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Resumo da interpretação constitucional segundo o atual Ministro do STF Luís Roberto Barroso. Milene Inocencio Pereira 2021 Resumo. Este resumo tem como objetivo demonstrar a interpretação constitucional, tradicional, as premissas teóricas e as categorias da nova interpretação constitucional trazendo o ponto de vista do Ministro do STF Luís Roberto Barroso como embasamento jurídico. Palavras-chave: Hermenêutica Jurídica; constituição; interpretação constitucional. 1 Introdução O ministro inicia com uma fala que me chamou bastante atenção para reflexão segundo ele o mundo do direito é um mundo de relatividade e que quem pretender trafegar pela vida com uma “mochila” de verdade plenas ou de certezas absolutas não encontrará nem felicidade nem realização no direito. Está fala é referente aos diferentes pontos de observação no qual encontramos nesta área, que posteriormente, vem um exemplo para melhor entendimento a cerca do assunto que é sobre o arremesso de anão na França que consiste em ser uma atração de bar na qual anões são arremessados por pessoas de estatura normal para ver quem joga mais longe, tal prática foi proibida na França mas em outros lugares do mundo é permitida como nos Estados Unidos, aqui vemos um caso prático que pode ter diferentes formas de interpretação. Este é apenas o começo da introdução ao conhecimento da interpretação constitucional, como veremos nos tópicos que iram se seguir. 2 A interpretação constitucional Será uma modalidade de interpretação jurídica da constituição um conjunto de elementos tradicionais, sendo tais elementos: Elemento gramatical: Determina que o intérprete avalie em sua atividade o texto da lei, analisando as palavras e seus significados, para assim, conseguir determinar o que a lei expressa, não sendo levado ao sentido literal da norma. Elemento histórico: Compreende a idéia de interpretar verificando o contexto histórico, as instituições e preceitos de cada época, que levaram a formação de uma determinada lei, convertendo-se em interpretação evolutiva. Elemento sistemático: Caracteriza-se por valorizar o Ordenamento Jurídico como um grande sistema, ou seja uma todo unitário. Elemento teleológico: Pode ser explicado como uma maneira de interpretar a lei, descobrindo suas finalidades e objetivos buscando explicar a lei em função de suas finalidades e objetivos. Mais amplamente iremos abordar o elemento sistemático na solução de conflitos normativos, onde para a norma jurídica não entrar em colisão e para impedir os conflitos de leis, os conflitos normativos, a ordem jurídica prevê e provê três critérios que são utilizados: critério hierárquico (quando duas normas entram em colisão, o interprete deverá verificar se uma norma é hierarquicamente superior a outra, e se for, a norma superior prevalece sobre a norma inferior); critério temporal ou cronológico (quando duas normas de igual hierarquia entra em rota de colisão, prevalecerá a norma posterior, lei posterior revoga lei anterior); critério da especialização (a norma especial prevalecerá sobre a norma geral). 3 Peculiaridades das normas constitucionais As normas constitucionais são normas jurídicas dotadas de algumas especialidades, nas quais seriam dispostas a seguir: 1. Superioridade hierárquica sobre as demais. 2. Natureza da linguagem constitucional 3. As normas constitucionais tem um conteúdo específico 4. Peculiaridades das normas constitucionais Essas peculiaridades das normas constitucionais levaram ao desenvolvimento de um conjunto de seis princípios específicos da interpretação constitucional que funcionam como premissas metodológicas para o interprete constitucional, como veremos a seguir na tabela: Princípio da supremacia da Constituição: A Constituição vai estar no ápice do ordenamento jurídico constitucional e nenhuma norma jurídica pode contrariá-la material ou formalmente, qualquer norma que vá contra a constituição não será válida e não será aplicada. Princípio da presunção de Constitucionalidade das leis: Todos os três poderes interpretam a constituição é por deferência ao princípio da separação de poderes o poder judiciário deve ser deferente para com a interpretação feita pelos outros poderes sobretudo pelo legislativo como quando edita uma lei como consequência o judiciário só deverá declarar uma lei inconstitucional quando não haja dúvida razoável acerca da sua incompatibilidade. Princípio da unidade: Pelo qual o interprete sempre deverá tratar as normas constitucionais com igualdade hierárquica, com harmonia, não existindo hierarquia entre normas constitucionais Princípio da razoabilidade, proporcionalidade: Oferece um critério para controle da discricionariedade administrativa para verificar se aquela atuação do administrador ou do legislador é inspirada por uma dose mínima de racionalidade e de compromisso com a realização da justiça. Princípio da efetividade: Pelo qual os juízes devem procurar concretizar as normas constitucionais na maior extensão possível e deveram sempre privilegiar a interpretação que permita a realização da Constituição, as normas deveram ser tratadas como autoaplicáveis dotadas de aplicabilidade direta e imediata. 4 Novo modelo da interpretação das normas constitucionais Aos poucos, a interpretação jurídica começou a se libertar de certos mitos do formalismo, da interpretação mecanicista e do positivismo. No modelo tradicional, as normas jurídicas eram compreendidas apenas como regras. De modo que o método tradicional, embora seja apto a resolver uma boa quantidade de problemas jurídicos – a maioria deles, certamente – não é capaz de resolver múltiplas situações que surgem no âmbito da interpretação constitucional. Não se trata de uma questão de deficiência, mas de insuficiência. Daí a necessidade de desenvolvimento de novas metodologias e categorias operacionais. Se fez preciso ressignificar e elaborar um novo modelo a seguir que estará disposto a seguir: Papel da norma: Que a norma, muitas vezes, não traz no seu relato abstrato a solução para os problemas jurídicos. Ela traz, em suas cláusulas gerais, apenas um início de solução, que precisará ser complementada argumentativamente pelo intérprete e aplicador da lei. Papel do problema: Que o problema compõe, também, a própria norma jurídica, na medida em que só é possível construir uma solução topicamente, a partir dos elementos de fato colhidos na realidade. Papel do intérprete: Se a solução não está integralmente na norma, o intérprete passa a ter um papel criativo na formulação da solução para o problema. Ele se torna, assim, co-participante do papel de produção do direito, mediante integração, com suas próprias valorações e escolhas, das cláusulas abertas constantes do sistema jurídico. Observados o novo modelo também foram desenvolvidos as categorias da nova forma contemporânea, sendo elas: 1. A normatividade dos princípios 2. Colisão de normas constitucionais 3. Ponderação - servia para solucionar a colisão de direitos fundamentais 4. Argumentação jurídica - é a legitimidade ela separação de poderes 5. Considerações finais: Após esse estudo das variadas formas de interpretação ficou claro que o atual Ministro do STF Luís Roberto Barroso sempre teve grande conhecimento jurídico em pouco mais de 57 minutos do vídeo no qual foi usado para fazer tal resumo, soube explicar detalhadamente cada aspecto de forma clara e objetiva. 1 Introdução 3 Peculiaridades das normas constitucionais
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