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Afecções Reprodutivas em Cadelas e Gatas

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Caso Clínico 
 
 Células parabasais e intemediárias: concentração de 
estrógeno baixa 
Vaginite 
Muitas vezes ela chega no consultório com um histórico 
que se confunde com o cio; 
Sinais Clínicos 
 Corrimento sero-sanguíneo ou purulento: essa 
secreção tem um cheiro mais forte, seja mais 
purulento ou sero-sanguínea, e esse cheiro vai 
atrair os machos 
 Edema da mucosa: vagina e vulvas edemaciadas 
 Prurido com lambedura 
 Alopecia perianal 
 Atração de machos 
 Acontece em fêmeas inteiras ou castradas 
Etiologia 
 Acontece em fêmeas pré-púberes Juvenil X 
adulta 
 Agentes primários: são de origem bacteriana, e 
geralmente são bactérias normais de canal vaginal, 
e por algum motivo como alteração de pH e 
crescimento crescem mais que o normal e 
acabam provocando um desequilíbrio e uma 
infecção 
 Agentes secundários: neoplasias, corpo estranho, 
infecção urinária – pode-se desenvolver como 
consequência de agentes primários – é comum 
 
 
 
 
 
 
uma vaginite causar uma cistite ou uma cistite causar 
uma vaginite; 
Fatores predisponentes 
 Fêmeas castradas: estrógeno é um hormônio que 
estimula vascularização e imuno-competência local, 
protegendo contra essas infecções vaginais. 
Progesterona provoca uma depressão, que 
imunodeprime o sistema, e até certo ponto é 
fisiológico, para evitar que o sistema imunológico 
combata o embrião. Fêmeas castradas não tem 
aumento dos níveis de estrógeno, e por essa 
ausência de estrógeno essas fêmeas acabam sendo 
ais predispostas a terem vaginite 
 Fêmeas castradas pré-púbere possuem vulva e 
vagina infantil, uma atrofia do canal vaginal e a vulva, 
e tendem a ter vulva muito pequena, onde fica 
uma dobra de pele nessa vulva, o que predispõe à 
contaminação bacteriana. 
 Período pós-cio (diestro): fase em que os níveis de 
progesterona estarão altos, por isso é uma fase de 
predisposição à vaginite 
Diagnostico 
 Idade e histórico da fêmea, se ela é pré-púbere 
ou púbere pois vai mudar o tratamento 
 Vaginoscopia 
 Citologia vaginal: vai apresentar as células 
normais da vagina e apresentar grande número 
de neutrófilos, células degeneradas – a 
presença dos neutrófilos em grande quantidade 
determina a infecção 
 Cultura e antibiograma: analisar qual bactéria 
esta crescendo, porém só é feita em vaginites 
recidivantes 
 
 
Biotecnologia e Reprodução 
 
Aula 17 - Afecções Reprodutivas em Cadelas e Gatas 
Tratamento – Juvenil: 
 Expectativa: a vaginite é autolimitante, ela vai se 
curar quando essa femea entrar no cio quando 
aparecer a grande quantidade de hormônios, 
melhorando a imunidade local vaginal e combatendo 
a proliferação bacteriana exagerada; 
 Antibiótico não é a primeira opção: na maioria das 
vezes a vaginite é causada por uma bactéria 
comum no canal. Ao dar antibiótico controla-se a 
quantidade de bactéria que cresceu porém 
influencia em outras bactérias qu estão lá, porém 
depois que para o tratamento a microbiota está 
desregulado e essas bactérias começam a crescer 
de maneira desordenada, e essa femea vai 
desenvolver vaginite denovo 
 Cuidado com uso de antibiótico em filhotes que 
pode se toxico e atrapalhar seu desenvolvimento 
 Aplicação de cremes ou soluções intra-vaginais 
 Reposição de flora 
 Higienização com sabão antisséptico 2x ao dia, 
secar bem e fazer um banho de assento com 
Flogo-rosa, que ajuda a controlar o pH, tem ação 
anti-inflamatória e reduz o prurido, e fazer esse 
tratamento por umas duas semanas 
Tratamento Adulto 
 Definir a etiologia descobrir se não tem um tumor, 
uma cistite associada – fazer exame de urina 
 Tratamento primeiramente é local: Lavagens com 
soluções intra-vaginais 
 Meio acidificante ao pH vaginal 
 Flogo-rosa 
 Ácido ascórbico (Vit C), VO – que acidifica 
tanto a vagina quanto a urina 
 Vitamina C: 500mg a 1g por dia por animal, e 
divide-se BID ou TID 
 Antibioticoterapia 
 Existem cirurgias para remoção das dobras 
perivulvares de tecidos, e apenas em situações 
específicas faz a antibiocoterapia, que usa local com 
pomada vaginal – só consegue colocar bastante 
pomada no canal em fêmeas de médio a grande 
porte, pois vulvas pequenas não tem como colocar 
o aplicador dentro, e deve-se associar com 
antibioticoterapia sistêmica. 
Células intermediárias: são células do diestro, que 
podem sofrer uma degeneração vacuolar, om 
formação de vacúolos. Quando essas células sofrem 
degeneração elas são chamadas de células espumosas, 
pois o citoplasma dessa célula forma vacúolos que 
lembram espumas. 
Maior parte das vaginites são formadas por E. coli. E 
usa-se quinolonas. Porém em filhotes, amoxicilina com 
clavulanato são bons – vai depender do resultado do 
antibiograma que deve ser feito. 
Caso Clínico 
 
Vagina – Hiperplasia e Prolapso 
Etiologia 
 Alteração hormonal: estrógeno: algumas vezes a 
resposta do tecido ao estrógeno é tão grande que 
causa o prolapso 
 Endógeno: cio e final de gestação: excesso 
de estrógeno no final da gestação junto 
com a pressão que o útero faz no 
abdômen podem causar a hiperplasia e o 
prolapso 
 Exógeno 
 Alteração anatômica: compressão abdominal 
 Gestação Final 
 Patológica 
 É mais comum na cadela do que na gata 
 Em vacas e ruminantes é mais comum hiperplasia e 
prolapso de vagina causados pelo aumento do 
útero e aumento de estrógeno 
 
 Tumor em regiões hipogástricas como região 
intestinal que acaba fazendo uma pressão no canal 
vaginal pode levar à um prolapso 
Sinais Clínicos 
Exposição da mucosa vaginal em 3 graus variados: 
 GRAU 1: moderada aversão do assoalho, sem 
protusão: tecido está hiperplasiada mas não se ve 
ele saindo pela vulva, sem exposição de mucosa 
vaginal pela vulva – ela terá aumento a região do 
períneo, e lábios vulvares estarão afastados 
 GRAU 2: prolapso do assoalho cranial e paredes 
laterais – começa a ter hiperplasia do chão e lateral 
da vagina, com exposição de tecido pela rima 
vulvar – “bolinha” que fica pendurada pela vulva 
 GRAU 3: prolapso de toda circunferência vaginal, 
com um lúmen – grau mais crítico, onde tem uma 
hiperplasia e um prolapso de toda circunferência, 
onde toda a vagina está hiperplasiada e vira do 
avesso, e é possível ver o lúmen vaginal 
 
Sinais Clínicos 
 Exposição da mucosa: complicações: como a 
mucosa está exposta, ela facilmente será 
traumatizada 
 Podem ter alterações de circulação sanguínea pois 
a vulva será como um garrote, traumatismo dessa 
mucosa, necrose de tecido, contaminação, 
processos de miíase 
 Corrimento vaginal 
 Obstrução da uretra 
 
Diagnostico 
 Histórico (femea no cio ou foi aplicado algum 
hormônio) + sinais clínicos 
 Citologia vaginal: vai mostrar células superficiais 
queratinizadas, características da ação do estrógeno 
 
Tratamento 
 Depende do grau de prolapso e do estágio do ciclo 
estral: os casos mais comuns são em femeas 
jovens que acabaram de entrar no cio pois 
estrógeno aumentou no proestro – a tendência é 
que se ela teve hiperplasia e prolapso uma vez, ela 
pode ter novamente, porém com o envelhecer da 
femea ela não fica mais tão sensível ao estrógeno 
 Em casos de grau 1, deve-se avaliar se tem 
exposição da mucosa, se consegue urinar bem, 
pois depois de alguns dias ao sair do proestro nível 
de estrógeno abaixa e vai involuir essa hiperplasia e 
edema 
 Femea com 2 dias de proestro e tem hiperplasia 
grau 2/3: deve fazer uma lavagem e limpeza 
tópica, tentar reduzir esse prolapso, entrar com 
antiinflamatorios e analgésicos, entrar com diurético 
para diminuir o edema, tratamento tópico local com 
substancias que diminuem o edema para conseguir 
recolocar esse tecido 
 Medicamentoso: interrupção do cio: entra-se com 
progestágenos que faz feedback negativo e vai 
interromper o cio 
 Limpeza tópica 
 Cirúrgico  
 SEMPRE acompanhar se a femea estaconseguindo 
urinar 
Afecções Neoplásicas da Vagina 
Benignas 
 Leiomioma: mais comum 
 Fibropapiloma: pólipos vaginais 
 Fibroma, fibroleiomioma, fibropapiloma 
 Fazer diagnostico diferencial de vagina prolapsada 
raras Malignas: 
 TVT: Tumor Venéreo Transmissível: existe uma 
possibilidade de metástase, e é a neoplasia mais 
comum – é transmissível, e pode passar células 
tumorais para mucosas ou epitélios que não 
estejam íntegros 
 São passados pelo coito e acometem canal vaginal 
e pênis, porém pelo comportamento dos cães de 
se cheirarem, existem relatos de TVT em outros 
locais como nasal, ocular, mucosa gengival, cutâneo, 
entre outros 
 É um tumor que não sore muita mutação 
 Tratado com vincristina, com aplicação 1 vez por 
semana, não tem muitos efeitos colaterais – de 3 a 
4 aplicações são suficientes para regressão do 
tumor 
 Tumor que tem aspecto de couve-flor, friável e 
sangrante, com crescimento muito rápido 
 
Sinais Clínicos 
 Vem como uma vaginite 
 Corrimento vaginal sero-sanguíneo 
 Aumento de volume localizado 
 Disúria e tenesmo 
 Lambedura 
 
Tratamento 
 Neoplasias benignas são tratados com excisão 
cirúrgicas 
 Malignos são tratados com quimioterapia, e caso 
não tenha sido removida completamente através 
de cirurgia 
 Vincristina é tratada com quimioterapia – dose de 
0,025 mg/kg, IV, 1 vez por semana, até 2 semanas 
após remissão tumoral (até 8 sessões) 
 Como a vincristina causa neutropenia, deve-se 
fazer um controle semanal de leucócitos totais 1 a 2 
dias depois da aplicação (neutrófilos devem estar 
acima de 2 mil) 
 Tratamento com radioterapia é prescrito para 
alguns tumores porém é mais complicado pelo alto 
custo, animal deve estar anestesiado, e deve ter 
aparelho de radioterapia 
 
 TVT não precisa de biopsia cm histopatológico, 
uma citologia é suficiente para fechar o diagnostico: 
células são grandes e redondas, núcleo bem grande 
com heterocromia, células com vacúolos, figuras de 
mitose (células se dividindo) 
Caso Clínico 
 
Útero 
 Hidrometria/mucometria: acumulo seroso ou 
mucoso no útero 
 Hemometra: acumulo de liquido sero-
sanguinolento ou sanguinolento 
 Endometrite 
 Piometra: é a mais frequente das cadelas 
 Metrite 
 Alterações congênitas 
 Gestação 
Hidrometra, mucometra ou hemometra não são 
infecções – são quadros não infecciosos. Quando a 
femea tem uma endometrite, piometra ou Metrite são 
casos infecciosos. 
A endometrite é uma infecção localizada ao 
endométrio, e a femea normalmente não tem 
alterações sistêmicas, tem a infecção apenas no 
endométrio. Já a piometra e a Metrite são infecções 
que levam à um quadro sistêmico, gerando leucocitose, 
vomito, diarreia, poliúria, polidipsia, alterações renais, 
entre outros. A diferença de piometra e Metrite é o 
momento em que a infecção acontece: a Metrite é 
uma infecção que acontece no pós-parto. A piometra é 
sempre uma infecção que acontece em uma fase de 
progesterona alta (diestro) – precisa ter um corpo lúteo 
Hidrometra/Mucometra 
Etiologia: 
 Acúmulo de material estéril (seroso ou mucoso): 
quando tem uma característica mais mucosa é 
chamada de hidrometra, quando tem característica 
mais mucosa é chamada de mucometra 
 Associada à ação progestacional: hidrometra e 
mucometra não são necessariamente um problema 
– progesterona age no endométrio nas glândulas 
endometriais agem na secreção das glândulas, 
então ao passar o US na fase de diestro, a maioria 
das cadelas haverá um grau de acumulo seroso ou 
mucoso, que pode ser totalmente normal 
 Deve preocupar com hidrometra e mucometra 
quando o acumulo de líquido for muito intenso, 
como um útero 3 vezes maior para seu tamanho 
ou quando além do acumulo de liquido dentro do 
útero tem uma degeneração cística do 
endométrio; 
 O endométrio das cadelas naturalmente passa por 
um processo de degeneração e conforme elas 
envelhecem ele envelhece junto. Nas cadelas é 
vista pois o endométrio das cadelas é muito 
estimulado durante a vida reprodutiva, durante 2 
meses no período de diestro estimulando as 
glândulas endometriais, e depois dos anos 
endométrio degenera, e é vista na forma de cistos 
na parede do útero, e esse endométrio quando 
degenerado produz muito mais liquido, com uma 
hidromera e mucometra mais evidentes 
 Nessa situação em que tem excesso de liquido 
dentro do útero associado à degeneração do 
endométrio é um quadro mais importante, que é 
uma das causas de maior predisposição para 
desenvolver uma piometra no futuro 
 
Diagnóstico 
 Aumento dos cornos uterinos 
 Palpação abdominal/US 
 Ausência de quadro sistêmico: não haverá 
infecção 
Tratamento 
 Medicamentoso (preventivo): ATB – se não for 
castrar a cadela, fazer uma antibioticoterapia 
(preventiva) enquanto a progesterona estiver alta 
para evitar que esse útero contamine – excesso 
de liquido seroso e mucoso vira uma fácil 
proliferação de crescimento bacteriana, junto à 
progesterona alta que causa baixa na imunidade 
local, e quando tem hiperplasia cística do 
endométrio, a degeneração do endométrio, o 
endométrio perde a capacidade de combater 
infecções 
 Liquido no útero para facilitar a proliferação de 
bactérias 
 Progesterona baixa que diminui imunidade local 
 Endométrio degenerado que não consegue 
combater microrganismos que entrem lá 
dentro 
Hemometra 
Etiologia 
 Acumulo de material sanguíneo estéril (pode estar 
na forma liquido ou de coágulos) associada à cistos 
ovarianos e distúrbios de coagulação 
 Descrição do US: útero aumentado de tamanho 
com conteúdo liquido de alta celularidade, pois 
sangue tem celularidade mais alta, e pelo US alta 
celularidade não se sabe se é pus ou sangue, 
portanto o laudo de US vem escrito como uma 
possível hemometra/piometra. A hemometra terá 
uma maior ecogenicidade. 
 Hemometra está bastante associada à cistos 
ovarianos – tem risco maior de contaminação e 
desenvolvimento e uma piometra 
 Outro quadro que pode levar uma hemometra são 
distúrbios de coagulação: 
Tratamento 
 OHE: ovariohisterectomia  
 Suporte 
 
Piometra: Complexo Hiperplasia Endometrial 
Cística 
 Etiologia
Inflamação de todas as camadas do útero, com acúmulo 
de pus no lúmen uterino, acarretando doença sistêmica. 
Na grande maioria, antes de ter um quadro de 
piometra, o útero passou por um processo de 
degeneração, e quando uma bateria chega nele ele ão 
consegue combater a presença de bactérias levando à 
uma infecção generalizada, acometendo endométrio, 
miométrio e perimétrio, com acumulo de pus no lúmen 
uterino e sempre acarretando doenças sistêmicas, com 
sinais clínicos e comprometimento em maior ou menor 
grau.. 
Útero de fêmea saudável também pode desenvolver 
piometra – na maioria das vezes o útero saudável 
consegue combater a chegada de microrganismos. A 
situação complica quano ocorre uma hiperplasia cística 
do endométrio onde o endométrio se degenra, forma-
se cistos, ele fia mais espesso e perde a capacidade de 
combater infecções. Essa degeneração do endométrio 
esta ligado com a ação da progesterona – quanto mais 
progesterona tem, mais o endométrio degenera – 
conforme as femeas envelhecem e passam por ciclos 
reprodutivos, terão maior exposição à progesterona,e 
à cada ciclo endométrio degenera um pouco. 
Em casos de fêmeas que foram dados contraceptivos à 
base de progesterona, pois a concentração de 
progesterona é tão alta e prolongada que provoca uma 
alteração e degeneração uterina muito intesna. 
Diestro 
 Cadelas de meia idade: senis – piometra 
normalmente acontece em cadelas de meia 
idades ou mais velhas 
 Sempre acontece no período de diestro. Fase de 
progesterona alta, imunidade local baixa, 
endométrio hiperestimulado 
 Cadelas com ciclos irregulares e cistos ovarianos 
também altera a imunocompetência e estimula a 
degeneraçãodo endometrio 
 
Ocorre uma hiperplasia cística endometrial responsiva à 
progesterona, endométrio hiperplasia formando cistos e 
muco, causa uma mucometra, que serve como caldo 
de cultura para crescimento de bactérias, que 
normalmente vem pela via ascendente. Essa infecção 
se torna ampla acometendo todo o útero e começa a 
ter sinais sistêmicos de infecção na femea, com 
alterações sanguíneas e alterações renais 
Alterações Renais Patogenia: 
 Rins acabam sendo alvo específico das bactérias e 
toxinas bacterianas da piometra: tanto as bactérias 
que caem na circulação e fazem bacteremia 
chegam nos rins e alteram o padrão renal, quanto 
as toxinas bacterianas que são tóxicas para os rins, 
e numa tentativa do organismo a responder à essa 
infecção, ocorre formação de imunocomplexos, 
anticorpo sérico da femea que se liga à uma 
bactéria, e esses imunocomplexos se depositam 
nos rins causando lesão glomerular 
 Formação de Ac séricos contra Ag uterinos leva à 
lesão glomerular: lesão acontece seja pela bactéria 
diretamente, seja pelas toxinas bacterianas ou os 
imnucomplexos formados pela junção da bactéria 
com anticorpos 
 Infecção ascendente do aparelho urinário 
 Lesão renal direta pela ação das bactérias: causam 
insensibilidade dos túbulos ao ADH: o ADH para de 
funcionar nos rins, e com isso não tem mais 
absorção de água pelos túbulos, de maneira que as 
fêmeas terão uma isostenúria (urina muito diluída) e 
volume urinário grande (poliúria) como principais 
sinais 
 Poliúria vai levar à uma desidratação, e a 
desidratação e poliúria geram estimulo para ter 
uma polidipsia, onde ela tem mais sede para tentar 
se manter normohidratado 
 Haverá uma alteração da capacidade de filtração 
glomerular – função renal da femea haverá 
aumento dos valores e ureia e creatinina – uremia 
provocada leva alterações de estado geral como 
vômitos, prostação 
Diagnostico 
 Idade 
 Estro há 1 a 2 meses 
 Letargia e depressão 
 Inapetência 
 Vomito 
 Poliúria e polidipsia 
 Hormônios 
Exame clínico 
 Hipertermia/hipotermia: podem ter hipertermia pela 
infecção ou uma hipotermia causada por um 
choque endotóxico, sendo mais grave 
 Descarga vaginal (cérvix aberta): piometra fechada 
evolui mais rapidamente pelo pus estar acumulado 
no abdômen, porém se a piometra estiver aberta 
deve-se preocupar – vai depender da 
patogenicidade da bactéria 
 Distensão abdominal e uterina 
 Aumento de sensibilidade abdominal 
 Desidratação 
Diagnostico – Exames complementares 
 Hemograma: leucocitose com desvio à 
esquerda, anemia 
 FR/FH 
 Imagem: volume, conteúdo e espessamento 
 
Diagnostico Diferencial 
 Processos que levam à secreção vaginal: vaginite, 
neoplasia, cistite 
 Aumento de volume abdominal: ascite, neoplasias 
abdominais, ascite – quando é uma piometra 
fechada ou quando a femea é castrada e teve 
piometra de coto, deve-se fazer um diferencial 
com esses quadros fazendo um US 
 Síndrome poliúria/polidipsia: Cushing, diabetes, 
nefrite crônica 
Tratamento 
 Cirúrgico: primeira opção de tratamento 
 Entrar com antibiótico antes de entrar na cirurgia e 
fazer uma ovariohisterectomia (OHE). Antigamente 
utilizava-se a sigla OSH, salpinge se refere ao nome 
antigo da tuba uterina, porém a nomenclatura foi 
mudada – OHE. 
 Medicamentoso: realiza-se quando o risco anestesio 
e cirúrgico é muito alto ou quando são fêmeas 
reprodutoras. O ideal é que essas fêmeas estejam 
em uma condição boa, e não em casos em que ela 
chega em choque endotoxêmico, e que essas 
fêmeas estejam com uma piometra aberta 
 Utiliza-se medicamentos para ilatar a cérvix, contrair 
o útero para esvazia-lo e inibir o endométrio da 
produção de muco pelas glândulas. Essas 
medicações podem ser separadas ou associadas 
 Inibidores de P4: Alizin (Aglepristone) – é um 
inibidor competitivo do receptor de 
progesterona – ele vai se ligar no receptor de 
progesterona e não vai deixar ela se ligar 
 Prostaglandina: são boas no esvaziamento do 
útero porém causa muitos efeitos colaterais: 
femea terá muita dor diarreia, vomito – é 
necessário que essa femea fique internada 
 Antibioticoterapia 
 Suporte de hidratação e fluidoterapia se necessário 
 Acompanhar o esvaziamento com US seriado e 
acompanhar o hemograma com função renal ao 
longo do tratamento 
 
Caso Clínico 
 
Células superficiais queratinizadas: estrógeno alto 
Ovários: Cistos Foliculares 
 Folículo que por algum motivo ao teve estímulo 
correto para ovular e continuou crescendo se 
tornando uma estrutura cística 
 Como os folículos da cadela são pequenas, se não 
está na fase folicular, uma estrutura de alguns 
milímetros pode ser identificado como cisto. Achar 
ovários nas cadelas é mais difícil, já que eles estão 
embaixo dos rins, fica dentro de uma bolsa de 
gordura 
 Únicos ou múltiplos 
 Uni ou bilateral 
 Proestro ou estro, antes da ovulação: estruturas > 
8 mm 
 Estro, diestro ou anestro: estruturas de qualquer 
tamanho 
 
 
 
Patogenia 
 Desconhecida (falhas na ovulação ou administração 
exógena de E2) 
 Predisposição de cadelas idosas 
Sinais clínicos 
 Cistos podem ou não ser produtores de 
hormônios: Irregularidade do ciclo estral 
 Corrimento vaginal prolongado 
 Alterações dermatológicas como alopecia simétrica 
e bilateral, porém sem prurido (apruriginosa), pele 
fica mais espessa e escurecida (hiperqueratose e 
hiperpigmentação), comedos (cravos) 
 Alterações hematológicas: estrógeno em excesso é 
mielotóxico (tóxico para a medula óssea): e vai 
interferir e inibir nos processos de diferenciação 
celular causando anemia como cansaço 
 Ninfomania 
Complicações 
 HEC – piometra: é muito comum casos de 
piometra terem cistos ovarianos 
 Depressão medular 
Diagnóstico 
 Sinais clínicos 
 Citologia: ação estrogênica – células presentes 
quando tem bastante estrógeno (células superficiais 
queratinizadas) 
 US: difícil 
 Dosagem de estrógeno sérico 
 Diferencial com neoplasia ovariana, que também 
são produtoras de hormônios e terão quadros 
clínicos semelhantes 
 
Tratamento 
 OHE eletiva: o ideal é que ela seja castrada se não 
há interesse reprodutivo 
 Hormonal 
 Indução da ovulação 
Neoplasias Ovarianas 
 Tumores de células germinativas: neoplasias de 
oócitos que se torna neoplásico e começa a se 
multiplicar 
 Tumores estromais: neoplasia das células da 
granulosa ou da teca 
 Tumores epiteliais: células do epitélio de 
revestimento do ovário 
Dependendo da célula que se torna neoplásica, será 
uma neoplasia produtora de hormônio ou não, que fará 
total diferença na clinica. Tumores de células 
germinativas e tumores epiteliais não são produtores de 
hormônio, ou seja, esse tumor vai ser percebido 
quando esse tumor estiver tão grande que vai 
atrapalhar funcionamento de outros órgãos, e no 
exame de US será possível ver aumento de ovário 
com características neoplásicas. Essas fêmeas 
continuam ciclando regularmente pois não terão um 
desequilíbrio de eixo. 
Já os tumores estromais com produção de hormônio, 
fêmea chega com um quadro de alteração reprodutiva, 
com sinais de excesso de estrógeno, e assim a clínica 
será completamente diferente. 
Neoplasias ovarianas normalmente são malignas e 
sempre é indicada a OHE, a não ser que tenham 
interesse reprodutivo pode-se pesar em uma 
ovariectomia unilateral, porém existe a chance dela 
desenvolver a neoplasia no outro, e pode-se associar 
ou não protocolo de quimioterapia. 
 
Diagnostico Diferencial de Cisto e Neoplasia Ovariana 
 Cistos são mais frequentes e comuns, enquanto a 
neoplasia ovariana o ovário cresce muito de 
tamanho, onde é possível ver no US, com aspecto 
grosseiro, alterado, com trabéculas cheias de líquido 
 Diagnostico definitivo apenas ao mandar ovário para 
análise, porém o pré-diagnostico baseado no US é 
possívelver se trata-se de uma neoplasia ou um 
cisto 
Caso clínico 
 
Hiperplasia Mamária Felina 
Definição: doença específica das gatas, é condição não 
neoplásica. É uma hiperplasia patológica responsiva à 
ação da P4 que age nas células mamárias estimulando 
estroma, epitélio e ducto mamário, caracterizada por 
rápida hipertrofia e hiperplasia, ou proliferação do 
estroma ductal e do epitélio das glândulas mamárias 
 Hiperplasia Fibroadenomatosa ou Fibroepitelial 
 
Incidência 
 Afecção exclusiva dos felinos 
 Gatas só terão aumento na concentração de 
progesterona se elas ovularem (ovulação 
dependente do coito) 
 Normalmente são fêmeas que ovularam, tiveram 
CL e não ficaram gestante ou quando houve a 
aplicação de hormônios como anticontraceptivo de 
progesterona, onde ela não ficará prenhe 
 Fêmeas não castradas 
 1 a 4 anos de idade 
 1 a 2 semanas pós cio, fêmeas em final de gestação 
ou começo de lactação ou tratadas como 
medicamentos progestágenos 
 20% das alterações mamárias 
 
 
Sinais Clínicos 
 Nódulos mamários bem definidos, não encapsulados 
 2 a 5 cm de diâmetro – toda a cadeia mamária 
hiperplasiada 
 Edema, ulceração, áreas de necrose e infecção 
bacteriana secundária 
 Gata fica prostrada pois é dolorido 
Diagnostico 
 Histórico + sinais clínicos 
 Diferenciar de neoplasia mamária 
 Local, tamanho e forma 
 Numero de glândulas 
 Trauma ou sinais de inflamação 
 Aderência 
 Linfoadenomegalia inguinal ou torácica 
 Sinais de metástase 
 
US normal: a mama é o pedaço mais escuro, e que 
não é tão denso. Segunda imagem é uma gata no final 
da gestação onde o tecido é mais denso, tem mais 
volume e mais células. Na terceira imagem, está na 
primeira semana de lactação, mama esta maior e esta 
mais denso e hiperecogenica 
US de Hiperplasia: tecido fica muito denso 
Tratamento 
 Remover o estimulo hormonal da progesterona: 
considerando uma progesterona vinda de CL 
 Em quadros leves de hiperplasia, pode-se controlr a 
dor a femea, fazer tratamento suporte com anti-
inflamatório e ir acompanhando 
 Remissão espontânea após o parto ou lactação 
 Expectativa + OHE: o acesso cirúrgico por causa 
dessa hiperplasia é dificultado, e além disso ao 
remover os níveis de progesterona vão despencar, 
e ao tirar ela rapidamente do organismo haverá um 
pico de prolactina. Portanto ao castrar gatas no 
diestro essas gatam entrem em lactação 
 Medicamentos inibidores da progesterona: 
aglepistone, alizin – evitando que progesterona age 
na mama e ao mesmo tempo não haverá pico de 
prolactina. Tratamento eficaz com pouco efeito 
colateral, e depois é possível marcar a castração da 
femea 
 Mastectomia 
 Suporte: AINE, ATB 
 Inibidores da lactação: Contralac/Seclac – 
Metercolina: entrar no pós-operatório para evitar 
pico de prolactina 
Hiperplasia mamária em machos 
 Como macho não tem corpo lúteo, se ele tem 
hiperplasia ele tem aumento e progesterona 
patológico por aplicação ou por causa de um tumor 
em adrenal produtor de progesterona 
 Gato macho persa, 5 kg – induziu uma hiperplasia 
em glândulas inguinais 
 Única estratégia é aplicação de Alizin 
 
Neoplasias Mamárias 
Classificação 
 Malignos: adenocarcinomas, adenossarcomas 
 Benignos: fibroadenomas (tumores mistos) 
 1ª neoplasia mais frequente em cadelas 
 Predisposição racial e sexual 
 Cadelas: 50 a 80% malignos 
 Gatas: 90% maligno 
 
A maior incidência ocorre em mamas abdominais e 
inguinais, e quanto mais torácico menor a incidência. 
Entre os tetos há tecido mamário, e é comum um 
nódulo surgir entre dois tetos. Não há comunicação de 
um lado para outro, mas há comunicação de vasos 
sanguíneos e linfáticos. 
Na hora de fazer cirurgia prioriza-se a retirada completa 
da cadeia. Quando tira um tumor principal, que regula o 
crescimento de tumores secundários, os outros 
crescem ainda mais, quando há metástases pulmonares 
de neoplasias mamárias. Ao fazer um raio X, ele pega 
lesão a partir de alguns milímetros, e caso não seja 
visto, na hora de tirar tumor principal. 
Cuidado ao fazer mastectomia total para não ter risco 
de não conseguir fechar – deve-se fechar de um lado, 
espera cicatrizar, e depois fecha o outro. 
Caso Clínico 
 
Pseudociese Manifesta 
Síndrome observada em cadelas não gestantes, 6 a 14 
semanas após o estro, com sinais clínicos e 
mimetização dos comportamentos pré, peri e pós-
parto. É uma afecção específica de cadelas: no meio do 
diestro para o inicio do anestro elas passam por um 
período de pseudociese, é fisiológico. Porém algumas 
fêmeas são mais sensíveis à variação hormonal que 
acontece do diestro para anestro, e nesses casos são 
chamadas de Pseudociese manifesta. 
 Muito comum 
 Não há predisposição racial 
 Igual em nulíparas e pluríparas 
 Investiag-se influencia nutricional ou ambiental 
 Não há correlação com taxas de fertilidade 
 Não há correlação com demais problemas 
reprodutivos: femea com pseudociese tem maior 
risco de mastite 
 
No meio do diestro para início de anestro a 
progesterona está baixando ao mesmo tempo que a 
prolactina está aumentado. Isso acontece em todas as 
fêmeas: algumas femeas aumenta a prolactina e fica 
normal, enquanto outras ficam sintomáticas. 
Aumento da Prolactina 
 Começa a aumentar no final do diestro, mesmo 
depois da Luteólise. Esta envolvida com a produção 
e secreção láctea e comportamento materno 
 Neuropeptídeo estimulada pela serotonina e inibida 
pela dopamina. Quanto mais serotonina mais 
estimula prolactina. Quanto mais dopamina tem 
menos estimula prolactina. 
 Células lactotróficas/Adenohipófise 
 Ação luteotrófica (a partir de 30 dias de gestação) 
 Progressão da secreção láctea do ácino para o 
canal do teto 
 Comportamento materno 
 Estimulada pela serotonina 
 Inibida pela dopamina 
Sinais Clínicos 
 Comportamento pré, peri e pós-parto 
 Confecção de ninho, adoção de objetos 
 Agressividade e possessividade 
 Ficam mais tranquilas 
 Distensão mamária, secreção láctea 
 Ganho de peso 
 Anorexia, êmese, distensão e contração abdominal, 
polidipsia, polifagia, distensão mamária e secreção 
láctea, ganho de peso 
Diagnostico 
 Excluir prenhez 1.
 US abdominal: > 26 dias do cio/acasalamento 
 RX abdominal: > 54 dias do cio/acasalamento 
 
Tratamento 
 Pseudociese é uma condição autolimitante: a 
prolactina que aumentou também vai diminuir – se 
não fizer nada, uma hora não vai ter sintomas 
 Trata-se quando ela tem muito leite e muita 
alteração comportamental: deve-se evitar 
autoestimulação mamária – quanto mais ela se 
lambe mais libera ocitocina e prolactina 
 Colocar colar elisabetano ou roupas cirúrgica 
 Restrição hídrica: 5 a 7 noites – 8 horas de jejum 
hídrico sem agua, pois para produção de leite 
precisa de água 
 Estimulo à atividade física 
 Tranquilização com benzodiazepínicos, se 
necessário 
 Fenotiazínicos > antagonistas de dopamina 
(evitar) 
 OHE como prevenção, pois femea que faz 
pseudociese tende a ter outras vezes 
Tratamento medicamentoso 
Agonistas receptor da Serotonina 
 Metergolina 
 Ação dopaminérgica indireta 
 Atravessa a barreira hemato-encefálica: age no 
sistema nervoso 
 Fraco efeito antiprolactímio e meia-vida curta 
 Ausência de feitos colaterais 
 Tem uma boa resposta 
 Dose: 0,1 mg/kg BID, 10 a 14 dias 
 
 Chá de salsinha: dar esse chá no lugar da água, pois 
tem um poder de secar o leite importante

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