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MeningiteMeningiteMeningite
Universidade do Estado do Amazonas
A meningite é um processo inflamatório que
envolve as meninges, o encéfalo e a medula
espinal; pode ser causada por diversos
microrganismos, como vírus, fungos e bactérias. 
http://thet-mjlouis.blogspot.com/2012/10/health-meningitis-alert.html
Alta taxa de letalidade e sequela
Alta taxa de letalidade
Atinge todas as idades, porém é
prevalente em crianças
Acomete principalmente a aracnoide e
a pia-máter, associado à invasão
bacteriana no espaço subaracnoide 
Quadro clínico que, em geral, evolui de forma benigna
Comum com casos isolados
Faixa etária de maior risco é a de menores de seis anos 
Doença conhecida desde os primórdios da medicina porém de
causa desconhecida
Na Europa era conhecida como "spot fever"
Com o avanço da microbiologia no fim do século XIX o quadro
clínico da patologia pode ser compreendido
1805- M. Vieusseux descreve pela
primeira vez um surto de meningite
ocorrido na Suiça
1882 – Vladimir Kerning relata pela primeira vez sinais clínicos
específicos que ficaram conhecidos
como Sinal de Kerning
1884 - Albert Fraenkel descobre o pneumococo
1887 - Anton Weichselbaum isolou Diplococcus intracellularis
meningitidis, conhecida como Neisseria meningitidis.
1889 – Josef Brudzinski relata sinai sclínicos específicos que
ficaram conhecidos como Sinal de Brudzinski
1892 - Haemophilus influenza é identificado pelo bacteriologista
alemão Johannes Pfeiffer
1906 – Os investigadores Simon Flexner, Jochmann e Wassermann
iniciam a seroterapia com soro produzido em cavalos
Década de 1930- Soroterapia foi substituída pelo tratamento com
sulfonamida
1950/1960 – Foram introduzidos na terapêutica o cloranfenicol,
ampicilina e estreptomicina
Década de 1980 – Foi introduzida a vacina contra os meningococos
dos sorotipos A, C, Y e W-135
Década de 1990- Foram introduzidas as vacinas contra o
Haemophilus influenzae do tipo b e anti-pneumocócica conjugada
7-valente
1906-Adolfo Lutz e Teodoro Baima encontram o
meningococo em amostras de líquido cefalorraquidiano de
imigrantes europeus infectados
Década de 1910 e 1930- Ciclos epidêmicos em São Paulo e
Rio de Janeiro acompanhando tendência global durante a 1ª
e 2ª Guerras Mundiais
Década de 1970-Grandes
 surtos em quase todas as capitais do país 
Grupo dos Enterovírus, principalmente os da família
Picornaviridae: Echovirus , os Poliovírus e os Coxsackievírus
Grupos menos freqüentes como os arbovírus (destaque para o
vírus do Nilo Ocidental, que nos últimos anos tem sido
responsável por vários casos de encefalite e meningite em
indivíduos acima de 50 anos, principalmente na América do
Norte), o herpes simples vírus e os vírus da varicela, da caxumba
e do sarampo. 
Neisseria meningitidisNeisseria meningitidisNeisseria meningitidis
https://www.britannica.com/science/meningitis
Diplococo imóvel
Gram-negativo
Aeróbia
Fermentadora de glicose e maltose
Possui cápsula e fímbrias
Crescimento potencializado em
atmosfera úmida com temperatura
entre 35 e 37ºC e CO2 5%
Frágil fora do organismo humano
Haemophilus influenzaeHaemophilus influenzaeHaemophilus influenzae
https://fineartamerica.com/featured/7-sem-of-haemophilus-
influenzae-david-m-phillips.html
Bacilo Gram-negativo
Pleomórfico
Pode ser capsulado (+virulento)
ou não capsulado
Organismo exigente
Cresce melhor na temperetura
de 35 a 37ºC e CO2 5%
Requer hemina e nicotinamida
adenina dinucleotídeo para o
seu crescimento
StreptococcusStreptococcusStreptococcus
pneumoniae/pneumococopneumoniae/pneumococopneumoniae/pneumococo
https://www.cdc.gov/pneumococcal/about/photos.html
Cocos Gram-positivos
Normalmente na forma de
diplococos podendo apresentar
pequenas cadeias
Fastidiosas
Fazem parte da flora
microbiana normal do indivíduo
Listeria monocytogenesListeria monocytogenesListeria monocytogenes
https://news.wisc.edu/listeria-may-be-serious-
miscarriage-threat-early-in-pregnancy/
Pequeno bacilo Gram-positivo
Anaeróbio facultativo
Aparece isolado, aos pares ou em pequenas
cadeias
Móvel em temperatura ambiente e imóvel a 37ºC
Encontrado no ambiente natural
Pode causar septcemia em pacientes
imunodeprimidos 
Os sintomas podem incluir febre alta, recusa
alimentar, vómitos, letargia,
apatia e irritabilidade (criança)
Sinais de irritação meníngea:
 rigidez da nuca (meningismo),
sinal de Brudzinski (flexão involuntária dos
membros inferiores quando o pescoço é
fletido) 
 sinal de Kernig (ao flexionar a perna num
angulo de 90º com o quadril, tornase
impossível estendê-la a mais de 135º) (McPhee
et al., 2007). (Adam, 2008)
O lipooligossacídeo é o mais
importante fator de virulência da
bactéria, sendo usado para a
determinação sorológica do
soroimunotipo.
Neisseria meningitidisNeisseria meningitidisNeisseria meningitidis
https://www.tuyenlab.net/2016/08/
microbiology-atlas-of-neisseria-
species.html
A cápsula da bactéria é constituída
por um polissacarídeo de alta
massa molecular, cuja estrutura vai
definir o seu serotipo; a cápsula do
serotipo b, o único com interesse
médico, é composta por unidades
de poliribosil-ribitol-fosfato (PRP)
sendo considerado o maior fator de
virulência do microrganismo.
Haemophilus influenzaeHaemophilus influenzaeHaemophilus influenzae
https://microbeonline.com/virulence-
factors-haemophilus-influenzae/
Streptococcus pneumoniaeStreptococcus pneumoniaeStreptococcus pneumoniae
 Cápsula bacteriana do
Streptococcus pneumoniae é o
fator de virulência mais
importante; as enzimas
associadas á células,
pneumolisina e autolisina
contribuem para a sua
patogenicidade (Bingen, 2005) https://www.nature.com/articles/nrmi
cro1871
 Dentre os diversos fatores de
virulência de L. monocytogenes, a
proteína internalina A (InlA) é
essencial para adesão e
internalização no enterócito,
possibilitando sua entrada no
organismo.
Listeria monocytogenesListeria monocytogenesListeria monocytogenes
https://www.medwave.cl/link.c
gi/Medwave/Reuniones/3994
Os patógenos encapsulados S. pneumoniae, N. meningitidis e H.
influenzae residem na mucosa da nasofaringe humana sem causar
prejuízos ao hospedeiro.
A cápsula polissacarídica é o principal fator de virulência dessas
bactérias, sendo que a sua presença reduz o aprisionamento dos
patógenos pelo muco, permitindo seu acesso à superfície epitelial da
nasofaringe.
https://www.researchgate.net/figure/Figura-3-Fases-en-la-patogenesis-de-
Neisseria-meningitidis5_fig16_303382959
O SNC é protegido pelo crânio, pelas leptomeninges e pela BHE (barreira
hematoencefálica). A BHE é composta de células endoteliais microvasculares cerebrais,
astrócitos e perícitos. Esta barreira modula o microambiente neural regulando a
entrada e saída de moléculas para o SNC, além de preservá-lo de microrganismos
eventualmente presentes no sangue.
Após a entrada no espaço subaracnóideo, as bactérias liberam produtos altamente
imunogênicos, como peptidioglicanos e fragmentos da parede celular que levam ao
aumento da resposta inflamatória do hospedeiro. Uma resposta inflamatória
exarcebada e a liberação de toxinas pelos patógenos levam ao dano cerebral.
https://www.liquidarea.com/2010/03/meningite-neonatale-il-
quesito-sul-ruolo-che-gioca-lossido-nitrico/
 Aerossóis ou por contato direto com secreções de pacientes
infectados
Listeria monocytogenes: a transmissão da bactéria ocorre por
contacto direto com animais ou alimentos contaminados ou
diretamente da mãe para o feto.
Arbovírus: O vírus do oeste do Nilo é mantido naturalmente por
pássaros e transmitido, principalmente, pelo mosquito do gênero
Culex (amplamente distribuído em áreas urbanas).
A maioria dos agentes etiológicos é transmitido via
aerossóis ou contato com a mucosa do indivíduo
infectado sendo o ser humano o principal vetor e
reservatório do patógeno
Os arbovírus, porém, tem como vetores os mosquitos do
gênero Culex ou dos gêneros Aedes sp., A. aegypti e/ou
A. albopictus. Já os pássaros podem ser os reservatórios
principais.
https://cameronwebb.wordpress.com/tag/culex-pipiens/Pode infectar indivíduos de todas as faixas etárias, porém, 30% dos
casos notificados são de crianças com menos de 5 anos, considerados um
grupo de risco à essa infecção
A taxa de letalidade no Brasil é de 20% nos últimos anos, em casos mais
graves da meningite meningocócica a letalidade chega a 50%
A infecção ocorre, principalmente, em idosos, crianças, lactantes e
pessoas com alguma doença de base
São comuns surtos em populações confinadas como populações
carcerárias, moradores de dormitórios universitários e alojamentos
militares
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/meningite-bacteriana
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/meningite-bacteriana
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que
ocorram aproximadamente 1,2 milhão de casos e 135 mil mortes por
meningite por ano no mundo
A grande maioria dos casos e mortes resultantes da meningite ocorre na
África.
Durante a estação das secas (de dezembro a junho), epidemias atingem
regularmente os países localizados no chamado “cinturão africano de
meningite”, região que se estende por todo o continente, do Senegal à
Etiópia.
Quando existem sinais e sintomas sugestivos de
meningite é de extrema importância se
estabelecer o diagnóstico, que se proceda à
realização de uma punção lombar com recolha
de LCR
ClínicoClínicoClínico
https://www.tuasaude.com/puncao-lombar/
LaboratorialLaboratorialLaboratorial
-Exame do LCR
-Teste sorológico
-Cultura bacteriana
-Teste molecular
-Proteína C reativa
-Neuroimagiologia
https://pt.slideshare.net/SOARESCRUZ/a
natomia-
radiologicaepropedeuticaporimagemda
safeccoes
Antitérmicos como dipirona,
antieméticos (metoclopramida),
cabeceira elevada a 30º. 
Se o paciente estiver sonolento ou
confuso ou com dificuldade de
deglutição, deverá ser mantida sonda
nasogástrica para hidratação
adequada e evitar broncoaspiração.
https://enfermagemcomamor.
com.br/index.php/2018/03/21
/mudanca-de-decubito-e-
posicoes/
Mesmo sendo desconhecida a real causa, deve-se iniciar o tratamento com
antibio ticoterapia. Na pediatria, são utilizados como antibiótico de escolha a
ampicilina, ou penicilina, ou ceftriaxona; já em adultos é utilizado ceftriaxona.
http://sterimaxinc.com/products/injectable
s/ceftriaxone-sodium-for-
injection/ceftriaxone-sodium-250mg/ https://lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Ampicilina&lang=2
Imunizações ativas para prevenir a meningite viral estão
disponíveis para caxumba e sarampo (MMR), raiva,
gripe,varicela e poliomielite
Os principais agentes etiológicos bacterianos também podem
ser evitados através da vacinação. Aos 2 meses de idade a
criança é vacinada com a Pentavalente que previne infecções
pelo Haemophilus influenzae tipo B com reforço aos 4 e aos 6
meses (Hib)
A quimioprofilaxia com rifampicina (quatro doses de 10mg/kg/dose via oral
administradas de 12/12 horas, máximo de 600mg/dose para adultos e
mínima de 5mg/kg/ dose para recém-nascidos) é recomendada para todos
os contatos íntimos (domiciliares e creches) de pacientes com doença
meningocócica.
Por possuir transmissão por meio de aerossóis e contato com secreções do
infectado medidas como o uso de máscaras em caso de contato com
doentes e a limpeza constante de superfícies potencialmente infectadas se
faz necessária
Requeijo, H. (2005). Meningite Meningocócica no Brasil – Cem Anos de História
das Epidemias. News Lab, 73, pp 158-164.
Pereira, Diana Nogueira. Meningites bacterianas. Tese (Mestrado), Universidade
Fernando Pessoa, Faculdade de Ciências da Saúde. Porto, 2014. 
Guimarães, I., Guimarães, M. e Moreira, A. (2014). Perfil epidemiológico da
meningite em crianças. Revista Norte Mineira de Enfermagem, 3(1), pp 1-74 
ARAUJO, Poliana de Queiroz , PENHA, Rosiane. A importância epidemiológica
da meningite bacteriana no Brasil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo
do Conhecimento. Ano 05, Ed. 05, Vol. 10, pp. 87-100. Maio de 2020.
SCHNEIDER, Catarina; TAVARES, Michele; O retrato da epidemia de meningite em
1971 e 1974 nos jornais O Globo e Folha de São Paulo. Porto Alegre, 2015.
Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória, do Centro de Vigilância
Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, Coordenadoria de Controle de Doenças,
da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e Instituto Adolfo Lutz (Laboratório
de Vírus Entéricos. Meningites virais. Rev Saúde Pública 2006;40(4): 748-507
ARAUJO, Poliana de Queiroz. PENHA, Rosiane. A importância epidemiológica da
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Conhecimento. Ano 05, Ed. 05, Vol. 10, pp. 87-100. Maio de 2020.
Dias, Tamiris Tatiane Identificação dos arbovírus causando meningite viral em um
hospital de referência de Salvador. 2018.9
Guia de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância Sanitária da Secretaria
de Vigilância em Saúde do Mato Grosso do Sul, 7ª edição
 
Madigan, Michael T. Microbiologia de Brock.14ª Ed. 2016
FARIA, Sonia M., FARHAH Calil K. Meningites bacterianas - diagnóstico e
conduta. Artigo de revisão
Cunha, C. E. P. Identificação e caracterização de Listeria monocytogenes
isolada de paciente com quadro clínico de meningite em Pelotas, RS.
Universidade Federal de Pelotas.
Bueno, Valter Ferreira Félix. Ribotipagem e virulência de Listeria
monocytogenes de origens alimentar e humana. Tese (Doutorado), Universidade
Federal de Goiás, 2007.

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