Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS (DES) Estruturas de Pontes CV812 Projeto de uma ponte de Concreto Armado/Protendido com duas vigas principais Parte 2 - Lajes AUTORES: Gabriela Andrade dos Santos (197590) Gabrielle Rossi Sibuya (197802) 2020 SUMÁRIO Desenho e Dados do Projeto 3 Cálculo das Lajes do Tabuleiro 4 Momentos Fletores - Cargas Permanentes 6 Lajes em Balanço - L1 e L5 6 Lajes do Vão Central 9 Lajes L2 e L4 9 Laje L3 10 Momentos Fletores - Cargas Móveis 11 Lajes em Balanço - L1 e L5 11 Lajes do Vão Central 12 Lajes L2 e L4 12 Laje L3 15 Correção para Laje Contínua 17 Lajes L2 e L4 18 Laje L3 19 Valores de Projeto 20 Referências Bibliográficas 22 1. Desenho e Dados do Projeto O presente projeto visa realizar o dimensionamento das lajes do tabuleiro de uma ponte de concreto. A estrutura da ponte, bem como os dados utilizados nos cálculos do projeto encontram-se nas Figuras e Tabela abaixo. Para tanto, foram utilizadas as normas ABNT NBR 7187:2003 - Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido - Procedimento , e NBR 7188:2013 - Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas. Figura 1: Corte Transversal Figura 2: Corte Longitudinal Figura 3: Tabuleiro Central Figura 4: Tabuleiro em Balanço Tabela 1: Dados do Projeto 2. Cálculo das Lajes do Tabuleiro Para o cálculo dos momentos fletores nas lajes devido às cargas permanentes, foram consideradas as seguintes condições de vinculação: Concreto Pavimento Passeio f ck 40 MPa Inclinação 2 % ɣ 24 kN/m 3 ɣ 25 kN/m 3 Espessura 5 - 13 -5 cm Aço ɣ 24 kN/m 3 Guarda-Corpo f yk 500 MPa Recapeamento 2 kN/m 2 Peso Esp. 0,6 kN/m Figura 5: Disposição das Lajes Figura 6: Dimensões das Lajes A partir dos esquemas apresentados acima, é possível verificar que as lajes L 1 e L 5 são iguais, assim como as lajes L 2 e L 4 , por apresentarem as mesmas vinculações e dimensões, de modo que serão analisados três tipos de laje com fins de determinação dos momentos fletores atuantes em cada uma, sendo elas as lajes L 1/5 , L 2/4 e L 3 . Inicialmente foram determinadas as cargas permanentes que atuarão nas lajes, sendo elas decorrentes do peso próprio da laje (com espessura de 25cm para o tabuleiro entre as longarinas e 30cm para o balanço), da pavimentação (considerando sua espessura média ) e do recapeamento. Além disso, para as lajes em balanço também foram cm→ hpav = 9 consideradas as cargas devido ao peso próprio do passeio, da defensa e do guarda-corpo. 3. Momentos Fletores - Cargas Permanentes Conforme apresentado na Figura 5, as lajes em balanço e que apresentam mesmas vinculações e dimensões são as lajes L 1 e L 5 , já as lajes que compõem o vão central são as lajes L 2 , L 3 e L 4 . 3.1. Lajes em Balanço - L 1 e L 5 O peso próprio da laje é calculado por , com e P cP laje = γ × h c 5 kN m³ γ = 2 / . 0 cm , 0 mh = 3 = 0 3 P c 5 , 0 , kN m² P laje = γ × h = 2 × 0 3 = 7 5 / O peso próprio do passeio é calculado por . A altura do P P passeio = γc × hpasseio passeio é de . 5 cm , 5 mhpasseio = 2 = 0 2 4 , 5 kN m P P passeio = γc × hpasseio = 2 × 0 2 = 6 / 2 Assim, temos que: , 3, kN m m gb = 7 5 + 6 = 1 5 / / ● Efeito do Peso da Defensa O peso próprio das defensas é calculado por . A Figura 7 P P defensas = γc × Adefensas representa o modelo de defensa adotado para o projeto - New Jersey, cuja área é de . 864, cm , 8645 mAdefensas = 1 5 2 = 0 1 2 5 , 8645 , 61 kN m P P defensas = γc × Adefensas = 2 × 0 1 = 4 6 / Figura 7: Guarda-Rodas tipo New Jersey Por efeito de simplificação, será considerado que o CG da defensa está localizado no meio da peça, de modo que seu braço de alavanca em relação à longarina (engaste) é de 19cm. Assim, , 61 , 9 , 86 kN .m m (negativo) M defensa = 4 6 × 0 1 = 0 8 / Figura 8: Momento devido a defensa ● Efeito do Peso do Guarda Corpo O peso próprio do guarda-corpo é dado por . , kN m P P guarda corpo− = 0 6 / , , , 6 kN .m m (negativo) M guarda corpo = 0 6 × 1 6 = 0 9 / Figura 9: Momento devido ao guarda-,corpo ● Escolha da Tabela de Rüsch Segundo a notação de Rüsch (1965), para as lajes do balanço (L 1 e L 5 ), a tabela que satisfaz as condições de vinculação apresentadas pelas lajes analisadas é a Tabela 98 . O valor de l x utilizado para identificar a Tabela de Rüsch a ser empregada no projeto corresponde à largura da laje onde o trem tipo pode atuar, desconsiderando-se, portanto, a espessura da defensa e do guarda-corpo. Contudo, como para este projeto o TB não pode atuar no balanço, para a classificação da Tabela utilizou-se seu valor total de 1,60m. As informações da Tabela 98 de Rüsch estão apresentadas abaixo: Figura 10: Esquema Lajes L 1 e L 5 , 0 e l 200 cmlx = 1 6 y = 2 → lx ly = 160 2200 3, 5= 1 7 > 2 → ∞ - M xe : (-l x /2;0) ,→ k =− 0 5 - M yr : (+l x /2;0) → k = 0 - M xm : (0;0) , 25→ k =− 0 1 - M ym : (0;0) → k = 0 Assim, para calcular-se os momentos, é utilizada a seguinte expressão: , com k variando conforme M yr , M xe , M xm e M ym e l x correspondendo ao ²M = k × g × lx valor total do balanço ( l x = 1,6m ). Desse modo, temos que: - , 3, , ² 7, 8 kN .m m M xe,g =− 0 5 × 1 5 × 1 6 = − 1 2 / - kN .m m M yr,g = 0 / - , 25 3, , ² , 2 kN .m m M xm,g =− 0 1 × 1 5 × 1 6 = − 4 3 / - kN .m m M ym,g = 0 / Além disso, a defensa e o guarda-corpo também causam momento no engaste, logo: 7, 8 , 86 , 6 9, 26 kN .m m M xe,g =− 1 2 − 0 8 − 0 9 = − 1 1 / ● Carga do Passeio - Pedestres Para o cálculo do momento devido aos pedestres atuando no passeio, será realizado o mesmo procedimento feito para o peso próprio dos elementos: , sendo q o ²M = k × q × lx valor correspondente à carga uniformemente distribuída de 3kN/m² conforme prescrito pela NBR7188 - Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas , e k como sendo os coeficientes obtidospela Tabela de Rüsch. Vale ressaltar que no cálculo das combinações para a determinação dos valores de cálculo, a carga de pedestres será considerada como carga acidental para as lajes em balanço L 1 e L 5 . - M xe : (-l x /2;0) , , , ² , 4 kN .m m → k =− 0 5 ⇒ M xe,q =− 0 5 × 3 × 1 6 = − 3 8 / - M yr : (+l x /2;0) kN .m m → k = 0 ⇒ M yr,q = 0 / - M xm : (0;0) , 25 , 25 , ² , 6 kN .m m → k =− 0 1 ⇒ M xm,q =− 0 1 × 3 × 1 6 = − 0 9 / - M ym : (0;0) kN .m m → k = 0 ⇒ M ym,q = 0 / 3.2. Lajes do Vão Central O peso próprio da laje é calculado por , com e P cP laje = γ × h c 5 kN m³ γ = 2 / . 5 cm , 5 mh = 2 = 0 2 P c 5 , 5 , 5 kN m² P laje = γ × h = 2 × 0 2 = 6 2 / O peso próprio do pavimento é calculado por , com P P P pav = γ pav × h pav + P rec , e variável, devendo-se estimar, portanto, a 4 kN m³ γ pav = 2 / P kN m² P rec = 2 / h pav espessura pela média das espessuras ao longo de todo o pavimento, considerando a h inclinação de 2%. Sendo assim: - cmh pav = 2 5+13 = 9 Então, P P 4 , 9 , 6 kN m². P pav = γ pav × h pav + P rec = 2 × 0 0 + 2 = 4 1 / Assim, temos que: . P P , 5 , 6 0, 1 kN m² gvc = P laje + P pav = 6 2 + 4 1 = 1 4 / 3.2.1. Lajes L 2 e L 4 ● Escolha da Tabela de Rüsch Segundo a notação de Rüsch (1965), para as lajes L 2 e L 4 , a tabela que satisfaz as condições de vinculação apresentadas pelas lajes analisadas é a Tabela 85. As informações da Tabela 85 de Rüsch estão apresentadas abaixo: Figura 11: Esquema Lajes L 2 e L 4 80 cm e l 33 cmlx = 7 y = 7 → lx ly = 780 733 , 4 = 0 9 ≃ 1 - M ye : (0 ;+l y /2) , 84→ k =− 0 0 - M xm : (0;0) , 30→ k = 0 0 - M ym : (0;0) , 36→ k = 0 0 Assim, para calcular-se os momentos, é utilizada a seguinte expressão: , com k variando conforme M ye , M xm e M ym . Desse modo, temos que: ²M = k × g × lx - , 84 0, 1 , ² 3, 0 kN .m m M ye,g =− 0 0 × 1 4 × 7 8 = − 5 2 / - , 30 0, 1 , ² 9 kN .m m M xm,g = 0 0 × 1 4 × 7 8 = 1 / - , 36 0, 1 , ² 2, kN .m m M ym,g = 0 0 × 1 4 × 7 8 = 2 8 / 3.2.2. Laje L 3 ● Escolha da Tabela de Rüsch Segundo a notação de Rüsch (1965), para a laje L 3 , a tabela que satisfaz as condições de vinculação apresentada pela laje analisada é a Tabela 91 . As informações da Tabela 91 de Rüsch estão apresentadas abaixo: Figura 12: Esquema Laje L 3 80 cm e l 34 cmlx = 7 y = 7 → lx ly = 780 734 , 4 = 0 9 ≃ 1 - M ye : (0 ; l y /2) ± , 69→ k =− 0 0 - M xm : (0;0) , 21→ k = 0 0 - M ym : (0;0) , 30→ k = 0 0 Assim, para calcular-se os momentos, é utilizada a seguinte expressão: , com k variando conforme M ye , M xm e M ym . Desse modo, temos que: ²M = k × g × lx - , 69 0, 1 , ² 3, 0 kN .m m M ye,g =− 0 0 × 1 4 × 7 8 = − 4 7 / - , 21 0, 1 , ² 3, 0 kN .m m M xm,g = 0 0 × 1 4 × 7 8 = 1 3 / - , 30 0, 1 , ² 9, kN .m m M ym,g = 0 0 × 1 4 × 7 8 = 1 0 / 4. Momentos Fletores - Cargas Móveis 4.1. Lajes em Balanço - L 1 e L 5 Os momentos devido às cargas móveis não serão considerados para as lajes em balanço. Conforme configuração de projeto apresentada na Figura 1 (corte transversal), nota-se que a mobilidade do trem-tipo não se aplica à laje em balanço, pois a mesma está sujeita apenas aos carregamentos devido ao peso próprio dos elementos (laje, defensa e guarda-corpo) e do passeio que, para esse projeto, terá sua carga de utilização considerada como um carregamento estático. 4.2. Lajes do Vão Central 4.2.1. Lajes L 2 e L 4 Os momentos devido às cargas móveis seguem a relação , onde é o Q ) M q = ϕ × ( × M L + q 1 × M P + q 2 × M P ′ CIV NF IA ϕ = × C × C coeficiente de impacto, é a carga por roda para o TB-450, é a 75 kNQ = kN m² q 1 = 5 / carga móvel distribuída na frente e atrás do veículo, é a carga móvel kN m² q 2 = 5 / distribuída nas laterais do veículo e são os coeficientes em função dos , e M M L M P P ′ parâmetros e encontrados pelas tabelas de Rüsch (1965). a l x a t Nelas, corresponde à distância entre os centros de rodas de um veículo tipo ma = 2 e está relacionado à consideração de um espraiamento de tensões de uma roda sobre um t elemento de laje, conforme apresentado na Figura 13 abaixo: Figura 13: Esquema de cálculo e representação do parâmetro t Sabe-se que e, considerando a medida do retângulo de contato com a , ² b × 0 2 = t′ roda de , temos . Para espessura média da laje na região , mb = 0 5 , ² , 16 b × 0 2 = t′ ⇒ t′ = 0 3 do tabuleiro de e de pavimentação , temos , 5 m h = 0 2 , 9 me = 0 0 , 16 , 9 , 5 , 46 m. t = t′ + 2 × e + h = 0 3 + 2 × 0 0 + 0 2 = 0 7 Assim, dado , utiliza-se e lx ly = 780 733 , 4 = 0 9 ≃ 1 ,a l x = 200 780 = 3 9 , 73a t = 200 74,6 = 0 3 para obter os valores de por meio da interpolação linear dos dados , e M M L M P P ′ fornecidos pela Tabela 85 da notação de Rüsch (1965), vide esquema estático apresentado na Figura 11 anteriormente. Os valores encontrados apresentam-se nas Tabelas a seguir: Tabela 2: Cálculo dos fatores para por interpolação linear , e M M L M P P ′ M xm,q lx/a ML Mxm 0,250 0,373 0,500 Mp Mp' 3,0 0,380 0,335 0,288 0,020 0,300 3,9 0,470 0,430 0,3879 0,092 0,642 4,0 0,480 0,440 0,399 0,100 0,680 Tabela 3: Cálculo dos fatores para por interpolação linear , e M M L M P P ′ M ym,q Tabela 4: Cálculo dos fatores para por interpolação linear , e M M L M P P ′ M ye,q Aplicando a equação explicitada anteriormente para o cálculo do momento devido às cargas móveis, tendo o vão central da ponte superior a 10,0 m ( m), temos: 2,Lvc = 2 0 , e . IV , 6 ) , 6 ) , 944C = 1 + 1 0 × ( 20L +50vc = 1 + 1 0 × ( 20 22+50 = 1 2 IA , 5C = 1 2 NF ,C = 1 0 Portanto: - , 181 75 , 30 , 92 , 42) 8, 73 kNm m M xm,q = 1 6 × ( × 0 4 + 5 × 0 0 + 5 × 0 6 = 5 0 / - , 181 75 , 34 , 27 , 04) 0, 72 kNm m M ym,q = 1 6 × ( × 0 4 + 5 × 0 0 + 5 × 1 0 = 6 9 / - , 181 75 , 73 , 63 , 70) 52, 55 kNm m M ye,q = 1 6 × ( × 1 0 + 5 × 0 3 + 5 × 2 3 =− 1 3 / Para obtenção dos diagramas de momentos fletores e melhor visualização dos cálculos apresentados, utilizou-se o Software TRüsch 1.0 aplicado como exemplo à Laje , sendo apresentados nas Figuras 14.a) e 14.b) a seguir: L 2 lx/a ML Mym 0,250 0,373 0,500 Mp Mp' 3,0 0,351 0,328 0,305 0,000 0,500 3,9 0,458 0,434 0,4085 0,027 1,004 4,0 0,470 0,445 0,42 0,030 1,060 lx/a ML -Mye 0,250 0,373 0,500 Mp Mp' 3,0 0,900 0,875 0,850 0,030 1,200 3,9 1,089 1,073 1,057 0,363 2,370 4,01,110 1,095 1,080 0,400 2,500 Figura 14.a): Diagramas de momentos fletores para Laje L 2 Figura 14.b): Diagramas de momentos fletores para Laje L 2 Vale ressaltar que, para facilitar a visualização, os diagramas apresentam eixos x e y trocados (referente aos que foram calculados) e que os valores apresentados estão em tonelada-força. 4.2.2. Laje L 3 O cálculo de momento fletor devido às cargas móveis para a Laje deve ser L 3 realizado de maneira idêntica ao apresentado anteriormente para as Lajes e A única L 2 .L 4 diferença, entretanto, está relacionada ao esquema estático apresentado por essa laje, a qual possui duas bordas engastadas ao invés de uma. Sendo assim, os parâmetros utilizados para os cálculos serão os mesmos apresentados para as Lajes e , mas os valores de L 2 L 4 serão obtidos por meio da interpolação linear dos dados fornecidos pela , e M M L M P P ′ Tabela 91 da notação de Rüsch (1965), a qual se relaciona com o esquema estático já apresentado na Figura 12. Com isso, temos que: Tabela 5: Cálculo dos fatores para por interpolação linear , e M M L M P P ′ M xm,q Tabela 6: Cálculo dos fatores para por interpolação linear , e M M L M P P ′ M ym,q Tabela 7: Cálculo dos fatores para por interpolação linear , e M M L M P P ′ M ye,q Aplicando a equação para o cálculo do momento devido às cargas móveis: - , 181 75 , 51 , 56 , 24) 44, 69 kNm m M xm,q = 1 6 × ( × 0 3 + 5 × 0 0 + 5 × 0 2 = 8 / - , 181 75 , 16 , 18 , 46) 6, 19 kNm m M ym,q = 1 6 × ( × 0 4 + 5 × 0 0 + 5 × 0 7 = 5 7 / - , 181 75 , 78 , 85 , 00) 35, 32 kNm m M ye,q = 1 6 × ( × 0 9 + 5 × 0 1 + 5 × 1 9 =− 1 5 / lx/a ML Mxm 0,250 0,373 0,500 Mp Mp' 3,0 0,297 0,256 0,213 0,020 0,080 3,9 0,392 0,351 0,3084 0,056 0,224 4,0 0,403 0,362 0,319 0,060 0,240 lx/a ML Mym 0,250 0,373 0,500 Mp Mp' 3,0 0,330 0,315 0,300 0,000 0,260 3,9 0,429 0,416 0,404 0,018 0,746 4,0 0,440 0,428 0,415 0,020 0,800 lx/a ML Mye 0,250 0,373 0,500 Mp Mp' 3,0 0,800 0,775 0,750 0,050 1,000 3,9 0,998 0,978 0,957 0,185 1,900 4,0 1,020 1,000 0,980 0,200 2,000 Para obtenção dos diagramas de momentos fletores e melhor visualização dos cálculos apresentados, utilizou-se o Software TRüsch 1.0 aplicado como exemplo à Laje , sendo apresentados nas Figuras 15.a) e 15.b) a seguir: L 2 Figura 15.a): Diagramas de momentos fletores para Laje L 3 Figura 15.b): Diagramas de momentos fletores para Laje L 3 Vale ressaltar que, para facilitar a visualização, os diagramas apresentam eixos x e y trocados (referente aos que foram calculados) e que os valores apresentados estão em tonelada-força. 4.3. Correção para Laje Contínua Os cálculos para momento fletor devido às cargas móveis apresentados nos itens anteriores é feito levando em consideração a disposição das lajes como isoladas. Devido à continuidade entre os tabuleiros, portanto, é preciso fazer uma correção dos valores de momentos encontrados. Primeiramente, é preciso definir um sistema de eixo auxiliar , onde está na y x′ ′ x′ mesma direção da continuidade das lajes. A partir disso, define-se e, para o caso Ly′ Lx′ estudado de placa vinculada nos quatro lados, acham-se os fatores de correção dos momentos, advindos da Tabela 8 em seguida: . Tabela 8: Valores tabelados de α 0 Com os valores de encontrados, faz-se o cálculo de , que deve α 0 α = 1,2 1+ L100 × α 0 ser, por fim, multiplicado pelos momentos obtidos anteriormente para sua efetiva correção. 4.3.1. Lajes L 2 e L 4 Para as Lajes L 2 e L 4 , temos a configuração de eixos e dimensões correspondentes tais como apresentadas na Figura 16 abaixo: Figura 16: Configuração das Lajes L 2 e L 4 Com isso, temos que e, pela Tabela 8, temos e , 6Ly′ Lx′ = 780 733 = 1 0 ≈ 1 , 5 α 01 = 1 0 . Então: , 6 α 0B = 0 9 - , 5 , 7α 1 = 1,2 1+ 100 7,33 × 1 0 = 1 1 - , 6 , 7α B = 1,2 1+ 100 7,33 × 0 9 = 1 0 As correções, portanto, são feitas de tal forma que: - 0, 72 , 7 1, 78 kNm m M x m,q′ = M ym,q ⇒ M ym,q,corr = M ym,q × α 1 = 6 9 × 1 1 = 7 5 / - não precisa ser corrigido pois não está na direção da M y m,q′ = M xm,q ⇒ continuidade. - 52, 55) , 7 63, 26 kNm m M x e,q′ = M ye,q ⇒ M ye,q,corr = M ye,q × α B = (− 1 3 × 1 0 =− 1 5 / 4.3.2. Laje L 3 Para a Laje L 3 , temos a configuração de eixos e dimensões correspondentes tais como apresentadas na Figura 17 abaixo: Figura 17: Configuração da Laje L 3 Com isso, temos que e, pela Tabela 8, temos e , 6Ly′ Lx′ = 780 734 = 1 0 ≈ 1 , 3 α 02 = 1 1 . Então: , 6 α 0B = 0 9 - , 3 , 6α 2 = 1,2 1+ 100 7,34 × 1 1 = 1 2 - , 6 , 7α B = 1,2 1+ 100 7,34 × 0 9 = 1 0 As correções, portanto, são feitas de tal forma que: - 6, 19 , 6 1, 52 kNm m M x m,q′ = M ym,q ⇒ M ym,q,corr = M ym,q × α 2 = 5 7 × 1 2 = 7 6 / - não precisa ser corrigido pois não está na direção da M y m,q′ = M xm,q ⇒ continuidade. - 35, 32) , 7 45, 56 kNm m M x e,q′ = M ye,q ⇒ M ye,q,corr = M ye,q × α B = (− 1 5 × 1 0 =− 1 4 / 5. Valores de Projeto As combinações para o cálculo dos momentos fletores das lajes é feito utilizando-se as cargas permanentes (g) e cargas variáveis (q), a partir da seguinte formulação apresentada na NBR 8681/2003 - "Ações e segurança nas estruturas e procedimento" a combinação de esforços para a análise do ELU: , M )M d = ∑ γ gi × M Gi,k + γ q × ( Q1,k + ∑ ψ0j × M Qj,k onde representa o momento devido às cargas permanentes (laje + pavimentação + M G recapeamento no caso das lajes do vão central - L 2 , L 3 e L 4 , e laje + passeio para as lajes do balanço L 1 e L 5 ) e o momento devido às cargas variáveis principais (Trem-Tipo no M Q1 caso das lajes do vão central - L 2 , L 3 e L 4 , e carga de pedestres para as lajes do balanço - L 1 e L 5 ) e M Qj o momento devido às cargas variáveis secundárias. Destaca-se que as cargas devido ao trânsito de pedestres seriam consideradas como cargas variáveis secundárias para as lajes 1 e 5 caso o trem tipo atuasse no balanço, isso por apresentarem efeito menor do que a carga móvel do TB, contudo, como o TB não atua no balanço, essa é a única carga variável das lajes L 1 e L 5 e, assim, foram tomadas como cargas variáveis principais. Em caso de e possuíremmesmo sinal, toma-se (caso desfavorável) e em caso M G M Q , 5γ g = 1 3 de sinais opostos (caso favorável). Temos, ainda, , considerando , 0γ g = 1 0 , 0γ q = 1 5 ponte rodoviária. M xm (kN.m/m) M ym (kN.m/m) M ye (kN.m/m) M xe (kN.m/m) M xr (kN.m/m) M yr (kN.m/m) Lajes 1 e 5 Permanente (M g ) -4,32 - - -19,13 - - Acidental (M q ) -0,96 - - -3,84 - - Combinação (M d ) -7,27 - - -31,58 - - Lajes 2 e 4 Permanente (M g ) 19,00 22,80 -53,20 - - - Acidental (M q ) 58,073 71,578 -163,526 - - - Combinação (M d ) 112,76 138,15 -317,11 - - - Laje 3 Permanente (M g ) 13,30 19,00 -43,70 - - - Acidental 44,869 71,652 -145,46 - - - Tabela 9: Combinações últimas normais de momentos fletores de lajes de projeto Feitas as combinações entre os momentos fletores permanentes e acidentais, conforme apresentado na Tabela 9, deve-se agora compatibilizar os momentos situados na continuidade entre as lajes, isto é, no engaste entre as lajes L 2 e L 3 . Para tanto, deve-se verificar qual o maior valor entre: a média dos momentos encontrados no engaste ( M 2 = -317,11 kN.m/m e M 3 = -277,18 kN.m/m ) e 80% do maior valor (no caso M 2 ). Assim, temos que: , 17, 1) 53, 88 kN .m m M ye,d* = 0 8 × (− 3 1 ≥ − 2 6 / M ye,d* = 2 ( 317,11 277,18)− − 97, 44 kN .m m ≥ − 2 1 / Assim, . 97, 44 kN .m m M ye,d* =− 2 1 / Figura 18: Compatibilização dos Momentos Fletores Além disso, surge um momento na ligação entre a laje L 2 a transversina da extremidade, conforme apresentado na Figura 19, sendo este dado por: M A,d = 2 M B = 2 M ye,d* = 2 297,14− 48, 7 kN .m m = − 1 5 / (M q ) Combinação (M d ) 85,26 133,13 -277,18 - - - Figura 19: Momento Fletor na ligação entre a Laje L 2 e a Transversina da extremidade Assim, o diagrama final dos momentos fletores na continuidade longitudinal das lajes é dado por: Figura 20: Diagramas finais de momentos fletores em kNm/m na continuidade longitudinal 6. Referências Bibliográficas ABNT. NBR 7188: Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas. 2013. PFEIL, W. Pontes em concreto armado: elementos de projeto, solicitações, dimensionamento . LTC, 1979. RÜSCH, H. Berechnungstafeln für rechtwinklige Fahrbahnplatten von Straßenbrücken. Berlin, 1965.
Compartilhar