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ANIMAIS PEÇONHENTOS OFIDISMO: · Importância média pelo número acidentes em todo território nacional; · Padronização de conduta se fez necessária; Para melhor atendimento (importância médica): · IDENTIFICAR a serpente agressora (maioria não peçonhenta) · RECONHECER A ESPÉCIE, local e região geográfica do acidente (auxilia distribuição de soro) · LEVAR O ANIMAL (vivo ou morto se possível, para identificação - formal 10%). Jararaca mais comum Cascavel mais letal AÇÕES DO VENENO DA JARARACA: AÇÃO PROTEOLÍTICA: Local: edema, bolhas, áreas de necrose (ações das hialuronidases e fosfolipases) despolimerização, ação hialurônico (ao redor do tecido conjuntivo). AÇÃO ANTICOAGULANTE: Veneno botrópico, ativa o fator X e a protrombina (fibrinogênio em fibrina). Incoagulabilidade sanguínea (CIVD). AÇÃO HEMORRÁGICA: Ação das hemorragias nas lesões, lesão da membrana basal dos capilares + plaquetopenia = alterações de coagulação. QUADRO CLÍNICO Manifestações locais: · Dor, edema (duro), no local da picada de instalação precoce e progressivo; · Equimoses e sangramentos (local da picada); · Enfartamento ganglionar; · Necrose ou não; Manifestações sistêmicas: · Gengivas, epistaxe, hematêmese, hematúria; · Gestantes: Risco de hemorragia uterina; · Náuseas, vômitos, sudorese, hipotensão e choque; LEVE (MAIS COMUM): · Dor, edema local (pouco ou ausente); · Hemorragia discreta ou ausente; · Distúrbios de coagulação: com ou sem alteração, mais comum causado por filhotes < 40 cm; · As vezes só alterações do tempo de coagulação; MODERADA: · Dor, edema evidente (ultrapassa o local da picada); · Alterações Hemorrágica presentes ou não, locais ou sistêmicas (gengivas, epistaxe e hematúria) GRAVE: Local: · Edema local duro intenso e extenso (até o membro COMPLICAÇÕES: 1) SÍNDROME COMPARTIMENTAL - RARA · Difícil manejo: Há compressão dos feixes vasculares-nervosos, devido ao edema, levando a isquemia das extremidades. · Dor intensa · Parestesia (dormência, frieza, calor, formigamento) · Diminuição….. TRATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES: · Fasciotomia: Se houver boa hemostasia; · Transfusão se necessário; · Plasma fresco ou congelado; · Crioprecipitado; · Drenagem da área e de abcessos; Prognóstico bom, baixa letalidade 2) SISTÊMICA A) CHOQUE: · Raro, casos graves · Hemorragia · Alterações de coagulação B) INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA: · Patogênese multifocal: atuação do veneno sobre os rins formação de microtrombos. · Desidratação · Hipotensão arterial · Choque CROTALUS (CASCAVEL) HABITAT: · Campo aberto · Áreas secas arenosas com pedras · Raras no litoral Bote - ruídos de guizos e chocalhos (sinal de irritação). ACIDENTE POR CROTÁLICOS: · Representam 7,7% dos acidentes no Brasil, chegando a 30% em algumas regiões. · É a maior: LETALIDADE (IRA) 1) AÇÃO NEUROTÓXICA: Fração crotoxina, atua impedindo a liberação de ACH → bloqueio neuromuscular → paralisia motora. 2) AÇÃO AMIOTÓXICA: Lesões em fibras musculares esqueléticas (Rabdomiólise). 3) AÇÃO ANTICOAGULANTE Fibrinogênio (trombina) Fibrina Incoagulabilidade. Quadro clínico: A) LOCAL: · Edema sistêmica e parestesia. B) SISTÊMICO: · Fácies miastênica ptose palpebral, flacidez dos músculos da face e oftalmoplegia · Turvação visual, diplopia, miose/midríase. · Alterações do olfato e paladar · Mialgia generalizada e urina escura · Sangramento discreto gengivorragia e equimose. C) COMPLICAÇÕES: · Insuficiência respiratória Paralisia dos músculos da caixa torácica · IRA mioglobinúria TRATAMENTO ESPECÍFICO: · Soro anticrotálico (SAC), intravenoso, seguindo as especificações do frasco. · Dose varia de acordo com a gravidade · Dose do adulto e da criança é a mesma · Pode ser usado soro antibotrópico - crotálico (SABC) - De 2 a 12 ampolas (mais graves de 8 - 12 ampolas) MICRURUS (CORAL) Família Elapidae (elapídico): · Representa 0,4% dos acidentes por serpentes; · São acidentes Respiratórios graves que podem evoluir para IRA (mais frequente que o crotálico); · Veneno tóxico, de baixo peso molecular (mais baixo que o das outras serpentes), absorção rápida e difusão rápida; · Sintomas precoces; · Atua como Curare (pré-simpático); · Bloqueia a ACH; Habitat: · Há 18 espécies; · Animais pequenos e médio porte (até 1 m); · Existe em todo país, grande maioria não peçonhenta (se dente para inocular). Os anéis ao redor do corpo não são completos (falsas corais); · Algumas tem dente posterior, precisam prender a presa para inocular; · Quanto MENOR MAIS CONCENTRADO O VENENO (diferente da jararaca, que quanto maior a cobra maior o veneno); · Matas da região Sudeste e Sul do Brasil; · Vivem em galhos de árvores, tocos em decomposição, de baixo de pedras; · Ovíparas → 2 a 10 avos encubados por 60 dias Manifestações sistêmicas: A) GERAIS: · Mal estar; · Prostração; · Sudorese; · Náuseas; · Vômitos; · Sonolência ou inquietação; · Secura de boca; B) ABCESSOS: Em 10 - 20% dos casos · Ação proteolítica do veneno facilita infecções locais, germes da boca do animal, pele do acidentado infectado, material sujo sobre a lesão (gram negativa e anaeróbico) C) NECROSE: Devido a ação proteolítica do veneno com isquemia local (associado) · Trombose arterial; · Uso de torniquetes erroneamente; · Gangrena (maior risco → dedos); Tratamento Geral: · Elevação do membro picado · Hidratação até boa diurese · Analgesia · Antibioticoterapia (se necessário) Cloranfenicol ou ainda associado a Clindamicina. · Profilaxia → Antitetânica. Quadro Clínico: A) LOCAIS: Pouca importância · Dor pouca ou ausente · Parestesia local ou regional · Edema discreto · Eritema no local da picada B) NEUROLÓGICAS: Surgem nas primeiras horas após acidentes FÁCIES NEUROTÓXICAS DE ROSENFELD: · Ptose palpebral uni ou bilateral · Flacidez da musculatura da face · Alterações do diâmetro pupilar (miose/midríase) · Incapacidade de movimentação do globo ocular · Visão turva · Visão dupla (diplopia) · Dificuldade de deglutição · Diminuição do reflexo do vômito · Alterações do paladar e olfato. C) MANIFESTAÇÕES MUSCULARES: · Dores musculares generalizadas · Mioglobinúria (cor avermelhada da urina) ou escura (marrom) · Mioglobinúria = sinal de necrose da musculatura esquelética. D) DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO: · Incoagulabilidade (CIVD) · TC alterado em 40% dos pacientes MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS POUCO FREQUENTES: · Insuficiência Respiratória aguda · Fasciculação · Paralisia de grupos musculares · …. LEVE: · Sinais e sintomas tardios (neurotoxicidade discreta) · Sem mialgia e sem alteração da cor da urina MODERADA: · Sinais e sintomas neurotóxicos discretos · Instalação precoce mialgia · Urina com alterações GRAVE: · Sinais e sintomas neurotóxicos evidentes e intensos · Mialgia intensa · Urina escura · Oligúria ou anúria presente Complicações: A) LOCAIS: · Raros pacientes com parestesia duradoura, geralmente regridem em poucas semanas. B) SISTÊMICAS: · IRA (RENAL) · Necrose Tubular (48h) Exames complementares: Sangue: · Aumento do valor das mioglobinas e enzimas · Criatonoquinases - CK · Desidrogenases lática (LDH) · Aspartase aminotransferases (ALT) · Aspartase alanine transferase (ALT) · CK aumento precoce, pico em 24 horas · LDH aumento lento e gradual (diagnóstico tardio). IRA: · aumento de ureia · Aumento de creatinina · aumento de ácido úrico, fósforo e K · Diminuição de cálcio · TC prolongado Urina 1: · Sedimento · Proteinúria · Mioglobinúria Tratamento Geral: · Hidratação (controle fluxo urinário) Diurese osmótica com manitol a 20%, se houver oligúria; · pH urinário sempre maior que 6,5 (manter), pois acidez urinária aumenta o depósito de mioglobina intratubular; · Bicarbonato de sódio - via parenteral e com monitoramento (gasometria) Prognóstico: · Bom nos casos leves e moderados e nos atendidos antes de 6 horas após acidente; · Nos graves depende da IRA; · Se estiver necrose tubular é indicado hemodiálise; Quadro Clínico: · Os sintomas podem aparecer em menos de 1 hora após picada;· Observar o acidentado por 24 horas, pois os sintomas podem ser tardios; Manifestações locais: · Parestesia · Dor local discreta. Manifestações Sistêmicas: · Vômitos; · Fraqueza muscular progressiva; · Ptose palpebral; · Oftalmoplegia e diplopia; · Fácies miastênica (neurotoxicidade); · Dificuldade em se manter ereto; · Mialgia (local/generalizada); · Dificuldade para deglutir; · Paralisia flácida da musculatura, comprometimento da ventilação, parada respiratória aguda e apnéia; · IRespA. Tratamento Específico: · Soro antielapídico (SAE) 10 ampolas EV · Sempre acidente grave Tratamento Geral: · Máscara de oxigênio · Traqueostomia Tratamento Medicamentoso: · Neostigmina: resposta anticolinérgica · Atropina: efeitos muscarínico (EA) - bradicardia e secreção. Deve ser usada antes da neostigmina. Prognóstico: · Bom, mesmo nos casos graves; · Depende só do atendimento em tempo adequado; LACHESIS (SURUCUCU): É a maior serpente das Américas, chega a 3,5 cm. Habitat: Florestas: Amazônica, Mata Atlântica Ela não sai de fora da mata, no caso o homem que está dentro da mata. ACIDENTES POR ESCORPIÃO Distribuição Geográfica Serrulatus é mais comum no estado de São Paulo quando comparado com o Bahiensis. CARACTERÍSTICAS: · São animais de hábitos noturnos; · Caçam a noite; · Durante o dia ficam abrigados em esconderijos: Tronco de árvores, dormentes, tijolos, sapatos e roupas; · Predadores naturais GALINHA E CORUJA; MECANISMO DE AÇÃO DO VENENO: · Atua ativando os canais de Na, elevando a uma despolarização das terminações nervosas → Sensitivas e motoras · Alterações SNA - simpático e parassimpático · Cuidade Especial → < de 7 anos e acima de 60 anos (risco de Infartos). CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES: 1) LEVE: · Dor local intensa, sudorese local · Tratamento com sintomáticos → Aplicação de xilocaina no local, se não melhorar e voltar a dor aplicar o soro. 2) MODERADO: · Alterações locais e sistêmicas · Agitações locais e sistêmicas · Agitação/ sonolência, sudorese, náuseas, vômitos, hipertensão, taquicardia e taquipneia · Tratamento → SAE ou SAA (soro anti-escorpiônico e soro anti-aracnídeos · 2 a 3 ampolas EV → Primeiro aplica um corticoide primeiro e depois faz o soro, não administrar direto o soro, e também após a aplicação do soro fazer novamente o corticóide. 3) GRAVE: · Vômitos profundos, sialorréia, sudorese profusa, agitação, tremores, espasmos musculares, bradicardia e bradipnéia. · Alterações de ECG → EAP (edema agudo de pulmão), ICC e choque · TRatamento → SAE e SAA (4 a 6 ampolas EV). ARACNÍDEOS SAAR soro antiaracnideo 1 a 2 ampolas é suficiente. A picada é extremamente dolorosa Nunca chegar perto pois é muito rápida e pula A febre pode ser local ou sistêmica Pré-apismo ereção prolongada do pênis sem estimulação sexual.
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