Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Diversas doenças parasitárias que apresentam formas ou estágios no sangue circulante podem ser diagnosticadas com precisão por meio do exame de sangue. Assim, a malária, a filariose brancroftiana, a babesiose e a doença de Chagas em sua fase aguda são diagnosticadas parasitologicamente por esse exame. Em verdade, o exame parasitológico de sangue consiste em se examinar ao microscópio uma gota de sangue do paciente colocada sobre uma lâmina. A partir daí, conforme será mostrado em seguida, podemos realizar um dos seguintes procedimentos: observar o parasito vivo ou observar o parasito fixado e corado, a partir de "esfregaços delgados" ou "esfregaços espessos" (gota espessa). Os métodos adotados para evidenciação do parasito devem ser executados imediatamente após a colheita do sangue. Caso isso não possa ser feito, há possibilidade de colher o sangue em vidros contendo anticoagulantes (heparina ou citrato) e então, quando for possível, executar os métodos de exame indicados. A hemoscopia assim feita é menos nítida do que quando em material fresco. Exame Parasitológico sangue farmablogueira COLETA DO SANGUE Os locais mais usados são a polpa digital do anular esquerdo ou lóbulo da orelha, onde a pele é fina e há boa irrigação sanguínea. Com algodão molhado em álcool iodado ou álcool puro, limpa-se a superfície escolhida. Com um alfinete ou agulha de estilete, previamente esterilizada, faz-se uma pequena picada na pele. Por compressão, sai pequena gota de sangue, a qual poderá ser examinada por um dos processos a seguir. Um detalhe importante: ao se fazer a picada, o dedo ou o lóbulo da orelha devem estar bem secos. Caso estejam molhados pelo desinfetante ou pelo suor, haverá hemólise das hemácias. MÉTODOS DE EXAME DIRETO A gota é coletada no centro de uma lâmina, coberta com lamínula e examinada imediatamente após, pois a coagulação é rápida. Caso queira retardar a coagulação, pode adicionar uma ou duas gotas de salina. Levando-se essa preparação ao microscópio, poderão ser vistos os parasitos porventura existentes. Esse exame direto ou a fresco permite visualizar os parasitos vivos, movimentando-se. EM ESFREGAÇOS Existem dois tipos fundamentais de esfregaços - o esfregaço em camada delgada e o esfregaço em camada espessa. São conhecidos também, por gota estirada e gota espessa respectivamente. Ambos são muito utilizados. O primeiro é mais usado para identificação da forma e espécie de vários parasitos, pois, quando é bem feito, os mesmos aparecem nitidamente. Já o segundo é mais utilizado em diagnóstico epidemiológico. E um método de enriquecimento, isto é, a gota de sangue é disposta numa pequena área e então examinada. Os parasitos aí presentes podem ser diagnosticados com muita economia de tempo, mas a sua identificação específica é dificultada ESFREGAÇO EM CAMADA DELGADA Colocar uma gota de sangue na extremidade direita de uma lâmina (esta deve estar apoiada sobre a mesa); pegar outra lâmina, segurar por cima com a mão direita e, com uma inclinação de 45", encostar adiante da gota; deixar a mesma se espalhar pela superfície de contato das duas lâminas; puxar a gota espalhada até o fim da lâmina; secar por agitação vigorosa imediatamente (se não se car rápido, haverá hemólise das hemácias); corar pelo Giemsa ou Leishman conforme indicado adiante.
Compartilhar