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22 - OLFAÇÃO

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- Sinais bons (ajuda na alimentação) e sinais ruins (mecanismo 
de defesa). 
- Também é um meio de comunicação – feromônios, 
importantes sinais para comportamentos reprodutivos e podem 
ser usados para marcação de território, identificação... – 
importante em outros animais. 
ÓRGÃOS DO OLFATO 
Nós não cheiramos com o nariz. Cheiramos com uma pequena 
e fina camada de células no alto da cavidade nasal, 
denominada epitélio olfativo, que possui três tipos de células 
– receptoras olfativas (os locais de transdução, e são 
neurônios), células de suporte (similares à glia, auxiliam na 
produção de muco), células basais (fica na lâmina basal e 
ajuda na formação de novos receptores). – Glândulas olfatórias 
de BOWMAN – secreta muco na superfície da membrana 
olfatória, dissolve odores, permitindo a transdução. 
- Estímulos químicos no ar, os odorantes, dissolvem-se na 
camada de muco (célula de suporte – solução aquosa com 
mucopolissacarídeos, proteínas (anticorpos) e sais) antes de 
atingirem as células receptoras. 
 
Neurônios receptores olfativos 
Têm um único dendrito fino, que termina com uma pequena 
dilatação na superfície do epitélio. Nessa dilatação, tem vários 
cílios longos e finos que vão pra dentro do muco. – as 
substâncias se ligam na superfície dos cílios e ativam o 
processo de transdução. 
No lado oposto dos receptores olfativos, há um axônio muito 
fino e não-mielinizado. Coletivamente, os axônios olfativos 
constituem o nervo olfativo (I) 
- Os axônios olfativos não se juntam todos em um único 
feixe como os outros nervos cranianos. Ao contrário, 
quando deixam o epitélio, pequenos grupos de axônios 
penetram em uma fina placa óssea denominada placa 
cribiforme e, então, rumam para o bulbo olfatório. Lesões 
derivadas de um traumatismo pode causar anosmia. 
- As células olfatórias são inervadas por ramos do nervo facial 
(VII), que é estimulado por certas substâncias químicas. Os 
impulsos nesses nervos estimulam as glândulas lacrimais nos 
olhos e as glândulas mucosas, no nariz. O resultado são as 
lágrimas e a coriza nasal após inalação de substancias como 
pimenta, cebola ou vapores da amônia doméstica 
MEMÓRIA OLFATIVA 
- Como os impulsos se propagam para o sistema límbico, 
certos odores podem desencadear intensas respostas 
emocionais ou afluxo de memórias; 
- REFEIÇÃO RUIM: o aprendizado aversivo para o odor resulta 
em uma forma de memória associativa. Ela é mais efetiva para 
estímulos alimentares e requer pouca experiência para 
 
 
 
 adquirir, isto é, apenas uma experiência ruim pode ser 
suficiente para gerar um trauma por até 50 anos. 
VIA OLFATIVA 
Todas as moléculas de transdução estão nos cílios. A via 
olfativa pode ser resumida assim: 
Substância odorífera > Receptores da membrana > 
Estimula 
proteína GS 
> adenilato 
ciclase > 
forma AMPc 
> 
fosforilação 
> abre os 
canais > 
despolariza 
membrana 
- Além do 
Na+, o canal iônico regulado por AMPc permite que razoáveis 
quantidades de Ca2+ entrem no cílio. Por sua vez, o Ca2+ 
ativa canais de cloreto que podem amplificar o potencial do 
receptor olfativo. 
- A resposta olfativa pode terminar por várias razões. 
Substâncias odoríferas difundem-se para longe, enzimas na 
camada de muco podem hidrolisá-las, e o AMPc pode ativar 
outras vias de sinalização que encerram o processo de 
transdução (GI). 
- a resposta do receptor em si se adapta à substância 
odorífera em cerca de um minuto. A diminuição da resposta, 
apesar da presença continuada de um estímulo, é chamada de 
adaptação – é estranho quando você vai na casa de alguém e 
tem um cheiro estranho mas quem mora na casa não percebe. 
OBS: a perda do olfato está associada ao problema nas fossas 
nasais, dificultando a estimulação do epitélio olfatório. O ar não 
chega ao local onde estão as células receptoras olfativas por 
alguma obstrução no caminho, como em casos de desvio de 
septo, rinite alérgica, sinusite, gripes. 
Vias centrais do olfato 
- Os neurônios receptores olfativos projetam seus axônios para 
os dois bulbos olfatórios – A camada que recebe os sinais em 
cada bulbo contém cerca de 2000 estruturas esféricas 
chamadas glomérulos olfativos – dentro de cada gromérulo 25 
mil terminais de axônios olfativos primários convergem e fazem 
contado 
com 
dendritos 
de cerca 
de 100 
neuronios 
de 
segunda 
ordem. 
 
Sistema nervoso 
 
Pedro Arthur Rodrigues 
Medicina – PROBLEMA 6 
@arthurnamedicina 
Sistema nervoso 
 
 
Por fim, parece que cada 
glomérulo recebe sinais de 
apenas um tipo determinado 
de células receptoras. Isso 
signifi ca que o arranjo dos 
glomérulos dentro do bulbo é 
um mapa muito ordenado dos 
genes de receptores 
expressos no epitélio olfativo e, 
por consequência, um mapa 
da informação odorífera. 
 
- A informação olfativa é 
modificada por interações inibitórias e excitatórias dentro e 
entre os glomérulos e entre os dois bulbos. 
- Os neurônios nos bulbos também estão sujeitos a modulação 
pelos neurônios de áreas superiores do encéfalo; 
- Os axônios de saída dos bulbos olfatórios estendem-se 
através dos tractos olfatórios e se projetam para vários alvos. 
Entre elas, o córtex olfativo e outras estruturas vizinhas no lobo 
temporal. 
- Essa anatomia torna o olfato muito singular. Todos os outros 
sistemas sensoriais passam primeiro pelo tálamo antes de se 
projetarem ao córtex cerebral. O arranjo olfativo resulta em 
uma influência incomumente direta e distribuída sobre 
partes do prosencéfalo que têm algum papel na 
discriminação do odor, na emoção, na motivação e em certos 
tipos de memória. 
-E diferentemente da gustação que precisa passar pelo 
tálamo para chegar no córtex cerebral, a olfação não 
precisa; 
- O trato olfatório também se projeta para a amígdala, ligada 
diretamente ao sistema límbico; 
- uma via que vai do tubérculo olfatório ao núcleo medial dorsal 
do tálamo e, daí, para o córtex orbitofrontal (situado logo atrás 
dos olhos) – PERCEPÇÃO CONSCIENTES DE ODORES. 
 
 
TRANSMISSÃO DO SINAL PARA O SNC 
- Para o bulbo olfatório: O bulbo olfatório (dilatação bulbosa) 
reside sobre a placa cribriforme, que separa a cavidade 
encefálica da parte superior da cavidade nasal. 
- A placa cribriforme tem várias perfurações pequenas através 
das quais uma mesma quantidade de pequenos nervos passa 
superiormente da membrana olfatória, na cavidade nasal, para 
entrar no bulbo olfatório, na cavidade craniana. 
- Os axônios curtos das células olfatórias terminam em 
estruturas globulares múltiplas dentro do bulbo olfatório, 
chamadas glomérulos. 
- Cada bulbo tem milhares de glomérulos onde cerca de 25.000 
terminais axonais olfativos primários convergem e fazem 
contato com dendritos de cerca de 100 neurônios de segunda 
ordem, transmitindo sinais para o SNC. 
- Pesquisas tem mostrado que glomérulos respondem a 
diferentes odores. É possível que glomérulos específicos 
sejam a verdadeira pista para a análise de diferentes sinais 
olfatórios transmitidos para o SNC. 
- Cada glomérulo também é sítio para terminações 
dendríticas de aproximadamente 25 CÉLULAS MITRAIS 
grandes e cerca de 60 CÉLULAS EM TUFO pequenas, cujos 
corpos celulares residem no bulbo olfatório superior ao 
glomérulo. 
- Os dendritos fazem sinapses com os neurônios das células 
olfatórias, e as células mitrais e em tufo enviam axônios 
através do trato olfatório, transmitindo sinais olfatórios para 
níveis superiores do SNC. 
- Glomérulos respondem a diferentes odores. 
- Cada glomérulo também é sitio para terminações dendríticas 
de aproximadamente 25 células mitrais grandes e 60 células 
em tufo pequenas. 
- Os dendritos fazem sinapse com os neurônios das células 
olfatórias, e as mitrais e tufo enviam axônios através do trato 
olfatório transmitindo sinais pros níveis superiores do SNC. 
- Elas terminam sobre uma grande quantidade de células 
granulares pequenaslocalizadas entre as células mitrais e 
células em tufo no bulbo olfatório. 
- As células granulares enviam sinais inibitórios para as células 
mitrais e em tufo. Acredita-se que essa 
RETROALIMENTAÇÃO INIBITÓRIA pode ser uma maneira 
de refinar a habilidade especifica de os indivíduos 
distinguirem um odor do outro. 
SISTEMA OLFATÓRIO MUITO ANTIGO 
a área olfatória medial 
- Consiste em um grupo de núcleos localizados na porção 
médio-basal do encéfalo, imediatamente anterior ao 
hipotálamo. 
- Os mais visíveis são os NÚCLEOS SEPTAIS, localizados na 
linha média, e que se projetam para o hipotálamo e outras 
partes primitivas do sistema límbico. É a área encefálica mais 
relacionada ao comportamento básico. 
- A importância dela é entendida quando se considera o que 
acontece quando as áreas olfatórias laterais são removidas 
– isso dificilmente afeta as respostas mais primitivas da 
olfação, com lamber os lábios, salivação e outras respostas 
relacionadas a alimentação provocadas pelo cheiro de comida 
ou por impulsos emocionais primitivos associados à olfação. 
Ao contrário, os deixa mais complexos. 
Sistema olfatório menos antigo 
A área olfatória lateral 
- É composta principalmente pelo córtex pré-piriforme, 
córtex piriforme e pela porção cortical do núcleo 
amigdaloide. 
- A partir dessas áreas, as vias neurais penetram em quase 
todas as partes do sistema límbico, especialmente nas porções 
menos primitivas tais como o hipocampo, que parece ser o 
mais importante para o aprendizado relacionado ao gostar ou 
não de certos alimentos. 
- Muitas vias neurais também se projetam diretamente para 
uma parte mais antiga do córtex cerebral, chamada de 
PALEOCÓRTEX, na porção ântero-medial do tobo temporal. 
Esta é a única área de todo córtex cerebral em que os 
sinais passam diretamente para o córtex sem passar 
primeiro através do tálamo. 
VIA RECENTE 
- Passa através do tálamo para o núcleo talâmico 
dorsomedial e, então, para o quadrante póstero-laeteral do 
córtex órbito-frontal. 
NERVO OLFATÓRIO (I) 
Origem aparente: Bulbo olfatório 
Emergência: lâmina crivosa do etmoide 
Origem real: 
Córtex olfativo: Piriforme, amígdala, córtex entorrinal 
Trajeto: 
1. Algumas dessas fibras continuam para o núcleo olfatório 
anterior, situado no trato olfatório, e em seguida cruzam 
para o lado oposto do cérebro, enquanto outras fibras 
simplesmente continuam pelo trato olfatório. 
2. As que formaram sinapse no núcleo olfatório anterior 
continuam para o trígono olfatório, no qual elas formam 
sinapses em três diferentes núcleos, o principal sendo 
o núcleo do trato olfatório lateral. É ali que os trajetos das 
fibras aferentes se separa. 
3. As fibras do trato olfatório lateral continuam 
lateralmente para o corpo amigdaloide e ali formam 
sinapses terminais. 
4. O restante das fibras que formam sinapse no trígono 
olfatório e no tubérculo olfatório cursam cranialmente 
e passam através das estrias olfatórias mediais. Elas 
terminam formando sinapse na comissura anterior. 
 
EFERENTE 
1. O nervo eferente primário emerge da comissura 
anterior. 
2. Ele cursa através do trato olfatório. 
3. Forma sinapse no bulbo olfatório contralateral e na 
célula nuclear interna. Essas células são excitadas por 
células mitrais e inibidas por células Tuft, sobre as quais as 
fibras das células nucleares internas se ligam. 
4. As fibras das células mitrais e das células de Tuft 
continuam então para formar sinapse com fibras do nervo 
olfatório no glomérulo olfatório. 
5. As fibras nervosas olfatórias convergem para feixes e 
atravessam primeiramente a dura-máter e em seguida 
a placa cribriforme (o nervo olfatório deixa o crânio através 
da placa cribriforme). 
6. Eles ultrapassam a submucosa e terminam na mucosa 
olfatória (epitélio escamoso estratificado não queratinizado) 
como células olfatórias, no teto da cavidade nasal. 
7. Existe ainda um gânglio eferente secundário que 
emerge do trígono olfatório e continua ao longo do 
mesmo trajeto que o gânglio eferente primário. 
CODIFICAÇÃO 
quando apresentamos um odor cítrico, as células receptoras 
não podem distingui-lo de outros estímulos, entretanto, 
examinando a combinação da resposta das três células, o 
encéfalo pode distinguir o odor floral, da hortelã e da 
amêndoa. 
CODIFICAÇÃO TEMPORAL NO SISTEMA OLFATIVO → Um 
odor gera uma ampla faixa de padrões temporais de picos de 
potenciais em vários neurônios olfativos centrais. A informação 
do odor é codificada por número, padrão temporal, ritmo e 
sincronia célula a célula dos picos de potencial. 
Neurotransmissores 
clássicos (noradrenalina, serotonina, dopamine, acetilcolina, 
histamina), óxido nítrico, estrógeno e neuropeptídeos 
(particularmente ocitocina e vasopressina) 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cranio
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cavidade-nasal

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