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RELATÓRIO INDIVIDUAL SP1 “BOEMIA” ALUNO: PEDRO OLIVEIRA FLEURY TUTOR: MARCOS MACHADO DATA: 11/05/2021 OBJETIVOS ESPECIFICOS: Reconhecer as alterações fisiológicas senescentes dos sistemas: respiratório e imune. O As principais alterações imunológicas relacionadas ao envelhecimento são decorrentes da degeneração do timo e da regulação do número de leucócitos, que podem ser decorrentes de alterações na resposta imune a patógenos. Embora realmente relacionado a todas as patologias que afetam os idosos, é inegável que o envelhecimento imunológico tem o efeito mais evidente no campo das doenças infecciosas, aumentando a suscetibilidade dos indivíduos a elas, e agravando ainda mais a incidência desta população em comparação com outras faixas etárias. temos um melhor entendimento dos mecanismos que aceleram a disfunção do sistema imunológico em idosos, e intervenções terapêuticas podem ser realizadas para prevenir ou pelo menos retardar o aparecimento de doenças relacionadas ao envelhecimento, e até ajudar a aumentar a expectativa de vida e a qualidade de vida dessa população. Os efeitos do envelhecimento no sistema respiratório são semelhantes aos efeitos em outros órgãos: a função máxima diminui gradualmente. As alterações pulmonares relacionadas à idade incluem Fluxo de ar de pico reduzido e troca gasosa, diminuição nas medições da função pulmonar (capacidade vital), Músculos respiratórios enfraquecidos as alterações relacionadas à idade geralmente não causam sintomas em pessoas saudáveis. Essas mudanças levam, em parte, a uma diminuição na capacidade dos idosos de realizar exercícios extenuantes, especialmente exercícios aeróbicos extenuantes, como corrida, ciclismo ou alpinismo. No entanto, o declínio da função cardíaca relacionado à idade pode ser uma razão mais importante para essa limitação. Além disso, os idosos têm maior probabilidade de desenvolver pneumonia após infecções bacterianas ou virais. Portanto, as vacinas contra infecções respiratórias, como gripe e pneumonia, são particularmente importantes para os idosos. CÓPIA DE Citar os processos consumptivos mais prevalentes no idoso e citar as principais causas. os processos consumptivos afetam diretamente a vida dos idosos, esse processo, também chamado de síndrome consumptiva é caracterizada pela perda involuntária de peso, sendo essa maior que 10% do peso basal (peso necessário para manter as funções vitais). Ocorrendo a atrofia muscular e queda da massa magra do corpo. Isso é um sinal de desnutrição decorrente de uma nutrição inadequada, má absorção ou por hiperatividade do metabolismo. O processo consumptivo pode ser denominado uma síndrome por configurarem-se como uma interação entre anorexia, perda de massa magra e gorda, distúrbios psicológicos, além da piora da qualidade de vida. As causas da consumpção são decorrentes de um metabolismo exagerado, como no hipertireoidismo, de uma perda de elementos nutritivos, como no diabetes mellitus, síndromes de má absorção. Contudo, as principais doenças relacionadas à digestão reduzida e anorexia são as neoplasias e a síndrome da imunodeficiência humana – SIDA. As literaturas apontam que 80% dos cancerígenos avançados cursam com a Síndrome Consumptiva Crônica – SCC. A etiopatogenia da SCC é dividida em alguns tópicos: • Perda de peso com ingesta alimentar aumentada: diabetes mellitus, hipertireoidismo e síndromes de má absorção; • Doenças associadas ao metabolismo acelerado: neoplasias, hipertireoidismo, infecções crônicas, doenças de colágeno, doenças reumáticas, excessiva atividade física, tuberculose, doenças febris, SIDA/AIDS; • Doenças associadas à anorexia ou hiporexia: neoplasias, anemias, SIDA, tuberculose, hipogonadismo. Devemos também associar os grupos vulneráveis para associar a causa da Síndromes Consumptivas Geriátricas (SCG), como no caso de pacientes geriátricos podem estar associados à depressão, maus tratos e demência. Além de essa faixa etária consumir maior número de medicamentos e ter maior probabilidade de infecções, neoplasias e doenças metabolismo. Outro ponto é que o número de idosos com SIDA está aumentando a cada dia e isso reflete no processo consumptivo. Dentre as causas psicológicas que podem levar a esse quadro a perda da capacidade de autonomia é uma das principais causas das síndromes consumptivas psicológicas. Essa capacidade de funcionar sozinho é avaliada por meio da análise das atividades de vida diária 24 (AVDs), que são tarefas do cotidiano realizadas pelo paciente. Portanto, a saúde do idoso é determinada pelo funcionamento harmonioso de quatro domínios funcionais: cognição, humor, mobilidade e comunicação. Tais domínios devem ser rotineiramente avaliados na consulta geriátrica e a perda dessas resultam nas SCG. Identificar as causas mais prevalentes de anemia no idoso A anemia é definida como a redução patológica da concentração de hemoglobina circulante (valores de hemoglobina abaixo de 13g/dl em homens e 12g/dl em mulheres), desencadeada por mecanismos fisiopatológicos diversos. É a disfunção hematológica mais comumente encontrada em idosos, atribuído a deficiências nutricionais, às doenças crônicas e/ou inflamação. O envelhecimento se relaciona com o declínio de múltiplos sistemas orgânicos no ser humano, podendo aumentar as ocorrências de disfunções e doenças em idosos, que podem apresentar a redução nas atividades físicas, mudanças nos padrões alimentares, na capacidade funcional, física e biológica e serem acometidos por processos inflamatórios. Esses fatores podem estimular o aparecimento de anemia, demonstrando um problema hematológico comum encontrado nos idosos. Ademais, a anemia no idoso é descrita como consequência de três grandes diferentes grupos de causalidade. A anemia causada por deficiências nutricionais (ferro, folato, vitamina B12), corresponde a 1/3 terço de todas elas, sendo anemia ferropriva a principal. Anemias das doenças crônicas (anemia da inflamação crônica e/ou anemia da doença renal crônica) e anemias inexplicadas (caracterizada predominantemente pela síndrome mielodisplásica) são outras causas. A resposta eritropoiética é inadequada quando existem maiores níveis circulantes de citocinas pró-inflamatórias, e.g., interleucina 6 (IL6). Quanto ao critério diagnóstico, comumente usa-se a proposta definida de anemia pela Organização Mundial de Saúde (valores de hemoglobina abaixo de 13g/dl em homens e 12g/dl em mulheres). No entanto, apesar da dosagem de hemoglobina continuar sendo a medida mais utilizada para triagem e diagnóstico de anemia, vários autores propõem a utilização de outros 15 18 tipos de exames para investigar mais profundamente os resultados mostrados pela dosagem de hemoglobina, bem como suas características tais como: exames laboratoriais que incluem indicadores hematimétricos, como hemoglobina, hematócrito, hemácias, volume corpuscular médio – VCM, hemoglobina corpuscular média – HCM, concentração de hemoglobina corpuscular média – CHCM e amplitude de distribuição volumétrica dos eritrócitos – RDW. Mesmo assim, uma boa parcela de casos de anemia nas pessoas idosas continua sem explicação. Normalmente a anemia ferropriva apresenta baixos valores de ferritina enquanto na anemia relacionada à doença inflamatória crônica. Esse parâmetro apresenta valores normais ou até aumentados. A inclusão de um marcador inflamatório pode auxiliar na diferenciação do tipo de anemia como, por exemplo, proteína C reativa (PCR), velocidade de hemossedimentação (VHS) e interleucina 6 (IL-6), pois sua presença pode reforçar a hipótese de anemia associada à doença inflamatória crônica. Dentre as condições crônicas, a doença renal é a mais comumente associada à anemia em idosos e, normalmente, apresenta altos níveis de marcadores inflamatórios. A estimativa do clearance de creatinina tem sido utilizada na diferenciação entre a doençarenal e outras condições crônicas. Caracterizar as doenças pulmonares mais prevalentes decorrentes do vício de fumar. as causas mais prevalentes do hábito de fumar, são as doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC), responsáveis pelo alto grau de óbitos em idosos, devido à alta prevalência e progressividade com maior irreversibilidade. Dentre elas compreende-se a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, sendo os agravos mais acometidos em função do uso do tabaco. A Bronquite crônica tem grande prevalência com a doença pulmonar obstrutiva crônica, que é ainda pouco diagnosticada no Brasil, devido à baixa notificação pelo sistema de saúde brasileiro. A infecção das vias respiratórias também vem sendo citadas como uma das causas mais prevalentes de mortalidade nos idosos, devido o envelhecimento gerar a redução fisiológica da caixa torácica, da elasticidade pulmonar e diminuição dos valores da pressão inspiratória e expiratória máximos Doenças decorrentes do uso de tabaco, provocam uma redução da defesa contra infecções, em consequência da dificuldade na função mucociliar, o que deprime a capacidade de eliminar os microrganismos. Proporciona também a inalação da fumaça, expondo o pulmão às substâncias tóxicas e agentes oxidativos que diminuem a capacidade antioxidante que normalmente protege as células epiteliais causando a DPOC, a pneumonia e favorecendo as doenças respiratórias agudas, cujos sintomas são tosse, dispneia, expectoração. Os efeitos mais acometidos do uso do tabaco podem ser subentendidos em efeitos agudos e crônicos, são eles: Efeitos agudos: • Exacerbação da asma; • Irritação da mucosa nasal e brônquica; • Constipações, gripes e infecções das vias aéreas inferiores • Pneumonia bacteriana; • Pneumotórax espontâneo; • Tuberculose Efeitos crônicos: • Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); • Doenças coronarianas; • Câncer de pulmão. Interromper o uso do tabaco é a melhor e a única intervenção eficaz na prevenção da DPOC, diminuindo assim sua progressão, aumentando a sobrevida e melhorando os sintomas da tosse e expectoração. Após algumas semanas/meses nota-se o aumento da eficiência na percepção dos sabores dos alimentos, a melhora na função respiratória e inclusive a redução da mortalidade em 50%. Caracterizar DPOC, descrever o mecanismo fisiopatológico e patogênico da DPOC e associá-lo à maior morbidade e susceptibilidade às infecções pulmonares. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é definida, fisiologicamente, como obstrução crônica ao fluxo aéreo devido à associação de enfisema e obstrução das vias respiratórias periféricas na bronquite crônica. Habitualmente, já existe uma lesão pulmonar extensa quando o paciente começa a sentir dispneia ao esforço. Esse fato ocorre devido à progressão lenta da doença e à adaptação do paciente à sua capacidade física diminuída. A DPOC é um espectro de doenças que inclui bronquite crônica, enfisema e asma. Existem danos nas vias respiratórias e nos alvéolos, principalmente em tabagistas, que resultam em processos inflamatórios no trato respiratório e são mediados por oxidantes, proteases e citoquinas inflamatórias. A DPOC é uma enfermidade prevenível e tratável, com efeitos extrapulmonares significativos, que podem contribuir para gravidade individual de cada paciente. O componente pulmonar é caracterizado pela limitação ao fluxo de ar, que não é totalmente reversível. A limitação ao fluxo de ar é em geral progressiva e associada a uma resposta inflamatória pulmonar anormal a partículas nocivas ou gases. A DPOC é a quarta causa de morte entre pessoas na faixa etária de 70 a 90 anos e significativa causa de morbidade, com um decréscimo marcado na qualidade de vida. Estudos demonstram que ocorrem decréscimos funcionais mais graves com DPOC do que com outras doenças crônicas. É um fator de risco que predispõe a infecções bacterianas e virais e é a causa mais frequente de admissão de pacientes idosos em unidades de cuidados intensivos. A bronquite crônica é definida pela presença de tosse produtiva na maioria dos dias, por no mínimo 3 meses e 2 anos consecutivos, sendo afastadas outras causas pulmonares ou cardíacas que possam produzir os mesmos sintomas. Já o enfisema é um diagnóstico anatomopatológico e caracterizado pela destruição das paredes dos alvéolos, levando ao aumento anormal dos espaços aéreos e à perda da elasticidade pulmonar, com consequente obstrução das vias respiratórias periféricas. A asma difere da DPOC, pois apresenta uma reversibilidade maior tanto espontaneamente quanto após o tratamento com broncodilatadores ou corticosteroides. Caracteristicamente, os pacientes apresentam tosse crônica, chiado episódico e hipersecreção brônquica. Alguns pacientes com asma apresentam obstrução ao fluxo aéreo progressiva e irreversível e têm, portanto, uma forma de DPOC. Alguns pacientes podem apresentar coexistência de asma e DPOC. A DPOC é o espectro clínico de doenças pulmonares inflamatórias que incluem: • Bronquite crônica caracterizada por tosse crônica de no mínimo 3 meses aos últimos 2 anos. Ocorrem hiperplasia das glândulas submucosas e crescimento do número de células caliciformes no epitélio, associados ao estreitamento estrutural das pequenas vias respiratórias (bronquíolos) em decorrência de alterações inflamatórias crônicas. Essas alterações inflamatórias consistem em linfócitos T ativados. Nas vias respiratórias de maior calibre, há evidência de inflamação neutrofílica, a julgar pelo número aumentado de neutrófilos no escarro • Enfisema Caracterizado por progressiva dispneia causada por perda da retração elástica e destruição enzimática das paredes alveolares. Podem-se observar diferentes padrões de enfisema: o enfisema centroacinar ocorre predominantemente nos bronquíolos terminais, ao passo que o enfisema pan- acinar envolve uma destruição generalizada. A perda da retração elástica leva à obstrução das vias respiratórias no enfisema, pois as vias respiratórias intrapulmonares fecham-se mais precocemente durante a expiração. O mecanismo da DPOC inicia na hipersecreção mucosa. Ocorre como resultado de tabagismo ou pela exposição à inalação de outros irritantes. O mecanismo provavelmente envolve ativação das terminações nervosas sensoriais nas vias respiratórias, com aumento reflexo (peptidérgico local e colinérgico medular) da secreção mucosa e efeitos estimulantes diretos de enzimas derivadas do neutrófilo, tais como quinase e elastase. Com o passar do tempo, ocorrem hiperplasia das glândulas submucosas e proliferação das células caliciformes sob a influência de fatores de crescimento. O enfisema resulta de um desequilíbrio entre proteases (as quais digerem elastina e outras proteínas estruturais da parede alveolar) e antiproteases (as quais protegem contra essa agressão). A mais importante antiprotease pulmonar é a alfa-1-antitripsina (também conhecida como a alfa-1-antiprotease), a qual é proveniente principalmente do plasma. A herança da deficiência homozigota de alfa-1-antitripsina pode levar ao enfisema grave, particularmente em fumantes, mas essa doença genética é responsável por menos de 1% dos casos de DPOC. A alfa-1-antitripsina não é a única antiprotease; alfa-1-antiquimiotripsina também está presente nos pulmões. Indivíduos heterozigotos que têm valores de alfa-1-antitripsina mais baixos que o normal apresenta risco aumentado para DPOC. Fumar cigarro estimula os leucócitos polimorfonucleares dentro do pulmão a criar radicais livres e oxidantes, resultando em estresse oxidativo. O estresse oxidativo inativa as antiproteases de proteção e causa peroxidação lipídica nas vias respiratórias e alvéolos. Os oxidantes depletam os antioxidantes e os mecanismos de defesa antiprotease, causando assim lesão nas vias respiratórias e nos alvéolos via mecanismos inflamatórios. Esses mecanismos inflamatórios são umtanto diferentes dos associados à asma. Na DPOC, os macrófagos e neutrófilos fazem o papel-chave. Mediadores inflamatórios são provavelmente interleucinas derivadas de neutrófilos (IL) como as IL6 e IL-8, o fator de necrose tumoral alfa e a fosfodiesterase-4. Os mecanismos inflamatórios incluem elastase neutrofílica, catepsina e matrixmetaloproteinase, que juntas vão criar lesões e destruição das paredes alveolares, inflamação das vias respiratórias e hipersecreção de muco. A bronquite asmática e a bronquite crônica são o resultado da inflamação de vias respiratórias de condução, e o enfisema é o resultado da inflamação alveolar. Produtos do fumo de cigarros provavelmente derrotam genes antioxidantes ou estimulam genes suscetíveis, fato que poderia explicar casos de grupos familiares com DPOC. Devido à essas patologias e a maior fragilidade sistêmica, se faz tão necessária a vacinação em idosos. Relacionar DPOC com perda de peso. Na doença pulmonar obstrutiva crônica, frequentemente ocorre desnutrição, que é uma forma de adaptação à desnutrição crônica. Entre pacientes ambulatoriais, a prevalência de desnutrição é de 22% a 24%, e entre pacientes com DPOC hospitalizados, a prevalência de desnutrição é de 34% a 50%. Devido ao consumo de proteína muscular, causará um declínio na função respiratória. Além disso, também aumenta a suscetibilidade a infecções pulmonares. A desnutrição na DPOC não depende de um único mecanismo. Vários estudos têm demonstrado que a etiologia é multifatorial, sendo a ingestão alimentar insuficiente e o aumento do gasto energético os dois principais mecanismos de sua ocorrência. Muitos são os fatores que podem causar ingestão alimentar insuficiente em pacientes com DPOC, o que pode levar à perda de peso, como dificuldade de mastigar e engolir devido a dificuldades respiratórias, tosse, secreções e fadiga. Úlcera péptica é um achado comum em pacientes com DPOC. Devido à diminuição do apetite, à desmineralização óssea e ao enfraquecimento da massa muscular, os corticosteróides também têm um impacto negativo muito importante no estado nutricional desses pacientes. O aumento do gasto energético dos pacientes com DPOC pode ser atribuído ao hipermetabolismo, devido ao aumento da carga de trabalho dos músculos respiratórios, o que leva a uma maior demanda de oxigênio. A carga de trabalho desses músculos aumenta e a eficiência mecânica diminui. Devido ao aumento da ventilação e dos mediadores inflamatórios, além dos efeitos dos medicamentos, a taxa metabólica basal dos pacientes com DPOC também aumentou de 15% a 17%. O aumento da taxa metabólica basal em pacientes com DPOC grave é mais frequente e pode levar à perda de peso. Infecções e procedimentos cirúrgicos podem causar anorexia e maior catabolismo, o que pode levar à diminuição da massa muscular. Descrevera orientação vacinal da população idosa. A população idosa tem seu sistema imunológico mais fraco do que de jovens e adultos por isso devem ter sempre suas vacinas em dias, e ser prioridade na fila de vacinação, um exemplo é no caso do novo corona vírus. A descrição dessas vacinas são: • Influenza (gripe): Os maiores de 60 anos fazem parte do grupo de risco para as complicações e óbitos por influenza. Desde que disponível, a vacina influenza 4V é preferível à vacina influenza 3V, por maior cobertura das cepas circulantes. Na indisponibilidade, utilizar a vacina 3V. A sua via de administração é intramuscular e subcutânea, sendo uma vacina de vírus inativado. • Pneumocócicas (VPC13) e (VPP23): Para aqueles que já receberam uma dose de VPP23, recomenda-se o intervalo de um ano para a aplicação de VPC13. A segunda dose de VPP23 deve ser feita cinco anos após a primeira, mantendo intervalo de seis a 12 meses com a VPC13. Para os que já receberam duas 11 doses de VPP23, recomenda-se uma dose de VPC13, com intervalo mínimo de um ano após a última dose de VPP23. Se a segunda dose de VPP23 foi aplicada antes dos 60 anos, está recomendada uma terceira dose depois dessa idade, com intervalo mínimo de cinco anos da última dose. Essa vacina é conjugada, com via de administração intramuscular. • Herpes zoster: Essa vacina é recomendada até para aqueles que já desenvolveram a doença. Nesses casos, deve-se aguardar intervalo mínimo de um ano, entre o quadro agudo e a aplicação da vacina. Em caso de pacientes com história de herpes-zoster oftálmico, não existem ainda dados suficientes para indicar ou contraindicar a vacina. O uso em imunodeprimidos deve ser avaliado pelo médico. • Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche) – dTpa ou dTpa-VIP e Dupla adulto (difteria e tétano) – dT: A vacina está recomendada mesmo para aqueles que tiveram a coqueluche, já́ ́́ que a proteção conferida pela infecção não é permanente. Considerar antecipar reforço com dTpa para cinco anos após a última dose de vacina contendo o componente pertussis para idosos contactantes de lactentes. Para idosos que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é endêmica recomenda-se a vacina dTpa combinada à pólio inativada (dTpa-VIP). A dTpa-VIP pode substituir a dTpa, se necessário. Essa vacina é combinada, e sua via de administração é intramuscular. • Hepatite A: Na população com mais de 60 anos é incomum encontrar indivíduos susceptíveis. Para esse grupo, portanto, a vacinação não é prioritária. A sorologia pode ser solicitada para definição da necessidade ou não de vacinar. Em contactantes de doentes com hepatite A, ou durante surto da doença, a vacinação deve ser recomendada. Essa vacina é de vírus vivo inativado com via de administração intramuscular. • Hepatite A e B: A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B. • Febre amarela: Embora raro, está descrito risco aumentado de eventos adversos graves na primovacinação de indivíduos maiores de 60 anos. Nessa situação, avaliar risco/benefício. O uso em imunodeprimidos deve ser avaliado pelo médico. A via de administração é subcutânea, e a composição da vacina é de vírus vivo atenuado – originária da cepa 17D do vírus da febre amarela, cultivada em ovos embrionados de galinha. • Meningocócicas conjugadas ACWY/C: Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada. A vacina é conjugada como próprio nome já diz, com via de administração intramuscular profunda. • Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola): Na população com mais de 60 anos é incomum encontrar indivíduos suscetíveis ao sarampo, caxumba e rubéola. Para esse grupo, portanto, a vacinação não é rotineira. Porém, a critério médico (em situações de surtos, viagens, entre outros), pode ser recomendada. Está contraindicada para imunodeprimidos, devido ser uma vacina combinada de vírus vivo atenuado com via de administração subcutânea. Descrever os aspectos morfológicos macroscópicos e microscópicos enfatizando a diferenciação entre as duas entidades que constituem a DPOC. O enfisema é classificado de acordo com a distribuição anatômica lobular; o ácino é a estrutura distal ao bronquíolo terminal; um grupo de 3-5 ácinos é denominado lóbulo. Existem quatro tipos principais de enfisemas: centroacinar, pan-acinar, acinar distal e irregular. Apenas os dois primeiros tipos causam obstrução do fluxo de ar clinicamente significativa; o enfisema centroacinar é 20 vezes mais comum quando comparado à doença pan-acinar. Enfisema Centroacinar (Centrolobular): a característica que define o enfisema centroacinar (centrolobular) é o padrão de acometimento dos lóbulos: as porções central ou proximal dos ácinos, formadas pelos bronquíolos respiratórios, são afetadas, enquanto os alvéolos distais permanecem normais. Portanto, os espaços respiratórios normais e enfisematosos existem no mesmo ácino e lóbulo.As lesões são mais comuns e severas nos lobos superiores, particularmente nos segmentos apicais. No enfisema centroacinar severo, o ácino distal também se torna acometido, dificultando a diferenciação com o enfisema pan-acinar. Comumente, o enfisema centroacinar é uma consequência do tabagismo, sendo observado em pacientes que não apresentam deficiência congênita de alfa1-antitripsina. Enfisema Pan-acinar (Panlobular): no enfisema pan-acinar (panlobular), os ácinos estão uniformemente dilatados desde os bronquíolos respiratórios até os alvéolos. Ao contrário do enfisema centroacinar, o enfisema pan-acinar ocorre mais comumente em zonas pulmonares inferiores e em pacientes com deficiência de alfa1-antitripsina. Enfisema Acinar Distal (Parasseptal): no enfisema acinar distal (parasseptal), as porções proximal e distal do ácino estão normais e alteradas, respectivamente. O enfisema é mais severo nas regiões adjacentes à pleura, ao longo dos septos de tecido conjuntivo lobular e das margens dos lóbulos. O enfisema acinar distal ocorre adjacente a áreas de fibrose, cicatrização ou atelectasia, sendo mais severo nas porções pulmonares superiores. As características incluem a presença de espaços aéreos dilatados, múltiplos e contínuos medindo menos de 0,5 mm até mais de 2 cm de diâmetro; algumas vezes há a formação de estruturas císticas que, com a progressiva dilatação, são denominadas bolhas. As causas do enfisema acinar distal são desconhecidas; é mais comumente observado nos casos de pneumotórax espontâneo em adultos jovens. O diagnóstico e a classificação do enfisema dependem da aparência macroscópica do pulmão. O enfisema pan-acinar, quando o processo patológico está bem desenvolvido, manifesta-se por pulmões pálidos e volumosos que frequentemente obscurecem o coração na ocasião da remoção da parede torácica anterior durante a necropsia. As características macroscópicas do enfisema centroacinar são menos marcadas. Os pulmões são mais róseos em relação ao enfisema pan-acinar e menos volumosos, a menos que a doença já se apresente em estágio avançado. Geralmente, no enfisema centroacinar, os dois terços superiores dos pulmões estão mais severamente acometidos em relação aos inferiores. O exame histológico revela destruição das paredes alveolares e aumento dos espaços aéreos na ausência de fibrose. Além da perda alveolar, há também diminuição do número de capilares alveolares. Os bronquíolos terminais e respiratórios podem apresentar deformidades secundárias à perda dos septos que auxiliam na manutenção da integridade do parênquima. A perda do tecido elástico dos septos alveolares circundantes reduz a tração radial das vias aéreas menores resultando em tendência aumentada ao colapso durante a expiração, o que constitui importante causa de obstrução crônica ao fluxo de ar no enfisema severo. A inflamação bronquiolar e a fibrose da submucosa estão consistentemente presentes na doença avançada. A bronquite crônica é comum entre os tabagistas e moradores urbanos de cidades com altos níveis de poluição; alguns estudos indicam que 20-25% dos homens com idade entre 40-65 anos apresentam a doença. O diagnóstico da bronquite crônica é realizado clinicamente; é definido pela presença de tosse produtiva persistente nos últimos três meses consecutivos e pelo menos dois anos consecutivos. Nos estágios iniciais da doença, a tosse produtiva apresenta esputo mucoide, porém não há obstrução ao fluxo de ar. Alguns pacientes com bronquite crônica podem demonstrar vias aéreas hiper-responsivas com broncoespasmo intermitente e chiado. Um subgrupo de pacientes, especialmente aqueles com hábitos tabágicos excessivos, desenvolve obstrução crônica ao fluxo de ar, usualmente com enfisema. Macroscopicamente, a mucosa das vias aéreas maiores comumente está hiperêmica e túrgida devido ao fluido de edema; além disso, frequentemente está coberta por uma camada de secreção mucinosa ou mucopurulenta. Os brônquios menores e bronquíolos podem também estar cobertos por secreções similares. Histologicamente, o aumento das glândulas secretoras de muco na traqueia e brônquios maiores constitui a lesão patognomônica da bronquite crônica. A magnitude do aumento no tamanho é avaliada através da razão entre a espessura da camada de glândulas submucosas e da parede brônquica (índice de Reid — o normal é 0,4). O predomínio de células inflamatórias mononucleares, às vezes associadas a neutrófilos, está frequentemente presente na mucosa brônquica em densidade variável. A bronquiolite crônica (doença das vias aéreas menores), caracterizada por metaplasia das células caliciformes, plugs de muco, inflamação e fibrose, também está presente. Nos casos mais graves, pode haver obliteração completa do lúmen como consequência de fibrose (bronquiolite obliterans). O estreitamento da luz e a obstrução das vias aéreas são causados pela fibrose da submucosa. Alterações enfisematosas também coexistem Enfisema Irregular: no enfisema irregular, o ácino apresenta envolvimento irregular e está invariavelmente associado à cicatrização resultante de doenças inflamatórias. Embora clinicamente assintomática, essa pode ser a forma mais comum de enfisema. Discutir acerca dos dados epidemiológicos relacionados às IST/AIDS em idosos A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), doença causada pelo HIV, tem sido notificada no país desde 1980 e, segundo o Ministério da Saúde, desde então foram notificados, em pessoas com 60 anos ou mais, 18.712 casos de AIDS, com 1620 novos casos em 2017. Desde 1986, com a criação do Programa Nacional de DST/ AIDS, o Brasil tem desenvolvido estratégias para a prevenção, entretanto, muito pouco se fez em se tratando da população de idosos. A escassez de estudos epidemiológicos e campanhas de prevenção, somados à ampliação do período sexual ativo, processos fisiológicos do envelhecimento e aspectos comportamentais têm refletido na incidência de DST e AIDS nos idosos. No Brasil, estimativas da Organização Mundial da Saúde apontam que há aproximadamente 937 mil novas infecções de sífilis, 1,5 milhão de casos de gonorreia e quase dois milhões de casos de clamídia por ano. Entretanto, dados mais precisos sobre o índice de transmissão de DST, especificamente na população acima de 50 anos, são escassos, por não serem doenças de notificação compulsória. O primeiro caso de AIDS em indivíduos acima de 50 anos no Brasil foi notificado em 1982; desde então até 2008, 47.437 casos (34% em mulheres e 66% em homens) foram contabilizados, correspondendo a 9% do total de casos do país. No mesmo período, a taxa de incidência vem aumentando nesse grupo populacional em todas as regiões do Brasil. Em 2006, a incidência por 100.000 habitantes foi de 15,7%. Vários países ao redor do mundo também apresentaram um aumento da incidência de AIDS na população acima de 50 anos, sendo a relação sexual a principal via de contágio nessa população. A razão de gênero nos casos de AIDS entre indivíduos de 50 anos de idade ou mais mostra tendência de decréscimo em nosso país. Em 1986, a razão era de cerca de 19 casos em homens para cada caso em mulheres e, em 2006, passou a 16 casos de AIDS em homens para cada 10 casos em mulheres. Em homens com 50 anos de idade ou mais, no período de 1990 a junho de 2008, houve um aumento da transmissão heterossexual com estabilização no final do período. A subcategoria homossexual/bissexual apresentou diminuição da proporção de casos, também seguida de estabilização ao final do período. Em mulheres, há o predomínio de casos de transmissão heterossexual em todo o período. Desde o início da epidemia, 23.873 indivíduos de 50 anos de idade ou mais foram a óbito por AIDS no Brasil. Nessa faixa etária, o coeficiente de mortalidade apresenta tendência ao crescimento observado em todas as regiões. O Brasil apresentou um aumento de 4,7/100.000 habitantes em 2000 para 7,1/100.000habitantes em 2006. Os maiores coeficientes de mortalidade são encontrados nas regiões Sul e Sudeste que em 2006 apresentavam taxas de 10 e 8,5/100.000 habitantes, respectivamente. O coeficiente nos homens aumentou de 7,2 para 10,3/100.000 habitantes de 2000 a 2006 e, nas mulheres, passou de 2,5 para 4,3/100.000 habitantes. Em 2006, houve 21 óbitos por AIDS em homens para cada 10 mulheres. O principal fator de risco de DST em idosos é a pratica sexual desprotegida. Com o aumento da idade, existe uma tendência em diminuir o uso de preservativos nas relações sexuais, demostrado na pesquisa de conhecimento, Atitudes e Praticas da População brasileira 2008, onde 55% dos jovens entre 15 e 24 anos declaram ter usado preservativo na última relação sexual independentemente de parceiro fixo ou casal, enquanto apenas 16,64% dos indivíduos entre 50 e 64 anos confirmam o uso do preservativo. Os principais fatores que muito contribuem para a não utilização de preservativos da população idosa são: • Menor preocupação com concepção; • Dificuldades com manuseio do preservativo; • Piora no desempenho sexual; • Incapacidade de mulheres idosas em negociar o uso de preservativo; • Estabilidade do relacionamento e submissão ao companheiro; • Aumento das taxas de divórcio; • Viuvez; • Procura de parceiros sexuais na internet; • Aumento do turismo sexual. Assim, vale ressaltar que os profissionais da área da saúde não podem deixar passar despercebidos os depoimentos dessa faixa etária, de ofertar testes rápidos, preservativos e orientações aos mesmos, pois desconsiderar um possível diagnóstico de ISTs em um idoso (a), é falho, e deixa essa parte da população susceptível ao risco das doenças venéreas. Posto isto, essa concepção social pré-formada de que o idoso não pratica o ato sexual, torna-se preocupante, afastando ainda mais o mesmo sobre a sua vulnerabilidade e conscientização. Discutir as alterações laboratoriais evidenciadas nas patologias descritas nesse problema: anemia, desnutrição e AIDS. ANEMIA: A anemia não é caracterizada como um diagnostico em si, mas sim um sinal objetivo da doença. O primeiro passo no diagnostico da anemia é fazer a mensuração precisa dos valores pertinentes em e a comparação desses valores com o de referência adequados para indivíduos saudáveis. O diagnostico pode ser feito por meio de sinais clínicos, exames laboratoriais e inquéritos de consumo alimentar. Os exames laboratoriais são os mais utilizados, tendo em vista as limitações dos outros. O exame clínico em alguns casos pode ser ineficaz em casos assintomáticos da doença. O diagnostico diferencial da anemia, com caracterização especifica deve ser realizada com exames clínicos e laboratórios que incluem os indicadores hematologia: hemoglobina, hematócrito e hemácias e os indicadores hematimétricos: volume corpuscular (VCM), Hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) e amplitude de distribuição dos eritrócitos (RDW). Além disso, existem diversos parâmetros hematológicos e bioquímicos que refletem os três estágios da carência de ferro, ou seja, a depleção das reservas, a deficiência na transferrina e anemia ferropriva. Esses parâmetros podem ser usados isoladamente ou associados no diagnostico do estado nutricional de ferro em indivíduos ou populações. Dentre os parâmetros bioquímicos utilizados para detectar estágios de depleção e deficiência de ferro, podemos citar ferritina sérica, ferro sérico, capacidade total de ligação de ferro, os receptores de transferrina, o percentual de saturação de transferrina e a protoporfirina eritrocitária livre. - DESNUTRIÇÃO: Com o envelhecimento, mudanças fisiológicas, metabólicas e capacidade funcional resultam na alteração das necessidades nutricionais. Além disso, a população idosa é heterogênea pela diversidade social, cultural, econômica e idade fisiológica. Essas mudanças, assim como a diversidade entre os idosos podem contribuir para alterar o seu estado nutricional. O mais importante distúrbio nutricional observado nos idosos é a desnutrição, que está associada ao aumento da mortalidade e da susceptibilidade às infecções e a redução da qualidade de vida. Entretanto, freqüentemente, a desnutrição insere-se no contexto de outras modificações orgânicas verificadas ao longo do processo de envelhecimento, deixando de ser diagnosticada. Alguns autores consideram que os sinais de desnutrição podem ser difíceis de distinguir daquelas resultantes do processo natural de envelhecimento, porém se essa condição mórbida não for detectada, pode contribuir para o agravamento de manifestações clínicas associadas à inúmeras doenças crônicas e aumento de mortalidade. A desnutrição é um transtorno corporal produzido por um desequilíbrio entre o aporte de nutrientes e as necessidades do indivíduo motivado por uma dieta inadequada, ou por fatores que comprometam a ingestão, absorção e utilização dos nutrientes decorrente de alguma afecção ou por necessidades nutricionais aumentadas. Os idosos constituem um grupo de risco de desnutrição devido a uma série de mudanças fisiológicas, sociais, econômicas e psicológicas relacionadas com o pro- cesso de envelhecimento. Uma nutrição deficitária favorece o aparecimento de doenças que, por sua vez, repercutem negativamente no seu estado nutricional, instaurando-se desta maneira um ciclo vicioso má nutrição – doença. Os indicadores de desnutrição ou de risco de desnutrição no idoso mais comuns são: dados antropométricos (peso, altura, índice de massa corporal, circunferências do braço, panturrilha e abdominal, pregas cutâneas e composição corporal), exame clínico, exames laboratoriais (hemograma, eletroforese de proteínas, balanço nitrogenado, colesterol sérico) e dietéticos. Podem-se considerar como os principais indicadores de desnutrição nos idosos os seguintes parâmetros: • Perda de peso involuntária de aproximadamente 5% em um mês, 7,5% em três meses e 10% em 6 meses; • Peso baixo para a altura, inferior a mais de 20% do peso corporal ideal; • Índice de massa corporal (IMC) menor que 22 kg/m2; • Albumina sérica abaixo de 3,5 mg/dL; • Nível de colesterol sérico total inferior a 160 mg/dL; • Mudança do estado funcional: de independente para de- pendente; • Ingestão alimentar inadequada; • Circunferência muscular do braço inferior ao percentil 10; • Prega cutânea tricipital menor que o percentil 10 ou maior que o percentil 9524. Inúmeros testes de avaliação para risco de desnutrição têm sido desenvolvidos, destacando-se a Mini Avaliação Nutricional (MAN) e o SCALES. AIDS: O vírus HIV é do gênero Lentivirus e pertencente a família Retroviridae. Esse vírus é o grande responsável pelos casos de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), registrando altos índices de morbimortalidade. Inicialmente, o primeiro exame realizado é o hemograma, mas este não pode ser utilizado como determinante para o diagnóstico, uma vez que só indica a existência de infecções virais, bacterianas ou quadros anêmicos, não identificando o agente causador. Sendo assim, a melhor forma de diagnosticar a AIDS é através dos seguintes testes: • Contagem de células CD4+ em sangue periférico - A contagem de células CD4+ servem como parametron para avaliar o grau de avanço do HIV no corpo humando, podendo resultar e um quadro de AIDS. - Maior 500 células/mm3: infecção pelo HIV com pequeno risco de doenças oportunistas. - Entre 200 e 500 células/mm3: Estágio caracterizado por surgimento de sinais e sintomas menores ou alterações constitucionais. - Entre 50 e 200 células/mm3: Alto risco de surgimento de doenças oportunistas. - Menor 50 células/mm3: Grave comprometimento de resposta imunitária. • Detecção de antígenos; - A detecção de antígenos consiste na busca do conhecidoantígeno p24, que quantifica a concentração da proteína viral p24 presente no plasma ou no liquido sobrenadante de tecidos periféricos. • Detecção de anticorpos; - ELISA (teste imunoenzimático); - Western-blot; - Imunofluorescência indireta; - Radioimunoprecipitação. • Amplificação do genoma do vírus. - A amplificação do genoma viral serve como parâmetro para definir se o corpo está reagindo bem ao coquetel antirretroviral. • Carga viral < 10.000 cópias de RNA por ml: baixo risco de progressão ou de piora da doença. • Carga viral entre 10.000 e 100.000 cópias de RNA por ml: risco moderado de progressão ou de piora da doença. • Carga viral > de 100.000 cópias de RNA por ml: alto risco de progressão ou de piora da doença. • Cultura viral; - Dente os principais tipos de testes, os principais são: ➢ Cultura de células mononucleares de sangue periférico para isolamento do HIV; ➢ Cultura quantitativa de células; ➢ Cultura quantitativa de plasma. Descrever os marcadores laboratoriais utilizados no diagnóstico da anemia, desnutrição e nas infecções respiratórias. - INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS: No caso de infecções respiratórias me idosos, a depressão imunológica causada pelo envelhecimento oferece maior propensão ao desenvolvimento de infecções mais graves, entretanto, que podem ser evitadas por meio de intervenções terapêuticas precoces. Nessas situações, os recursos auxiliares ao diagnóstico compreendem a utilização de Leucograma associado ao RX de Tórax, que nem sempre são conclusivos, prevalecendo o exame clínico e a história do paciente na tomada de decisões. (Diagnóstico de infecções respiratórias aguda) Estudos sugerem a checagem dos níveis sanguíneos da Proteína C. Reativa – PCR. Esta proteína possui concentração muito baixa em pessoas saudáveis, porém diante de infecção ou estímulos inflamatórios passa a ser sintetizada pelo fígado e encontrada no sangue em fases agudas dessas patologias. Por isso, a identificação da PCR permite o estabelecimento de um diagnóstico diferencial mais preciso nos quadros virais e bacterianos. (Diagnóstico de infecções respiratórias aguda) No referido estudo, foram acompanhados pacientes de variadas faixas etárias, com sintomas de Síndrome Respiratória Aguda. O objetivo primário era identificar, através de testes específicos, os portadores de infecções bacterianas e os portadores de síndromes virais, sobretudo, a influenza (gripe). A população estudada realizou a dosagem da PCR sanguínea, permitindo que os pesquisadores concluíssem que o grupo portador de infecções bacterianas apresentavam níveis de PCR em média de 135.96 mg/L, ao passo que os acometidos por gripe tinham níveis médios de 25.65mg/L e em outras infecções virais respiratórias a dosagem era de 13.73 mg/L. (Diagnóstico de infecções respiratórias aguda) Dessa forma, o que se preconiza é a utilização deste exame laboratorial para a tomada de decisões rápidas e a instituição da terapêutica mais eficaz e eficiente para o paciente. Além disso, a identificação de níveis elevados de PRC no sangue apresenta maior eficácia na identificação de infecções bacterianas do que a medição dos níveis de leucócitos (leucocitose), sobretudo em quadros pneumônicos. (Diagnóstico de infecções respiratórias aguda) Reconhecer os princípios físicos das trocas gasosas; difusão de oxigênio e dióxido de carbono através da membrana respiratória. Depois que os alvéolos são ventilados com ar atmosférico, a próxima etapa da respiração é a difusão do oxigênio (O2) dos alvéolos para o sangue pulmonar e a difusão do dióxido de carbono (CO2) na direção oposta, do sangue para os alvéolos. A pressão parcial de cada gás na mistura dos gases respiratórios alveolares tende a forçar as moléculas do gás para a solução no sangue dos capilares alveolares. Por outro lado, as moléculas do mesmo gás que já estão dissolvidas no sangue se movem aleatoriamente no líquido do sangue, e algumas dessas moléculas em movimento escapam de volta aos alvéolos. A intensidade em que elas escapam é diretamente proporcional à sua pressão parcial no sangue. A difusão efetiva é determinada pela diferença entre as duas pressões parciais. Se a pressão parcial for maior na fase gasosa nos alvéolos, como normalmente é verdadeiro no caso do oxigênio, então mais moléculas se difundirão para o sangue do que na outra direção. Por outro lado, se a pressão parcial do gás for maior no estado dissolvido no sangue, o que costuma ser no caso do CO2, então a difusão efetiva ocorrerá para a fase gasosa nos alvéolos. A capacidade funcional residual média dos pulmões de pessoas do sexo masculino (o volume de ar remanescente nos pulmões, ao final da expiração normal) mede cerca de 2.300 mililitros. Contudo, apenas 350 mililitros de ar novo chegam aos alvéolos a cada inspiração normal, e essa mesma quantidade de ar alveolar usado é expirada. Portanto, o volume do ar alveolar substituído por ar atmosférico novo a cada respiração é de apenas um sétimo do total, de maneira que são necessárias múltiplas respirações para ocorrer a troca da maior parte do ar alveolar. A lenta substituição do ar alveolar é de particular importância para evitar mudanças repentinas nas concentrações de gases no sangue. Isso torna o mecanismo do controle respiratório muito mais estável do que seria de outra forma, e ajuda a evitar aumentos e quedas excessivos da oxigenação tecidual, da concentração tecidual de CO2, e do pH tecidual, quando a respiração é interrompida temporariamente. Camadas da membrana respiratória: 1. Camada de líquido contendo surfactante que reveste o alvéolo e reduz a tensão superficial do líquido alveolar. 2. Epitélio alveolar, composto por células epiteliais finas. 3. Membrana basal epitelial. 4. Espaço intersticial delgado entre o epitélio alveolar e a membrana capilar. 5. Membrana basal capilar que, em muitos locais, se funde com a membrana basal do epitélio alveolar. 6. Membrana endotelial capilar. A despeito do grande número de camadas, a espessura total da membrana respiratória em algumas áreas é tão pequena quanto 0,2 micrômetro e, em média, tem 0,6 micrômetro, exceto onde ocorrem núcleos celulares. A partir de estudos histológicos, estima-se que a área superficial total da membrana respiratória seja aproximadamente de 70 metros quadrados no adulto saudável do sexo masculino, o que equivale à área de um cômodo de 7,6 por 9 metros. A quantidade total de sangue nos capilares dos pulmões a qualquer momento é de 60 a 140 milímetros. O diâmetro médio dos capilares pulmonares é de apenas 5 micrômetros, o que significa que as hemácias precisam se espremer ao passar por eles. A membrana das hemácias em geral, toca a parede capilar, de maneira que não é preciso que o O2 e o CO2 atravessem quantidades significativas de plasma enquanto se difundem entre o alvéolo e a hemácia, o que também aumenta a rapidez da difusão. Os fatores que determinam a rapidez com que um gás atravessará a membrana são (1) a espessura da membrana; (2) a área superficial da membrana; (3) o coeficiente de difusão do gás na substância da membrana; e (4) a diferença de pressão parcial do gás entre os dois lados da membrana. A capacidade da membrana respiratória de trocar um gás entre os alvéolos e o sangue pulmonar é expressa em termos quantitativos pela capacidade de difusão da membrana respiratória, que é definida como o volume de gás que se difundirá através da membrana a cada minuto, para a diferença de pressão parcial de 1 mmHg. O ar atmosférico é composto, quase inteiramente, por nitrogênio e oxigênio, não contendo, em geral, CO2 e apenas pouco vapor de água. Entretanto, tão logo o ar atmosférico entra nas vias aéreas, ele é exposto a líquidos que recobrem as superfícies respiratórias. Mesmo antes de o ar entrar nos alvéolos, ele fica totalmente umidificado. A pressão parcial do vapor de água, natemperatura corporal normal de 37°C, é de 47 mmHg, que é, portanto, a pressão parcial do vapor de água no ar alveolar. Na medida em que a pressão total nos alvéolos não consegue ultrapassar a pressão atmosférica (760 mmHg, a nível do mar), esse vapor de água simplesmente dilui todos os outros gases no ar inspirado. Descreva a fisiologia da ventilação pulmonar. entilação pulmonar é o processo de movimento do ar pelas vias do sistema respiratório. A sua função é renovar o ar nas vias aéreas para que ocorra a troca gasosa. A respiração pulmonar é realizada através da inspiração e expiração. É conhecida popularmente como respiração. O ato de respirar é a ventilação pulmonar em si. Também conhecida como respiração pulmonar. Para entender como todo esse processo ocorre é importante entender a mecânica respiratória. Ou seja, as estruturas, os órgãos os músculos envolvidos para que tudo isso ocorra. A atividade muscular causa mudanças no volume da cavidade torácica durante a respiração. Mudanças no volume da cavidade torácica causa mudanças nas pressões intrapulmonar e intrapleural, que permitem a movimentação do ar de região de alta pressão para região de baixa pressão. Inspiração e Expiração A ventilação pulmonar é um processo feito em dois tempos: • Inspiração: é o movimento em que o ar entra nas vias aéreas; • Expiração: é o movimento de saída do ar das vias aéreas. Durante a inspiração, o diafragma e os músculos intercostais contraem-se, aumentando o volume interno da caixa torácica. Desse modo, o ar entra nos pulmões. Na expiração, o diafragma e os músculos intercostais relaxam, diminuindo o volume interno da caixa torácica e determinando a saída de ar dos pulmões. No processo de ventilação, as costelas acompanham a variação do volume da caixa torácica. Na inspiração elas se elevam e, na expiração, elas se abaixam. Para sentir a variação de volume da caixa torácica nesse processo, coloque suas mãos nas laterais do tórax, sobre as costelas. Depois, inspire e expire profundamente e note o movimento do tórax. Antes de alcançar os pulmões, nos quais ocorrem as trocas gasosas, o ar entra no organismo pelas narinas, passa pelas fossas nasais, pela faringe, pela laringe e pela traqueia. Na laringe é estão localizadas as pregas vocais, que faz parte do sistema de fonação (produção de som). Durante a expiração, o ar passa por elas e possibilita a produção de som. Além das cordas vocais, a língua, a cavidade bucal, os lábios e a cavidade nasal também participam do processo de fala. A traqueia – um tubo de aproximadamente 10 centímetros de comprimento -possui paredes reforçadas por anéis cartilaginosos, os quais a mantêm sempre aberta. Em seu prolongamento, a traqueia se divide em dois grandes tubos: o brônquio direito e o brônquio esquerdo, os quais também possuem anéis cartilaginosos em suas paredes. Como o próprio nome sugere, o brônquio direito segue para o pulmão direito e o brônquio esquerdo, para o pulmão esquerdo A função do muco é evitar que substâncias presentes no ar, como poeira, microrganismos e outras partículas em suspensão entrem em contato com o pulmão. Os cílios deste epitélio possibilitam que o muco cheio de partículas seja expelido pela garganta ou pelas fossas nasais. Quando essas partículas ficam presas nas fossas nasais, elas podem ressecar, ficando mais endurecidas. Como o revestimento dessas fossas é delicado, recomenda-se retirar o muco apenas assoando o nariz. A tosse também evita que materiais presentes no ar entrem em contato com o pulmão. As leis dos gases mostram a relação entre pressão parcial, solubilidade e concentração gasosa. Os gases difundem através dos gradientes de pressão parcial, de regiões de alta pressão parcial para regiões de baixa pressão parcial. Respiração externa: o O2 é carregado dos alvéolos para dentro dos capilares pulmonares e o CO2 descarregado dos capilares pulmonares para dentro dos alvéolos. Respiração interna: o O2 é descarregado dos capilares sistêmicos para dentro das células e o CO2 carregado das células para dentro dos capilares sistêmicos. A eficiência das trocas gasosas depende de vários fatores incluindo área de superfície, gradiente de pressão parcial, fluxo sanguíneo e fluxo de ar. Durante a respiração externa, a relação ventilação-perfusão mantém fluxo de ar e fluxo sanguíneo em proporções próprias para trocas gasosas eficientes. Hematose A hematose (troca gasosa) é o processo em que o oxigênio presente no ar vai passar para o sangue. Ao mesmo tempo, o gás carbônico presente no sangue passará para os ductos alveolares. É, portanto, um processo que ocorre com o sistema circulatório.