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Avaliação funcional do atleta

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Avaliação funcional do atleta
Testes funcionais
Compreende um tipo de mensuração que envolve uma série de esforços máximos de atividades relacionadas ao esporte para determinar a capacidade funcional do atleta.
Os testes funcionais avaliam diferentes componentes físicos (valências físicas).
	Por exemplo: padrões de movimento funcional; equilíbrio, propriocepção e controle sensório-motor; velocidade e agilidade; condicionamento aeróbio e anaeróbio; força, potência, resistência muscular e flexibilidade.
	Cada teste pode avaliar várias dessas valências, mas podem também, apresentar uma ênfase específica.
Objetivos da avaliação funcional
1. Fornecer medidas objetivas de progresso.
À medida em que você aplica um teste e avalia o desempenho do atleta, você consegue quantificar esse desempenho com base no resultado e com isso, consegue atribuir se o desempenho está adequado ou inadequado, se está excelente, bom, regular, ruim ou péssimo etc.
Além disso, os testes funcionais de forma geral, fornecem medidas indiretas de força e potência muscular, que geram boa correlação com a habilidade funcional.
2. Determinar o risco de lesão devido a assimetrias.
Esse tipo de assimetria pode existir entre membros (assimetria bilateral), verificado em testes em que é possível avaliar o atleta de forma unilateral, ou entre grupos musculares (assimetria agonista-antagonista).
Considerações
· Os testes funcionais devem ser facialmente compreensíveis para o treinador e para o atleta/paciente;
· Devem considerar o custo envolvido com os diferentes equipamentos utilizados, a eficácia do teste, aspectos de praticidade, o espaço físico e a demanda (realmente é necessário realizar esse teste?);
· Devem avaliar sempre que possível, função unilateral e bilateral, para verificar compensações e assimetria;
· Devem considerar o grau de adequação que esse teste tem para a situação clínica a qual estou querendo aplica-lo. Considerar estágio de cicatrização dos tecidos, repouso apropriado, padronização da metodologia.
Limitações
· Carência de valores normativos (de referência) para comparação. 
· Carência de valores de linha de base (pré-lesão).
Isso leva a decisões subjetivas, partindo de nossa “experiência clínica”.
	Se há dados normativos ou pré-lesão disponíveis, decisões mais objetivas podem ser tomadas.
Testes funcionais para MMSS
A maioria destes testes quantificam o desempenho (performance) do atleta ou em unidade de tempo ou em número de repetições. São as formas mais simples e comuns de medida.
Visam abordar gestos esportivos específicos para avaliar a performance e precisão.
Testes funcionais para arremessadores
	Avaliam a velocidade do arremesso. É preciso ter um controle muito apurado quanto ao ambiente, de preferência em um lugar coberto para diminuir efeitos do clima (calor, frio, vento...) que podem interferir no desempenho. Geralmente se preconiza que o atleta realize 5 arremessos máximos (o mais parecido possível com sua prática), a velocidade é medida em km/h e para isso utilizar radares ou cronômetros, se não houver. Isso pode ser feito em valores médios e máximos, comparando com valores de linha de base, pré-temporada/pré-lesão etc.
Push-up estático
	Avalia não somente a extremidade superior, mas também a função do core, músculos que auxiliam na estabilizam da coluna vertebral e do tronco. Nesse teste, o atleta deve sustentar a posição de prancha, com apoio nas mãos, por no mínimo 1 minuto, sem “quebrar” ou cair. Registra-se o tempo máximo atingido.
 Push-up dinâmico
	Possui alguns aspectos semelhantes ao estático, mas agora a função é testada de forma em que o atleta desce o corpo em direção ao solo e sobe, sempre mantendo o alinhamento corporal. Repetir até a falha, a contagem é por número de repetições. Avalia o grau de condicionamento físico dos MMSS e do core. Atletas descondicionados podem fazer o apoio proximal, nos joelhos.
Pull-up
	Utilizado para avaliar resistência muscular principalmente dos flexores do ombro e cotovelo. O atleta deve elevar o queixo acima da barra e retornar à posição inicial e repetir, sem descanso até a falha. Registra-se o número de repetições. >14 – excelente; 13-10 – bom; 9-6 – razoável; < 6 – pobre.
Teste de estabilidade do MMSS em CCF	Um teste que parte da posição de prancha em apoio manual. As mãos devem estar posicionadas com uma distância de 90cm entre as duas. O atleta deve alcançar com uma das mãos a mão contralateral, voltando à posição original e realizar o mesmo movimento com a outra mão. Contabiliza-se a quantidade de toques corretos contralaterais em 15 segundos.
	Para analisar valores normativos analisa-se: 
	Escore: número de toques/estatura em polegadas. (H: 0,26; M: 0,31)
	Potência muscular: 0,68 x massa corporal x número de toques/15. (H: 150W; M: 135W).
One-arm hop test
	O atleta assume posição de prancha unimanual, ao lado de um step (10cm) e ele precisa saltar em cima desse step e voltar ao solo, 5 vezes. Registra-se o tempo decorrido para completar as 5 repetições.
Testes funcionais para tronco
Avaliam a força relativa dos estabilizadores da coluna vertebral e dos músculos motores do tronco. São testes que em geral, quantificam o desempenho em forma de tempo ou número de repetições.
Prancha isométrica
	Usado para avaliar principalmente a função do core e os estabilizadores da escápula. O atleta fica na posição de prancha, com bom alinhamento corporal, com apoio nos cotovelos. Mantém a posição pelo tempo máximo, sem “quebrar” ou cair, classificando o desempenho em função do tempo. Para atletas: insatisfatório (tempo < 3’ e com sinais de fadiga), satisfatório (= 3’ e sem sinais de fadiga) e bom (> 31 e sem qualquer sinal de fadiga.
	Sinais de fadiga: aumento da curvatura lombar, tremores intensos, queda dos ombros, tronco e/ou pelve.
Ponte sustentada unilateral
	É um teste onde é avaliado principalmente a função da musculatura do core e glútea. O atleta permanece em decúbito dorsal, mantendo o apoio de apenas um dos pés no solo, faz a elevação da outra perna em extensão e o quadril em posição neutra, até que mantenha um alinhamento corporal de ombro, tronco e joelho. O atleta deve manter essa posição pelo tempo máximo, sem falha.
	É importante observar a curvatura da coluna para não haver aumento da lordose lombar e também observar o alinhamento da pelve para que não haja rotações.
	O teste deve ser interrompido mediante sinais de dor lombar, cãibras, desalinhamento ombro-pelve-joelho, desalinhamento EIAS ou fadiga geral.
	O lado que está sendo avaliado, é o lado que está sob apoio, pois ele quem é responsável por sustentar o peso corporal e manter a estabilidade do segmento elevado. 
	Deve-se fazer a comparação bilateral. Quanto maior a assimetria, pior a avaliação, pois isso indica que um lado está sendo mais demandado e treinado, enquanto que o outro não tanto, indicando um possível fator de risco para alguma lesão no esporte.
	
Sit-up Test
	Avalia a resistência da musculatura abdominal (flexores de tronco e quadril). O atleta permanece em decúbito dorsal com as mãos na cabeça ou na cervical, tomando cuidado com esforços feito nos membros superiores, devendo elevar o tronco superior até o cotovelo atingir ou se aproximar dos joelhos, retornando à posição inicial e repetir, sem descanso. É registrado o número de repetições realizadas em 60 segundos.
	> 48 – excelente; 47-40 – bom; 39-32 – razoável; < 32 – pobre.
Back lift test
	Avalia a resistência da musculatura extensora de tronco e quadril. O atleta fica em decúbito ventral, com as mãos atrás da cabeça, devendo elevar o tronco superior até as escápulas distanciarem 30cm do ponto inicial e então, retornar à posição inicial e repetir, sem descanso. É registrado o número de repetições em 60 segundos. 
	> 60 – excelente; 59-50 – bom; 49-40 – razoável; < 40 – pobre.
Testes funcionais para MMII
Em testes de velocidade e agilidade, a meta é cumprir certas distâncias no menor tempo possível.
Velocidade: o deslocamento do atleta acontece em apenas um único sentido.
Agilidade: o deslocamento do atleta aconteceincorporando mudanças de direção, aceleração, desaceleração, partidas e paradas.
Sprint test
	Um teste em que é avaliado a velocidade pura do atleta, saindo de um ponto ao outro em linha reta, sem mudança de direção, o mais rápido possível. 
	É preciso marcar a distância, por exemplo: 40 jardas – futebol americano; 30 metros – futebol).
	É feito de 3 a 5 sprints, com devido tempo de descanso, e calcula-se a média ou o melhor tempo do atleta e compara-se com os valores pré-temporada/pré-teste. 
Testes de agilidade
· Corrida em zig-zag: importantes para esportistas que utilizam desse movimento em sua prática esportiva, por exemplo, o drible.
· Manobras com corte (“cutting”): envolvem mudanças de direção;
· Corridas em “oito”: com obstáculos no caminho;
· Corrida ântero-posterior
Shuttle run
	Teste em que se padroniza um circuito com 6,12m (variações são feitas com 9m) onde o atleta percorre sempre correndo em deslocamento anterior em sprint, devendo tocar a linha com as mãos (ou apenas cruzar a marcação) e retornar à posição inicial.
	Envolve quatro sprints de 6,12m, com 3 mudanças de direção.
Teste T
1- Corrida anterior;
2, 3, 4- Corrida lateral;
 5- Corrida posterior.
	Paciente realiza os deslocamentos seguindo a ordem da imagem em um circuito de 10x10m.
Teste de agilidade de Illinois
	São 12 etapas, em que o atleta faz o deslocamento sempre em sentido anterior, porém com vários pontos de giros (pivoteios) e zig-zagues.
Carioca test
	Demarca-se um circuito com 12,24m e o atleta percorre essa distância com passos laterais cruzados, ida e volta (24,48m), repetindo 3 vezes, com descansos entre cada tentativa. Registra-se o tempo e utiliza-se a média ou o melhor tempo. 
Salto vertical
	Mensura-se a potência aeróbia do atleta ao realizar sua máxima impulsão vertical possível, ou seja, sua altura máxima atingida em um salto (3-5 tentativas). Utiliza-se a média ou a melhor altura. Para a mensuração utiliza-se de dispositivos específicos ou adaptados.
	Variantes:
· Saltos bilaterais: o atleta realiza a impulsão com os dois membros inferiores; x Saltos unilaterais: com apenas um dos pés apoiados no chão.
· Saltos com contramovimento: o atleta é permitido agachar e fazer uso dos braços para ganhar melhor impulso; x Saltos sem contramovimento.
· Saltos com MMSS livres x Saltos sem MMSS livres.
· Saltos com olhos abertos x Saltos com olhos fechados.
Salto horizontal – broad jump
	Também avalia potência muscular do atleta para se projetar horizontalmente. É um teste que exige muito mais confiança por parte do atleta, do que em comparação ao salto vertical, já que sua aterrisagem desafia muito mais o seu equilíbrio e controle corporal.
	Realiza-se salto máximo bipodal a partir de uma marca inicial, devendo aterrissar suavemente e manter a posição. O desequilíbrio e a queda invalidam o teste.
	Pode ser feito dois tipo de análise
· Quantitativa (metros e centímetros): 3-5 vezes; média ou melhor salto.
· Qualitativa (alinhamento do membro inferior, equilíbrio...): verificar a qualidade do movimento, se é pobre, médio, bom ou excelente.
Salto horizontal – hop test
	Igual ao teste anterior, porém realizar com apenas uma perna. Combina 3 funções vitais para o atleta: potência muscular, para realizar o salto com a força explosiva de um membro só, pois durante todo o teste, o membro que fica em apoio é o mesmo; propriocepção e controle postural (equilíbrio) e confiança.
	Variações:
· Single-leg hop test: realiza o teste com apenas um apoio. 
· Cross-over hop test: também é um salto triplo , com a diferença de que os saltos são de forma cruzada em relação a uma área de 20cm.
· Triple hop test: o atleta realiza 3 saltos consecutivos e máximos com o mesmo membro.
· Six-meter timed hop test: mensura quanto tempo o atleta leva para percorrer saltando uma distância de 6 metros.
	Esse teste, no geral, permite comparar o resultado de um membro com o do outro.
O ideal é que a relação seja igual a 1
Assimetrias acima de 10-15% são clinicamente significativas
Square hop test
	Atleta realiza um salto em uma só perna em relação a um quadrado 40x40cm, avaliando coordenação, precisão de salto, além de equilíbrio e agilidade.
	Atleta deve saltar para dentro e para fora do quadrado em sentido horário ou anti-horário, passando por todos os lados do quadrado o mais rápido possível. É avaliado então o desempenho em repetições perfeitas. Valores normativos = 62 repetições.
Testes de equilíbrio
Possuem como objetivo determinar déficits proprioceptivos e de equilíbrio.
Single-leg stance
	Tempo máximo em que o atleta consegue permanecer em apoio unipodal. Pode-se avaliar o atleta em diferentes tipos de solos (estável, instável...), descalço ou calçado, de olhos abertos ou fechados, estático ou semi-estático.

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