiente e a expressar a si mesmas através de todas as suas “linguagens” naturais ou modos de expressão, incluindo palavras, movimentos, desenhos, pinturas, montagens, escultura teatro de sombras, colagens, dramatizações e música. (EDWARDS; GANDINI; FORMAN, 1999, p. 21). Nesse contexto, ressaltamos as reflexões que Loris Malaguzzi faz sobre a Pedagogia da Escuta, que nos convidam a reorganizar o mundo e experimentá-lo em SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 21 outras visões e versões, que vão além das linguagens verbais ou escritas. Ou seja, uma linguagem de comunicação e expressão própria da criança, que possibilite ser ouvida de forma atenta, sensível e significativa em que esse diálogo aconteça da criança para o adulto em que sejam reconhecidas suas “cem linguagens”. Portanto, compreender o protagonismo infantil no seu processo de aprendizagem por meio das múltiplas linguagens, consiste no desenvolvimento de sua identidade, dando visibilidade e voz às crianças que se utilizam de diferentes formas, para se relacionar, expressar e vivenciar o mundo ao seu redor. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 22 As interações e a brincadeira: eixos estruturantes para uma educação de qualidade. “Brincar como uma criança, eis o mistério da felicidade.” Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os eixos estruturantes das práticas pedagógicas da Educação Infantil são as interações e a brincadeira. A BNCC corrobora com as DCNEI ratificando que é direito da criança. Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. (2017, p.38). Nesse sentido, o brincar deve ocorrer através de interações entre diferentes parceiros, em diferentes espaços, de diferentes formas. A criança tem o direito brincar e se desenvolver de forma saudável, portanto, é por intermédio das brincadeiras que a mesma desenvolve sua autonomia, cognição e assume papéis sociais. As DCNEIs (2009) também trazem em suas linhas a definição de criança, Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura. Desse modo, podemos perceber que a brincadeira e as interações são fundamentais para a criança e seu pleno desenvolvimento, pois amplia a capacidade corporal, a percepção do espaço e como explorá-lo, as coloca em situações desafiadoras que provocam o pensamento e as levam a alcançar suas potencialidades. A brincadeira é de grande valia para o desenvolvimento da criança e sua autonomia. Através desse momento brincante os bebês, as crianças bem pequenas e SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 23 pequenas passam a se comunicar e expressar suas experiências, além de estimular sua imaginação e experimentar o mundo e relações. Para Kishimito (2010, p.01): O brincar deve ser uma ação livre da criança, iniciada e conduzida por ela. Ação está que dá prazer, não exige como condição um produto final, envolve, relaxa, como também proporciona o desenvolvimento de habilidades, linguagens, ensina regras e insere a criança no mundo imaginário. O artigo 9º (DCNEI, 2009) estabelece que os eixos norteadores das práticas pedagógicas são as interações e a brincadeira, indicando que não se pode pensar no brincar sem as interações. Ao brincar, a criança interage com seus pares, busca parceria e se expressa de diversas formas. As interações e as brincadeiras acontecem de maneira proativa, brincar e interagir são linguagens naturais da infância. Para Vygotsky (1991), o ser humano se constrói por meio da relação com o outro. Sendo assim, a mediação entre as crianças com seus pares, com adulto referência, com multipluralidade e a cultura, a criança vai se apropriando de novos conhecimentos. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 2009,p. 26), enfatizam que o professor deve incentivar “[...] a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social” [...]. Assim, nós professores, somos mediadores do conhecimento e precisamos proporcionar momentos e vivências que contribuam para o desenvolvimento e aprendizagem da criança. Ao interagir e ao brincar o infante estabelece regras constituídas por si e em grupo, colaborando na integração de valores como a paz, a não violência, o amor, a retidão e a verdade. Também passa a resolver conflitos e ao mesmo tempo desenvolve a capacidade de compreender pontos de vista diferentes, demonstrando assim, empatia e amorosidade. Salientamos, que todas as vivências destinadas às crianças precisam ser baseadas na Educação em Valores Humanos, é fundamental que os bebês, crianças bem SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 24 pequenas e pequenas tenham contato com valores em sua formação humana. Esses valores devem fazer parte das suas brincadeiras, das suas interações com o próximo Por fim, compreendemos que as interações e a brincadeira devem fazer parte do cotidiano infantil, tendo em vista que o desenvolvimento integral perpassa pelos fatores emocionais, afetivos, motores e cognitivos. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 25 O brincar livre nos bebês, crianças bem pequenas e pequenas. “Eu sou pequeno, me dizem, e eu fico muito zangado. Tenho de olhar todo mundo com o queixo levantado. Mas, se formiga falasse e me visse lá do chão, ia dizer, com certeza: - Minha nossa, que grandão! (Pedro Bandeira) As crianças de hoje, diferentes das crianças de ontem, geralmente não têm as possibilidades de brincadeiras livres em seu dia a dia. É oportuno que nós enquanto educadores que somos, possamos elencar possibilidades de experiências para as crianças expressarem-se. A criança constrói-se enquanto sujeito na interação com o outro. Quando bebê, ela tem seu adulto de referência na primeira relação existente. O bebê começa a descobrir o mundo na interação que ele faz com o meio. As possibilidades do brincar permitem que um simples pano, seja usado para começar a descobrir esse mundo. Que uma criança bem pequena transforme uma caixa de papelão em um carro ou em um castelo. Que a criança pequena questione, decida, crie regras e as sigam. Sabemos da importância da autonomia para os pequenos. E por que não costumamos permitir em suas brincadeiras? A criança descobre o mundo assim: brincando. Acredite no seu potencial e dê o devido tempo para ela. Para a criança, corpo, gestos e movimentos são uma forma vital de conhecimento do mundo e de si mesma, e a atuação sensível do professor em relação a esses elementos é condição básica para garantir os direitos e os objetivos de aprendizagem na unidade de Educação Infantil. (MEC, OLIVEIRA, 2018). O brincar livre permite que a criança descubra as potencialidades de seu corpo, e consequentemente suas possibilidades motoras. Ela vai desenvolvendo-as e ampliando-as. O professor(a) media sendo o observador desses momentos, com uma escuta sensível e um olhar apurado nas SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 26 descobertas. A criança precisa dessa liberdade motora, para experimentar, provar e descobrir suas potencialidades. Ela pede, cria, recusa ou aceita e soluciona problemas a partir de suas vivências. Pikler (2016) afirma que “Uma criança que consegue algo por sua própria iniciativa e por seus próprios meios adquire uma classe de conhecimentos superior àquela que recebe a solução pronta.” Precisamos oportunizar às crianças essas descobertas próprias, vivenciando o contexto com seus pares mediando, criando e refletindo quais materiais disponibilizar para que as crianças alcancem os objetivos e que possam evoluir em seus aspectos motores e cognitivos. Querer reprimir a “agitação” das crianças em nome de uma educação que se pretende ser racional, no silêncio, na imobilidade e no empobrecimento das experiências motoras espontâneas em relação ao objeto, ao espaço e ao outro, é uma heresia. É privar a criança de seu meio de desenvolvimento mais autêntico, é desvalorizar toda atividade criadora e toda busca pessoal espontânea (LAPIERRE e AUCOUTURIER, 2004, p. 52). As crianças têm direitos de aprendizagens que precisam ser assegurados. Um deles é o brincar. É necessário garantir que esses direitos aconteçam de forma efetiva nas experiências diárias de nossas crianças. Todos fazem parte do seu desenvolvimento. Em consequência dessas experiências elas asseguram a prática de valores humanos em seu dia a dia. Aprendem a respeitar os colegas e que nem sempre se ganha ou se perde. As nuances da vida em sociedade. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 27 O brincar e jogos heurísticos: aprendizagem por meio da exploração e interação “Quando uma criança brinca, joga e finge; está criando um outro mundo. Mais rico e mais belo e muito mais repleto de possibilidades e invenções do que o mundo onde, de fato vive.” (Marilena Chaui) O brincar heurístico foi desenvolvido por Elinor Goldschmied em parceria com alguns educadores. O termo heurístico vem do grego, da palavra eureca e significa descoberta. É um método diferenciado que tem como objetivo organizar as vivências destinadas às crianças por meio da utilização de objetos simples do dia a dia, que buscam expandir a criatividade e percepção da criança sobre o mundo. Não é uma prescrição, mas sim uma abordagem. FIGURA 1 - Criança em contato com brinquedo heurístico Não existe uma única possibilidade de mediar o brincar heurístico e um dos pontos positivos dessa abordagem é o estímulo dado, também, para a criatividade dos adultos, tornando assim, mais prazeroso o ato de educar as crianças. (GOLDSCHMIED; JACKSON, 2006). Para a brincadeira heurística ser realizada com qualidade, é necessário que se tenha uma variedade de objetos, pois quanto maior a variedade, maiores serão as possibilidades de exploração e aprendizagem. De acordo com Goldschmied e Jackson SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 28 (2006), os objetos sugeridos para o brincar heurístico se classificam em: a ser obtidos ou manufaturados (chaves velhas, rolos de papel higiênico, lãs, pedaços de madeiras, conchas, rolhas, etc.) e a ser comprados (prendedores de roupas, botões, tapetes de borracha, etc.). O jogo heurístico ajuda as crianças pequenas a desenvolverem sua autonomia e liberdade exploratória e investigativa. Nesse sentido, a exploração é espontânea e as descobertas das crianças são realizadas de um modo natural e independente. FIGURA 2 – Jogos Heurísticos Fonte: Grupo Amarelo (2016)3 Para Fochi et al. (2018), é necessário se pensar em um espaço que contemple as necessidades dos infantes. É imprescindível proporcionar movimentos livres, brincadeiras e interações, considerando que esse aspecto é de grande relevância para o desenvolvimento e aprendizagem. Horn (2017, p.17) enfatiza Nessa perspectiva, entende-se que o espaço não é simplesmente um cenário na educação infantil. Na verdade, ele revela concepções da infância, da criança, da educação, do ensino e da aprendizagem que se traduzem no modo como se organizam os móveis, os brinquedos e os materiais com os quais os 3 Disponível em: https://sites.google.com/site/grupoamarelo2016/brincar-heuristico. Acesso em: 17 jan.2021. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 29 pequenos interagem. Sua consciência, portanto, nunca é neutra, pois envolve um mundode relações que se explicitam e se entrelaçam. Nesse sentido, o tempo e o espaço precisam ser criados e pensados para que se tenha um melhor aproveitamento do brincar, e assim, possibilitar uma aprendizagem significativa. A brincadeira é considerada uma linguagem natural da criança e precisa estar presente no seu cotidiano. Através da ação do brincar o infante tem a possibilidade de se expressar livremente, interagir com outras crianças, adultos e o meio aprimorando e potencializando o desenvolvimento cognitivo e de imaginação. Para Machado (2003), o brincar é um importante canal para o aprendizado das crianças e processos cognitivos. Ao brincar, a criança pensa, cria, reflete e se organiza para aprender o que ela quer, precisa e necessita. O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI) enfatiza que: Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências” e essa experiência pode ser oferecida tanto pelos pais quanto pelas instituições de ensino, podendo ocorrer por meio de brincadeiras ou aprendizagens feitas por intervenção direta. (1998, p.27). Nessa perspectiva, a brincadeira é de grande importância para o desenvolvimento da capacidade de criar da criança, é necessário que haja uma diversidade nas experiências e essa ação pode ocorrer tanto pela mediação da família quanto pela mediação dos educadores. Precisamos significar a importância do brincar como uma atividade vital. É relevante que os professores tenham uma intencionalidade no seu trabalho pedagógico e que compreendam as finalidades e razões que alicerçam o brincar. Torna- se imprescindível o comprometimento dos educadores para mediar uma educação de qualidade, no cuidado da escolha dos objetos, deixando a criança livre para que ela explore tranquilamente o espaço e os objetos ali disponibilizados. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 30 Nesse processo, o adulto é mediador do conhecimento e não um ditador das experiências a serem vivenciadas. Nosso papel vai além dos muros, da Instituição de Educação Infantil, fazemos um trabalho colaborativo com as famílias e comunidade escolar, consequentemente, através de uma ação conjunta conseguimos chegar ao nosso real objetivo: a criança e seu desenvolvimento pleno. Tendo por certo que há necessidade de respeito aos seus direitos, potencializando as suas competências em participar e expressar-se enquanto indivíduo e sujeito protagonista na construção da sua aprendizagem é de suma importância que o trabalho pedagógico se realize a partir da escuta sensível. Ressaltamos ainda a importância da Educação em Valores Humanos nas vivências/experiências planejadas. Ela precisa estar presente em nosso cotidiano e não pode ser fragmentada das nossas práticas pedagógicas. Ambas se complementam e são ações indissociáveis para o educar e cuidar. Portanto, precisamos perceber a criança como um ser pleno, considerando o total interesse por seu aprimoramento motor, emocional, social, cognitivo, espiritual e etc. E como afirma o art. 29 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, 1996), a Educação Infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança. 31 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO 32 CAMPO DE EXPERIÊNCIA 1 – “O EU, O OUTRO E NÓS” O EU, O OUTRO E O NÓS - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO - OCPMC BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES) CRIANÇAS BEM PEQUENA 1 ANO E 7 MESES) CRIANÇAS PEQUENAS (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos. (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos. (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir. (EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa. (EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios. EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações. (EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos. (EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos. (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação. (EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras. (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender. (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos. (EI01EO05) Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene, brincadeira e descanso. (EI02EO05) Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas diferenças. (EI03EO05) Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros (crianças e adultos) com os quais convive. (EI01EO06) Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social. EI02EO06) Respeitar regras básicas de convívio social nas interações e brincadeiras. (EI03EO06) Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida. (EI02EO07) Resolver conflitos nas interações e brincadeiras, com a orientação de um adulto. (EI03EO07) Usar estratégias pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos nas interações com crianças e adultos. 33 CAMPO DE EXPERIÊNCIA 2 – “CORPO, GESTOS E MOVIMENTO” CORPO, GESTOS E MOVIMENTO - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO - OCPMC BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES) CRIANÇAS BEM PEQUENAS CRIANÇAS PEQUENAS (EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos. (EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras. (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música. (EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes. (EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas. (EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades. (EI01CG03) Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais. (EI02CG03) Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar), combinando movimentos e seguindo orientações. (EI03CG03) Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, teatro e música. (EI01CG04) Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar. (EI02CG04) Demonstrar progressiva independência no cuidado do seu corpo. (EI03CG04) Adotar hábitos de autocuidado relacionados a higiene, alimentação, conforto e aparência. (EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos. (EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros. (EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas.34 CAMPO DE EXPERIÊNCIA 3 – “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS” TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS- OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO - OCPMC BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES) CRIANÇAS BEM PEQUENAS CRIANÇAS PEQUENAS (EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente. (EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música. (EI03TS01) Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais, festas. (EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas. (EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais. (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais (EI01TS03) Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias. (EI02TS03) Utilizar diferentes fontes sonoras disponíveis no ambiente em brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias. (EI03TS03) Reconhecer as qualidades do som (intensidade, duração, altura e timbre), utilizando-as em suas produções sonoras e ao ouvir músicas e sons. 35 CAMPO DE EXPERIÊNCIA 4 - “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO” ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO - OCPMC BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES) CRIANÇAS BEM PEQUENAS CRIANÇAS PEQUENAS (EI01EF01) Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem convive. (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões. (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão. (EI01EF02) Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresentação de músicas. (EI02EF02) Identificar e criar diferentes sons e reconhecer rimas e aliterações em cantigas de roda e textos poéticos. (EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos. (EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor (modo de segurar o portador e de virar as páginas). (EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações, e acompanhando, com orientação do adulto-leitor, a direção da leitura (de cima para baixo, da esquerda para a direita). (EI03EF03) Escolher e folhear livros, procurando orientar-se por temas e ilustrações e tentando identificar palavras conhecidas. (EI01EF04) Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor. (EI02EF04) Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada, identificando cenários, personagens e principais acontecimentos. (EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história. (EI01EF05) Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar. (EI02EF05) Relatar experiências e fatos acontecidos, histórias ouvidas, filmes ou peças teatrais assistidos etc. (EI03EF05) Recontar histórias ouvidas para produção de reconto escrito, tendo o professor como escriba. 36 (EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão. (EI02EF06) Criar e contar histórias oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos. (EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa. (EI01EF07) Conhecer e manipular materiais impressos e audiovisuais em diferentes portadores (livro, revista, gibi, jornal, cartaz, CD, tablet etc.). (EI02EF07) Manusear diferentes portadores textuais, demonstrando reconhecer seus usos sociais. (EI03EF07) Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e/ou de leitura. (EI01EF08) Participar de situações de escuta de textos em diferentes gêneros textuais (poemas, fábulas, contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc.). (EI02EF08) Manipular textos e participar de situações de escuta para ampliar seu contato com diferentes gêneros textuais (parlendas, histórias de aventura, tirinhas, cartazes de sala, cardápios, notícias etc.). (EI03EF08) Selecionar livros e textos de gêneros conhecidos para a leitura de um adulto e/ou para sua própria leitura (partindo de seu repertório sobre esses textos, como a recuperação pela memória, pela leitura das ilustrações etc.). (EI01EF09) Conhecer e manipular diferentes instrumentos e suportes de escrita. (EI02EF09) Manusear diferentes instrumentos e suportes de escrita para desenhar, traçar letras e outros sinais gráficos. (EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de palavras e textos, por meio de escrita espontânea. 37 CAMPO DE EXPERIÊNCIA 5 – “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES” ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES E DESENVOLVIMENTO - OCPMC BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES) CRIANÇAS BEM PEQUENAS CRIANÇAS PEQUENAS (EI01ET01) Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura). (EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos (textura, massa, tamanho). (EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades. (EI01ET02) Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc.) na interação com o mundo físico. (EI02ET02) Observar, relatar e descrever incidentes do cotidiano e fenômenos naturais (luz solar, vento, chuva etc.). (EI03ET02) Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais. (EI01ET03) Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas. (EI02ET03) Compartilhar, com outras crianças, situações de cuidado de plantas e animais nos espaços da instituição e fora dela. (EI03ET03) Identificar e selecionar fontes de informações, para responder a questões sobre a natureza, seus fenômenos, sua conservação. (EI01ET04) Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de deslocamentos de si e dos objetos. (EI02ET04) Identificar relações espaciais (dentro e fora, em cima, embaixo, acima, abaixo, entre e do lado) e temporais (antes, durante e depois). (EI03ET04) Registrar observações, manipulações e medidas, usando múltiplas linguagens (desenho, registro por números ou escrita espontânea), em diferentes suportes. (EI01ET05) Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles. (EI02ET05) Classificar objetos, considerando determinado atributo (tamanho, peso, cor, forma etc.). (EI03ET05) Classificar objetos e figuras de acordo com suas semelhanças e diferenças. (EI01ET06) Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças, balanços, escorregadores etc.). (EI02ET06) Utilizar conceitos básicos de tempo (agora, antes, durante, depois, ontem, hoje, amanhã, lento, rápido, depressa, devagar). (EI03ET06) Relatar fatos importantes sobre seu nascimento e desenvolvimento, ahistória dos seus familiares e da sua comunidade. 38 (EI02ET07) Contar oralmente objetos, pessoas, livros etc., em contextos diversos. (EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência. (EI02ET08) Registrar com números a quantidade de crianças (meninas e meninos, presentes e ausentes) e a quantidade de objetos da mesma natureza (bonecas, bolas, livros etc.). (EI03ET08) Expressar medidas (peso, altura etc.), construindo gráficos básicos. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 39 ENSINO FUNDAMENTAL SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 40 Professora e professor, O isolamento social ocasionado pelos efeitos da pandemia exigiu uma reconfiguração do cenário educacional. Por um lado, o ensino remoto se apresenta como a principal estratégia para o desenvolvimento das competências e das habilidades previstas na Proposta Curricular de Caucaia. Por outro, o elevado número de habilidades a serem trabalhadas nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental pode ser um fator de dificuldade para o desenvolvimento de práticas pedagógicas significativas. Diante desse cenário, a Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (SMECT) apresenta as (OCPMC) para o Ensino Fundamental com o objetivo de orientar o seu trabalho docente durante o ano letivo de 2021. A seleção de habilidades prioritárias visa garantir aprendizagens mínimas a seus estudantes no intuito de reduzir desigualdades acentuadas pelo período de isolamento social. Isso, contudo, não limita o seu trabalho docente, que pode proporcionar práticas que desenvolvam outras habilidades não indicadas neste documento, desde que sejam analisadas as especificidades de cada ano e turma para qual você leciona. É importante levar em consideração também a complexidade dos conteúdos abordados com os estudantes observando as características de cada modalidade de ensino, como a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e as turmas de Correção de Fluxo, bem como a necessidade de adaptação e de contextualização das temáticas e dos conteúdos que atendam as especificidades da Educação do Campo, da Educação Especial, da Educação Indígena e da Educação Quilombola. Outro fator é preponderante para a organização do seu trabalho docente e para a atividade discente: a promoção da continuidade curricular entre os anos letivos de 2020 e 2021. Para o mês de fevereiro, indicam-se habilidades do ano anterior a serem SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 41 desenvolvidas e consolidadas junto aos estudantes4. Especificamente para o 1.º ano do Ensino Fundamental, indicam-se habilidades que possuem uma correlação com os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento previstos para as crianças do infantil V apontados nas Orientações Curriculares Prioritárias do Ceará (OCPC). A indicação de habilidades do ano e/ou da etapa anterior a serem desenvolvidas durante o mês de fevereiro também não restringe a possibilidade e, principalmente, a necessidade de retomadas durante o ano letivo de 2021. O elemento norteador das suas práticas sempre deve ser o desenvolvimento dos discentes. Vale destacar, no entanto, que a distribuição de habilidades por períodos proposta neste documento norteará as orientações a serem realizadas por parte da Diretoria de Desenvolvimento Pedagógico e pelo Centro de Formação e Avaliação. Acrescenta-se que a seleção de aprendizagens essenciais e habilidades prioritárias para cada ano e componente curricular se configura também como a matriz de avaliações em larga escala, como o SPAECE, e de avaliações internas ao nosso município a serem propostas durante o ano. Nesse sentido, o trabalho deve se fundamentar na tríade: (I) planejar; (II) revisar, desenvolver e consolidar; e, (III) avaliar. Essa tríade prima pela aprendizagem dos estudantes e pelo aproveitamento das experiências e atividades propostas. Para isso, parte-se do planejamento levando em consideração as possibilidades dos recursos disponíveis. Em seguida, busca-se o desenvolvimento das aprendizagens realizando as revisões necessárias para consolidação de habilidades. Por fim, realiza-se avaliação para reflexão sobre o trabalho desenvolvido e (re)planejamento. Em suma, apresenta-se este documento com a finalidade de nortear o seu trabalho docente durante o planejamento e replanejamento a partir da indicação das habilidades prioritárias a serem desenvolvidas em cada período por ano e componente curricular. Desse 4 Para os componentes curriculares: Arte, Educação Física, Ensino Religioso e Língua Inglesa - no 6º ano - não há indicação de habilidades de retomada do ano anterior. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 42 modo, busca-se reduzir as consequências causadas pela pandemia para os processos de ensino e de aprendizagem, bem como garantir o direito universal à educação a todas às crianças e jovens do nosso município. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 43 ANOS INICIAIS 44 LÍNGUA PORTUGUESA - ANOS INICIAIS 1º ANO LÍNGUA PORTUGUESA - ANOS INICIAIS FEVEREIRO ANO CAMPOS DE ATUAÇÃO PRÁTICAS DE LINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES CORRELAÇÃO COM A EI* 1º TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO Escrita (compartilhada e autônoma) Correspondência fonema- grafema (EF01LP02) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas. (EI03EF07) Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e/ou de leitura. Construção do sistema alfabético/ Convenções da escrita (EF01LP03) Observar escritas convencionais, comparando-as às suas produções escritas, percebendo semelhanças e diferenças. (EI03EF03) Escolher e folhear livros, procurando orientar-se por temas e ilustrações tentando identificar palavras conhecidas. Análise linguística/semiótica (Alfabetização) Construção do sistema alfabético e da ortografia (EF01LP08) Relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita. (EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos. 1º CAMPO ARTÍSTICO- LITERÁRIO Escrita (compartilhada e autônoma) Escrita autônoma e compartilhada (EF01LP25) Produzir, tendo o professor como escriba, recontagens de histórias lidas pelo professor, histórias imaginadas ou baseadas em livros de imagens, observando a forma de composição de textos narrativos (personagens, enredo, tempo e espaço). (EI03EF05) Recontar histórias ouvidas para produção de reconto escrito, tendo o professor como escriba. 45 1º PERÍODO ANO CAMPOS DE ATUAÇÃO PRÁTICAS DE LINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES 1º TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Protocolos de leitura (EF01LP01) Reconhecer que textos são lidos e escritos da esquerda para a direita e de cima para baixo da página. Decodificação/Fluência de leitura (EF12LP01) Ler palavras novas com precisão na decodificação, no caso de palavras de uso frequente, ler globalmente, por memorização. Compreensão em leitura (EF12LP04) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor ou já com certa autonomia, listas, agendas, calendários, avisos, convites,receitas, instruções de montagem (digitais ou impressos), dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade. Reconstrução das condições de produção e recepção de textos (EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam. Estratégia de leitura Estratégia de leitura (EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas. (EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos. 46 1º TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO (EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos. Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma) Planejamento de texto (EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma. Oralidade Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula (EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível. Escuta atenta (EF15LP10) Escutar com atenção, falas de professores e colegas formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário. Relato oral/Registro formal e informal (EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.). Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Compreensão em leitura (EF01LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, quadras, quadrinhas, parlendas, trava-línguas, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade. (EF12LP04) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor ou já com certa autonomia, listas, agendas, calendários, avisos, convites, receitas, instruções de montagem (digitais ou impressos), dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade. 47 1º CAMPO DA VIDA COTIDIANA Leitura de imagens em narrativas visuais (EF15LP14) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e interpretando recursos gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopeias). Escrita (compartilhada e autônoma) Escrita autônoma e compartilhada (EF01LP17) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, listas, agendas, calendários, avisos, convites, receitas, instruções de montagem e legendas para álbuns, fotos ou ilustrações (digitais ou impressos), dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/ finalidade do texto. (EF01LP18) Registrar, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, cantigas, quadras, quadrinhas, parlendas, trava-línguas, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. Escrita compartilhada (EF12LP05) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, (re)contagens de histórias, poemas e outros textos versificados (letras de canção, quadrinhas, cordel), poemas visuais, tiras e histórias em quadrinhos, dentre outros gêneros do campo artístico-literário. Oralidade Produção de texto oral (EF01LP19) Recitar parlendas, quadras, quadrinhas, trava-línguas, com entonação adequada e observando as rimas. (EF12LP06) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, recados, avisos, convites, receitas, instruções de montagem, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, que possam ser repassados oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. 48 CAMPO DA VIDA COTIDIANA Análise linguística/semiótica (Alfabetização) Forma de composição do texto (EF01LP20) Identificar e reproduzir, em listas, agendas, calendários, regras, avisos, convites, receitas, instruções de montagem e legendas para álbuns, fotos ou ilustrações (digitais ou impressos), a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros. (EF12LP07) Identificar e (re)produzir, em cantiga, quadras, quadrinhas, parlendas, trava-línguas e canções, rimas, aliterações, assonâncias, o ritmo de fala relacionado ao ritmo e à melodia das músicas e seus efeitos de sentido. 2º PERÍODO ANO CAMPOS DE ATUAÇÃO PRÁTICAS DE LINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES 1º TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO Escrita (compartilhada e autônoma) Correspondência fonema- grafema (EF01LP02) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas. Construção do sistema alfabético/ Convenções da escrita (EF01LP03) Observar escritas convencionais, comparando-as às suas produções escritas, percebendo semelhanças e diferenças. Construção do sistema alfabético/ Estabelecimento de relações anafóricas na referenciação e construção da coesão (EF12LP03) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento entre as palavras, escrita das palavras e pontuação. Análise linguística/semiótica (Alfabetização) Construção do sistema alfabético e da ortografia (EF01LP07) Identificar fonemas e sua representação por letras. Conhecimento do alfabeto do português do Brasil (EF01LP10) Nomear as letras do alfabeto e recitá-lo na ordem das letras. 49 1º Sinonímia e antonímia/Morfologia/ Pontuação (EF01LP15) Agrupar palavras pelo critério de aproximação de significado (sinonímia) e separar palavras pelo critério de oposição de significado (antonímia). Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Decodificação/Fluência de leitura (EF12LP01) Ler palavras novas com precisão na decodificação, no caso de palavras de uso frequente, ler globalmente, por memorização. Formação de leitor (EF12LP02) Buscar, selecionar e ler, com a mediação do professor (leitura compartilhada), textos que circulam em meios impressos ou digitais, de acordo com as necessidades e interesses. Reconstrução das condições de produção e recepção de textos (EF15LP01) Identificara função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam. Estratégia de leitura (EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios. Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Estratégia de leitura (EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos. Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma) Revisão de textos (EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação. Oralidade Características da conversação espontânea (EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor. 50 1º CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA Escrita (compartilhada e autônoma) Produção de textos (EF01LP22) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, diagramas, entrevistas, curiosidades, dentre outros gêneros do campo investigativo, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. Oralidade Planejamento de texto oral Exposição oral (EF01LP23) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, entrevistas, curiosidades, dentre outros gêneros do campo investigativo, que possam ser repassados oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. Análise linguística/semiótica (Alfabetização) Forma de composição dos textos/Adequação do texto às normas de escrita (EF01LP24) Identificar e reproduzir, em enunciados de tarefas escolares, diagramas, entrevistas, curiosidades, digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais. Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Compreensão em leitura (EF12LP17) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, enunciados de tarefas escolares, diagramas, curiosidades, pequenos relatos de experimentos, entrevistas, verbetes de enciclopédia infantil, entre outros gêneros do campo investigativo, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. 3º PERÍODO ANO CAMPOS DE ATUAÇÃO PRÁTICAS DE LINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES 1º TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO Escrita (compartilhada e autônoma) Correspondência fonema- grafema (EF01LP02) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas. Construção do sistema alfabético/ Convenções da escrita (EF01LP03) Observar escritas convencionais, comparando-as às suas produções escritas, percebendo semelhanças e diferenças. 51 1º TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO Construção do sistema alfabético/ Estabelecimento de relações anafóricas na referenciação e construção da coesão (EF12LP03) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento entre as palavras, escrita das palavras e pontuação. Análise linguística/semiótica (Alfabetização) Análise linguística/semiótica (Alfabetização) Construção do sistema alfabético (EF01LP05) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos sons da fala. Construção do sistema alfabético da ortografia (EF01LP07) Identificar fonemas e sua representação por letras. (EF01LP08) Relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita. Conhecimento do alfabeto do português do Brasil (EF01LP10) Nomear as letras do alfabeto e recitá-lo na ordem das letras. Conhecimento das diversas grafias do alfabeto/ Acentuação (EF01LP11) Conhecer, diferenciar e relacionar letras em formato imprensa e cursiva, maiúsculas e minúsculas. Segmentação de palavras/Classificação de palavras por número de sílabas (EF01LP12) Reconhecer a separação das palavras, na escrita, por espaços em branco. Sinonímia e antonímia/Morfologia/ Pontuação (EF01LP15) Agrupar palavras pelo critério de aproximação de significado (sinonímia) e separar palavras pelo critério de oposição de significado (antonímia). 52 1º TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Decodificação/ Fluência de leitura (EF12LP01) Ler palavras novas com precisão na decodificação, no caso de palavras de uso frequente, ler globalmente, por memorização. Formação de leitor (EF12LP02) Buscar, selecionar e ler, com a mediação do professor (leitura compartilhada), textos que circulam em meios impressos ou digitais, de acordo com as necessidades e interesses. Reconstrução das condições de produção e recepção de textos (EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam. Estratégia de leitura (EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos. Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma) Revisão de textos (EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação. Edição de textos (EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital. Oralidade Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula (EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado. Escuta atenta (EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário. 53 1º TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO Características da conversação espontânea (EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor. Relato oral/Registro formal e informal (EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.). CAMPO ARTÍSTICO- LITERÁRIO Escrita (compartilhada e autônoma) Escrita autônoma e compartilhada (EF01LP25) Produzir, tendo o professor como escriba, recontagens de histórias lidas pelo professor, histórias imaginadas ou baseadas em livros de imagens, observando a forma de composição de textos narrativos (personagens, enredo, tempo e espaço). Análise linguística/semiótica (Alfabetização) Formas de composição de narrativas