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FPM - Oftalmo 6 - Olho vermelho

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OLHO VERMELHO 
1. INTRODUÇÃO
Distúrbio ocular mais frequentemente encontrado em serviço de PA oftalmológico. Causas mais comuns são relativamente benignas, porém existem situações graves com baixo prognóstico visual. 
Na anamnese, as situações de maior risco são: 
· Dor ocular severa;
· Perda visual súbita;
· Trauma ocular;
· Presença de corpo estranho;
· Secreção purulenta: lembrar da gonococcica;
· Anormalidades da córnea ou pupila;
· Exposição às substâncias químicas;
· Cirurgia intraocular recente (endoftalmite);
· Olho cronicamente vermelho.
2. HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL 
Aparecimento súbito de sangramento sob a conjuntiva, podendo ser localizado ou difuso. 
Os eventos desencadeantes podem ser: trauma com lesão conjuntival, valsalva, hipertensão, distúrbio hemorrágico, uso de anticoagulantes ou idiopático. 
Pode ser assintomático.
Melhora espontânea em 2-3 semanas, sem comprometimento da visão. Tratamento não é necessário. 
3. PINGUÉCULA E PTERÍGIO
Pinguécula é uma lesão conjuntival amarelo-esbranquiçada, plana ou levemente elevada, na fissura interpalpebral adjacente ao limbo (transição entre conjuntiva e córnea), não envolvendo a córnea. O estímulo solar estimula esse crescimento. 
Pterígio: prega de tecido fibrovascular que se origina da conjuntival interpalpebral e se estende pela córnea. 
Etiologia: irritação crônica e exposição solar;
Hiperemia, sensação de corpo estranho ou assintomático. 
Tratamento: uso de lubrificante, proteção dos olhos contra sol e poeira. Colírios corticoide pode levar ao aumento da PIO. Pode remover cirurgicamente se tiver desconforto excessivo, quando cresce muito tampando a pupila (prejudicando o eixo visual), quando causa aumento do astigmatismo (alteração anatômica). 
Recidiva é grande, principalmente em pacientes jovens. 
4. BLEFARITE E MEIBOMITE
Blefarite são “cascas” formadas na base dos cílios, causando desconforto como prurido, queimação, sensação de corpo estranho, lacrimejamento, formação de crostas ao redor dos olhos, filme lacrimal de aspecto espumoso. 
Meibomite: na borda palpebral tem glândulas. Se tem entupimento ou incha as glândulas, pode levar ao olho seco.
Tratamento: blefarite trata com blefagel (shampoo neutro, de 2-3x ao dia). Na meibomite, o objetivo é tornar a secreção mais fluida, fazendo compressas quentes, depois faz massagem para eliminação do conteúdo. 
5. HORDÉOLO
Nodulação palpebral aguda, edema palpebral, dor local. Geralmente associado com hiperemia. Pode ser externo ou interno, podendo ser na pálpebra inferior ou superior. 
Infecção geralmente associada a S. aureus. Pode ser associada a celulite pré-septal (vê a porta de entrada). 
Tratamento: compressas quentes por 10 min, 4x/dia, com massagem suave sobre a lesão. Não tem indicação de retirada no consultório. 
Calázio: hordéolo que não abriu, cronificando. Os sinais inflamatórios somem. Tratamento é cirúrgico, é tecido fibroso e sem pus. 
6. ENTRÓPIO
Inversão da pálpebra (inferior ou superior), causando atrito dos cílios contra o bulbo ocular. Leva a irritação, erosões corneanas e ulceração. 
Pode ser involucional (mais comum), pois com o tempo a pálpebra fica mais frouxa, permitindo que dobre. Pode ser também cicatricial, como uma conjuntivite que forme um tecido cicatricial e fibroso, fazendo com que a pálpebra retraia e fique para dentro. 
Pode levar à ulcera de córnea. 
7. ECTRÓPIO
Eversão da margem palpebral, levando à exposição corneana. Essa exposição leva à conjuntivite, inflamação, aumento de infecção, epífora ou lacrimejamento (ponto lacrimal fica ectrópio, a lagrima produzida escorre), olho seco. 
Pode ser (1) congênito; (2) adquirido: involucional (relacionado à idade), cicatricial, mecânico ou paralítico (par VII - “paralisia de Bell”). 
8. TRIQUÍASE
Cílios toca o globo ocular, sendo uma alteração da direção de crescimento dos cílios. Os sintomas são irritação ocular, sensação de corpo estranho, lacrimejamento e vermelhidão. 
Tratamento é epilação (retira o cílio, mas depois volta a crescer) e uso de lubrificantes. Pode retirar o cílio cauterizando (caso sejam poucos), ou se forem muitos, retira pedaço da pálpebra que contem esses cílios. 
9. CONJUNTIVITE AGUDA
Hiperemia conjuntival, secreção (faz com que se diferencie a etiologia), aderência entre as pálpebras (pior pela manhã), sensação de corpo estranho, duração dos sintomas < 4 semanas. 
Bacteriana: secreção purulenta, leucócitos polimorfonucleares, edema palpebral moderado, sem envolvimento de linfonodos, sem prurido. 
· S aureus, S epidermidis, Pneumococo e H influenzae. 
· Gonococo: hiperaguda e secreção purulenta grave. 
· Normal é permanecer 7-10 dias, após isso pode liberar.
· Tratamento: 
· Não gonocócica: antibióticos colírios;
· Gonocócica: ceftriaxona 1g IM + azitromicina 1g VO + antibióticos tópicos. Tratar parceiros, internar se envolvimento corneano. 
· Encaminhar para oftalmologia. 
Viral: secreção clara, células mononucleares, edema mínimo, envolvimento de linfonodos é comum (pré-auricular), sem prurido. Muito contagiosa por cerca de 12 dias do início dos sintomas e enquanto os olhos permanecem vermelhos. Adenovírus é o mais comum. Tratamento é com lubrificantes, compressas frias, precaução de contato e restringir atividades de trabalho e escola. Encaminhas ao oftalmologista se persistir além de 3 semanas. Não compartilhar toalhas, trocar fronha.
Alérgica: secreção clara, mucoide e viscosa, eosinófilos, edema moderado a severo, sem envolvimento de linfonodos e com prurido intenso. Geralmente é recorrente. 
10. EPISCLERITE/ ESCLERITE
Episclerite: inflamação da esclera, hiperemia aguda, dor leve. Idiopatico, geralmente não precisa investigar e o tratamento é com lagrimas artificiais. 
Esclerite: hiperemia aguda, dor ocular intensa e contínua que piora à movimentação ocular, que pode se irradiar para fronte ou mandíbula, embaçamento visual. Exclui-se outras causas de olho vermelho. Associadas a doenças do tecido conjuntivo (artrite reumatoide, lúpus, espondilite anquilosante, Wegner, PAN) ou idiopático. Tratamento é com AINEs ou esteroides sistêmicos. Encaminhar para oftalmologista. 
11. UVEÍTE
Inflamação do trato uveal (íris, corpo ciliar e esclera).
Sintomas são dor (globo ocular), fotofobia, hiperemia ocular, lacrimejamento, embaçamento visual. 
Na lâmpada de fenda, vê células inflamatórias no aquoso. 
Etiologia é idiopático, associada à doenças reumatológicas (AR, Artrite idiopática juvenil, EA) ou infeccioso (sífilis, toxoplasmose, tuberculose, herpes). Se é o primeiro episódio, deve-se considerar idiopático. Se for recorrente, deve fazer investigação.
Tratar de acordo com a doença de base. 
Encaminhar ao oftalmologista. 
12. CERATITES
Bacterianas: Staphylococcus sp. e Pneumococo; secreção purulenta. 
Ceratites fúngicas: filamentosos ou cândida. Exemplo: pacientes que trabalham na lavoura de café. 
Acanthamoeba: pacientes com história de uso de lentes de contato. 
Virais: VHS e HVZ
Herpes simples

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