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Resumo_ WESTBROOK Robert B John Dewey Recife_ Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010 [Os educadores] Páginas_ 19-29

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WESTBROOK. Robert B. John Dewey. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora
Massangana, 2010. [Os educadores]. Páginas: 19-29.
O presente texto, aborda o pensamento político filosófico de John Dewey. Inicialmente o
autor aponta sobre como o programa moral e político das escolas por vezes é chamado de
currículo oculto. Diferentemente desta visão, Dewey coloca no centro da sua discussão
pedagógica, afirmando que e “a formação de certo caráter” constituía “a única base
verdadeira de uma conduta moral”, nem em identificar a “conduta moral” com as práticas
democráticas (Dewey, 1897b).”
Dewey em relação apontava que a função principal da educação em toda a sociedade é a
de ajudar as crianças a desenvolver um “caráter” – conjunto de hábitos e virtudes que lhes
permitam realizar-se plenamente desta forma.
Todavia, existia uma crítica direcionada às escolas dos Estados Unidos, que segundo o
pensador empregava métodos individualistas, com uma uniformização dos estudos e
estímulos. Dewey questiona de forma veemente estes modelos e sobre como, os impulsos
sociais, os desejos naturais são completamente comprometidos.
Dewey afirmava que, para a escola fomentar o espírito social das crianças e desenvolver
seu espírito democrático, precisava organizar se como comunidade cooperativa. “A
educação para a democracia requer que a escola se converta em “uma instituição que seja,
provisoriamente, um lugar de vida para a criança, em que ela seja um membro da
sociedade, tenha consciência de seu pertencimento e para a qual contribua” (Westbrook
apud Dewey, 1895, p. 224).
Dewey ao centrar sua ação na escola e nos professores, ao passo de “Sua convicção de
que a escola, tal como a concebe, inculcará no educando um caráter democrático se baseia
menos na confiança nas “capacidades espontâneas e primitivas da criança” do que na
aptidão dos educadores para criar, na aula, um ambiente adequado “para convertê-las em
hábitos sociais, fruto de uma compreensão inteligente de sua responsabilidade”
A visão da educação como uma ferramenta de reforma social é forte em seu
pensamento,com uma visão de que a escola desempenha um papel importante na
formação do caratér das crianças,e que a partir disso a sociedade poderia sofrer as
modificações, que Dewey considerava essenciais.
A maioria das escolas, aponta o texto, é construída para reproduzir a sociedade, e não
transformá-la, e aí está uma das maiores críticas à escola nos EUA. Para que o seu papel
se transformasse em agentes de reforma, se defende que é necessário a sua reforma por
completo, essa visão ambiciosa prevê uma transformação radical das escolas do país, de
modo que seja um instrumento de democratização.
Segundo Dewey, a sua visão de escola era:
Cada vez mais tenho presente em minha mente a imagem de uma escola
cujo centro e origem seja algum tipo de atividade verdadeiramente
construtiva, em que o trabalho se desenvolva sempre em duas direções: de
um lado, a dimensão social dessa atividade construtiva e, de outro, o
contato com a natureza que lhe proporciona sua matéria-prima.
Teoricamente posso ver como, por exemplo, o trabalho de carpintaria
necessário para a construção de um projeto que será o centro de uma
formação social, por uma parte, e de formação científica, por outra – todo
ele acompanhado de um treinamento físico, concreto e positivo da vista e
das mãos (Dewey, 1894).
Com esta visão, em 1896, através da Universidade de Chicago, foi inaugurada a escola
experimental de Dewey, que buscou organizar e aplicar os ideais estudados e propostos por
Dewey, que se experimentava nesse laboratório as da Psicologia funcional e da ética
democrática de Dewey.
Neste modelo, os alunos eram divididos em grupos de atuação em tipos de trabalho, laboral
e intelectual, seja na produção de maquetes,trabalhos domésticos, assim como grupos de
estudo e pesquisas.
A partir destas experiências, se introduziram elementos de estudo como física, química,
matemática, leitura e escrita, além de história e geografia. Além disso, a discussão sobre
como esses estudos se compreendiam a partir dos sentidos para a prática em sociedade.
De modo geral, buscava demonstrar como estas práticas poderiam nutrir nas crianças o
interesse pelo estudo.
As críticas a esse modelo, fizeram com que teóricos contrários a este modelo, chamassem
tal prática como uma educação “progressista sem objetivos”, que Dewey rebate com a
argumentação, mostrando que os recursos didáticos utilizados não se desprendem do rigor
teórico do conhecimento que se era necessário trabalhar. Seus objetivos eram, segundo o
autor do texto, bastante convencionais, sendo os métodos empregados, que se constituíam
como uma revolução sobre como se entendia como deveria ser trabalhado.
Relacionado a construção de uma escola democrática, Dewey através da escuta e análise
em conjunto com todos os atores envolvidos, sendo debatido e discutido os caminhos
traçados para o seu desenvolvimento. A divisão pelo trabalho cooperativo pelos
trabalhadores e alunos, exemplificam essa visão democrática do que deveria ser esta
escola.
A sua crítica sobre decisões monocráticas que não possibilitam aos profissionais da
educação interagir e debater as questões envoltas de currículo e forma de trabalho, além de
direcionar também aos educadores que quando detinham esta autonomia, centralizava
novamente nos diretores de unidade escolar, num ciclo vicioso de ação autoritária.
Estas experiências trabalhadas, estavam livres de pressões capitalistas, visto que o
ambiente democratico e de partilha, se contrapunham justamente a lógica estabelecida em
sociedade, que foi também um ponto utilizado por seus críticos.
Por fim, pode-se perceber que o intuito de Dewey, nas suas concepções e práticas, viam de
modo a resistir interferências externas, justamente por discordar da lógica de reprodução.
Se a escola é este espaço de transformação, as práticas existentes ali devem remodelar as
ações escolares.

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