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ANGINA ESTÁVEL OU SÍNDROME CORONARIANA CRÔNICA

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ANGINA ESTÁVEL
Definição:
 Síndrome clínica caracterizada por dor ou desconforto em qualquer das seguintes regiões: tórax, epigástrio, mandíbula, ombro, dorso ou membros superiores, sendo tipicamente desencadeada ou agravada com atividade física ou estresse emocional e atenuada com uso de nitroglicerina e derivados.
Acomete a quem? 
Usualmente, pacientes com:
- DAC com comprometimento de, pelo menos, uma artéria epicárdica
- Doença cardíaca valvar
- Cardiomiopatia hipertrófica 
- Hipertensão não controlada
- Coronárias normais e isquemia miocárdica relacionada ao espasmo ou disfunção endotelial
Avaliação Clínica da dor torácica:
Histórica Clínica: Importante para a avaliação do paciente com dor torácica, orientando o médico, com um alto grau de acurácia, a estimar a probabilidade de DAC significativa
DAC Significativa é Angiograficamente avaliada como a Presença de estenose, > que 70% do diâmetro, de pelo menos um segmento de uma das artérias epicárdicas maiores OU Estenose > que 50% do diâmetro do tronco da coronária esquerda
Qualidade: Desconforto, Sufocamento/ansiedade, Constrição/peso/aperto, Formigamento e Queimação 
Localização: Retroesternal, Mandíbula, Ombro. Dorso, Membro superior e Epigastro
Irradiação: Membros superiores (direito, esquerdo, ambos), ombro, mandíbula, pescoço, dorso, região epigástrica.
Duração: Início gradual com máxima intensidade após alguns minutos
- Duração >20 minutos -> Angina Instável
- Duração de horas não é característica
Fatores desencadeantes: Estresse físico e emocional
Fatores de alívio: Repouso, nitrato sublingual
Sintomas associados: sudorese, náusea, vômito, palidez, dispnéia, hemoptise, tosse, pré-síncope e síncope.
Equivalentes Anginosos: Dispnéia, fadiga, eructação e tonturas
ATENÇÃO!!! Vários são os adjetivos utilizados pelos pacientes na descrição da angina: "sufocamento", "queimação", "opressão", "peso", entre outros. Não é raro referirem apenas o sintoma de "desconforto" e não "dor" pré-cordial. Quase nunca a angina é referida como em pontada, e, usualmente, não tem relação com a respiração, nem com o decúbito.
Informações Adicionais: Tipicamente o episódio de angina dura alguns minutos; normalmente é precipitado por exercício físico ou estresse emocional, com freqüente melhora ou alívio ao repouso. O uso de compostos de nitroglicerina, como o nitrato sublingual, alivia a angina em aproximadamente 1min. Um desconforto repentino, fugaz, ou então contínuo, com duração de várias horas, raramente é angina. A angina usualmente incide sobre a região retroesternal, sendo comum a irradiação para o pescoço, mandíbula, epigástrio ou membros superiores. Dor localizada nas regiões das articulações condroesternais dificilmente tem origem cardíaca.
Classificação ANGINA ESTÁVEL:
Classificação ANGINA INSTÁVEL:
Graduação da Angina:
Fatores de risco para DAC:
Tabagismo, hiperlipidemia, diabetes, hipertensão arterial, história familiar de DAC precoce (< 55 a. para homens e < 65 a. para mulheres) e antecedentes pessoais de DAC ou doença cérebro-vascular.
Exame Físico: O exame físico é usualmente normal nos pacientes com angina estável, PORÉM, durante a vigência de um episódio anginoso, atenção para os Preditores de DAC:
- Presença de B3, B4 ou galope 
- Sopro de regurgitação mitral 
- Desdobramento paradoxal de B2 
- Estertoração pulmonar bibasal 
- Achados de aterosclerose: pulsos de membros inferiores diminuídos, endurecimento arterial e aneurisma abdominal
- PA elevada
- Xantelasma (+comum, associação com hiperlipoproteinemia)
- Xantomas Tuberosos e Eruptivos (TG >2000)
- Arco Corneano: Depósito cinza, branco ou amarelado na periferia da córnea. Relacionado com a idade (Arco senil) ou em associação com hiperlipoproteinemia em jovens. Diagnóstico Diferencial: Anéis de Kayser-Fleischer: Depósito de cobre marrom-dourado na membrana de Descemet (Doc de Wilson).
- Lipemia Retinalis => Hipertrigliciridemia
Diagnóstico diferencial da dor torácica; condições associadas, provocadores e fatores de alívio da angina
Doenças associadas (simultâneas) que possam precipitar angina "funcional" (isto é, isquemia miocárdica na ausência de obstrução coronariana anatômica significante) devem ser consideradas. Geralmente, são doenças que causam isquemia miocárdica por aumentar o consumo ou por diminuir a oferta de oxigênio para o miocárdio
Testes não invasivos: para diagnóstico e estratificação de risco:
Exames laboratoriais
- Hemoglobina 
- Colesterol total 
- LDL 
- HDL 
- Triglicerídeos 
- Creatinina 
- Glicemia jejum 
- Proteína C Reativa ultra-sensível - pacientes risco intermediário (10 (20%/10anos)
Eletrocardiograma (ECG): O ECG tem utilidade limitada na DAC crônica, normal em 50% dos PAC com DAC, não exclui a presença de obstrução coronariana. Entretanto ele apresenta importância diagnóstica:
Principais achados: DAC crônica
- Alterações inespecíficas de ST-T
- Ondas Q
a) Alterações indicativas da presença de áreas inativas prévias (ondas QS ou Qr, acompanhadas de ondas T negativas nas derivações que exploram a necrose) permitem o diagnóstico de DAC; 
b) Alterações da repolarização ventricular são sugestivas de isquemia subepicárdica (onda T negativa, pontiaguda e simétrica), em determinada área (conforme a derivação exploradora/ parede miocárdica): ântero-septal (VI,V2, V3, V4), ântero-lateral (V4, V5, V6, DI e A VL), lateral alta (DI e A VL), anterior extensa (VI a V6 em DI e A VL), inferior (D2, D3 e A VF), dorsal (V7 e V8 com imagem recíproca em VI, V2 e V3); 
c) Alterações da repolarização ventricular são sugestivas de isquemia subendocárdica (onda T positiva, pontiaguda e simétrica) em determinada área (ântero-septal, ântero-lateral, lateral alta, anterior extensa, inferior, dorsal); 
d) Alterações da repolarização ventricular são sugestivas de lesão subendocárdica (infradesnivelamento do ponto J e do segmento ST, com concavidade superior deste segmento nas derivações que exploram a lesão) em determinada área (ântero-septal, ântero-lateral, lateral alta, anterior extensa, inferior, dorsal).
Indicação:
- Pacientes com suspeita de causa cardíaca para dor torácica
- Durante um episódio de dor torácica
Radiografia de tórax: primeira modalidade de imagem realizada nos pacientes com dor torácica, com a principal finalidade do diagnóstico diferencial com a angina e pode ser diagnostica nos pacientes com pneumotórax, pneumomediastino, fraturas de costela e infecções agudas. 
Indicação:
- Pacientes com DAC e sinais ou sintomas de insuficiência cardíaca congestiva 
- Pacientes com sinais e sintomas de doença pulmonar
- Outros pacientes
Probabilidade de DAC: Sensibilidade e Especificidade de cada teste:
Prevalência na população (Probabilidade Pré-Teste)
Teste ergométrico (TE): O TE é o método não invasivo utilizado com maior frequência na Angina Estável (AE), visando especialmente a confirmação diagnóstica, determinação prognóstica e definição de conduta terapêutica. Possui sensibilidade intermediária e para realiza-lo deve-se suspender a Terapia Antianginosa, pois esta reduz a sensibilidade (Suspender: B.Bloq por 2-3 dias ; Nitratos/ Antag.Ca por 1 dia; porém MANTER Nitratato sublingual no tratamento dos sintomas).
Utilização para o diagnóstico de obstrução coronariana: As variáveis mais preditivas relacionadas ao diagnóstico de obstrução coronariana são: depressão do segmento ST > que 1 mm (medido a 0.80seg do ponto J), com configuração horizontal ou descendente, e a presença da dor anginosa. Para o diagnóstico de isquemia miocárdica, os resultados dos testes devem ser relacionados com a probabilidade pré-teste de DAC.
Utilização para o prognóstico: Na determinação prognóstica, o TE tem como objetivo selecionar os pacientes com maior risco para futuros eventos, através da quantificação da resposta isquêmica, bem como definir a conduta terapêutica.
Os principais marcadores prognósticos são: baixa capacidade funcional (igual ou inferior a 4 mets) e a depressão ou elevação do segmento ST em cargas baixas.
CONTRA - Indicações:
Cintilografia e Ecocardiografia:
- SPECT + ECGde esforço simultâneo são superiores ao TE isolado
- Indicado se ECG de repouso anormal
Quando comparada ao teste ergométrico, a ecocardiografia sob estresse tem maior sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de DAC. Enquanto a ecocardiografia pela dobutamina e pelo exercício apresentam acurácia diagnóstica semelhantes (83 e 85%, respectivamente), a ecocardiografia sob estresse pelo dipiridamol parece apresentar uma acurácia diagnóstica um pouco menor.
Indicação Ecocardiografia com uso de estresse farmacológico: Pacientes com quadro clínico de insuficiência coronariana e impossibilitados de realizar exercício físico por razões ortopédicas, neurológicas, vasculares ou por idade avançada e pacientes com indicação de pesquisa de viabilidade miocárdica (com utilização da dobutamina).
Indicação Ecocardiografia sob estresse: Avaliar isquemia miocárdica em indivíduos sintomáticos, quando o teste ergométrico não é diagnóstico, e para pesquisar isquemia em pacientes com quadro clínico não sugestivo de insuficiência coronariana e teste ergométrico positivo ou duvidoso. 
Indicação também quando houver falhas no diagnóstico pelo teste ergométrico, tais como: alterações em repouso do segmento ST e onda T, bloqueio de ramo esquerdo, hipertrofia ventricular esquerda, ritmos ventriculares de marcapasso ou tratamento com digitálicos.
Não é recomendada para avaliação inicial de pacientes assintomáticos sem DAC estabelecida. 
Não está indicada para avaliação periódica de rotina de pacientes estáveis que não apresentam mudança no quadro clínico.
Cintilografia ou Ecocardio c/ estresse físico ou farmacológico, se:
- Pré-excitação
- Depressão ST > 1mm
- Alterações ST-T (SVE / Digital)
Cintilografia c/ estresse farmacológico: 
- Com dipiridamol ou dobutamina
- Independente da condição física
*NOTA: A partir daqui o resumo foca mais nos Slides pela grande quantidade de conteúdo presente nas diretrizes de AE da SBC
Pesquisa de Isquemia – Testes não invasivos e indicações:
Indicada pesquisa de Isquemia se: 
- ECG de repouso anormal:
 Pré-excitação
 Depressão ST > 1mm
 Alterações ST-T (SVE / Digital)
 Ritmo de marca-passo
 BRE
- Incapacidade física
- Revascularização prévia
- Necessidade de localização da isquemia (“vaso culpado”)
- Significado funcional de lesões
- Avaliação de viabilidade
Resultado de testes não invasivos em pacientes de alto risco e risco anual de morte:
Teste Invasivo para estratificação de risco:
Indicação: - Pacientes de alto risco nos testes não-invasivos
- Cineangiocoronariografia (CAT) é o teste invasivo PADRÃO OURO para diagnóstico de DAC
Probabilidade de acometimento:
- 1 vaso: 25%
- 2 vasos: 25%
- 3 vasos: 25%
- Tronco coronário esquerdo (TCE): 10%
- Sem lesões obstrutivas: 15%
COMPLICAÇÕES:
Guide-Line de quem deve fazer ou não:
Prognóstico em relação à:
- Critérios Clínicos: DM (Mau prognóstico)
- TE: Escore de DUKE (tempo de exercício – (5x desvio ST) – (4x índice de Angina)
- Cintilografia: Mortalidade por IAM em 1 ano < 1% em SPECT normal. Quanto mais severa a isquemia, pior o prognóstico; bem como diminui-se a chance de sobrevida sem futuros eventos isquêmicos ao longo do tempo.
- CAT: Quanto mais extensa a doença, pior o prognóstico
Quanto menor a fração de ejeção, pior o prognóstico
CONDUTA
Tratamento (Finalmente...):
Medidas Gerais de controle:
- Cessação do tabagismo
- Controle pressórico (PA<130/80)
- LDL<70 (ou redução de 50% se LDL basal=70-135)
- Atividade física (30-60min, 5-7 dias/semana)
- IMC = 18,5-24,9 Kg/m2
- Circunferência abdominal <102cm (homens) / <88cm (mulheres)
- HbA1C < 7%
- Imunização contra influenza anualmente
Medicações:
Antiagregantes plaquetários
- AAS 75-162mg/dia
- Clopidogrel 75mg/dia - intolerância/hipersensibilidade ao AAS
Anticoagulação oral
- Warfarin com INR-alvo: 2-3
Estatinas: Redução do LDL; Redução de morte/IAM
IECA: Redução de morte/IAM/AVC; redução morte/IAM/PCR
Beta-bloqueadores
- IAM prévio: redução de morte/IAM
- Tratamento sintomático da angina
- Hipertensos em uso de beta-bloqueador tem maior possibilidade de apresentar angina (ao invés de IAM) como primeira manifestação de DAC
 
Candidatos para o uso de B.bloq na angina:
Nitratos (Mono/Di Nitratato de Isossorbida)
- Tratamento sintomático
- Maior efeito anginoso em combinação com betabloqueadores e/ou antagonistas do cálcio
- Intervalo de 12 horas/dia sem uso de nitrato para evitar tolerância
- Hipotensão grave se uso combinado de Sildenafil
Antogonistas do Cálcio
- Nifedipina de curta-ação não recomendada (hipotensão)
- Anlodipina preferida em pacientes com disfunção ventricular
- Em associação ou como alternativa aos beta-bloqueadores
- Efetividade semelhante aos B-bloqueadores na DAC crônica
Antag Ca x B-bloqs.
RESUMO
Estratégia inicial – Tratamento médico otimizado (TMO)
- Ausência de critérios de alto risco nos testes não-invasivos
- Resposta ao TMO inicial
- Estabilização da angina em Classe I-II
- Ausência de lesão de TCE > 50%
Observações ( Conclusões de estudos)
O tratamento de lesões relacionadas a defeito de perfusão leve na
cintilografia 99Tc-sestamibi não apresenta benefício
Área de isquemia x benefício da revascularização: benefício de revascularização se área de isquemia >10%
Quanto mais extensa a DAC, pior a sobrevida (em cincoanos) apenas com o tratamento clínico isolado
CRM x TMO: Resultados muito aproximados, com leve predomínio para TMO?
Revascularização em pacientes com disfunção ventricular: benéfica na presença de viabilidade miocárdica

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