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• HIV/AIDS HIV: Vírus da imunodeficiência humana. AIDS: Síndrome da imunodeficiência adquirida. • Fatores de risco: Hemofilia Uso de drogas injetáveis Crianças nascidas de mães HIV+ ou amamentada por mulher HIV+ Parceiro de pessoa portadora de HIV Portador de vírus da hepatite B ou C História de DST’s Relações sexuais sem uso de preservativo • Características do vírus da HIV/AIDS: Não sobrevive ao ar Portar o vírus não significa ter AIDS O vírus do HIV procura a célula sanguínea linfócito T CD4, e nela se reproduz, destruindo-a, desorganizando o sistema de defesa. Soropositivos vivem anos sem desenvolver a doença mas podem ser transmissores do vírus. O vírus pode ficar em média 8 anos adormecido, sem causar problemas. • Fisiopatologia: 1ª fase: Infecção aguda inicial (assintomática): - 3 a 4 semanas após contaminação - Linfopenia e redução de CD4+ - Regride com resp. imunológica - Valores de TCD4+ voltam quase ao normal (> 500 céls/mm³) - Linfadenopatia generalizada e persistente. 2ª fase: Infecção crônica ou período de latência (sintomas leves): - TCD4+: 350 a 499 céls/mm³ - Baixa viremia (carga viral baixa), mas ocorre destruição dos T CD4 dentro dos órgãos linfóides, com diminuição do nº de T CD4 do sangue (estima-se que o HIV destrua 1 a 2 bilhões de T CD4/dia). - Forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus . - Sintomas: linfadenopatia, plaquetopenia, anemia (normocrômica e normocítica), leucopenias leves, infecções respiratórias e fúngicas, herpes-zóster, moderada perda de peso inexplicável (< 10%). 3ª fase: AIDS (Sintomas avançados e graves): - TCD4+: 200 a 349 céls/mm³ - Viremia: Carga viral alta. - Sintomas: Perda de peso inexplicada (> 10%), diarreia crônica por mais de um mês, febre persistente, tuberculose, infecções bacterianas graves, anemia de origem desconhecida. 4ª fase: AIDS (Sintomas avançados e graves): - TCD4+: < 200 céls/mm³. - Sintomas: Síndrome de Wasting, herpes, candidíase, tuberculose, sarcoma de Kaposi, infecções, linfoma, carcinoma de colo de útero. Febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. - Sem o tratamento com as TARVs, essa fase leva a morte dentro de 2 a 3 anos. Diagnóstico: • Exames: Teste ELISA (99% de sensibilidade) Teste de imunoflorescência indireta Teste anti-HIV: Alto custo. Obs: Contagem de CD4 + contagem de carga viral (marcadores do prognóstico de infecção por HIV). • Transmissão: Relação sexual sem preservativo Transmissão vertical (gestação) Amamentação Compartilhamento de seringas. • Tratamento: - Tem como objetivo bloquear a atividade das enzimas virais, visando controlar a replicação do HIV e as complicações infecciosas da doença. - Combinação de 3 classes de antirretrovirais (HAART): 1. Inibidor da transcriptase (Ex: Zidovudina) 2. Inibidor da protease 3. Inibidor da integrase - Pontos negativos: HIV adquire resistência ao tratamento. Elevado custo do tratamento, efeitos colaterais graves. • Complicações: Tuberculose Enteropatia Sarcoma de Kaposi Hepatite vírus C Linfoma Terapia nutricional no HIV/AIDS: • Objetivos: Manter o peso corporal. Minimizar os efeitos colaterais dos TARVs. Promover e melhorar a qualidade de vida. Prevenir ou reverter a desnutrição (difícil nos estágios mais avançados) e obesidade. Auxiliar o controle das alterações metabólicas associadas ao tratamento antirretroviral. Retardar a imunodepressão de origem nutricional e a ocorrência de infecções oportunísticas. • Avaliação nutricional: Consumo alimentar, exame físico, antropometria, exames bioquímicos. • Mecanismos associados a desnutrição: Baixa ingestão calórico-proteica (disfagia, náuseas e vômitos). Aumento do GEB, alterações de PTN e lipídicas. Infecções oportunistas. Alterações psicológicas e neurológicas. Interação droga-nutriente. Deficiência de vitaminas (A, C, B6, B12 e minerais (Zn e Se). Enfraquecimento. Febre, diarreia. Perda ponderal involuntária: 10% do peso corporal. • Alterações metabólicas e corpóreas: ATUALMENTE. ↑ do tamanho da cintura e afinamento nas extremidades. Perda de gordura lateral e dobra nasolabial. Aumento de gordura no dorso cervical (buffalo hump) ↑ das mamas e ↓ das coxas. ↑ do LDL e VLDL e TGL. Alteração no metabolismo glicídico, resistência à insulina e diabetes. Proeminência das veias nas pernas. • Terapia nutricional na lipodistrofia: KCAL: - 30 a 35 kcal/kg → Fase assintomática, peso estável. - 35 a 40 kcal/kg → Fase sintomática com complicações. - 20 a 25 kcal/kg de peso ajustado → Obesidade. CARBOIDRATOS: - 50 a 60% do VCT. PROTEÍNAS: - 15 a 20% do VCT. - 1,2 g/kg → Fase assintomática. - 1,5 a 2,0 g/kg → Fase aguda ou sintomática. - 2,0 a 2,5 g/kg → Fase de infecção oportunista. LIPÍDEOS: - 20 a 35% do VCT. FIBRAS: - 25 a 30 g/dia. MICRONUTRIENTES: - Acima das DRI’s. Obs: Na pediatria: - Calorias e proteínas: 1,5 a 2 x DRI’s. - Vitaminas e minerais: 1 a 2x DRI’s. Observações! Glutamina: Suplementação oral com 30 g. Probióticos: Indicado para paciente pediátrico (principalmente na disfunção intestinal, ↓ de TCD4+). Ômega 3: ↓ TGL séricos, ↓ lipogênese. Anemia: Deficiência de vitamina B12, folato e ferro. • Alimentação como atividade prazerosa na companhia de amigos e familiares. • Alimentação em períodos regulares. • Incentivar o consumo fibras, alimentos integrais, frutas, legumes, beber pelo menos 2 litros de água. • Incluir alimentos fontes de PTN pelo menos uma vez/dia. • Evitar consumo de bebidas alcoólicas, fumo e drogas; • Redução do sal. ATENÇÃO! A perda de peso está relacionada a mau prognóstico nos pacientes infectados com o vírus HIV e SIDA.
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