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ESTUDO DIRIGIDO DE PATOLOGIA GERAL – Nº 02 Professora: Cláudia Santana Aluna: Gabriella Silveira Duarte ASSUNTO: PROCESSOS NEOPLÁSICOS PARTE 1 1. Conceitue: a. Neoplasia – Câncer –Neoplasma – Tumor b. Oncogenes - Proto-oncogene – Anti-oncogenes c. Agentes carcinogênicos (citar os principais grupos e diferenciar promotores de iniciadores) 2. Sobre a história natural dos tumores: a. Como ocorre a transformação (de uma célula normal em uma célula neoplásica) b. Fale sobre os fatores que influenciam o crescimento tumoral (cinética, angiogênese e heterogeneidade) c. Descreva o mecanismo de invasão e metástase. PARTE 2 3. Caracterize as neoplasias benignas de malignas considerando: a. Velocidade de crescimento e presença de cápsula b. Diferenciação celular c. Invasão e Metástase 4. O que você entende por gradação e estadiamento e qual a importância deste conhecimento para o exercício da enfermagem? 5. Fale sobre os critérios que norteiam a denominação das neoplasias. PARTE 1 1. A) NEOPLASIA: distúrbio do crescimento celular que é desencadeado por uma série de mutações adquiridas que afetam uma única célula e sua progênie clonal, ou seja, é uma proliferação desordenada de células no organismo, formando, assim, uma massa anormal de tecido. CÂNCER: crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância e é considerado um tumor maligno. NEOPLASMA: crescimento anormal do tecido. TUMOR: edema causado pela inflamação, ou seja, aumento de volume observado numa parte qualquer do corpo. B) ONCOGENES: genes que promovem o crescimento celular autônomo nas células cancerígenas, ou seja, genes ligados ao surgimento de tumores, tanto malignos quanto benignos. PROTO-ONCOGENE: são genes que normalmente ajudam às células a crescer. proto- oncogenes, a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os proto-oncogenes tornam-se oncogenes, responsáveis por transformar as células normais em células cancerosas. ANTI-ONCOGENES: anti-oncogenes ou genes supressores de tumores são recessivos, isto é, o efeito cancerígeno só aparece quando eles estão ausentes ou são defeituosos nos dois cromossomos do genoma, ao contrário os oncogenes são dominantes, e esses codificam proteínas e promovem a multiplicação desordenada das células. Um gene supressor de tumor, ou anti-oncogene, é um gene que regula uma célula durante a divisão e replicação celular. Se a célula crescer de forma incontrolável, isso resultará em câncer. Quando um gene supressor de tumor sofre mutação, isso resulta em perda ou redução de sua função. C) AGENTES CARCINOGÊNICOS: Qualquer agente químico, físico ou biológico que possa causar câncer. • Exemplos de agentes carcinogênicos químicos: substâncias presentes no tabaco, certos solventes químicos etc. • Exemplos de agentes carcinogênicos físicos: radiação ultravioleta, radioatividade etc. • Exemplo de agentes carcinogêncios biológicos: papilomavírus, vírus Epstein-Barr etc. Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Os promotores são agentes químicos não mutagênicos, mas os quais estimulam a proliferação celular. Iniciadores mutagênicos: provocam diretamente mutações genéticas. Ex: carcinógenos da fumaça do tabaco, aflatoxinas, radicias livres, radiações, vírus. Todos os carcinógenos químicos iniciadores são eletrófilos (possuem átomos deficientes em elétrons) altamente reativos que podem reagir com sítios nucleofílicos (ricos em elétrons) nas células. 2. A) As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados proto-oncogenes, que a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os proto-oncogenes tornam-se oncogenes, responsáveis por transformar as células normais em células cancerosas. B) Cinética do crescimento das células tumorais Quando um tumor torna-se clinicamente detectável, ele já completou a maior p arte do seu ciclo vital. Com 1g de tumor já se consegue detectar um tumor; passadas 10 duplicações desse ponto, o tumor pode atingir 1kg; de forma geral, é a partir desse peso que ele é incompatível com a v ida (existem exceções). Por isso que a importância do diagnóstico preventivo é muito importante. Fração de crescimento: é dada pela proporção de células que se encontram no compartimento proliferativo, que é a porção celular do tumor que está em franca divisão celular. Assim, a QT trabalha exatamente em cima da fração de crescimento, por r que a QT s ó mata célula que estão se dividindo; por isso que se faz sessões seriadas, com isso se tenta pegar o máximo de células dentro da fração de crescimento. E é por isso também que tumores mais agressivos respondem m melhor a QT do que os menos agressivos, pois são aqueles que estão em franca divisão e com m muitas células dentro do compartimento proliferativo. A taxa a de crescimento tumoral é determinada pelo excesso de produção de células em relação a perda celular. Angiogênese tumoral Os tumores não podem ultrapassar 1 a 2 mm de diâmetro ou espessura se não forem vascularizados A angiogênese tumoral é um pré-requisito para o crescimento contínuo do tumor e também para a formação de metástase (por que aproxima a vasculatura das células tumorais) A angiogênese é um correlato biológico de malignidade: se se faz vascularização é por que estou crescendo e com isso cada vez mais se faz a indução da formação de novos vasos. É isso que explica o uso de quimo embolização para o tratamento de certos tumores, induzindo assim necrose tumoral e diminuição do tamanho do mesmo, pré-operatório. Progressão e heterogeneidade do tumor Progressão tumoral (é em termos de agressividade): é a progressão de lesões que se tornam m ais agressivas e com potencial maligno maior. Para que isso aconteça, eu preciso selecionar, dentro da minha neoplasia, os clones que são mais agressivos e resistentes, assim: A progressão depende da heterogeneidade do tumor, que se dá pelo aparecimento sequencial de subpopulações de células transformadas, que diferem em relação a v ários atributos fenotípicos, tais como: caráter invasivo, v elocidade de crescimento, capacidade metastática, responsividade hormonal e susceptibilidade a agentes anti-neoplásicos. Com isso o tumor é mais resistente, mais agressivo. Por isso que a progressão depende da heterogeneidade da po pulação; por que havendo muitos clones diferentes, a probabilidade de existir aqueles que são mais resistentes e mais agressivos é maior e, com isso, a possibilidade de progressão tumoral também é maior. É o que explica por exemplo a transformação de um tumor benigno em maligno, ou de um maligno pouco agressivo em um muito agressivo. “Um tumor em crescimento tende a ser enriquecido por clones que derrotam as dificuldades e possuem competência para sobreviver, crescer, invadir e sofrer metástase. C) Um mecanismo é o crescimento secundário do câncer que é chamado de invasão tumoral. Nela, as células cancerosas penetram os tecidos vizinhos mantendo uma continuidade anatômica com o tumor de origem — ao contrário da metástase, que é o crescimento do tumor à distância. PARTE 2 3. A) CÁPSULA - Os tumores benignos tendem a apresentar crescimento lento e expansivo determinando a compressão dos tecidos vizinhos,o que leva a formação de uma pseudocápsula fibrosa. Já nos casos dos tumores malignos, o crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a formação desta pseudocápsula; mesmo que ela se encontre presente, não deve ser equivocadamente considerada como tal, e sim como tecido maligno. Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce CRESCIMENTO - Todas as estruturas orgânicas apresentam um parênquima, representado pelas células em atividade metabólica ou duplicação, e um estroma, representado pelo tecido conjuntivo vascularizado, cujo objetivo é dar sustentação e nutrição ao parênquima. Os tumores também têm estas estruturas, sendo que os benignos, por exibirem crescimento lento, possuem estroma e uma rede vascular adequada, por isso que raramente apresentam necrose e hemorragia. No caso dos tumores malignos, observa-se que, pela rapidez e desorganização do crescimento, pela capacidade infiltrativa e pelo alto índice de duplicação celular, eles apresentam uma desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado. Isto acarreta áreas de necrose ou hemorragia, de grau variável com a velocidade do crescimento e a "idade" tumorais. B) Pode ser classificada como benigna ou maligna. A neoplasia benigna tem, geralmente, crescimento lento, ordenado e apresentando limites definidos. A neoplasia maligna, também conhecida como câncer, de forma geral, tem um crescimento mais rápido, as células não apresentam diferenciação e invadem tecidos vizinhos. Benigno: Bem diferenciado; estrutura algumas vezes típica do tecido de origem Maligno: Alguma falta de diferenciação (anaplasia); estrutura muitas vezes atípica C) INVASÃO - Em neoplasias benignas a invasão tumoral é caracterizada por os tumores crescerem com uma borda detecido condensada (cápsula) que a separa do tecido hospedeiro. Assim, eles não penetram nos tecidos circunvizinhos. Já nos tumores malignos há destruição dos tecidos normais ao redor, sendo ele caracterizado por ser invasivo infiltrativos. METÁSTASE - As duas propriedades principais das neoplasias malignas são: a capacidade invasivo-destrutiva local e a produção de metástases. Por definição, a metástase constitui o crescimento neoplásico à distância, sem continuidade e sem dependência do foco primário. Envolve penetração do tumor nos vasos sanguíneos, linfáticos e cavidades corporais, seguidas de transporte e crescimento massas celulares secundárias. Essa é uma característica crucial para a diferenciação entre tumores malignos e benignos: neoplasias benignas não sofrem metástase! Vias de Disseminação A metástase pode ocorrer por três via: 1. Cavidades Corporais: ocorre pela superfície dos espaços peritoneais, pericárdicos ou subaracnóideos. 2. Vasos Linfáticos: transporte de células tumorais para linfonodos regionais e de outras partes do corpo. É típica dos carcinomas. 3. Vasos Sanguíneos: a metástase segue o fluxo venoso. O fígado e o pulmão são mais facilmente atingidos porque toda a drenagem da área portal flui para o fígado e a da cava flui para o pulmão. É típica de sarcomas. 4. Estadiamento é o processo para determinar a localização e a extensão do câncer presente no corpo de uma pessoa. É a forma como o médico determina o avanço da doença no organismo de um paciente. A gradação é a medida da rapidez com que o câncer está crescendo ou se espalhando (chamado agressividade). O grau do câncer pode ajudar os médicos a determinar o prognóstico. Enfim, o estadiamento de uma neoplasia maligna requer, por parte do médico, conhecimentos básicos sobre o comportamento biológico do tumor que se estadia e sobre o sistema de estadiamento adotado. Um estadiamento bem conduzido leva a condutas terapêuticas corretamente aplicadas. Os médicos precisam conhecer a extensão da doença e sua localização para poder definir as melhores opções de tratamento. Por exemplo, o tratamento para um câncer em estágio inicial pode consistir em cirurgia ou radioterapia, enquanto um tumor em fase mais avançada pode precisar ser tratado com quimioterapia. Os médicos também utilizam o sistema de estadiamento para prever o curso da doença. Em um sentido mais amplo, os médicos usam as informações do estadiamento quando estão estudando as opções de tratamentos contra a doença. O estadiamento permite que os pesquisadores se certifiquem se alguns grupos participantes de um estudo são, na verdade, similares quando recebem novos tratamentos contra o câncer, comparando-os com outros que já são realizados. Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Nem todos os cânceres são estadiados. Por exemplo, a leucemia pode estar disseminada por todo o organismo. A maioria dos tipos de leucemia não são estadiados da forma como são estadiados cânceres que formam tumores sólidos. 5. A nomeação dos tumores baseia-se na sua histogênese e histopatologia. Para os tumores benignos, a regra é acrescentar o sufixo "oma" (tumor) ao termo que designa o tecido que os originou. Quanto aos tumores malignos, é necessário considerar a origem embrionária dos tecidos de que deriva o tumor. Quando sua origem for dos tecidos de revestimento externo e interno, os tumores são denominados carcinomas. Quando o epitélio de origem for glandular, passam a ser chamados de adenocarcinomas. Já os tumores malignos originários dos tecidos conjuntivos ou mesenquimais será feito o acréscimo de "sarcoma" ao vocábulo que corresponde ao tecido. Por sua vez, os tumores de origem nas células blásticas, que ocorrem mais freqüentemente na infância, têm o sufixo "blastoma" acrescentado ao vocábulo que corresponde ao tecido original. Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce Gabriella Realce
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