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Caso Clínico Células parabasais e intemediárias: concentração de estrógeno baixa Vaginite Muitas vezes ela chega no consultório com um histórico que se confunde com o cio; Sinais Clínicos Corrimento sero-sanguíneo ou purulento: essa secreção tem um cheiro mais forte, seja mais purulento ou sero-sanguínea, e esse cheiro vai atrair os machos Edema da mucosa: vagina e vulvas edemaciadas Prurido com lambedura Alopecia perianal Atração de machos Acontece em fêmeas inteiras ou castradas Etiologia Acontece em fêmeas pré-púberes Juvenil X adulta Agentes primários: são de origem bacteriana, e geralmente são bactérias normais de canal vaginal, e por algum motivo como alteração de pH e crescimento crescem mais que o normal e acabam provocando um desequilíbrio e uma infecção Agentes secundários: neoplasias, corpo estranho, infecção urinária – pode-se desenvolver como consequência de agentes primários – é comum uma vaginite causar uma cistite ou uma cistite causar uma vaginite; Fatores predisponentes Fêmeas castradas: estrógeno é um hormônio que estimula vascularização e imuno-competência local, protegendo contra essas infecções vaginais. Progesterona provoca uma depressão, que imunodeprime o sistema, e até certo ponto é fisiológico, para evitar que o sistema imunológico combata o embrião. Fêmeas castradas não tem aumento dos níveis de estrógeno, e por essa ausência de estrógeno essas fêmeas acabam sendo ais predispostas a terem vaginite Fêmeas castradas pré-púbere possuem vulva e vagina infantil, uma atrofia do canal vaginal e a vulva, e tendem a ter vulva muito pequena, onde fica uma dobra de pele nessa vulva, o que predispõe à contaminação bacteriana. Período pós-cio (diestro): fase em que os níveis de progesterona estarão altos, por isso é uma fase de predisposição à vaginite Diagnostico Idade e histórico da fêmea, se ela é pré-púbere ou púbere pois vai mudar o tratamento Vaginoscopia Citologia vaginal: vai apresentar as células normais da vagina e apresentar grande número de neutrófilos, células degeneradas – a presença dos neutrófilos em grande quantidade determina a infecção Cultura e antibiograma: analisar qual bactéria esta crescendo, porém só é feita em vaginites recidivantes Biotecnologia e Reprodução Aula 17 - Afecções Reprodutivas em Cadelas e Gatas Tratamento – Juvenil: Expectativa: a vaginite é autolimitante, ela vai se curar quando essa femea entrar no cio quando aparecer a grande quantidade de hormônios, melhorando a imunidade local vaginal e combatendo a proliferação bacteriana exagerada; Antibiótico não é a primeira opção: na maioria das vezes a vaginite é causada por uma bactéria comum no canal. Ao dar antibiótico controla-se a quantidade de bactéria que cresceu porém influencia em outras bactérias qu estão lá, porém depois que para o tratamento a microbiota está desregulado e essas bactérias começam a crescer de maneira desordenada, e essa femea vai desenvolver vaginite denovo Cuidado com uso de antibiótico em filhotes que pode se toxico e atrapalhar seu desenvolvimento Aplicação de cremes ou soluções intra-vaginais Reposição de flora Higienização com sabão antisséptico 2x ao dia, secar bem e fazer um banho de assento com Flogo-rosa, que ajuda a controlar o pH, tem ação anti-inflamatória e reduz o prurido, e fazer esse tratamento por umas duas semanas Tratamento Adulto Definir a etiologia descobrir se não tem um tumor, uma cistite associada – fazer exame de urina Tratamento primeiramente é local: Lavagens com soluções intra-vaginais Meio acidificante ao pH vaginal Flogo-rosa Ácido ascórbico (Vit C), VO – que acidifica tanto a vagina quanto a urina Vitamina C: 500mg a 1g por dia por animal, e divide-se BID ou TID Antibioticoterapia Existem cirurgias para remoção das dobras perivulvares de tecidos, e apenas em situações específicas faz a antibiocoterapia, que usa local com pomada vaginal – só consegue colocar bastante pomada no canal em fêmeas de médio a grande porte, pois vulvas pequenas não tem como colocar o aplicador dentro, e deve-se associar com antibioticoterapia sistêmica. Células intermediárias: são células do diestro, que podem sofrer uma degeneração vacuolar, om formação de vacúolos. Quando essas células sofrem degeneração elas são chamadas de células espumosas, pois o citoplasma dessa célula forma vacúolos que lembram espumas. Maior parte das vaginites são formadas por E. coli. E usa-se quinolonas. Porém em filhotes, amoxicilina com clavulanato são bons – vai depender do resultado do antibiograma que deve ser feito. Caso Clínico Vagina – Hiperplasia e Prolapso Etiologia Alteração hormonal: estrógeno: algumas vezes a resposta do tecido ao estrógeno é tão grande que causa o prolapso Endógeno: cio e final de gestação: excesso de estrógeno no final da gestação junto com a pressão que o útero faz no abdômen podem causar a hiperplasia e o prolapso Exógeno Alteração anatômica: compressão abdominal Gestação Final Patológica É mais comum na cadela do que na gata Em vacas e ruminantes é mais comum hiperplasia e prolapso de vagina causados pelo aumento do útero e aumento de estrógeno Tumor em regiões hipogástricas como região intestinal que acaba fazendo uma pressão no canal vaginal pode levar à um prolapso Sinais Clínicos Exposição da mucosa vaginal em 3 graus variados: GRAU 1: moderada aversão do assoalho, sem protusão: tecido está hiperplasiada mas não se ve ele saindo pela vulva, sem exposição de mucosa vaginal pela vulva – ela terá aumento a região do períneo, e lábios vulvares estarão afastados GRAU 2: prolapso do assoalho cranial e paredes laterais – começa a ter hiperplasia do chão e lateral da vagina, com exposição de tecido pela rima vulvar – “bolinha” que fica pendurada pela vulva GRAU 3: prolapso de toda circunferência vaginal, com um lúmen – grau mais crítico, onde tem uma hiperplasia e um prolapso de toda circunferência, onde toda a vagina está hiperplasiada e vira do avesso, e é possível ver o lúmen vaginal Sinais Clínicos Exposição da mucosa: complicações: como a mucosa está exposta, ela facilmente será traumatizada Podem ter alterações de circulação sanguínea pois a vulva será como um garrote, traumatismo dessa mucosa, necrose de tecido, contaminação, processos de miíase Corrimento vaginal Obstrução da uretra Diagnostico Histórico (femea no cio ou foi aplicado algum hormônio) + sinais clínicos Citologia vaginal: vai mostrar células superficiais queratinizadas, características da ação do estrógeno Tratamento Depende do grau de prolapso e do estágio do ciclo estral: os casos mais comuns são em femeas jovens que acabaram de entrar no cio pois estrógeno aumentou no proestro – a tendência é que se ela teve hiperplasia e prolapso uma vez, ela pode ter novamente, porém com o envelhecer da femea ela não fica mais tão sensível ao estrógeno Em casos de grau 1, deve-se avaliar se tem exposição da mucosa, se consegue urinar bem, pois depois de alguns dias ao sair do proestro nível de estrógeno abaixa e vai involuir essa hiperplasia e edema Femea com 2 dias de proestro e tem hiperplasia grau 2/3: deve fazer uma lavagem e limpeza tópica, tentar reduzir esse prolapso, entrar com antiinflamatorios e analgésicos, entrar com diurético para diminuir o edema, tratamento tópico local com substancias que diminuem o edema para conseguir recolocar esse tecido Medicamentoso: interrupção do cio: entra-se com progestágenos que faz feedback negativo e vai interromper o cio Limpeza tópica Cirúrgico SEMPRE acompanhar se a femea estaconseguindo urinar Afecções Neoplásicas da Vagina Benignas Leiomioma: mais comum Fibropapiloma: pólipos vaginais Fibroma, fibroleiomioma, fibropapiloma Fazer diagnostico diferencial de vagina prolapsada raras Malignas: TVT: Tumor Venéreo Transmissível: existe uma possibilidade de metástase, e é a neoplasia mais comum – é transmissível, e pode passar células tumorais para mucosas ou epitélios que não estejam íntegros São passados pelo coito e acometem canal vaginal e pênis, porém pelo comportamento dos cães de se cheirarem, existem relatos de TVT em outros locais como nasal, ocular, mucosa gengival, cutâneo, entre outros É um tumor que não sore muita mutação Tratado com vincristina, com aplicação 1 vez por semana, não tem muitos efeitos colaterais – de 3 a 4 aplicações são suficientes para regressão do tumor Tumor que tem aspecto de couve-flor, friável e sangrante, com crescimento muito rápido Sinais Clínicos Vem como uma vaginite Corrimento vaginal sero-sanguíneo Aumento de volume localizado Disúria e tenesmo Lambedura Tratamento Neoplasias benignas são tratados com excisão cirúrgicas Malignos são tratados com quimioterapia, e caso não tenha sido removida completamente através de cirurgia Vincristina é tratada com quimioterapia – dose de 0,025 mg/kg, IV, 1 vez por semana, até 2 semanas após remissão tumoral (até 8 sessões) Como a vincristina causa neutropenia, deve-se fazer um controle semanal de leucócitos totais 1 a 2 dias depois da aplicação (neutrófilos devem estar acima de 2 mil) Tratamento com radioterapia é prescrito para alguns tumores porém é mais complicado pelo alto custo, animal deve estar anestesiado, e deve ter aparelho de radioterapia TVT não precisa de biopsia cm histopatológico, uma citologia é suficiente para fechar o diagnostico: células são grandes e redondas, núcleo bem grande com heterocromia, células com vacúolos, figuras de mitose (células se dividindo) Caso Clínico Útero Hidrometria/mucometria: acumulo seroso ou mucoso no útero Hemometra: acumulo de liquido sero- sanguinolento ou sanguinolento Endometrite Piometra: é a mais frequente das cadelas Metrite Alterações congênitas Gestação Hidrometra, mucometra ou hemometra não são infecções – são quadros não infecciosos. Quando a femea tem uma endometrite, piometra ou Metrite são casos infecciosos. A endometrite é uma infecção localizada ao endométrio, e a femea normalmente não tem alterações sistêmicas, tem a infecção apenas no endométrio. Já a piometra e a Metrite são infecções que levam à um quadro sistêmico, gerando leucocitose, vomito, diarreia, poliúria, polidipsia, alterações renais, entre outros. A diferença de piometra e Metrite é o momento em que a infecção acontece: a Metrite é uma infecção que acontece no pós-parto. A piometra é sempre uma infecção que acontece em uma fase de progesterona alta (diestro) – precisa ter um corpo lúteo Hidrometra/Mucometra Etiologia: Acúmulo de material estéril (seroso ou mucoso): quando tem uma característica mais mucosa é chamada de hidrometra, quando tem característica mais mucosa é chamada de mucometra Associada à ação progestacional: hidrometra e mucometra não são necessariamente um problema – progesterona age no endométrio nas glândulas endometriais agem na secreção das glândulas, então ao passar o US na fase de diestro, a maioria das cadelas haverá um grau de acumulo seroso ou mucoso, que pode ser totalmente normal Deve preocupar com hidrometra e mucometra quando o acumulo de líquido for muito intenso, como um útero 3 vezes maior para seu tamanho ou quando além do acumulo de liquido dentro do útero tem uma degeneração cística do endométrio; O endométrio das cadelas naturalmente passa por um processo de degeneração e conforme elas envelhecem ele envelhece junto. Nas cadelas é vista pois o endométrio das cadelas é muito estimulado durante a vida reprodutiva, durante 2 meses no período de diestro estimulando as glândulas endometriais, e depois dos anos endométrio degenera, e é vista na forma de cistos na parede do útero, e esse endométrio quando degenerado produz muito mais liquido, com uma hidromera e mucometra mais evidentes Nessa situação em que tem excesso de liquido dentro do útero associado à degeneração do endométrio é um quadro mais importante, que é uma das causas de maior predisposição para desenvolver uma piometra no futuro Diagnóstico Aumento dos cornos uterinos Palpação abdominal/US Ausência de quadro sistêmico: não haverá infecção Tratamento Medicamentoso (preventivo): ATB – se não for castrar a cadela, fazer uma antibioticoterapia (preventiva) enquanto a progesterona estiver alta para evitar que esse útero contamine – excesso de liquido seroso e mucoso vira uma fácil proliferação de crescimento bacteriana, junto à progesterona alta que causa baixa na imunidade local, e quando tem hiperplasia cística do endométrio, a degeneração do endométrio, o endométrio perde a capacidade de combater infecções Liquido no útero para facilitar a proliferação de bactérias Progesterona baixa que diminui imunidade local Endométrio degenerado que não consegue combater microrganismos que entrem lá dentro Hemometra Etiologia Acumulo de material sanguíneo estéril (pode estar na forma liquido ou de coágulos) associada à cistos ovarianos e distúrbios de coagulação Descrição do US: útero aumentado de tamanho com conteúdo liquido de alta celularidade, pois sangue tem celularidade mais alta, e pelo US alta celularidade não se sabe se é pus ou sangue, portanto o laudo de US vem escrito como uma possível hemometra/piometra. A hemometra terá uma maior ecogenicidade. Hemometra está bastante associada à cistos ovarianos – tem risco maior de contaminação e desenvolvimento e uma piometra Outro quadro que pode levar uma hemometra são distúrbios de coagulação: Tratamento OHE: ovariohisterectomia Suporte Piometra: Complexo Hiperplasia Endometrial Cística Etiologia Inflamação de todas as camadas do útero, com acúmulo de pus no lúmen uterino, acarretando doença sistêmica. Na grande maioria, antes de ter um quadro de piometra, o útero passou por um processo de degeneração, e quando uma bateria chega nele ele ão consegue combater a presença de bactérias levando à uma infecção generalizada, acometendo endométrio, miométrio e perimétrio, com acumulo de pus no lúmen uterino e sempre acarretando doenças sistêmicas, com sinais clínicos e comprometimento em maior ou menor grau.. Útero de fêmea saudável também pode desenvolver piometra – na maioria das vezes o útero saudável consegue combater a chegada de microrganismos. A situação complica quano ocorre uma hiperplasia cística do endométrio onde o endométrio se degenra, forma- se cistos, ele fia mais espesso e perde a capacidade de combater infecções. Essa degeneração do endométrio esta ligado com a ação da progesterona – quanto mais progesterona tem, mais o endométrio degenera – conforme as femeas envelhecem e passam por ciclos reprodutivos, terão maior exposição à progesterona,e à cada ciclo endométrio degenera um pouco. Em casos de fêmeas que foram dados contraceptivos à base de progesterona, pois a concentração de progesterona é tão alta e prolongada que provoca uma alteração e degeneração uterina muito intesna. Diestro Cadelas de meia idade: senis – piometra normalmente acontece em cadelas de meia idades ou mais velhas Sempre acontece no período de diestro. Fase de progesterona alta, imunidade local baixa, endométrio hiperestimulado Cadelas com ciclos irregulares e cistos ovarianos também altera a imunocompetência e estimula a degeneraçãodo endometrio Ocorre uma hiperplasia cística endometrial responsiva à progesterona, endométrio hiperplasia formando cistos e muco, causa uma mucometra, que serve como caldo de cultura para crescimento de bactérias, que normalmente vem pela via ascendente. Essa infecção se torna ampla acometendo todo o útero e começa a ter sinais sistêmicos de infecção na femea, com alterações sanguíneas e alterações renais Alterações Renais Patogenia: Rins acabam sendo alvo específico das bactérias e toxinas bacterianas da piometra: tanto as bactérias que caem na circulação e fazem bacteremia chegam nos rins e alteram o padrão renal, quanto as toxinas bacterianas que são tóxicas para os rins, e numa tentativa do organismo a responder à essa infecção, ocorre formação de imunocomplexos, anticorpo sérico da femea que se liga à uma bactéria, e esses imunocomplexos se depositam nos rins causando lesão glomerular Formação de Ac séricos contra Ag uterinos leva à lesão glomerular: lesão acontece seja pela bactéria diretamente, seja pelas toxinas bacterianas ou os imnucomplexos formados pela junção da bactéria com anticorpos Infecção ascendente do aparelho urinário Lesão renal direta pela ação das bactérias: causam insensibilidade dos túbulos ao ADH: o ADH para de funcionar nos rins, e com isso não tem mais absorção de água pelos túbulos, de maneira que as fêmeas terão uma isostenúria (urina muito diluída) e volume urinário grande (poliúria) como principais sinais Poliúria vai levar à uma desidratação, e a desidratação e poliúria geram estimulo para ter uma polidipsia, onde ela tem mais sede para tentar se manter normohidratado Haverá uma alteração da capacidade de filtração glomerular – função renal da femea haverá aumento dos valores e ureia e creatinina – uremia provocada leva alterações de estado geral como vômitos, prostação Diagnostico Idade Estro há 1 a 2 meses Letargia e depressão Inapetência Vomito Poliúria e polidipsia Hormônios Exame clínico Hipertermia/hipotermia: podem ter hipertermia pela infecção ou uma hipotermia causada por um choque endotóxico, sendo mais grave Descarga vaginal (cérvix aberta): piometra fechada evolui mais rapidamente pelo pus estar acumulado no abdômen, porém se a piometra estiver aberta deve-se preocupar – vai depender da patogenicidade da bactéria Distensão abdominal e uterina Aumento de sensibilidade abdominal Desidratação Diagnostico – Exames complementares Hemograma: leucocitose com desvio à esquerda, anemia FR/FH Imagem: volume, conteúdo e espessamento Diagnostico Diferencial Processos que levam à secreção vaginal: vaginite, neoplasia, cistite Aumento de volume abdominal: ascite, neoplasias abdominais, ascite – quando é uma piometra fechada ou quando a femea é castrada e teve piometra de coto, deve-se fazer um diferencial com esses quadros fazendo um US Síndrome poliúria/polidipsia: Cushing, diabetes, nefrite crônica Tratamento Cirúrgico: primeira opção de tratamento Entrar com antibiótico antes de entrar na cirurgia e fazer uma ovariohisterectomia (OHE). Antigamente utilizava-se a sigla OSH, salpinge se refere ao nome antigo da tuba uterina, porém a nomenclatura foi mudada – OHE. Medicamentoso: realiza-se quando o risco anestesio e cirúrgico é muito alto ou quando são fêmeas reprodutoras. O ideal é que essas fêmeas estejam em uma condição boa, e não em casos em que ela chega em choque endotoxêmico, e que essas fêmeas estejam com uma piometra aberta Utiliza-se medicamentos para ilatar a cérvix, contrair o útero para esvazia-lo e inibir o endométrio da produção de muco pelas glândulas. Essas medicações podem ser separadas ou associadas Inibidores de P4: Alizin (Aglepristone) – é um inibidor competitivo do receptor de progesterona – ele vai se ligar no receptor de progesterona e não vai deixar ela se ligar Prostaglandina: são boas no esvaziamento do útero porém causa muitos efeitos colaterais: femea terá muita dor diarreia, vomito – é necessário que essa femea fique internada Antibioticoterapia Suporte de hidratação e fluidoterapia se necessário Acompanhar o esvaziamento com US seriado e acompanhar o hemograma com função renal ao longo do tratamento Caso Clínico Células superficiais queratinizadas: estrógeno alto Ovários: Cistos Foliculares Folículo que por algum motivo ao teve estímulo correto para ovular e continuou crescendo se tornando uma estrutura cística Como os folículos da cadela são pequenas, se não está na fase folicular, uma estrutura de alguns milímetros pode ser identificado como cisto. Achar ovários nas cadelas é mais difícil, já que eles estão embaixo dos rins, fica dentro de uma bolsa de gordura Únicos ou múltiplos Uni ou bilateral Proestro ou estro, antes da ovulação: estruturas > 8 mm Estro, diestro ou anestro: estruturas de qualquer tamanho Patogenia Desconhecida (falhas na ovulação ou administração exógena de E2) Predisposição de cadelas idosas Sinais clínicos Cistos podem ou não ser produtores de hormônios: Irregularidade do ciclo estral Corrimento vaginal prolongado Alterações dermatológicas como alopecia simétrica e bilateral, porém sem prurido (apruriginosa), pele fica mais espessa e escurecida (hiperqueratose e hiperpigmentação), comedos (cravos) Alterações hematológicas: estrógeno em excesso é mielotóxico (tóxico para a medula óssea): e vai interferir e inibir nos processos de diferenciação celular causando anemia como cansaço Ninfomania Complicações HEC – piometra: é muito comum casos de piometra terem cistos ovarianos Depressão medular Diagnóstico Sinais clínicos Citologia: ação estrogênica – células presentes quando tem bastante estrógeno (células superficiais queratinizadas) US: difícil Dosagem de estrógeno sérico Diferencial com neoplasia ovariana, que também são produtoras de hormônios e terão quadros clínicos semelhantes Tratamento OHE eletiva: o ideal é que ela seja castrada se não há interesse reprodutivo Hormonal Indução da ovulação Neoplasias Ovarianas Tumores de células germinativas: neoplasias de oócitos que se torna neoplásico e começa a se multiplicar Tumores estromais: neoplasia das células da granulosa ou da teca Tumores epiteliais: células do epitélio de revestimento do ovário Dependendo da célula que se torna neoplásica, será uma neoplasia produtora de hormônio ou não, que fará total diferença na clinica. Tumores de células germinativas e tumores epiteliais não são produtores de hormônio, ou seja, esse tumor vai ser percebido quando esse tumor estiver tão grande que vai atrapalhar funcionamento de outros órgãos, e no exame de US será possível ver aumento de ovário com características neoplásicas. Essas fêmeas continuam ciclando regularmente pois não terão um desequilíbrio de eixo. Já os tumores estromais com produção de hormônio, fêmea chega com um quadro de alteração reprodutiva, com sinais de excesso de estrógeno, e assim a clínica será completamente diferente. Neoplasias ovarianas normalmente são malignas e sempre é indicada a OHE, a não ser que tenham interesse reprodutivo pode-se pesar em uma ovariectomia unilateral, porém existe a chance dela desenvolver a neoplasia no outro, e pode-se associar ou não protocolo de quimioterapia. Diagnostico Diferencial de Cisto e Neoplasia Ovariana Cistos são mais frequentes e comuns, enquanto a neoplasia ovariana o ovário cresce muito de tamanho, onde é possível ver no US, com aspecto grosseiro, alterado, com trabéculas cheias de líquido Diagnostico definitivo apenas ao mandar ovário para análise, porém o pré-diagnostico baseado no US é possívelver se trata-se de uma neoplasia ou um cisto Caso clínico Hiperplasia Mamária Felina Definição: doença específica das gatas, é condição não neoplásica. É uma hiperplasia patológica responsiva à ação da P4 que age nas células mamárias estimulando estroma, epitélio e ducto mamário, caracterizada por rápida hipertrofia e hiperplasia, ou proliferação do estroma ductal e do epitélio das glândulas mamárias Hiperplasia Fibroadenomatosa ou Fibroepitelial Incidência Afecção exclusiva dos felinos Gatas só terão aumento na concentração de progesterona se elas ovularem (ovulação dependente do coito) Normalmente são fêmeas que ovularam, tiveram CL e não ficaram gestante ou quando houve a aplicação de hormônios como anticontraceptivo de progesterona, onde ela não ficará prenhe Fêmeas não castradas 1 a 4 anos de idade 1 a 2 semanas pós cio, fêmeas em final de gestação ou começo de lactação ou tratadas como medicamentos progestágenos 20% das alterações mamárias Sinais Clínicos Nódulos mamários bem definidos, não encapsulados 2 a 5 cm de diâmetro – toda a cadeia mamária hiperplasiada Edema, ulceração, áreas de necrose e infecção bacteriana secundária Gata fica prostrada pois é dolorido Diagnostico Histórico + sinais clínicos Diferenciar de neoplasia mamária Local, tamanho e forma Numero de glândulas Trauma ou sinais de inflamação Aderência Linfoadenomegalia inguinal ou torácica Sinais de metástase US normal: a mama é o pedaço mais escuro, e que não é tão denso. Segunda imagem é uma gata no final da gestação onde o tecido é mais denso, tem mais volume e mais células. Na terceira imagem, está na primeira semana de lactação, mama esta maior e esta mais denso e hiperecogenica US de Hiperplasia: tecido fica muito denso Tratamento Remover o estimulo hormonal da progesterona: considerando uma progesterona vinda de CL Em quadros leves de hiperplasia, pode-se controlr a dor a femea, fazer tratamento suporte com anti- inflamatório e ir acompanhando Remissão espontânea após o parto ou lactação Expectativa + OHE: o acesso cirúrgico por causa dessa hiperplasia é dificultado, e além disso ao remover os níveis de progesterona vão despencar, e ao tirar ela rapidamente do organismo haverá um pico de prolactina. Portanto ao castrar gatas no diestro essas gatam entrem em lactação Medicamentos inibidores da progesterona: aglepistone, alizin – evitando que progesterona age na mama e ao mesmo tempo não haverá pico de prolactina. Tratamento eficaz com pouco efeito colateral, e depois é possível marcar a castração da femea Mastectomia Suporte: AINE, ATB Inibidores da lactação: Contralac/Seclac – Metercolina: entrar no pós-operatório para evitar pico de prolactina Hiperplasia mamária em machos Como macho não tem corpo lúteo, se ele tem hiperplasia ele tem aumento e progesterona patológico por aplicação ou por causa de um tumor em adrenal produtor de progesterona Gato macho persa, 5 kg – induziu uma hiperplasia em glândulas inguinais Única estratégia é aplicação de Alizin Neoplasias Mamárias Classificação Malignos: adenocarcinomas, adenossarcomas Benignos: fibroadenomas (tumores mistos) 1ª neoplasia mais frequente em cadelas Predisposição racial e sexual Cadelas: 50 a 80% malignos Gatas: 90% maligno A maior incidência ocorre em mamas abdominais e inguinais, e quanto mais torácico menor a incidência. Entre os tetos há tecido mamário, e é comum um nódulo surgir entre dois tetos. Não há comunicação de um lado para outro, mas há comunicação de vasos sanguíneos e linfáticos. Na hora de fazer cirurgia prioriza-se a retirada completa da cadeia. Quando tira um tumor principal, que regula o crescimento de tumores secundários, os outros crescem ainda mais, quando há metástases pulmonares de neoplasias mamárias. Ao fazer um raio X, ele pega lesão a partir de alguns milímetros, e caso não seja visto, na hora de tirar tumor principal. Cuidado ao fazer mastectomia total para não ter risco de não conseguir fechar – deve-se fechar de um lado, espera cicatrizar, e depois fecha o outro. Caso Clínico Pseudociese Manifesta Síndrome observada em cadelas não gestantes, 6 a 14 semanas após o estro, com sinais clínicos e mimetização dos comportamentos pré, peri e pós- parto. É uma afecção específica de cadelas: no meio do diestro para o inicio do anestro elas passam por um período de pseudociese, é fisiológico. Porém algumas fêmeas são mais sensíveis à variação hormonal que acontece do diestro para anestro, e nesses casos são chamadas de Pseudociese manifesta. Muito comum Não há predisposição racial Igual em nulíparas e pluríparas Investiag-se influencia nutricional ou ambiental Não há correlação com taxas de fertilidade Não há correlação com demais problemas reprodutivos: femea com pseudociese tem maior risco de mastite No meio do diestro para início de anestro a progesterona está baixando ao mesmo tempo que a prolactina está aumentado. Isso acontece em todas as fêmeas: algumas femeas aumenta a prolactina e fica normal, enquanto outras ficam sintomáticas. Aumento da Prolactina Começa a aumentar no final do diestro, mesmo depois da Luteólise. Esta envolvida com a produção e secreção láctea e comportamento materno Neuropeptídeo estimulada pela serotonina e inibida pela dopamina. Quanto mais serotonina mais estimula prolactina. Quanto mais dopamina tem menos estimula prolactina. Células lactotróficas/Adenohipófise Ação luteotrófica (a partir de 30 dias de gestação) Progressão da secreção láctea do ácino para o canal do teto Comportamento materno Estimulada pela serotonina Inibida pela dopamina Sinais Clínicos Comportamento pré, peri e pós-parto Confecção de ninho, adoção de objetos Agressividade e possessividade Ficam mais tranquilas Distensão mamária, secreção láctea Ganho de peso Anorexia, êmese, distensão e contração abdominal, polidipsia, polifagia, distensão mamária e secreção láctea, ganho de peso Diagnostico Excluir prenhez 1. US abdominal: > 26 dias do cio/acasalamento RX abdominal: > 54 dias do cio/acasalamento Tratamento Pseudociese é uma condição autolimitante: a prolactina que aumentou também vai diminuir – se não fizer nada, uma hora não vai ter sintomas Trata-se quando ela tem muito leite e muita alteração comportamental: deve-se evitar autoestimulação mamária – quanto mais ela se lambe mais libera ocitocina e prolactina Colocar colar elisabetano ou roupas cirúrgica Restrição hídrica: 5 a 7 noites – 8 horas de jejum hídrico sem agua, pois para produção de leite precisa de água Estimulo à atividade física Tranquilização com benzodiazepínicos, se necessário Fenotiazínicos > antagonistas de dopamina (evitar) OHE como prevenção, pois femea que faz pseudociese tende a ter outras vezes Tratamento medicamentoso Agonistas receptor da Serotonina Metergolina Ação dopaminérgica indireta Atravessa a barreira hemato-encefálica: age no sistema nervoso Fraco efeito antiprolactímio e meia-vida curta Ausência de feitos colaterais Tem uma boa resposta Dose: 0,1 mg/kg BID, 10 a 14 dias Chá de salsinha: dar esse chá no lugar da água, pois tem um poder de secar o leite importante
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