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BABESIOSE – PARASITOLOGIA VETERINÁRIA Davillanne Valentim – Estudante de Medicina Veterinária ❖ Piroplasmose canina ou febre do carrapato, Nambiuvú “orelha que sangra” ❖ Piroplasmose equina ou nutaliose ❖ Tristeza parasitária bovina CLASSIFICAÇÃO TAXONOMICA • Reino: Protista • Filo: Apicomplexa • Ordem: Piroplasmida • Classe: Sporozoasida • Família: Babesiidae • Gênero: Babesia • Espécies (cães) ✓ Espécies: Babesia canis Subespécies: Babesia canis canis // Babesia canis rossi // Babesia canis vogeli • Espécies (equinos ) ✓ Espécies: Babesia equi ou Babesia caballi • Espécies (bovinos ) ✓ Espécies: Babesia bovis ou Babesia bigemina MORFOLOGIA • Medem de 2 a 5 µm • Forma piriforme 1. Esporozoítos 2. Trofozoítos 3. Merozoítos 4. Gametócitos 5. Ooocineto BABESIOSE – PARASITOLOGIA VETERINÁRIA Davillanne Valentim – Estudante de Medicina Veterinária CICLO DE VIDA ❖ Hospedeiros intermediários: bovinos, equinos, cães e homem (vertebrados) ❖ Hospedeiros definitivos: carrapatos (invertebrados) Vetores: Rhipicephalus microplus – carrapato do boi Rhipicephalus sanguineus - carrapato vermelho do cão Dermacentor nitens – carrapato da orelha do equino CICLO BIOLÓGICO I – Carrapato contaminado, na saliva do carrapato têm a forma infectante para vertebrados (esporozoíto) II - Carrapato pica o cachorro, liberando na saliva os esporozoítos A – Esporozoíto penetra na hemácia através do complexo apical B - Na hemácia, ele tenha a morfologia redonda (trofozoíto – forma infectante para invertebrados) Passam pelo processo de divisão binária, depois passaram pela merogonia (assexuada) dando origem à merozoítos, estes replicam dentro da hemácia, são liberados e invadem outras hemácias. Este processo ocorre até a destruição das hemácias.Alguns merozoítos se diferenciam e transformam-se em “gamontes”. BABESIOSE – PARASITOLOGIA VETERINÁRIA Davillanne Valentim – Estudante de Medicina Veterinária G - No intestino os “gamontes” se diferenciam em gameta masculino (microgameta) e gameta feminino (macrogameta). - Microgameta fecunda o macrogameta (reprodução sexuada) H - dessa união têm-se o zigoto. I - Zigoto (terá uma cápsula), e pôr ser móvel é denominado oocineto. J - Dentro do oocineto ocorrerá uma reprodução assexuada (esporogonia) K - Dando origem a esporocinetos. Esporocinetos podem migrar para glândulas salivares (onde transforma-se em esporozoíto), podendo também chegar aos tecidos e ovários (realizando a transmissão transovariana, onde a fêmea ao pôr os ovos, os filhotes já nascem infectados). Se ingerir merozogoite o ciclo não se completa! OBS: Esporozoítas infectantes presentes no carrapato são inoculados no hospedeiro, junto com a saliva, quando o carrapato se alimenta. SINTOMATOLOGIA • Sinais e sintomas (cães) Febre Anorexia Esplenomegalia Anemia hemolítica Trombocitopenia grave • Sinais e sintomas (bovinos) Febre alta e anorexia Taquicardia Taquipnéia Hemoglobinúria Incoordenação motora BABESIOSE – PARASITOLOGIA VETERINÁRIA Davillanne Valentim – Estudante de Medicina Veterinária • Sinais e sintomas (equinos) Febre e inapetência Dispneia Icterícia Prostração DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Exame Parasitológico – Esfregaço sanguíneo Testes sorológicos Biologia molecular TRATAMENTO Aceturato de Diminazeno, Isotionato de Pentamidina e Dipropionato de Imidocarb Cães : 0,25 ml por 10 kg de peso corporal. Bovinos : 1 ml por 100 kg de peso corporal Equinos : 2 ml por 100 kg de peso corporal BABESIOSE – PARASITOLOGIA VETERINÁRIA Davillanne Valentim – Estudante de Medicina Veterinária MEDIDAS PROFILÁTICAS Controle do carrapato vetor Tratamento de cães provenientes de áreas endêmicas Testes sorológicos para detecção de animais assintomáticos ERLIQUIOSE – PARASITOLOGIA VETERINÁRIA Davillanne Valentim – Estudante de Medicina Veterinária ❖ Gênero: Erlichia ❖ Espécie: Erlichia canis ❖ Bactéria Gram negativa ❖ Parasita intracelular obrigatório ❖ Leucócitos (monócitos e polimorfonucleares) ❖ Vetor: Rhipicephalus sanguineus ❖ Hospedeiro: Cães , raramente atinge gatos ou seres humanos, embora não seja impossível CICLO DE VIDA Ciclo de vida: 7 a 21 dias O parasita irá infectar os glóbulos brancos do sangue, ou seja, as células de defesas do organismo do cão. ERLIQUIOSE – PARASITOLOGIA VETERINÁRIA Davillanne Valentim – Estudante de Medicina Veterinária SINTOMAS Aumento dos linfonodos e Esplenomegalia Anemia e Trombocitopenia Febre e perda de apetite Manchas avermelhadas na pele (petéquias) Sinais oftálmicos (uveíte) Sinais neurológicos (convulsões, incoordenação) Poliartrite. DIAGNOSTICO LABORATORIAL Tratamento Oxitetraciclina, cloranfenicol, imidocarb, a tetraciclina e a doxiciclina. Fase aguda: 5 mg/kg ao dia durante 7 a 10 dias Fase crônica: 10 mg/kg ao dia durante 7 a 21 dias. Tratamento suporte que inclui transfusões sanguíneas (em casos de anemia e trombocitopenia importantes) PROFILAXIA Verificar a presença de carrapato no cão com frêquencia; Desinfetar o ambiente em que o animal vive periodicamente; Usar produtos veterinários carrapaticidas como sabonetes, xampu, coleiras anti- carrapato e etc; Manter a grama do jardim sempre curta; * Estar atento aos hotéis para cães, pois se há algum cão infectado, ele poderá transmitir a doença através de outro carrapato do local. ERLIQUIOSE – PARASITOLOGIA VETERINÁRIA Davillanne Valentim – Estudante de Medicina Veterinária
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