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Farmacologia - Agonista e Antagonista

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Agonista e Antagonista 
Agonista 
Agonistas são moléculas que produzem mudanças na atividade 
dos seus alvos ligando-se a eles. 
✹Os agonistas integrais se prendem a seus alvos e os ativam o 
máximo possível. Por exemplo, a acetilcolina se liga ao receptor 
nicotínico de acetilcolina e causa uma mudança na conformação 
do canal iônico agregado ao receptor, de um estado não condutor 
para um estado totalmente condutor. 
✹Os agonistas parciais produzem uma resposta submáxima da 
sua ligação com seus alvos. 
✹Os agonistas inversos causam a inativação de alvos 
constitutivamente ativos. 
Lembrando que os antagonistas inibem a capacidade de ativar (ou 
inativar) seus alvos por meio de agonistas fisiológicos ou 
farmacológicos. 
Antagonismo 
É a interação dos dois medicamentos que também pode fazer 
com que o efeito de um dos medicamentos diminua ou desapareça 
completamente. O antagonismo pode ser: farmacológico e não 
farmacológico 
✹ Antagonismo farmacológico 
O antagonismo farmacológico pode ser de dois tipos: competitivo e 
não competitivo. 
Quando há competição entre um agonista e um antagonista para 
o mesmo receptor, ocorre um antagonismo farmacológico 
competitivo e o antagonista previne ou dificulta a formação do 
complexo agonistareceptor. Quando há competição entre um 
agonista e um antagonista para o mesmo receptor, ocorre um 
antagonismo farmacológico competitivo e o antagonista previne 
ou dificulta a formação do complexo receptor agonista. O 
antagonismo farmacológico não competitivo ocorre quando há 
uma ligação com o sítio alostérico existente no receptor ou 
quando certas posições na cadeia de eventos desencadeados pela 
ligação do agonista ao receptor são bloqueadas. 
✹ Antagonismo farmacológico competitivo 
O antagonismo farmacológico competitivo pode ser classificado 
em: pleno (ou total) reversível, parcial reversível ou irreversível. 
✹ Antagonismo farmacológico competitivo pleno 
reversível 
Nesse tipo, o antagonista compete com o agonista pelo mesmo 
sítio receptor e forma um complexo inativo com ele. Desta 
forma, a lei de ação das massas é observada, isto é, aumentada 
onde o agonista, na presença de um antagonista, o primeiro 
substitui o segundo do receptor. A Figura 3.10 ilustra essa 
situação: no eixo y, a contração do músculo liso se opõe à dose 
log de acetilcolina no eixo x. Na curva A, apenas a acetilcolina 
causa contração do músculo liso, enquanto na curva B, a 
acetilcolina também causa contração do músculo liso, mas na 
presença de atropina, a atropina é um antagonista da acetilcolina 
nos receptores colinérgicos muscarínicos. Percebe-se que as 
curvas são paralelas e o efeito máximo nas duas condições 
experimentais é o mesmo, a única diferença é a potência, pois 
no caso B é necessária uma grande quantidade de agonista para 
atingir o efeito máximo. 
 
✹ Antagonismo farmacológico competitivo 
parcial reversível 
Esse antagonismo representa um caso especial de antagonismo 
farmacológico competitivo, com a diferença de que as duas 
drogas utilizadas são agonistas, mas possuem habilidades distintas 
@taizagomes
de desencadear efeitos farmacológicos, ou seja, possuem 
atividades intrínsecas distintas. Portanto, agonistas com efeitos 
fracos nesta situação experimental podem ser usados como 
antagonistas parciais do agonista principal. 
✹ Antagonismo farmacológico competitivo 
irreversível 
Este antagonismo ocorre quando o antagonista se dissocia muito 
lentamente ou não se dissocia do receptor. Portanto, mesmo que 
a concentração do agonista seja aumentada na presença do 
antagonista, o efeito máximo não pode ser obtido. Exemplos 
desse tipo de antagonismo são os compostos organofosforados, 
que inibem irreversivelmente a acetilcolinesterase (uma enzima 
que degrada a acetilcolina). 
✹ Antagonismo farmacológico não competitivo 
No antagonismo farmacológico não competitivo, o antagonista 
bloqueará certos pontos importantes na cadeia de eventos, 
resultando no agonista que desencadeia a resposta. Essa 
alteração ocorre devido ao efeito da ação do antagonista não 
competitivo em um sítio alostérico diferente do sítio de ligação do 
agonista e, portanto, quando a concentração do agonista 
aumenta, é impossível eliminar o efeito bloqueador. A Figura 3.11 
ilustra essa situação: no eixo y, a relação entre a contração do 
músculo liso uterino e a concentração de acetilcolina no eixo x. A 
curva A representa a contração do músculo liso na presença de 
acetilcolina apenas, e a curva B representa a contração do 
músculo liso na presença de um bloqueador de canal de Ca ++, que 
impede o influxo do íon + através da membrana celular, evitando 
formas inespecíficas, a contração do músculo liso produzidas por 
diversos agonistas. Nesse caso, a curva concentração-efeito do 
agonista não se moverá em paralelo na presença do antagonista, 
mas a inclinação da curva mudará e o efeito máximo diminuirá . 
 
✹ Antagonismo não farmacológico 
No antagonismo não farmacológico, o antagonista não está 
diretamente relacionado ao receptor, podendo ser dividido em: 
farmacocinética (disposicional), fisiológico (ou funcional) e químico 
(ou antidodismo). 
✹ Antagonismo farmacocinético ou disposicional 
Neste tipo de antagonismo, uma substância química (medicamento) 
reduz efetivamente a concentração plasmática de outra 
administrada a um animal. Esta redução pode ocorrer por vários 
motivos, exemplificados a seguir: 
⇢ A taxa de biotransformação dos medicamentos pode 
aumentar. Por exemplo, devido ao uso prolongado de 
anticonvulsivantes de fenobarbital sódico, a biotransformação de 
corticosteróides e benzodiazepínicos pode ser acelerada. 
Portanto, quando esses medicamentos são usados, a atividade 
diminuirá relacionado ao fenobarbital 
⇢ Pode reduzir a taxa de absorção ou quantidade de fármacos 
ativos no trato gastrointestinal, por exemplo, devido à 
administração oral simultânea de carvão ativado, o carvão ativado 
tem grande capacidade de adsorver diferentes substâncias 
químicas 
⇢ A velocidade de excreção renal pode estar aumentada, por 
exemplo, devido ao uso de bicarbonato de sódio, pode aumentar 
a taxa de excreção renal, o que aumenta o pH da urina e, 
portanto, também aumenta a excreção urinária de 
medicamentos ácidos (como o ácido acetilsalicílico). 
✹ Antagonismo fisiológico ou funcional 
@taizagomes
Quando dois agonistas interagem em sistemas receptores 
independentes, esse efeito antagônico ocorrerá, mas eles terão 
efeitos opostos que se cancelam. Por exemplo, a norepinefrina 
aumenta efetivamente a pressão arterial ao produzir 
vasoconstrição periférica; a histamina elimina esse efeito, e a 
histamina reduz efetivamente a pressão arterial ao produzir 
vasodilatação. Portanto, essas duas substâncias atuam como 
antagonistas fisiológicos porque atuam em sistemas fisiológicos 
independentes para produzir um efeito equilibrado. 
✹ Antagonismo químico ou antidotismo 
Nesse antagonismo, as duas substâncias não reagem com os 
receptores do corpo, mas reagem quimicamente uma com a 
outra na solução, antagonizando-se assim. Um exemplo são os 
agentes quelantes de metais usados para tratar de intoxicações 
metais pesados, como arsênico ou envenenamento por chumbo. 
 
 
 
@taizagomes

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