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Aula 10
Marcela Jorqueira Fantappie – Turma 3000 
Questões:
1. Que é competência tributária? Qual a diferença entre competência tributária e capacidade tributária ativa?
Por competência tributária, entende-se: é o poder facultativo, indelegável, intransferível, incaducável e irrenunciável, pela Constituição Federal à União, Estados e Municípios para a instituição de tributos.
Por outro lado, a capacidade tributária ativa é entendida como sendo a capacidade do ente federativo de exercer a atividade de arrecadar e fiscalizar tributos. 
Ou seja, diferentemente da competência tributária dos entes, a capacidade tributária ativa é uma capacidade delegável a outras pessoas jurídicas, de direito público.
2. Quais as características da competência tributária? Explique-as. 
Irrenunciabilidade: não pode renunciar às suas competências, decidindo que jamais instituirão determinados tributos.
Inalterabilidade: não podem modificar seus termos e condições, visto se tratar de matéria exclusivamente constitucional.
Facultatividade: podem instituir ou não os tributos pertencentes às suas respectivas faixas impositivas
Incaducabilidade: não perecem com o decurso do tempo, ainda que não exercitadas.
Indelegabilidade: cada ente recebeu sua respectiva faixa de competência da Constituição, não podendo, em hipótese alguma, delegá-la para outros entes.
3. Identifique a competência tributaria da i) União; ii) Estados e Distrito Federal; e iii) Municípios.
Competências da União: legislar sobre a criação de impostos sobre importação de produtos estrangeiros; exportação, para o exterior, de produtos nacionais; renda e proventos de qualquer natureza; produtos industrializados; operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; propriedade territorial rural e grandes fortunas (ainda sem regulamentação).
Competências dos Estados e do Distrito Federal: regulamentar impostos sobre a transmissão por herança ou doação de bens ou direitos; as operações de circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; e a propriedade de veículos automotores. A Constituição permite ao Senado estipular alíquotas para impostos estaduais, como o ICMS, a fim de regular a guerra fiscal.
Competências dos municípios: legislar sobre impostos de propriedade predial e territorial urbana; sobre a compra e venda de bens imóveis e sobre serviços de qualquer natureza.
4. O sistema constitucional tributário brasileiro admite alterações na faixa de competência tributária das pessoas políticas? Proposta de Reforma Tributária Nacional que substitua os impostos estaduais e municipais sobre bens e serviços, por um imposto único de competência da União por emenda constitucional viola os Princípios do Pacto Federativo e do Federalismo Fiscal? E se esta emenda prever expressamente o repasse obrigatório da integralidade ou parte do produto da arrecadação desse imposto único para os estados e municípios? 
O sistema constitucional tributário brasileiro admite alterações na faixa de competência tributária das pessoas políticas desde que sejam realizadas mediante Emendas Constitucionais. Conforme anteriormente dito, a competência tributária tem como uma de suas características a indelegabilidade, razão pela qual, por si só a alteração de competência não pode ser realizada, entretanto, tendo em vista referido tema não ser uma cláusula pétrea no ordenamento, este pode ser alterado mediante Emenda Constitucional, tendo em vista que será alterado o próprio texto constitucional, o qual prevê as competências.
Por outro lado, há o entendimento de que não pode ser ampliada por Emenda Constitucional a competência tributária municipal por violar o disposto no artigo 60, §4˚ da CF, o qual prevê que não pode ser objeto de Emenda Constitucional proposta que tenda a abolir, dentre outros, os direitos e garantias individuais. Neste sentido, firma-se o entendimento de que em momento algum esteve previsto na Constituição Federal a possibilidade de instituição de novos tributos pelos Municípios ou Distrito Federal, mas somente a União teria competência para a instituição de novos tributos, mediante Lei Complementar, conforme previsto no artigo 154 da CF.
A Proposta de Reforma Tributária Nacional que prevê a substituição de impostos estaduais sobre bens e serviços por imposto único de competência da União não viola o Princípio do Federalismo Fiscal. Em que pese a retirada da competência de tributar dos entes – municípios e estados – sobre os impostos que tenham como fato gerador o consumo de bens e serviços, estes ainda receberiam valores correspondentes à arrecadação. Ademais, a existência de outros tributos, com fatos distintos do consumo de bens e serviços também garantem a isonomia entre os entes federativos. Assim, por mais que a arrecadação de cada ente seja reduzida, esta permanece, bem como não viola de maneira alguma o Federalismo instituído na Constituição Federal, o qual é cláusula pétrea no ordenamento brasileiro. Assim, com a previsão do repasse obrigatório da integralidade ou parte da arrecadação, não há a violação ao Princípio do Federalismo Fiscal.
Os municípios não podem utilizar da materialidade conferida a estes no artigo 149-A da CF para a instituição de impostos, e, ainda, estão vedados de utilizarem aas materialidades atribuídas aos Estados e Distrito Federal na repartição constitucional das competências para a instituição de impostos. Isto porque, foi conferido a esses, ainda que sob controvérsia, a competência para a instituição de Contribuição Social sobre a Iluminação Pública, de modo que a receita advinda deste tributo é plenamente vinculada, qual seja para o custeio da iluminação pública, não podendo o Município utilizar-se da EC 39/2002 para a instituição de novo imposto com materialidade de competência dos Estados.
​No tocante ao consumo de energia elétrica, a Constituição Federal, no artigo 155, §3˚, prevê expressamente a imunidade de referido consumo em relação a todos os impostos, salvo o ICMS, desta maneira, a vedação existente na CF em relação ao consumo de energia elétrica é somente em relação a impostos, não havendo vedação para a instituição de outras espécies tributárias sobre referido fato gerador, desde que este não seja idêntico a de outro tributo.

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