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TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR

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Fisioterapia na Atenção Secundária 
Traumatismo 
Raquimedular 
 
1 
 
REVISÃO ANATÔMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Serve de proteção à para a medula espinhal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO DE TRM 
• É uma agressão a medula espinhal que pode 
ocasionar danos neurológicos temporários 
ou permanentes, tais como alterações da 
função motora, sensitiva e autônoma. 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Homens entre 16 a 30 anos 
• Proporção: 4 homens para 1 mulher 
• 1° lugar: lesões cervicais; 
• 2° lugar: lesões torácicas; 
• 3° lugar: lesões lombos sacrais; 
• Sequelas: 
• 1° lugar: tetraplegia incompleta; 
• 2°lugar: paraplegia completa; 
• 3° lugar: tetraplegia completa; 
• 4° lugar: paraplegia incompleta; 
ETIOLOGIA 
• Lesões traumáticas: 
 -Acidentes automobilísticos (47%); 
 -Ferimento com arma branca ou de fogo; 
 -Mergulho em piscina rasa; 
 -Quedas (21%); 
 -Esportes (14%). 
• Lesões não-traumáticas: 
-Processos inflamatórios: artrite 
reumatoide/mielites; 
 -Processos degenerativos: EM e ELA; 
 -Processos compressivos: tumor; 
FISIOPATOLOGIA 
• Mecanismo de flexão: mais comum. 
Colisão da cabeça na direção ou no para-
brisa do carro (fratura do corpo vertebral 
anterior). É o mecanismo mais comum de 
lesão. 
• Mecanismo de hiperextensão: Colisão da 
cabeça na direção do apoio de cabeça - 
colisão na parte posterior – fratura do 
processo espinhoso; 
• Mecanismo de compressão: golpe axial 
na cabeça (mergulho, surf ou queda de 
objetos) - fratura 
2 
 
• Mecanismo de flexão-rotação: força 
posterior para anterior (colisão na parte de 
trás com o passageiro girando na direção 
do condutor). 
• Mecanismo de cisalhamento: força 
horizontal no segmento adjacente 
(deslocamento com fratura toracolombar). 
• Mecanismo de alheação: força de tração 
(lesão em chicote da cervical). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• ÁREAS COM MAIOR FREQUÊNCIA DE 
LESÃO 
 
O QUE CAUSA NA MEDULA? 
Trauma na medula 
 
 
Medula fica inchada edemaciada 
 
 
Acontecendo uma instalação do choque 
medular, (para de funcionar) paciente 
apresenta paralisia e anestesia completas 
abaixo do nível da lesão, hipotonia e 
arreflexia. 
 
 
Pode durar dias ou semanas 
 
 
Edema e hemorragia diminuem, são 
absorvidos pelo corpo 
 
 
Início da fase de reparação da medula, 
começa a cicatrizar pode durar muito tempo 
2 anos ou mais 
 
 
 
Fibrose (processo de cicatrização) 
 
 
Medula é substituída por tecido fibroso 
 
 
Vai ser substuída por um cisto central de 
paredes lisas 
 
DIAGNÓSTICO 
Exames: 
• Raio-X 
• Ressonância Magnética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
• TETRAPLÉGICO: 
• Paralisia completa dos quatro membros e 
do tronco (lesão da medula cervical) 
• PARAPLÉGICO: 
• Paralisia completa ou de parte do tronco e 
membros inferiores (lesão da medula 
torácica/lombar/ ou cauda equina) 
• O trauma na coluna vertebral pode resultar 
em lesão completa ou incompleta da 
medula. Os seus acometimentos e 
sintomas dependem do nível da lesão: 
 
 
3 
 
NÍVEL FUNCIONAL 
• C1, C2, C3 (músculos faciais), 
• C4 (diafragma e trapézio), 
• C5 (deltoide e bíceps), 
• C6 (extensores de punho), 
• C7 (tríceps), 
• C8 e T1 (mãos e dedos), 
• T2-T8 (músculos do tórax), 
• T6-T12 (abdominais), 
• L1-S1 (músculos da perna), 
• S1-S2 (músculos do quadril e do pé) e 
• S3 (intestino e bexiga). 
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES 
 
As lesões medulares são classificadas em: 
 
COMPLETA: Não existe função motora ou 
sensorial abaixo do nível da lesão; 
 
INCOMPLETA: Existe função motora ou 
sensorial abaixo do nível da lesão; 
 
SINDROMES: Conjunto de sintomas, com 
curso praticamente previsível; 
 
 
 
SINDROME ANTERIOR DA MEDULA 
• Extremamente rara; 
• (compressão por tumor ou infarto da artéria 
espinhal posterior); 
• preservação da função motora; 
• Preservação da sensação de dor e toque 
leve; 
• perda da propriocepção abaixo do nível da 
lesão; 
• PADRÃO DE MARCHA COM BASE 
AMPLA E BATIDA FORTE DE 
CALCANHAR. 
 
SINDROME CENTRAL DA MEDULA 
 
• Hiperextensão da região cervical 
• Estreitamento congênito ou degenerativo do 
canal espinhal, 
• Envolvimento maior dos MMSS: 
• Preservação da função seção, intestinal e 
vesical. 
• Geralmente pacientes conseguem 
recuperar a marcha com fraqueza distal os 
MMII 
SÍNDROME DE BROWN-SEQUARD DE 
MEDULA 
• Hemi secção da medula espinal, geralmente 
ferimento por penetração (tiro ou facada). 
• As características clinicas são assimétricas: 
• No mesmo lado da lesão: 
• - Perda da sensibilidade, 
• - Hiporreflexia 
• - Perda da propriocepção no nível da lesão) 
• - No lado oposto a lesão: 
• - Perda da sensibilidade a dor e da 
temperatura abaixo do nível da lesão). 
QUADRO CLÍNICO 
FASE DE CHOQUE 
 
• Fase inicial, logo após a lesão medular. 
Caracterizado por: 
- ausência de atividade reflexa, 
- hipotonia; 
- perda de sensibilidade; 
- perda da função motora abaixo do nível 
da lesão; 
 
FASE DE AUTOMATISMO 
Fase mais tardia. As sequelas já são 
permanentes. 
Caracterizada por: 
- Hiperreflexia; 
- Hipertonia; 
- Espasticidade; 
- Clônus; 
 
COMPROMETIMENTOS AUTONÔMICOS 
Hipotensão postural: queda na pressão arterial 
quando assume a posição ereta. 
Causada pela perda do controle da 
vasoconstrição simpática. 
Comprometimento da termorregulação: 
dificuldade para arrepiar de frio e ausência de 
sudorese (hipotálamo não consegue regular o 
fluxo sanguíneo cutâneo e o nível de 
sudorese). 
Comprometimento respiratório: lesões altas 
apresentam maiores complicações, devido a 
4 
 
inervação do nervo frênico, mas todos os 
pacientes apresentam algum tipo de 
comprometimento da função respiratória. 
Disfunção de bexiga e intestino: bexiga 
espástica ou reflexa (neurônio motor superior) 
e bexiga flácida ou não reflexa (neurônio motor 
inferior); o mesmo vale para o intestino 
Disfunção sexual: também se relaciona com a 
lesão superior e inferior. No homem, 
compromete a capacidade erétil, de ejaculação 
e orgasmo e, na mulher, a menstruação, 
fertilidade e gravidez. 
Disreflexia autonômica: é um reflexo 
patológico que ocorre em lesões acima de T6, 
quando um estimulo nocivo abaixo do nível da 
lesão inicia uma resposta reflexa em massa 
com aumento da pressão arterial, geralmente 
por distensão da bexiga devido a retenção 
urinaria, mas também pode ocorrer por outros 
estímulos, como pressão dolorosa, infecções e 
até após alongamento passivo do quadril. 
AVALIAÇÃO 
DADOS + ANAMNESE 
• Queixa principal (QP) 
• História da moléstia atual (HMA) 
• História da moléstia pregressa (HMP) 
• Doenças associadas, 
• Antecedentes pessoais, 
• Antecedentes familiares, 
• Tratamentos anteriores e exames 
complementares 
 
EXAME FÍSICO 
• Dados vitais, pele e circulação; 
• Amplitude de movimento (ADM); 
• Tônus muscular; 
• Trofismo muscular; 
• Força muscular; 
• Sensibilidade; 
• Reflexos; 
• AVD’s; 
• Equilíbrio e coordenação; 
 
Para avaliar a extensão do comprometimento 
sensorial e motor utiliza-se o PADRÃO 
INTERNACIONAL DA ASSOCIAÇÃO 
AMERICANA DE LESÃO ESPINHAL - ASIA – 
 
Lesão completa: (A) 
 
Nenhuma função motora ou sensorial nos 
segmentos sacrais inferiores (S4 e S5). 
 
Lesão incompleta: 
(A) função sensorial e motora preservada 
abaixo do nível da lesão; 
(B) função sensorial preservada abaixo do nível 
da lesão; mas a motora não; 
(C) função motora está preservada abaixo do 
nível da lesão e mais da metade dos músculos 
importantes abaixo do nível neurológico tem um 
grau muscular menor que 3. 
(D) A função motora está preservada abaixo do 
nível da lesão e pelo menos metade dos 
músculos importantes abaixo do nível 
neurológico tem grau muscular 3 ou mais. 
(E) As funções sensoriais e motoras estão 
normais 
OBJETIVOS 
FASE AGUDA 
• Foco no trabalho respiratório, 
• Prevenção de complicações,• Manutenção da ADM e 
• Facilitação dos movimentos ativos da 
musculatura remanescente. 
 
FASE REABILITAÇÃO ATIVA 
• independência funcional e melhora da 
capacidade cardiovascular ao exercício. 
 
CONDUTAS 
FASE AGUDA 
• tratamento respiratório (exercícios de 
respiração profunda, respiração 
glossofaríngea, manobra de troca de ar, 
tosse assistida, suporte abdominal) 
• Alongamentos; 
• exercícios de ADM; 
• posicionamentos, 
• fortalecimento seletivo e orientação para a 
posição vertical. 
FASE REABILITAÇÃO 
• continuação das atividades do período 
agudo (reabilitação respiratória, ADM e 
posicionamentos), 
• fortalecimentos musculares, 
• controle postural e equilíbrio. 
• programas de tratamento no tatame com as 
transferências de posturas, 
• habilidades na cadeira de rodas, 
• deambulação, 
• treinamento de marcha, treinamento 
locomotor 
• e estimulação elétrica funcional. 
 
Resumo: Victória Souza 
https://www.instagram.com/vicafisio/ 
https://www.instagram.com/vicafisio/

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