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JASMINY MOREIRA | TURMA 5 BMF | 2020.2 1 Fisiologia Hepática V E S I C U L A B I L I A R E P A N C R E Á T I C A Fígado Função → Metabolismo (carboidratos, proteínas, gorduras) → Inativar substâncias (hormônios, fármacos e toxinas) → Formação da bile → Ativação e armazenamento de vitaminas (Vit D e T3) e ferro → Formação de fatores de coagulação Sistema porta- hepatico O fígado recebe sangue proveniente de duas fontes: → Pela artéria hepática (20%) – sangue oxigenado → Pela veia porta (80%) – sangue venoso rico em nutrientes recém-absorvidos, podendo também conter fármacos, micro-organismos e toxinas do canal alimentar Veia porta: formada pelas veias mesentéricas superior e esplênica Regeneração → Reconstituição ao tamanho original → Ele consegue se regenerar → Se o pedacinho que você doou do fígado está recebendo sangue, você consegue regenerar esse pedaço. Mas se por um acaso não houve a conexão/irrigar o fígado (na cirurgia), você não consegue regenerar o fígado. → Existe um controle que o próprio fígado libera algumas substâncias que induzem proliferação, a célula aumenta então a proliferação e o fígado começam a crescer. → A taxa de crescimento vai ser acelerado (o crescimento fica acelerado). Tríade portal → Ramo da artéria hepática → Ramo da veia porta Sinusoide → em direção a veia central → Ducto biliar (canalículos levam bile para o ducto biliar (flui contra corrente) Células de Kupffer → Macrófagos residentes → Sistema reticuloendotelial → Célula que tem função de defesa → Vai proteger e fagocitar bactérias ou micro- organismos que caem na corrente sanguínea (por ex: infecção alimentar) Ácino hepático → Temos o lóbulo hepático → Cada lóbulo com sua veia central → Essa relação de ácino hepático serve para a interferência do sangue no metabolismo hepático → Temos a tríade portal. Esse sangue que veio, o vaso penetra em direção ao lóbulo. → Desse vaso sanguíneo que está vindo ou da veia porta ou artéria hepática, partem vasinhos em direção a veia. → O sangue sempre vai em direção a veia central. → Vamos ‘’separar’’ o tecido hepático em algumas zonas (1,2,3). → Quanto mais próximo do vaso sanguíneo o hepatócito está, mais oxigênio ele tem, mais sangue ele tem, mais nutriente ele tem. → Esse hepatócito que está lá longe, próximo a veia central. O sangue que chega lá já passou por ‘’todo mundo’’ e quando ele receber esse sangue, ele já está com menos oxigênio e menos nutrientes. Zona 1 → Maior fluxo de sangue, + nutrientes e + O² → Maior regeneração → O hepatócito que está na zona 1 tem maior capacidade de regeneração Zona 2 → Intermediária JASMINY MOREIRA | TURMA 5 BMF | 2020.2 2 Zona 3 → Menor fluxo de sangue, - nutrientes e - O² → Regeneração prejudicada Regulação das funções metabólicas → Tudo que comemos vai para o intestino e ocorre a absorção. → Carboidratos, lipídeos, vitaminas, minerais e proteínas vão para a via porta e vai para o fígado → Algumas substancias são armazenadas no fígado e liberadas quando necessário (ex: glicogênio, vitaminas A,B12,E e minerais como ferro e cobre). Regulação hematológica → Sinusoides permitem grande influxo de sangue para o fígado → Reservatório de sangue (27% do débito cardíaco em repouso) O fígado como tem muitos vasos (ramo que parte da artéria e veia porta), ele é muito vascularizado. Por isso serve como reservatório de sangue. → Células de Kupffer removem hemácias velhas, fragmentos de células e patógenos do sangue Quando acontece de retirada de baço quem assume as funções é o fígado → Síntese de proteínas plasmáticas (ex, albumina e proteínas carreadoras) e fatores de coagulação Síntese e secreção da bile- fígado Bile → Solução não enzimática → Produzida no fígado → Armazenada na vesícula biliar → Excretada no duodeno (intestino delgado) → Sua função é eliminação de produtos residuais endógenos e exógenos e auxílio na digestão e absorção de lipídeos Composição 1. Água 2. Íons 3. Sais biliares (ácidos, lipídeos e aminoácidos) 4. Bilirrubina 5. Colesterol Formação da bilirrubina → Tem a hemácia fagocitada pelo macrófago → Da hemácia eu tenho o grupo heme → Do grupo heme ele passa por um macrófago que tem a enzima que converte o grupo heme em biliverdina → Dentro do macrófago tem a enzima biliverdina redutase que converte a biliverdina em bilirrubina e jogada na corrente sanguínea → A bilirrubina quando vai pro sangue não pode circular sozinha. Ela vai se juntar com a albumina que já estava no sangue → Esse complexo bilirrubina + albumina, é a bilirrubina não conjugada. Porque quando o complexo bilirrubina e albumina vai pro fígado, no fígado vamos conjugar ácidos biliares (produzidos pelos hepatócitos). E essa conjugação com os ácidos forma a bilirrubina conjugada (principalmente o acido glicuronico). → A bilirrubina conjugada será secretada no duodeno → A bilirrubina conjugada vai se converter em urobilinogenio no intestino por ações de bactérias O urobilinogenio pode ter 2 destinos: → O urobilinogenio sairá nas fezes (depois que cai no intestino) ou pode ser reabsorvido pelo sangue → O urobilinogenio que é reabsorvido pelo sangue vai para o fígado e é secretado em forma de bile ou vai para os rins e forma a urina Hemácia → grupo heme → enzima converte o grupo heme em biliverdina → dentro do macrófago a enzima biliverdina redutase converte a biliverdina em bilirrubina e joga na corrente sanguínea → bilirrubina se junta com albumina e vira a bilirrubina não conjugada → quando esse complexo vai pro fígado se torna bilirrubina conjugada → essa bilirrubina conjugada é secretada no duodeno e se converter em urobilinogenio → esse urobilinogenio tem 2 destinos → sai nas fezes ou é reabsorvido pelo sangue → quando está no sangue tem 2 destinos → ou forma bile → ou vai para os rins e forma urina. JASMINY MOREIRA | TURMA 5 BMF | 2020.2 3 Secreção da bile → Os hepatócitos secretam a bile para os canalículos que levam até os ductos biliares, que vão se juntando e formam os ductos hepáticos direito e esquerdo. → Dentro do fígado, temos a formação do ducto hepático direito e esquerdo e depois segue o rumo, formando hepático comum que se junta com o cístico para formar o colédoco. → O colédoco é formado a partir da união do cístico com o hepático comum. → O colédoco vai até a ampola hepatopancreatica e depois intestino. ------------------------------------------------------------------------- Vesícula biliar → A função vesícula biliar é armazenar e concentrar bile → Entre as refeições a bile ficam armazenada na vesícula biliar → Reabsorção de água, sódio, cloreto e grande parte de outros eletrólitos menores → Conforme o fígado produz a bile e ela vai descendo, mas o esfíncter de Oddi fecha. O destino é ela se acumular no colédoco e acaba preenchendo a vesícula biliar. → Como na vesícula sempre tem reabsorção, tem a via de trazer a bile lá para dentro. → Entre as refeições, como a vesícula sempre reabsorve água da bile, sempre a vesícula estará vazia. → Durante a alimentação, temos a contração da vesícula. Fase intestinal Secreções → Bile → Bicarbonato → Muco → Solução isotônica de NaCl → Enzimas (digestão química) Absorção → Lipídeos → Proteínas → Carboidratos → Água Estímulo para secreção da bile 1. Sistema parassimpático, estimulação fraca → A estimulação do sistema parassimpático. No momento em que você está vendo a comida, ativa fase cefálica e a ativação do parassimpático. → Essa estimulação do parassimpático persiste na fase gástrica quando eu tenho alimento no estomago e persiste na fase intestinal. → O parassimpáticovia nervo vago estimula contração da vesícula biliar, mas é um efeito leve. 2. Conteúdo gástrico na região do duodeno → O ácido do duodeno junto com o alimento (aminoácido e gordura) vai gerar uma resposta para contrair a vesícula → O ácido estimula secretina e a gordura/aminoácido estimula colecistocinina (CCK) → Quando o alimento passa do estomago para o duodeno era o conteúdo ácido. Mas células do intestino secretam secretina (no sangue) → Quando a secretina chega no hepatócito faz com que ele produza a bile → A bile vai para os canalículos (sentido contrário) em direção a tríade. → A gordura que vem do conteúdo alimentar e os aminoácidos estimulam células enteroendócrinas a produz CCK que também vai para a corrente sanguínea e quando atinge a vesícula biliar vai promover a contração da vesícula e a abertura da papila maior (esfíncter de oddi) JASMINY MOREIRA | TURMA 5 BMF | 2020.2 4 Circulação entero-hepática → 95% dos sais biliares são reabsorvidos no intestino delgado → 5% eliminados via fezes Explicação → Formei a bile → Tenho secretina que estimula a produção de bile nos hepatócitos → Preciso da CCK estimulando o relaxamento do esfíncter e ao mesmo tempo provocando contração Eu libero a CCK quando tenho alimento no duodeno → Aí eu tenho a secreção → A acetilcolina na vesícula serve para estimular a contração da musculatura lisa da vesícula biliar → A acetilcolina está desde o início da ingestão dos alimentos → Os sais biliares 95% eu reabsorvo e volta para o sangue em veia porta e eu converto de novo para formação de bile ------------------------------------------------------------------------- Pâncreas → Fornece uma secreção pancreática (tubuloacinar) → Significa que, tanto os ácinos quanto os túbulos que estão presentes no pâncreas, produzem substancias que serão nosso suco pancreático de fato. Pâncreas endócrino → Ilhotas de langerhans (insulina, glucagon, outros.) Pâncreas exócrino → Suco pancreático: enzimas e solução aquosa de NaHCO³- → Secreta enzima e a solução aquosa de bicarbonato de sódio. → A solução aquosa serve para neutralizar o pH do quimo. → Tem os ácinos que produzem as enzimas/proteínas → No momento da alimentação há aumento de bicarbonato e água. Que leva o conteúdo de enzimas, bicarbonato lá para o duodeno. → A enzima serve para digestão de proteínas, carboidratos e lipídeos. → Embora o carboidrato começa a ser digerido na saliva, ele termina a digestão em monossacarídeos no intestino. → Na boca tem a molécula grande de amido, a amilase quebra em moléculas menores. → No intestino por conta do suco pancreático, tem a quebra por completo do carboidrato liberando os dissacarídeos e monossacarídeos. → Proteína é a mesma coisa. Podemos quebrar as proteínas em aminoácido ou em pequenos peptídeos. → O lipídeo para que tenha ação das lipases, você precisa da bile. → Os sais biliares você emulsifica. Torna o lipídeo em agua. → Ao mesmo tempo temos as enzimas lipase e colipase que quebra as partículas grandes de lipídeos em partículas pequenas (micelas). → Ai, depois de pequena, o enterócito consegue absorver. Secreção de enzimas → Secreção de zimogênios (enzimas inativas) → Enteropeptidase (enterócito) ativa a tripsina JASMINY MOREIRA | TURMA 5 BMF | 2020.2 5 → Tripsina ativa as enzimas pancreáticas → Tudo começa com o pâncreas secretando as enzimas inativa (zimogênios) → Junto ao pâncreas, temos o tripsnogenio → Tripsinogenio quando está na luz intestinal é ativado pela enteropeptidase que é uma enzima presente na borda em escova do enterócito → Quando tem trispnogenio convertido em tripsina → A tripsina ativa todos os zimogênios e aí temos as enzimas ativas na luz intestinal que vão finalizar a digestão Secreção de bicarbonato → Neutraliza o quimo ácido → A maior parte do bicarbonato vem do pâncreas → Mais anidrase carbônica → HCO³- → Secreta HCO³- em troca de CL- → CL- entra junto com NA-/K (canal NKCC) → NA+ e água seguem o gradiente CFTR: canal regulador de condutância transmembrana de fibrose cística → O intestino produz na sua mucosa bicarbonato, mas para neutralizar ele não tem essa capacidade. → Quem neutraliza é o bicarbonato que vem do pâncreas. → Quando você tem anidrase carbônica, tem a conversão de ácido carbônico que dissocia em bicarbonato e H+ → O bicarbonato como sempre tem ele sendo formado, ele é mandado para a luz do ducto do pâncreas → Bicarbonato vem para a luz do ducto do pâncreas e é trocado com o cloreto → Para que você tenha a secreção de bicarbonato você tem que trocar com o cloreto que vai para a luz do ducto → Tem muita anidrase e bastante bicarbonato sendo produzido dentro da célula → O sódio que estava no interstício é atraído por esse ambiente e a água vem junto. → Sódio e água seguem o gradiente. Estímulo para secreção → Distensão do duodeno → Presença de nutrientes → Conteúdo proveniente do estomago → Vai estimular as células enteroendócrinas a secretar secretina e CCK Acetilcolina (parassimpático) 1. Preciso estimular enzima 2. Preciso estimular secreção aquosa de bicarbonato → Se tem ácino produzindo enzima e ducto produzindo aquoso e bicarbonato eu preciso estimular e ter controle disso. → Sistema parassimpático via vago começa estimular produção e liberação de enzima lá nos ácinos. → Acetilcolina provoca produção de enzima → Quando eu tenho fase cefálica e gástrica, já tenho a produção para liberação de enzimas. Mas, não tenho a passagem de suco pancreático para o duodeno. → Quem vai estimular de fato a saída é a secretina. → A CCK no pâncreas induz a liberação de mais enzimas ainda. 1. Acetilcolina 2. CCK (alimentos) 3. Secretina (ácido) Ácinos → enzimas Ducto → fluído aquoso de bicarbonato de sódio A maior parte das enzimas se mantém nos ácinos, até que uma secreção mais fluida apareça para direcioná-las ao duodeno. → Eu tenho acetilcolina e CCK estimulada pelos alimentos que vai induzir os ácidos a produzir enzimas. → Tenho a liberação de secretina quando eu tenho o ácido chegando no duodeno. Secretina foi para o sangue, quando atinge as células do ducto vai induzir ao fluido aquoso de bicarbonato de sódio e aí teremos a lavagem de fluxo de suco pancreático para o duodeno. → A fase cefálica e gástrica tem a liberação de acetilcolina que já começa a produzir enzimas. → A fase intestinal é quando o alimento atinge o duodeno, temos a CCK que estimula as enzimas e a secretina induzindo as células ductais a produzir bicarbonato de sódio e água. ------------------------------------------------------------------------- JASMINY MOREIRA | TURMA 5 BMF | 2020.2 6 Caso Clínico Uma mulher de 47 anos de idade com sobrepeso é hospitalizada com dor abdominal generalizada. Ela não conseguia comer ou beber em decorrência de náuseas e vômitos. Ela declara que a dor iniciou no quadrante superior direito, assemelhando-se aos episódios prévios apresentados por ela no pronto- socorro ao longo dos últimos meses. Uma ultrassonografia obtida em sua última visita no pronto-socorro revelou cálculos biliares sem inflamação da vesícula biliar, e ela foi aconselhada a consultar um cirurgião. Ela parecia ictérica e em sofrimento. Ela apontou sensibilidade sob suas costelas ao lado direito, que se agravou com a palpação profunda. Nenhuma massa foi palpável. Exames laboratoriais revelam lipase e amilase sérica 3 vezes o limite superior da faixa normal. a. Qual a relação da icterícia com os resultados do exame laboratorial? → A icterícia é o excesso de bilirrubina no sangue. → A bilirrubina está se acumulando no sangue do paciente porque tem algum cálculo obstruindo o colédoco. E a bile vai se acumulando até o hepáticocomum. → Chega uma hora que acumula em todos os ductos que levariam a bile até o intestino. Chegará uma hora que, vai acumular até a nível do lóbulo. → Aí a bile vai começar a acumular no sangue. → Se acumula bilirrubina no sangue = icterícia. → A bile que deveria ser convertida e liberada para o intestino, ficará na corrente sanguínea. → Quando a paciente entra no p.s com icterícia nem sempre é problema no fígado. → A questão é, o sistema hepático não consegue secretar e vai gerar o acúmulo. → Observaríamos aumento de bilirrubina não conjugada e conjugada → Se tem obstrução total do colédoco, as fezes terão uma cor amarelada. Porque se eu não estou secretando para o duodeno, não terá bile sendo convertida em urobilinogenio então esse urobilinogenio não vai para as fezes (urobilinogenio confere a cor marrom das fezes). Então a paciente apresentará fezes amareladas. → A relação da icterícia com os resultados do exame laboratorial é a lipase e amilase 3x acima do limite. Quem produz isso é o pâncreas. → A obstrução está na ampola hepatopancreatica, de forma que obstrua o pâncreas também. b. Qual o caminho que a secreção pancreática passa para atingir o duodeno? → Ducto pancreático comum → ampola hepatopancreática → papila maior do duodeno. c. Fisiologicamente, onde ocorre a produção dessas enzimas no pâncreas? → Nos ácinos. -------------------------------------------------------------------------
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