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IMUNOLOGIA 
Guilherme Schibichewski de Oliveira 
Referencia: Abbas 
Professora: Ana Claudia Maller

Guilherme Schibichewski - TXIX 01
RESPOSTA IMUNE 
Guilherme Schibichewski - TXIX 01
RESPOSTA IMUNE 
> Há dois mecanismos imunológicos existentes no corpo. A imunidade inata e a 
imunidade adaptativa (adquirida). 
RESPOSTA IMUNE INTATA 
> É uma resposta pronta no corpo, aquela que o indivíduo ja nasce com ela, não 
necessitando de um contato prévio com microorganismo para desenvolver esse 
mecanismo. Essa resposta está pronta e preparada ja para responder quando 
houver a entrada de um microorganismo no corpo. 
> É uma resposta inespecífica, sendo ela generalizada e pronta para o combate de 
diversos patógeno, já que está pronta antes do contato. O fato dessa resposta não 
ser específica não significa que ela não é uma boa resposta para o corpo.
> A velocidade nesse gênero de resposta é rápida, sendo essa a defesa inicial contra 
os microorganismos. 
> A resposta imune inata muitas vezes é apta a resolver todo o problema da 
infecção, não necessitando de resposta imune adaptativa, eliminando o patógeno 
por completo. Caso a inata não consiga eliminar o patógeno, possui a função de 
controle do crescimento microbiano, para que o patógeno não gere uma população 
imensa no organismo e fique incapaz de combater e para que haja o controle da 
infecção até que a resposta adaptativa seja desenvolvida.
> Características principais da resposta imune inata
- Imediatamente disponível
- Não específica
- Não muda a intensidade de exposição
- Não gera memória
RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA 
> Nesse sistema o indivíduo já nasce com os linfócitos e também os produz ao longo 
da vida, a diferença encontra-se no fato que essas células não estão prontas para 
atuar em frente ao patógeno, primeiro necessitando haver um contato com o 
organismo patógeno para ativar o linfócito e desenvolver a resposta adaptativa. 
> Resposta específica, necessitando o contato para desenvolver a resposta 
específica para o gênero de patógeno em contato. 
> A velocidade da resposta imune adaptativa é lenta. Resposta que pode demorar 
de dias a meses após o contato com um patógeno, após o contato por uma vacina 
ou infecção. 
> Dessa forma a utilização da vacinas se aplica da forma que busca depois do 
contato com um microorganismo atenuado ou um antígeno estimule uma imunidade 
adaptativa e gere uma resposta imunológica e resulte em uma memória imunológica. 
A Memória imunológica alcançada pela vacina, possui a função de deixar uma 
resposta imunológica pronta antes do contato real com o patógeno, e então essa 
resposta específica não demore para acontecer. Importante haver a memória por 
conta do combate em casos de re-infecção contra um mesmo microorganismo.
> Possui uma variação de intensidade conforme aumenta-se a exposição ao 
patógeno aumenta a intensidade de resposta. Isso acontece devido a memória 
imunológica pela presença de mais células combatentes prontas.
> Características principais da resposta imune adaptativa
- Não imediata - Dias
- Específica
- Aumenta a intensidade com a exposição
- Gera memória
Guilherme Schibichewski - TXIX 01
CÉLULAS DO 
SISTEMA IMUNE 
Guilherme Schibichewski - TXIX 01
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO INATO 
FAGÓCITOS 
> O fagócito é uma célula responsável por realizar fagocitose, ação de englobar uma 
partícula sólida. A função de um fagócito não encontra-se apenas fagocitose, há 
inúmeras outras funções envolvidas de responsabilidade de um fagócito, mas a sua 
função mais importante é realizar fagocitose. 
> Fagocitose encontra-se como um processo de 3 funções:
- Identificar - Identificar a presença do patógeno, para fagocitar especificamente 
aquilo que a célula é apta a identificar. Um fagócito não fagócito qualquer coisa no 
corpo humano.
- Ingerir - Englobar, processo que envolve a formação de pseudópodes colocando o 
microorganismo no meio intracelular.
- Destruição do microorganismos - Terceira e ultima função de destruição dos 
patógenos que pode ocorrer por 3 diferentes mecanismos.
> Fagócito Profissional - Fagócito que realiza as 3 funções da fagocitose. Se um 
fagócito não consegue realizar as 3 funções da fagocitose ele não pode ser 
chamado de fagócito profissional. Algumas doenças essa célula é capaz de 
identificar, englobar, mas não é capaz de matar e alguns indivíduos possuem 
algumas imunodeficiências que não conseguem destruir o microorganismo, e nesse 
caso esse microorganismo englobado se multiplica dentro do fagócito. Nesse caso o 
fagócito não atua como uma célula de defesa e sim como um reservatório, deixando 
o microorganismo se proliferar no seu meio intracelular.
> O fagócito é responsável pelo recrutamento das células para os sítios de infecção. 
Isso significa que em um tecido qualquer que o fagócito está presente, ao entrar 
uma bactéria com um processo de proliferação muito alta, um fagócito não é capaz 
de fagocitar e eliminar todas as bactérias. Para isso o fagócito é capaz de liberar 
moléculas para recrutar outras células fagocíticas para esse mesmo lugar. Essa é 
uma importante função, liberando mediadores e recrutando outras células de defesa 
para o local que vão ser aptas a fagocitar todos esses microorganismos.
> A Ativação dos fagócitos via microorganismos. O fagócito ja esta presente no 
organismo antes da presença do microorganismo, sua ativação ocorre pela simples 
presença do patógeno. Como o fagócito consegue realizar a identificação dos 
microorganismos ele é rapidamente ativado e realiza suas funções posteriores de 
ingestão, destruição, liberação de mediadores para recrutar outras células.
> São 3 células classificadas como Fagócitos: os macrófagos, neutrófilos e células 
dendríticas. A principal célula responsável pela fagocitose e também classificada 
como um Fagócito Profissional é o Macrófago.
MACRÓFAGO
> Fagócito Profissional. Célula primordial para realizar fagocitose, principal 
realizadora da eliminação dos microorganismos no tecido.
> Macrófago é uma célula localizada no tecido, no sangue essa célula recebe o 
nome de monócito. Monócito é a célula circulante, quando essa célula sai da 
circulação e chega aos tecidos no processo de diapedese (migração paracelular), o 
essa célula é diferenciada em um macrófago quando chega no tecido, sendo um 
fagócito profissional.
> Função
- Fagocitose - Ingestão e morte de patógenos
- Clearance - Ingestão de células mortas do hospedeiro, processo de limpeza após 
a infecção, resolução de dano tecidual. Nesse processo as células quando sofrem 
o processo de apoptose não ativam uma resposta inflamatória no corpo, pois 
antes da célula se destruir e expor seus elementos internos ou vestígios que 
poderiam ativar uma resposta imunológica, já há a presença de macrófagos para 
realizar a ingestão desses restos celulares.
> Quando o monócito sai da circulação sanguínea e chega ao tecido ele se 
diferencia no macrófago. O macrófago pode se diferenciar em dois grupos distintos.
- Macrófago M1 (Classicamente ativado) - É um macrófago pró-inflamatório, 
colaborando para um processo inflamatório ocorra no corpo. Quando o monócito 
sai da corrente sanguínea e chega ao tecido, essa célula recebe alguns fatores 
que fazem ele entender que sai do estado de monócito e diferencia em em um 
M1, e agora diferenciado esse macrófago vai produzir fatores que são pró-
inflamatórios e colaboram com a resposta inflamatória. Os principais mediadores 
inflamatórios são o TNF-Alfa, IL-12 e IL1-beta. IL é uma interleucina, uma citocina, 
uma molécula de comunicação. Um macrófago M1 portanto produz essas TNF-
alfa e IL que são citocinas. Citocinas são moléculas que carregam informação e o 
local de atuação dessas células, outras células que forem aptas a receber essa 
citocina a célula recebe a citocina e lê a informação transcrita nessa citocina e 
desempenha uma função. O que faz algumas células não responderem a essas 
citocinas são ausências de receptores para elas, havendouma resposta 
direcionada para apenas células que possuem receptores. O TNF-alfa é uma 
molécula solúvel, porém nem todas as células que estiverem banhadas por esse 
componente tem uma resposta, apenas células capazes de captar a citocina. 
Ocorre um direcionamento ligante receptor.
- Macrófagos M2 (Alternativamente Ativados) - Alguns monócitos ao sairem da 
corrente sanguínea, chegarem ao tecido e sofrerem polarização, não transformam-
se em M1, mas sim são alternativamente ativados em M2. O macrófago M2 são 
células Anti-inflamatórias. Essas células não produzem as citocinas inflamatórias 
(TNF-Alfa, IL-12 e IL1-beta), produzindo outras substâncias responsáveis pelo 
processo anti-inflamatório, sendo as mais importantes o IL-10 e o TGF-beta. A 
função primordial dessas citocinas é parar o dano tecidual causado pela resposta 
inflamatória, levando ao auxílio no reparo tecidual, pois a resposta inflamatória 
gera um dano tecidual e se não for reposto esse tecido leva a morte. Para 
promover o reparo tecidual essas citocinas promovem a cicatrização, estimulando 
os fibroblastos para repor o tecido com a secreção de colágeno. 
NEUTRÓFILOS
> Possui uma representatividade no sangue, compondo as células circulantes 
sanguíneas. 
> Célula importante no grupo dos fagócitos pela quantidade existente dessa célula. 
Entre os leucócitos, é a população mais abundante dos leucócitos circulantes, sendo 
que cerca de 70% dos leucócitos correspondem a neutrófilos. Por essa presença 
colabora de forma expressiva no processo de fagocitose.
> Possui grande capacidade de sair do sangue e chegar aos tecidos. O macrófago é 
responsável por recrutar células para colaborar no processo de fagocitose, sendo o 
neutrófilo a célula que mais é recrutada para auxiliar nos processos fagocíticos pela 
expressiva quantidade dessas células no sangue.
> Célula presente nas fases iniciais da infecção. É uma célula que responde muito 
bem os mediadores que promovem o recrutamento e encaminham-se para o local 
de atuação, respondendo a longas distâncias as moléculas de recrutamento. 
Portanto a característica de presença de uma grande quantidade de neutrófilos no 
local corresponde a uma fase inicial de infecção, pois dentro de poucas horas essa 
célula já está no local auxiliando na eliminação do patógeno. Essa célula também 
possui uma curta duração de vida, morrendo rapidamente, então a ausência de 
neutrófilos corresponde a uma fase tardia da infecção.
> O neutrófilo possui 2 tipos de grânulos no seu citoplasma:
- Grânulos específicos (Lisozima, colagenase e elastase) - Esse grânulo apresente 
muitas enzimas
- Grânulos azurófilos (Lisossomos que contêm enzimas e substâncias microbianas - 
Defensinas e Catelicidinas) - Grânulos que possuem dois peptídeos anti-
microbianos chamados de Defensinas e Catelicidinas. Portanto com esses 
grânulos, no local de infecção, vai auxiliar no processo de eliminação do 
patógeno. A função desses peptídeos é atuar principalmente na parede celular 
das bactérias, degradando essa parede celular e desestabilizando a proteção 
bacteriana.
> Por ser um fagócito vai realizar o processo de identificação, ingestão e destruição 
internamente. Porém os neutrófilos possuem capacidade de desgranulação sob forte 
estímulo, e na presença de muitos microorganismos se torna mais viável secretar 
esses grânulos do que realizar a fagocitose de todos os microorganismos atingindo 
mais desses organismos ao mesmo tempo. Quando ocorre a desgranulação é 
liberado os grânulos específicos enzimáticos e os peptídeos anti-microbianos.
> O macrófago tem um curto período de sobrevivência devido ao processo de 
desgranulação, pois ocorrendo esse processo essa célula não consegue mais se 
recuperar entrando em exaustão e morrendo no tecido de infecção.
> Os produtos utilizados no processo de fagocitose e desgranulação são distintos.
CÉLULA DENDRÍTICA
> Células fagocitárias, porém não é sua função principal.
> A função principal da célula dendrítica é a apresentação de antígenos. A célula 
dendrítica é uma célula da imunidade inata, mas a célula da imunidade adaptativa 
não consegue ser ativada sozinha, necessitando de outra célula para alertar a 
presença de um patógeno no corpo e a imunidade adaptativa auxiliar a imunidade 
inata a combater o microorganismo. A célula responsável por fazer essa 
apresentação a imunidade adaptativa é a célula dendrítica possuindo a função 
chamada de APC (Célula apresentadora de antígeno). Portanto essa célula é 
responsável por fazer a comunicação da imunidade inata com a adaptativa.
> A célula da imunidade adaptativa dependente das células dendríticas são os 
Linfócitos T. Então quando é necessário ativar um linfócito T é necessário 
obrigatoriamente uma célula dendrítica, sem a presença dele não há a ativação 
desse linfócito.
> Apresentar um antígeno é, como a célula dendrítica é uma célula fagocitária ela 
promove o englobamento do patógeno, identificar e destruir o patógeno gerando 
vários pedaços do patógeno chamados de antígenos. Com esse antígeno a célula 
dendrítica leva a sua superfície celular e apresenta ao linfócito T, para ele ativar a 
imunidade adaptativa a auxiliar no processo de combate juntamente com a 
imunidade inata
GRANULÓCITOS 
> Pertence a esse grupo de células os mastócitos, basófilos e Eosinófilos.
> Essas células apresentam muitos grânulos em seu citoplasma.
> Essas células estão envolvidas no processo alérgico e na defesa contra helmintos. 
- A função mais significativa dos mastócitos, juntamente com basófilos e eosinófilos 
está no envolvimento no processo alérgico, mas principalmente o mastócito é 
responsável por essa função. 
- Eosinófilo está envolvido principalmente na resposta contra os helmintos. Níveis 
aumentados dessas células no sangue indicam a presença de helmintos no 
combate contra esses organismos.
- O basófilo é uma célula pouco representativa, apresentando entre os linfócitos 
cerca de 1%. Essa célula possui uma participação importante nesses processos, 
mas por ser pouco representativo apresenta menos atividade, como numa 
atividade alérgica essa célula está realizando sua função mas o responsável pela 
intensidade é o mastócito. Da mesma forma no combate contra helmintos, o 
basófilo está presente, mas o responsável pela intensidade permanece sendo o 
Eosinófilo.
MASTÓCITOS
> Os principais locais dessa célula é a pele, aonde acontecem várias respostas 
alérgicas e no epitélio de mucosa, principalmente na mucosa respiratória.
> Constituição: Histamina, Citocinas e Mediadores inflamatórios.
- Histamina - O mastócito apresenta Histamina, que no processo de alergia é um 
importante vasodilatador que colabora para a geração de uma resposta 
inflamatória.
- Citocinas - Apresenta várias citocinas, dentre elas o TNF-Alfa e IL-1 que 
colaboram para o processo de inflamação.
- Mediadores Inflamatórios - Destes que também poderiam ser nomeados como 
Mediadores lipídicos, sendo os principais mediadores presentes a Prostaglandina 
e os Leucotrienos. Esses mediadores lipídicos auxiliam no processo de geração 
inflamatória.
> O mastócito não ativado (Pelado) possui receptores na superfície para anticorpos 
(produzidos pelo linfócito B), mas não possui nenhum anticorpo em sua superfície, 
esse mastócito nunca é ativado. Para conseguir ativar um mastócito é preciso 
produzir anticorpos contra um alérgeno, os quais se ligam na superfície do 
mastócito. O mastócito revestido por anticorpos é apto a ser ativado. Quando se 
entra em contato com um alérgeno, ele estimula a produção de anticorpos por um 
linfócito B via uma resposta imune adaptativa, o anticorpo é solúvel e movimenta-se 
pelo corpo até o encontro de um mastócito para ligar-se e levar a ativação dessa 
célula, tornando-a apta a realizar suas funções por sua sensibilização. Nesse 
momento ocorre apenas um contato apenas com o alérgeno responsável por formar 
anticorpos. Em um segundo contato o alérgeno vai se ligar nos anticorpos da 
superfície do mastócito,levando essa célula a realizar suas funções mais 
rapidamente que a segunda. Nesse caso a segunda exposição leva ao processo 
alérgico, não gera.
Mimetismo molecular é outra relação de ativação dos mastócitos que pode ocorrer. 
Nesse caso o sistema imune já é ativado por uma substância A sem a pessoa ter 
ingerido a substância B, e nesse caso quando ingerir pela primeira vez a substância 
B já haverá uma resposta imunológica alérgica.
EOSINÓFILOS
> Responsáveis pela resposta contra helmintos. 
> O helminto não é fagocitado por ser um organismo de maior tamanho. É um 
organismo mais complexo que possui tegumento resistente e caso houvesse uma 
célula capaz de englobar esse organismo não seria apto de destruí-lo, pois o 
tegumento é muito resistente. Portanto é necessário algo forte para ser apto de 
romper o tegumento do helminto e induzir a morte desse organismo.
> Os Eosinófilos possuem a Proteína Catio-iônica em seus grânulos. Os eosinófilos 
conseguem identificar presença de um helminto, se aderir e desgranular seu 
Guilherme Schibichewski - TXIX 01
conteúdo cheio dessa proteína capaz de romper a permeabilidade do tegumento e 
induzi-lo a morte.
> Célula muito presente na mucosa. Encontrado principalmente na mucosa Genito-
urinária e mucosa no geral por estar relacionada com o processo da alergia 
juntamente com o mastócito.
> Uma célula que pode agir juntamente com o Eosinófilo é o Macrófago M2, pois a 
resposta do helminto gera muito dano tecidual, pois o helminto é extremamente 
resistente. Então com a resposta do eosinófilo ocorrem danos as células saudáveis. 
Então concomitantemente num combate contra um helminto há a presença de 
macrófagos M2 que agem no processo anti-inflamatório e no reparo tecidual.
CÉLULAS NK (CÉLULAS NATURAL KILLER)
> Células assassinas naturais
> Tipo de linfócito. Possui origem linfoide, desenvolvem-se na medula na linhagem 
linfoide.
> É uma célula da linhagem inata, diferentemente dos outros linfócitos que 
pertencem a linhagem adaptativa.
> Morfologicamente essa célula é exatamente igual a um linfócito. 
> Sua diferença das outras células da linhagem linfoide se encontra no fator de que 
essa célula não é específica, e esse aspecto a coloca como uma célula da 
imunidade inata.
> O mecanismo de atuação das Células NK - A célula NK vai atuar sobre uma célula 
infectada ou sob estresse (Célula alvo), essas células são alvo da NK. A célula Nk ao 
identificar que essa é uma célula estranha, tem um processo infeccioso ou por ser 
uma célula sob estresse (tumoral), a célula NK é capaz de realizar essa identificação 
e conectar-se a essa célula liberando conteúdo granular.
Os principais grânulos presentes na célula NK é a Perforina e Granzimas. A função 
dessas grânulos para induzir a célula alvo a morte são: 
- A perforina é a substância que é responsável por formar um Poro na membrana 
plasmática das células alvo. Isso possibilita a entrada de Granzimas no interior da 
célula.
- Granzimas são enzimas capazes de ativar Caspases nessas células alvo que 
induzem o processo de apoptose.
Essas funções dos grânulos da célula NK são responsáveis por gerar seu nome, pois 
a célula Nk é responsável por levar a morte da célula alvo como um todo, e não 
apenas do patógeno. Células como macrófagos, neutrófilos, dendríticos e 
mastócitos levam a morte do patógeno e eosinófilos liberam grânulos para matar o 
helminto. A NK não segue esse processo, mas sim leva a morte das células 
corporais como um todo.
> O tipo de infecção importante de ter a atuação de uma célula NK é no caso de 
uma infecção viral. Nesse caso a célula age destruindo o reservatório viral que são 
as próprias células do corpo. Isso não significa que essa célula não pode atuar 
combatendo infecções por bactérias intracelulares, mas sim, que seu principal papel 
é numa infecção viral aonde é necessário células do corpo para o vírus se proliferar.
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO ADAPTATIVO 
LINFÓCITOS 
> Células do sistema imune adaptativo
> Possuem origem linfoide juntamente com as células NK do sistema imune inato.
> São produzidos na medula e terminam seu processo de amadurecimento em 
outros locais. No processo de desenvolvimento desses linfócitos é gerado de uma 
célula multipotentes outros inúmeros linfócitos com diferentes receptores. 
> Os linfócitos expressam receptores que são antígeno-específicos - Esses 
linfócitos, tanto B como T, são gerados com receptores específicos que reconhecem 
antígenos específicos. No caso do linfócito T depende da célula dendrítica 
apresentar o antígeno para esses linfócitos o qual reconhecem esse tipo de célula. 
No caso do linfócito B não é necessário a célula dendrítica, mas da mesma forma é 
reconhecedor de antígenos. 
> Seleção (Positiva/Negativa) - É necessário também selecionar, não podendo haver 
linfócitos que reconhecem um antígeno próprio circulando no corpo, pois é uma 
ameaça. Nesse processo ocorre uma seleção. Linfócitos que não reconhecem 
antígenos próprios são selecionados positivamente, sendo liberados pois são 
capazes de reconhecer antígenos estranhos de microorganismos no corpo, não 
sendo uma ameaça para o organismo humano. Linfócitos que reconhecem 
antígenos próprios são ruins, sendo uma ameaça para o corpo e são selecionados 
negativamente, sendo excluídos antes de cair na corrente sanguínea. Nesse 
processo ocorre um controle de qualidade dos linfócitos, sendo apresentado 
antígenos próprios para todos esses linfócitos produzidos no corpo.
- A não eliminação de linfócitos que reconhecem antígenos próprios levam a uma 
doença auto-imune.
> Ativação - Após a seleção os linfócitos na corrente sanguínea começam a ter 
contato com antígenos estranhos que fazem parte de microorganismos. Nesse 
processo ocorre a ligação dos antígenos-específicos nos receptores-específicos de 
acordo com o modelo chave-fechadura. Um antígeno é capaz de ativar apenas um 
tipo de linfócito que possui receptores específicos para o antígeno.
> Expansão clonal - O linfócito responsável por reconhecer essa antígeno não é 
capaz de sozinho apenas gerar uma resposta adaptativa para controle de infecção 
no corpo. É necessário haver uma Expansão clonal, os linfócitos expressam 
receptores-específicos que são distribuídos clonalmente, ou seja, a formação de 
uma célula geneticamente idêntica a outra. Várias células são multiplicadas a partir 
de um clone, sendo exatamente iguais entre si, levando a um repertório de linfócitos 
maior para haver uma resposta adaptativa eficiente contra o microorganismo.
> Células que não reconheceram antígenos nesse processo não são eliminados, 
permanecem na corrente sanguínea em busca do antígeno. O não encontro desses 
antígenos é um processo benéfico indicando que o organismo não foi infectado por 
aquele tipo de microorganismo.
> Tipos de Linfócitos:
- Linfócitos Naive - Estado funcional do qual o linfócito nunca encontrou um 
antígeno. Os dois grandes grupos de linfócitos existentes são: Linfócitos T e 
Linfócitos B. Os linfócitos T são subdivididos em outros dois grupos o Linfócito T 
CD4+ e Linfócito T CD8+. Os linfócitos B, Linfócitos T CD4+ e CD8+ possuem um 
estado funcional Naive (virgem).
- Linfócito Efetor - Linfócito o qual sai do estado naive reconheceu o antígeno, foi 
ativado e executa sua função. O linfócito B passa a se chamar de Plasmócito 
(Célula Plasmocitária). O Linfócito T CD8+ passa a se chamar de CTL (Linfócito T 
Citotóxico), essa célula tem atuação parecida com a célula NK e é responsável por 
destruir uma célula por inteiro, liberando os mesmos grânulos da NK (Perforina e 
Granzimas), sendo que a diferença entre os dois encontra-se no reconhecimento 
específico da CTL. O linfócito T CD4+ pode polarizar em 3 tipos de células 
diferentes: TH1, TH2 ou TH17, essa é um Linfócito T Helper (Auxiliar). O último 
perfil de diferenciação é a de Linfócito de Memória (Linfócito T - CD4+/CD8+ - de 
memória e Linfócito B de memória).
Guilherme Schibichewski - TXIX 01
ANATOMIA E FUNÇÃODOS TECIDOS LINFÓIDES 
Guilherme Schibichewski - TXIX 01
ANATOMIA E FUNÇÃO DOS TECIDOS LINFOIDES 
ÓRGÃO LINFÓIDE CENTRAL (PRIMÁRIO)
> São importantes para as etapas de desenvolvimento e maturação dos linfócitos, 
sejam linfócitos T ou B. São sítios anatômicos nos quais as principais etapas do 
desenvolvimento de linfócitos ocorrem.
> São pertencentes a esses órgãos o Timo e Medula Óssea. Para os Linfócitos T o 
local de amadurecimento dessas células ocorrem no Timo. Para linfócitos B é a 
medula óssea, esse local inicialmente foi descoberto em aves em um local 
anatômico inexistente nos seres humanos chamado de Bursa de Fabricius.
> Os linfócitos são todos gerados na medula. Para o linfócito B ele é gerado na 
medula e encaminha-se para outro sítio anatómico desse mesmo local para terminar 
seu desenvolvimento. Para os linfócitos T eles são gerados na medula óssea e são 
encaminhados ao Timo aonde terminam seu processo de maturação.
> O processo de seleção (positiva/negativa) dos linfócitos B e T ocorrem nos órgãos 
linfóides primários, sendo então para os linfócitos T no Timo e para os linfócitos B na 
Medula Óssea.
ÓRGÃO LINFÓIDE PERIFÉRICO (SECUNDÁRIO)
> Após o amadurecimento dos linfócitos, é necessário que circulem pelo corpo, e 
para isso essas células caem na corrente sanguínea e o fluxo sanguíneo vai 
direcionar os linfócitos para o órgão linfóide secundário. Isso é chamado para os 
linfócitos de Homing (endereçamento), pois sabe-se aonde o linfócito se origina e sai 
(Órgão linfóide Primário - Timo ou Medula) e para onde ele vai chegar (Órgão linfóide 
secundário), obrigatoriamente ocorre esse percurso, não tendo como essa célula 
parar no meio do caminho.
> O principal órgão linfóide secundário são os gânglios linfáticos (Nódulo linfático). 
Porém existem outros órgãos periféricos como o baço e tecido linfoide cutâneo e 
mucosa. 
- Gânglios linfáticos
- Tecido linfoide cutâneo e mucosa - No tecido da pele e da mucosa existem órgãos 
linfoides periféricos que são especializados naquela região. Isso ocorre pois pele e 
mucosa são porta de entrada de microorganismos, então é importante haver esse 
órgãos nesses locais para haver uma rápida ativação da imunidade adaptativa.
- Baço
> A principal função desses órgãos é promover, se o linfócito reconhecer um 
antígeno, a ativação dessas células. Então a única forma que um linfócito possui de 
sair da forma Naive e entrar no estado Efetor funcional é indo para o órgão linfóide 
periférico para nesse local haver a ativação via apresentação de antígenos. Se um 
linfócito chega ao órgão periférico e não reconhece nenhum antígeno ele permanece 
naive, não sendo obrigado a ser ativado quando chega nesse órgão, mas nesse local 
é o único local que tem a possibilidade dele ser ativado.
GÂNGLIO LINFÁTICO (LINFONODO)
> A representação anatômica do gânglio linfático é como modelo para os órgãos 
linfóides secundários. 
>Sob o assoalho interno do seio subcapsular, está o córtex rico em linfócitos. A 
representação anatômica desse gânglio de forma seccionada apresenta algumas 
regiões específicas. O córtex externo contém agregados de células chamados 
folículos, os quais são povoados principalmente por linfócitos B. O córtex ao redor 
dos folículos, chamado córtex parafolicular, paracórtex ou zona de célula T, está 
organizado em cordões com fibras e proteínas de matriz extracelular em abundância, 
e é povoado principalmente por linfócitos T e DCs. 
- Zona de célula B - Localizada no córtex há a chamada de Zona de célula B 
(Folículo), nessa região é aonde há a localização dos linfócitos B. 
- Zona de célula T - Localizado acima da Medula do gânglio e logo abaixo dos 
folículos encontra-se a zona de célula T o local aonde ficam localizados os 
Linfócitos T. 
- Vênula Endotelial Alta (HEV) - Esse é o vaso pelo qual os linfócitos entram no 
gânglio linfático para distribuir-se nas suas zonas, localizado entre as duas zonas 
de células. Essa estrutura é a porta de entrada para as células T e B naive 
entrarem no órgão. 
- Vaso linfático Eferente - Local de chegada das Células Dendríticas e dos 
Antígenos solúveis.
- Vaso Linfático Aferente - Vaso de saída dos linfócitos T e B.
> Separação dos linfócitos no Gânglio - Quando as células chegam o Linfócito B se 
direciona para a região de folículo e a célula T se direciona para a zona de célula T, 
essas duas células se separam e cada uma encaminha-se para um dos locais do 
órgão. Os linfócitos possuem receptores para quimiocinas, uma molécula de 
comunicação quimioatraente, então as células T e B tem receptores para 
quimiocinas diferentes. A produção de quimiocinas ocorre nesses locais, sendo 
produzidos diferentes quimiocinas no folículo e na zona de célula T para atrair suas 
respectivas células. O folículo possui quimiocinas produzidas para os linfócitos B, os 
quais apresentam receptores para essas moléculas e são atraídos para esses locais. 
A Zona de célula T apresenta a produção de quimiocinas para os linfócitos T, que 
apresentam receptores para essas moléculas e são atraídos para esse local. Então 
cada uma das células direciona-se para uma parte do órgão pois possuem 
receptores de quimiocinas específicos.
> Células Dendríticas - As células dendríticas são as células responsáveis pela 
apresentação de antígenos para os linfócitos T, sendo importantes na função de 
apresentadoras de antígenos (APC). As células dendríticas chegam ao órgão linfático 
pelo Vaso Linfático Aferente. Portando os linfócitos chegam pela circulação 
sanguínea e a célula dendrítica chega pela circulação linfática, portanto se esses 
linfócitos não se encontrarem no órgão periférico ele nunca vai ser ativado, pois a 
célula naive nunca vai para o órgão da infecção. A célula naive sofre Homing, e só 
consegue direcionar do órgão primário para o secundário. Portanto o ponto comum 
de encontro entre os linfócitos naive é o órgão linfático. A localização das células 
dendríticas no gânglio linfático é na zona de células T, pois essa célula apresenta 
antígeno apenas para as células T e possuem o receptor de quimiocina produzido 
pela Zona de célula T, o mesmo receptor que os linfócitos T possuem.
> Antígeno Solúvel - Além da célula dendrítica, entra também pelo Vaso linfático 
Eferente o Antígeno solúvel, livre de outras células. Esses antígenos são pedaços do 
microorganismo que caíram na corrente linfática e vão ser drenados pelo órgão 
linfóide periférico. Esses antígenos vão se distribuir na região folicular aonde estão 
os linfócitos B que vão ser aptos a reconhecer esse antígeno solúvel.
> Eferência do Órgão - Na necessidade de saída dos linfócitos eles possuem um 
vaso de Eferência para saída pelo Vaso linfático eferente. No caso de ativos pelo 
antígeno, para realizarem suas funções essas células T e B necessitam sair do 
Órgão, porém os linfócitos podem sair também no estado não ativado, sem que 
tenha ocorrido o encontro com o antígeno. Essas células podem sair do órgão no 
estado naive e efetor.
BAÇO 
> A distribuição anatômica do baço referente aos linfócitos é muito semelhante a do 
gânglio linfático. 
- Zona de célula B - Na região periférica do baço, esquematizado como círculos 
roxos, encontra a zona de célula B (folículos). 
- Zona de célula T - Na região medular, esquematizados como círculos azuis 
encontra-se a zona de célula T. 
- Arteríola central - Essa região medular encontra-se também a arteríola central é 
aonde há a entrada dos linfócitos, dispersas ao redor dessa arteríola a zona das 
células T. 
> Da mesma forma com que acontece no gânglio cada região possui as quimiocinas 
para suas devidas células. Nesse caso para a região interna medular possui as 
quimiocinas para as células linfáticas T e para a região mais externa folicular há as 
quimiocinas para as células B. A diferença entre baço e gânglio linfático é que no 
caso do linfonodo o sistema de circulação pelo qual chegam ao gânglio as células 
dendríticas e antígenos solúveis é a linfa, já n o baçoos antígenos ofertados para os 
linfócitos chegam até o órgão pela corrente sanguínea. Portanto se houver antígenos 
presentes na corrente sanguínea eles são filtrados no baço e se houver antígenos 
presente na linfa eles são filtrados no gânglio linfático.
> Células dendríticas residentes - No baço há a presença dessas células as quais 
encontram-se presentes nesse local. Quando esses antígenos solúveis no sangue 
chegam ao baço as células capturam esse antígenos, processam e apresentam aos 
linfócitos T na zona de célula T. Antígenos que permanecem solúveis são ofertados 
para os linfócitos B na região periférica.


Guilherme Schibichewski - TXIX 01
MOVIMENTOS DO 
SISTEMA IMUNE 
Guilherme Schibichewski - TXIX 01
MOVIMENTOS DO SISTEMA IMUNE 
> As células em geral possuem de movimento de sangue, sair para o tecido e 
retornar para o sangue. Como o corre no caso de quando os linfócitos estão no seu 
estado naive no sangue depois de serem produzidos, vão para o órgão linfóide 
secundário que é um tecido e frequentemente retornam para o sangue.
> Os movimentos podem ser divididos em 3 tipos de movimentos, que ocorrem em 
conjunto eles colaboram para a defesa do corpo em um processo de vigilância 
imunológica, que é as células do sistema imune circularem pelo corpo sempre na 
tentativa de encontrar alguma coisa estranha e gerar uma resposta. O movimento do 
sistema imune é constate, a todo momento elas estão circulando pelo corpo. Se não 
houver uma infecção ocorre apenas uma circulação de vigilância, se há uma 
infecção essa circulação vai promover a ativação das células que vão tentar resolver 
o prole a do corpo.
DIVISÃO DOS MOVIMENTOS
(1) Transporte dos leucócitos de linhagem mieloide do local de maturação até o sítio 
da infecção ou lesão - Esse é o movimento da imunidade inata, sendo as células 
participantes os leucócitos de origem mieloide promovem esse movimento 
sendo eles os macrófagos, neutrófilos, células dendríticas, mastócitos e 
eosinófilos. Esse movimento é conhecido como migração de leucócitos 
(diapedese) que na imunologia utiliza-se o termo Migração Paracelular, saída das 
células do sangue e chegada no sítio da infecção.
(2) Transporte dos linfócitos do seu local de maturação para os órgãos linfóides 
secundários - Movimento de homing do sistema imune adaptativo. Esse 
movimento ocorre nos linfócitos que obrigatoriamente encontram-se no seu 
estado naive, pois estão saíndo do Timo ou da Medula Óssea e direcionada para 
o órgão periférico.
(3) Transporte dos linfócitos efetores dos órgãos linfóides secundários até o local de 
infecção - Movimento de homing do sistema imune adaptativo. Esse também é 
um tipo de homing pois não há outro local do corpo que os linfócitos podem ser 
ativados além do baço e gânglios, nunca saíndo do órgão primário e 
direcionados ao local da infecção. Nesse órgão secundário é seu único local de 
ativação, sendo ativado essa célula não pode permanecer nesse órgão, mas sim 
ir em busca do microorganismo para auxiliar no processo de defesa do corpo e 
eliminação do microorganismo. Nesse caso trata-se de linfócitos efetores, que já 
encontraram com com o antígeno, já foram ativados e não podem ficar dentro do 
órgão periférico, mas precisam sair dele e chegar no local da infecção.
> O processo inflamatório é iniciado pela imunidade inata e intensificado pela 
imunidade adaptativa. Todos os processos de movimentos das células do sistema 
imunológico fazem parte do processo inflamatório.
> A definição de inflamação pode como o processo de propiciar a chegada das 
células do sistema imune no local de uma infecção, então é o processo de gerar 
eventos que culminem com a possibilidade das células sairem da corrente sanguínea 
e chegarem no tecido; sairem do órgão linfóide periférico ativadas, cairem na 
corrente sanguínea e também chegarem no tecido da infecção, esses movimentos 
correspondem ao processo inflamatório.
> A inflamação ocorre vias sinais que possibilitam essa série de eventos que geram a 
inflamação. Sendo elas a Dor, Rubor, Inchaço, que geram alterações vasculares que 
possibilitam a saída dessas células do sangue e possibilitam chegar no tecido 
infectado.
MIGRAÇÃO DE LEUCÓCITOS
> Movimento da imunidade inata. Se resume a saída dos leucócitos do sangue e a 
chegada delas no tecido
> Nesse processo é necessário dar condições para as células que estão em um fluxo 
constante, consigam fazer uma redução do fluxo, parar e sair do sangue, migrando 
para o tecido. Para que ocorre esse processo é necessário vários eventos em 
conjunto para que tudo isso favoreça a saída das células do sangue e chegada delas 
no tecido. 
> Em um estado normal do organismo, em que não a infecção e nenhum 
microorganismo, o fluxo sanguíneo está em estado normal, as células do sistema 
imune não estão ativadas e tudo está funcionando. 
> Na entrada repentina de um microorganismo, as células da imunidade inata estão 
prontas para serem ativadas e o que ativa é a presença de um patógeno. Então 
nesse processo o Macrófago é responsável pelo reconhecimento, gerando um alerta 
a emitir do um sinal sobre a presença de um organismo estranho. Esse macrófago é 
uma célula tecidual, residente no tecido. Nesse estado de presença do macrófago 
no tecido em seu estado normal, repentinamente essa célula começa captar o sinal 
de que há um microorganismo nesse tecido e o macrófago é uma célula fagocitária 
com suas 3 funções que são identificação, englobamento e destruição. A primeira 
atuação do macrófago é a identificação do patógeno, posteriormente englobar e 
então torna-se um macrófago estimulado por microorganismos e então leva a morte 
do patógeno. 
> Dependendo do tipo de microorganismo ele é capaz de se proliferar muito mais 
rápido do que o macrófago consegue eliminá-lo. Então o macrófago que possui a 
característica de ser um excelente recrutador de células, é capaz de chamar outras 
células para o local da infecção, além de ser responsável pela eliminação inicial 
desses organismos. A partir do momento que o macrófago identificou e englobou o 
patógeno, essa célula vai ser responsável pela produção de Citocinas para 
promover o recrutamento de outras células. As citocinas produzidas por essas 
células são o TNF-alfa e IL-1, as quais são citocinas pró-inflamatórias que são 
responsáveis por colaborar com a inflamação. E sendo a inflamação o processo de 
propiciar a saída de células do sangue e a chegada delas no tecido, então para 
colaborar para esse recrutamento ocorre a produção das citocinas pró-inflamatórias.
> TNF-alfa 
- Molécula solúvel que se dissemina pelo tecido e quando encontra o vaso 
sanguíneo é responsável por ser um vasodilatador, aumentando o diâmetro do 
vaso na região para possibilitar a diminuição da velocidade das células circulantes 
no sangue. 
- Outra função dessa molécula é no referindo-se a processo de melhorar o 
processo de saída das células do sangue e chegada no tecido, para isso sua 
função é aumentar a expressão de E-Selectinas e P-Selectinas, as quais são 
moléculas de adesão que estão localizadas no endotélio vascular e são expressas 
sobre a ação do TNF-alfa, essas moléculas de adesão são moléculas de baixa 
afinidade, sendo que então não vão se ligar com muita afinidade ao seu ligante, 
ocorrendo várias ligações e desligações com alta frequência.
> O segundo passo para a saída de células do sangue e chegada nos tecidos ocorre 
após a diminuição do fluxo sanguíneo pela vasodilatação e o revestimento do 
endotélio de moléculas de adesão. Nesse passo é importante saber que as 
moléculas E-selectinas e P-selectinas encontram-se no endotélio vascular e são 
expressas pela ação do TNF-alfa. A L-selectina, a terceira molécula de adesão é 
encontrada nos leucócitos em todos os momentos independente da ação do TNF-
alfa. As selectinas do endotélio encontram-se com os ligantes do leucócito e a 
seletiva do leucócito encontra-se com os ligantes do endotélio, isso faz com que as 
moléculas de adesão tenham parescorrespondentes para que haja a comunicação. 
> Marginação - O fator da vasodilatação além de fazer com que a velocidade do 
fluxo sanguíneo diminua, é capaz de fazer com que as células mais pesadas caiam e 
assentem no epitélio, realizando o processo de marginação. 
> Rolamento - Nesse processo essas células pesadas encontram-se próximas do 
endotélio vascular e vão promover comunicação via as moléculas de adesão de 
selectinas. As selectinas são moléculas de baixa afinidade, então nesse processo há 
uma ligação instável fazendo com que seja fácil de romper, fazendo então com que 
as células que estão no endotélio passem por ela promovendo e desfazendo ligação, 
diminuindo ainda mais a velocidade dos leucócitos do fluxo sanguíneo no processo 
de marginação. Esse processo chama-se de rolamento, pela forma com que essas 
células percorrem o endotélio vascular e sua relação com as selectinas. 
> Adesão estável - 
Integrinas 
- No processo de rolamento se não houver uma molécula de alta afinidade nesses 
processos de ligação, o leucócito não promove sua parada total. A molécula de 
parada total do leucócito, a qual possui alta afinidade, em cima do endotélio 
vascular ocorre pelas Integrinas (FLA-1, VLA-4) que se ligam ao seus respectivos 
ligantes (ICAM-1, VCAM-1). 
- A integrina está presente apenas no leucócitos e por serem moléculas de alta 
afinidade se conectam ao ligante e não ocorre mais o rompimento da ligação.
- A primeira conformação da integrina ocorre quando essa, molécula encontra-se 
em casos de que não há uma infecção no corpo, pois não há necessidade de 
levar os leucócitos do sangue para o tecido. Nesses casos a integrina encontra-se 
no estado de baixa afinidade, estando desativadas e nessa conformação 
encontram-se inclinadas ou dobradas e nesse caso a molécula não é capaz de 
encontrar o ligante correspondente no endotélio. 
- A segunda conformação molecular da integrina é quando ela encontra-se 
estendida possuindo alta afinidade, estando apta a aderir com o ligante do 
endotélio. 
- Para a integrina mobilizar do estado de dobrada para estendida é induzido pelo 
TNF-alfa e IL-1, os quais induzem o macrófago a produzir quimiocinas. 
Quimiocinas 
- O mesmo macrófago produtor das duas citocinas (TNF-alfa, IL-1) vai ser 
responsável por captar essas mesmas citocinas e responder produzindo 
quimiocinas, moléculas que são quimioatraentes, que recrutam as células para o 
local. 
- A quimiocina também é uma molécula solúvel e caso dispersas no sangue elas 
iriam embora com a circulação sanguínea. Então as quimiocinas são fixadas no 
endotélio vascular para promoverem a sinalização de que, no tecido abaixo do 
pedaço daquele vaso sanguíneo é aonde está ocorrendo a infecção, delimitando o 
local aonde está ocorrendo o processo inflamatório.
- As quimiocinas encaminham-se para o interior do vaso sanguíneo e se fixam a 
Proteoglicanos, que são moléculas presentes naturalmente no endotélio vascular 
e permanecem como uma placa de sinalização.
Ativação das integrinas - O leucócito nesse momento já encontra-se rolando pela 
selectina. No processo de rolamento quando rola em uma Quimiocina presa no 
endotélio vascular. Quando ocorre esse processo os leucócitos apresentam 
receptores para essa quimiocina que ativam uma resposta celular que leva a 
mudança conformacional das integrinas, do estado de baixa afinidade não funcional 
Guilherme Schibichewski - TXIX 01
para o estado de alta afinidade e funcional. Nesse momento a integrina é ativada e 
está pronta para realizar sua ligação, e quando o leucócito rola nas células 
endoteliais e encontra-se com o ligante ela faz com que o movimento celular pare 
pela sua alta afinidade de ligação. Nesse processo a integrina estabelece inúmeros 
pontos de contato com o epitélio vascular e faz com que tenha a parada total do 
leucócito no endotélio vascular. Esse processo é chamado de adesão estável.
> Migração Através do Endotélio (Migração paracelular - Diapedese) - A célula por 
fim encontra-se parada e realizando uma adesão estável. Essa célula no processo de 
adesão muda sua conformação de redonda para achatada, realizando mais pontos 
de contato com o endotélio vascular. A importância desse processo é que a célula 
pode se ligar a receptores entre duas células endoteliais, no qual entre elas 
encontra-se uma junção unindo as duas células. A adesão estável mediada pela 
integrina que tá no leucócito com o ligante no endotélio vascular faz com que ative 
uma cascata nas células endoteliais, que vai ser responsável por ativar algumas 
enzimas responsáveis por desmanchar as junções de oclusão. Então essas enzimas 
são responsáveis por desmanchar a junção que permite a união entre essas duas 
células endoteliais. Com o desmanche das junções é como se houvesse um buraco 
no meio das células endoteliais e por ele o leucócito encontrado no lúmen do vaso 
passa e chega ao tecido infectado. O direcionamento do leucócito para o local da 
infecção ao entrar no tecido infectado ocorre pelas quimiocinas, que foram para o 
endotélio vascular e fixaram-se nos proteoglicanos, essas quimiocinas formam um 
gradiente de concentração e são moléculas quimioatraentes e são elas as 
responsáveis de direcionar a célula para o local da infecção. As quimiocinas geram 
modificações a nível de citoesqueleto, e isso possibilita a célula a se movimentar em 
direção a um gradiente de concentração. O estímulo que faz com que o endotélio se 
feche é a ausência de uma célula aderida em sua superfície do lúmen do endotélio, 
não havendo mais a necessidade de ativar enzimas no interior da célula endotelial, 
as enzimas param de atuar e o endotélio fecha e para de ter o extravasamento da 
célula. Esse processo é chamado de migração paracelular, pois acontece entre duas 
células.
MIGRAÇÃO E RECIRCULAÇÃO DE LEUCÓCITOS
> Responsável pelos outros dois movimentos da célula do sistema imune. 
Movimento de saída do órgão primária e ida para o órgão secundário e saída do 
órgão secundário e ida para o tecido de infecção. Esse processo é chamado de 
Migração e recirculação de linfócitos.
- Migração de Linfócitos - Processo que ocorre quando a célula encontra-se no seu 
estado efetor. Pois se é um linfócito ativado trata-se do movimento de migração 
do órgão secundário para o tecido de infecção. Portanto trata-se do movimento 
entre um órgão linfóide secundário e o local de infecção.
- Recirculação de linfócitos - Processo que ocorre quando o linfócito encontra-se 
no estado naive. Nesse processo a célula encontra-se recirculando entre os órgão 
linfóides secundários na tentativa de encontrar um antígeno. Portanto a 
recirculação trata-se do movimento entre dois órgãos linfóides secundários.
> Em um processo inflamatório todos os linfócitos naive passam ao menos uma vez 
ao dia em todos os órgãos linfóides periféricos em um processo de vigilância 
imunológica, pois os linfócitos só tem a oportunidade de tornar-se efetor no órgão 
periférico e então essa célula promove uma circulação a fim de conferir se há algum 
antígeno de reconhecimento em algum órgão periférico existente no corpo, para ser 
ativado e colaborar no processo de eliminação do patógeno.
> Resumidamente a circulação dos linfócitos pode ser seguida nos seguintes 
passos:
- Órgão linfóide Primário - É o Timo e a Medula Óssea. Nesses locais ocorre a 
maturação ou término do amadurecimento dessas células, e antes dessas células 
cairem na corrente sanguínea passam por um processo de Seleção positiva e 
negativa. Nesse processo os linfócitos que não estão se reconhecendo antígeno 
próprio são liberados para a corrente sanguínea.
- Sangue - As células do órgão linfoide primário passam para o meio de transporte 
passando para os órgãos secundários.
- Órgão linfóide Secundário - Os linfócitos entram nesse órgão pela Vênula 
Endotelial Alta. Os linfócitos B encaminham-se para a zona de Folículo e os 
linfócitos T para a Zona de célula T na região mais central desses órgãos. No caso 
de uma célulaT obrigatoriamente as células dendríticas são responsáveis pela 
apresentação de antígenos para essas células. Tratando-se de um linfócito B essa 
célula reconhece o antígeno circulante, não dependendo de que outras células o 
apresentem esses antígenos.
- Quimiocinas - Para os linfócitos sairem do órgão linfóide primário e 
encaminharem-se para o órgão linfóide secundário elas necessitam de uma 
molécula responsável por fornecer a elas um sentido de orientação através das 
quimiocinas. Esses assuntos são bem estabelecidos na literatura para os 
Linfócitos T, mas em casos de linfócitos B os processos são semelhantes, 
mudando alguns receptores. 
- Quimiocina S1P/ Receptor S1PR1 - Então quando o linfócito T sai do órgão 
primário eles saem como uma célula Naive, e precisa chegar ao órgão secundário 
na tentativa de encontrar alguma coisa. Nesse processo de saída do órgão 
primário e entrada no sangue essa célula depende de uma quimiocina, sendo 
especificamente a quimiocina S1P (Sphingosine-1-phosphate) a responsável por 
esse processo. Essa quimiocina é abundante no sangue e escassa no tecido, e 
então possibilita o direcionamento da célula. O Linfócito T percebe a presença 
dessa por um receptor presente na célula chamado de S1PR1, a qual possibilita a 
célula perceber os sinais de S1P no sangue. Após a interação entre o ligante e o 
receptor é natural que o receptor se internalize. No processo em que o Linfócito 
direciona-se para o sangue tem tanta concentração de S1P que os receptores 
dessa quimiocina vão todos se internalizar e a célula fica sem esses receptores 
sendo impossibilitadas de serem sensibilizadas por esses receptores. Na ausência 
desses receptores a célula fica frouxa, sem haver receptores que captem essa 
molécula, e nesse processo entra outro receptor para dar direcionamento a célula, 
para sair do sangue e ir para o tecido.
- Quimiocina CCL 19 e CCL 21/Receptor CCR7 - Após o processo de internalização 
dos receptores da quimiocina S1P, eles encontram-se todos internalizados o 
linfócito T apresenta apenas na superfície de sua célula os receptores CCR7. O 
CCR7 não é um receptor para S1P. São produzidas nos órgãos linfóides 
periféricos duas quimiocinas atrativas para os linfócitos T, as quais são 
responsáveis por fazer com que o linfócito presente no sangue direcione-se para o 
Órgão linfóide periférico e são elas a Quimiocina CCL 19 e CCL 21. A ligação da 
quimiocina com o receptor na rolagem dessas células sobre o endotélio, ativa as 
integrinas para a célula fazer parada total e migrar, e então o linfócito T sai do vaso 
sanguíneo e cai no órgão linfóide periférico pois é o local onde há as quimiocinas 
que se ligam ao receptor CCR7 e que fazem ele se localizar dentro do órgão 
secundário. 
- Linfócito sem receptores - Os receptores S1PR1 e CCR7 permanecem 
internalizados após seu uso e a célula permanece careca, sem esses receptores 
em sua superfície celular. O tempo em que os linfócitos naive permanecem no 
órgão linfático secundário sem seus receptores são importantes para que ocorra 
um tempo de reciclagem dos receptores, portanto por um período que os 
linfócitos T chegam nesse local eles ficam sem seus receptores na superfície para 
que dê tempo suficiente de uma célula dendrítica apresentar antígenos e ver se 
reconhecem ou não essas moléculas apresentadas.
> Linfócito T Efetor 
- Em casos de reconhecimento do antígeno o linfócito torna-se uma célula efetora. 
Nesse caso uma célula naive não é capaz de fazer nada e se ele reconheceu o 
antígeno essa célula se diferencia para o estado efetor, e nesse caso ela necessita 
sofrer expansão clonal. 
- Até que ocorra esse reconhecimento a célula permaneceu tempo suficiente no 
órgão secundário e permitiu que as receptores CCR7 e S1PR1 se externalizarem. 
- Para que a célula sofra expansão clonal é necessário que ela permaneça dentro 
do órgão e não retorne para a corrente sanguínea. Para se manter no órgão a 
célula externaliza os dois receptores, o CCR7 que a manteria no interior do órgão 
naturalmente e a S1PR1, a qual possui quimiocinas atrativas nos vasos 
sanguíneos e seria atrativa para a célula sair desse órgão secundário. Para evitar 
essa relação com a S1PR1, o linfócito T efetor produz a CD69. Essa molécula 
possui uma função antagônica ao S1P, ela é capaz de ligar-se ao receptor S1PR1 
e não faz a célula movimentar-se em direção do vaso sanguíneo, mantendo-a 
presa no órgão secundário, impedindo a célula de captar o S1P que está em 
grande concentração no sangue. Se a célula não possui a CD69, a hora que 
houver a externalização do S1PR1, a célula vai querer buscar o gradiente de 
concentração que é muito maior no sangue, saíndo do órgão secundário para o 
sangue. 
- Após a expansão clonal suficiente dos linfócitos T, a proteína CD69 para der 
expressada e os outros receptores são expressados de forma normal e através do 
S1PR1 as células são capazes de migrar de forma normal para a corrente 
sanguínea. Se o linfócito T é uma célula efetora ocorre um processo de migração, 
pois a célula já ativa e funcional deve ir para o tecido da infecção. Essas células 
em seu caminho para o tecido de infecção pela circulação passam por outros 
órgãos periféricos, mas o linfócito como efetor não tem necessidade de retornar 
para esses órgãos. O linfócito T, nesse processo passa reto pelos órgãos 
secundários pois nesse momento a célula tem sua produção de receptor CCR7 
extremamente reduzida. A produção do S1PR1 permanece em alta, porém no 
sangue as quimiocinas S1P retornam a preencher os receptores e a célula volta a 
ser uma célula careca e com pouca presença de CCR7, o qual se apresenta de 
forma tão reduzida que não é capaz de detectar a CCL 19 e CCL 21, produzidas 
pelo tecido do órgão, permanecendo no fluxo sanguíneo. A célula nesse fluxo 
recicla seus receptores S1PR1, ligando-se novamente as quimiocinas S1P nesse 
processo e internalizando os receptores num processo que se encerra com a 
passagem do linfócito no sítio de infecção.
- Quando o linfócito T passar pelo local da infecção há a presença de inúmeros 
componentes químicos característicos do sítio da infecção que levam a célula 
reconhecer o local para que realizem o processo da migração paracelular. Nesse 
tecido há a presença de: TNF-alfa, IL-1, produzidos pelo macrófago no movimento 
dos macrófagos; Apresenta L-selectina e P-selectina para o processo de rolagem 
da célula; Há a presença de outras quimiocinas, que o Linfócito T Efetor é possui 
receptores que produzem a extensão da integrina, tornando-a no estado ativo 
para aderir e realizar a migração paracelular. Então um linfócito efetor sai do órgão 
secundário e encaminha-se direto para o sítio da infecção, sem parar em outro 
órgão secundário, o que é inviável para o corpo circular em outros órgãos de 
ativação sendo que ele já é uma célula ativada.
> Linfócito T naive
- No caso do linfócito naive, os quais passam pelo mesmo processo anterior, mas 
não são ativados pelo antígeno. Nesse caso a célula é chega no órgão linfoide 
secundário e ocorre a mesma situação, havendo seus dois receptores S1PR1 E 
CCR7. No sangue há a presença de muito S1P, e os receptores S1PR1 do 
linfócito naive foram todos internalizados e ficou apenas com os CCR7 na 
superfície. Na hora que a célula passa pela quimioatração nas proximidades do 
órgão linfóide secundário há as quimiocinas CCL 19 e CCL 21 que se ligam aos 
receptores, a célula realiza movimento de parada e migra para o órgão linfoide 
secundário. Nesse processo da mesma forma os receptores S1PR1 E CCR7 
permanecem um tempo internalizados, com a célula careca, até que ocorra a 
reciclagem dos receptores.
- A importância do tempo de internalização dos receptores para os linfócitos naive é 
o tempo que as células dendríticas apresentarão seus antígenos para esses 
linfócitos T, e elas não serão capazes de reconhecer nenhum antígeno. Nesse 
processo a célula realiza um processo para manutenção do estado de vigilância 
imunológica,por não haverem reconhecido nenhum antígeno presente nesse 
local.
- Para manutenção da vigilância, o linfócito T migra para outro órgão secundário. 
Nesse processo a célula vai tentar procurar antígeno em outro local.
- Nesse processo o linfócito T vai externalizar o receptor S1PR1, respondendo o 
gradiente de concentração da S1P que encontra-se maior no sangue retornando 
para o sistema circulatório. No sangue os receptores voltam a se ligar com a 
quimiocina e são internalizados e a célula encontra-se novamente na ausência 
desses receptores. 
- Nesse estado os receptores que voltam a ter prevalência são os CCR7 a procura 
do sinal químico secretado pelas células dos tecidos linfoides periféricos que são 
as quimiocinas CCL 19 e CCL 21.
- Esse linfócito naive pode passar por um tecido em estado de infecção, o qual 
possui suas características de vasodilatação, presença de selectinas e 
Guilherme Schibichewski - TXIX 01
quimiocinas. No estado naive dos linfócitos T, por mais que as condições estejam 
viáveis para que a célula realize a migração paracelular ela não consegue realizar 
esse processo, pois não seria viável um linfócito naive que é apenas ativado no 
órgão secundário estar presente em um tecido de infecção. O linfócito T naive não 
consegue chegar a esse tecido pela integrina inativada, e a presença unicamente 
do receptor CCR7 em busca das quimiocinas CCL 19 e CCL 21, passando reto 
pelo sítio da infecção.
- Ao passar por um outro órgão linfoide secundário, o linfócito T naive vai 
reconhecer pelos receptores CCR7 as quimiocinas CCL 19 e CCL 21 
internalizando ao órgão linfóide secundário.
- Na ausência novamente do reconhecimento de um antígeno, o linfócito T repte 
esses ciclo, mantendo a vigilância procurando um novo órgão linfóide secundário. 
Esse processo é importante para o processo de Vigilância imunológica, sendo que 
não encontrando o antígeno no primeiro órgão secundário a célula retorna ao 
sangue e encaminha-se para um segundo órgão secundário, não encontrando 
nesse, retorna ao sangue e busca um terceiro órgão secundário e assim 
sucessivamente. Por isso quando o linfócito encontra-se no seu estado naive ele 
realiza o processo de recirculação, sempre na tentativa de encontrar uma antígeno 
que ele reconhece para ser ativado, proliferar e sair em direção ao tecido de 
infecção. 

Guilherme Schibichewski - TXIX 01
IMUNIDADE INATA 
Guilherme Schibichewski - TXIX 01
IMUNIDADE INATA 
> Primeira linha de defesa contra infecções
> Composta por células e moléculas solúveis. Todos esses componentes já estão 
prontos para serem funcionais ou estão funcionando antes do encontro com o 
microorganismo, ou seja, são funcionais antes do encontro com os microorganismos 
ou rapidamente ativada por patógenos.
> A inata por não ser específica pensa-se que ela não funciona muito bem, mas isso 
não é verdadeiro. A inata é o único tipo de resposta imune presente em alguns 
organismos multicelulares. Então alguns organismos invertebrados não possuem 
resposta adaptativa, mas apenas imunidade inata e sobrevivem com isso, 
comprovando que esse sistema imunitário funciona consideravelmente.
FUNÇÕES
> Primeira resposta aos microorganismos que previne, controla ou elimina a infecção 
do hospedeiro. Essa resposta vai realizar a tentativa de bloquear ou eliminar, e caso 
esse processo não dê certo ela tenta controlar a infecção até o desenvolvimento da 
resposta adaptativa.
> Precisa fazer reparo do dano tecidual. Para fazer esse reparo ela precisa ter alguns 
componentes que possibilitem fazer reconhecimento de produtos de células mortas. 
Na função de reparo tecidual os grandes atuantes são os Macrófagos M2, essas 
células produzem citocinas importantes para esse reparo que são o TGS-beta e 
IL-10, as quais estimulam a proliferação de fibroblastos e produção do colágeno. 
Portanto são responsáveis por reconhecer produtos de células danificadas e mortas 
do hospedeiro iniciando o processo de reparo tecidual.
> São responsáveis por estímulos as respostas imunes adaptativas. Nesse processo 
as células dendríticas são as responsáveis por essa função, sendo essas células 
apresentadoras de antígenos para o linfócito T naive.
> Componentes celulares: 
- Fagocitose - Função significativa realizada pelo Macrófago, Neutrófilo e células 
dendríticas.
- Células NK - Célula responsável por degranular e matar a célula alvo por 
completo.
> Componentes solúveis:
- Anticorpos Naturais
- Sistema complemento 
MECANISMOS DA IMUNIDADE INATA 
> A primeira função da imunidade inata está ligada a barreiras, sendo elas uma 
barreira epitelial ou barreira de mucosas. 
> As células epiteliais já funcionam como um mecanismo da imunidade inata para 
previnir a entrada do patógeno. A pele consegue funcionar como componente da 
imunidade inata como: 
- Componente físico - pela proximidade das células atuando como uma barreira 
epitelial.
- Componente químico - A parte química está envolvida na produção de peptídeos, 
sendo eles as Defensinas e Catelicidinas, que são dois peptídeos 
antimicrobianos que auxiliam no processo de eliminação dos microorganismos.
> No caso de mucosa ocorre uma barreira efetiva, seja ela no trato geniturinário, no 
trato respiratório e de forma eficiente consegue barrar a entrada de microorganismos 
no corpo. Esses mecanismos da mucosa são:
- Produção de muco - Um componente gelatinoso e viscoso da produção de 
Mucinas que dificulta a entrada do microorganismo no corpo, e para o 
microorganismo atravessar essa barreira ele apresenta dificuldade para atingir os 
tecidos. 
- Células Ciliares - Essas células fazem movimento de elevador ascendente, 
auxiliando na expulsão dos microorganismos que foram presos no muco.
COMPONENTES CELULARES 
• MACRÓFAGOS 
> No rompimento dessas barreiras, seja da integridade da pele ou da mucosa e ter 
uma inoculação direta do microorganismo o sistema imune identifica a presença do 
patógeno. A célula presente no tecido responsável pela identificação do patógeno é 
o Macrófago. Essa célula possui a função de fagocitose (identificar, englobar e 
destruir), e no tecido essa célula é capaz de perceber os sinais da presença de 
microorganismos (Bactérias, fungos, vírus), havendo uma sensibilidade para eles. Na 
interface entre o microorganismo e o macrófago há Receptores responsáveis por 
detectar esses microorganismos presentes nos meios.
> Receptores de reconhecimento de padrões (PRRs) - São os receptores 
encontrados nos macrófagos e responsáveis por detectar os microorganismos 
presentes nos meios. Os padrões reconhecidos por esses para esses componentes 
são:
- Padrões moleculares Associados aos patógenos (PAMP)
- Padrões moleculares associados a danos (DAMP)
PAMPS
> Padrão que faz a célula ser sensível e perceber a presença dos patógenos. 
> Esses PAMP são alguns componentes pertencentes aos microorganismos e 
podem ser: 
- Proteínas (Flagelina e Pilina), 
- ácidos nucleicos (RNA fita simples, RNA fita dupla, CpG), 
- Lipídeos de parede celular (LPS e Ácidos lipoproteícos) e 
- Carboidratos (Glucanas dectinas e Mananas).
> O que funciona como PAMP que é o padrão molecular associado ao patógeno que 
faz o sistema imune perceber e reconhecer a presença de um patógeno tem como 
característica essencial um produto que se o microorganismo perder ele morre. Ou 
seja, são produtos microbianos essenciais à sobrevivência dos microorganismos. 
Garante que os alvos não possam ser perdidos na tentativa de evitar seu 
reconhecimento.
DAMP
> Estão ligados ao processo de reparo ao dano tecidual. 
> A célula faz reconhecimento desses padrões para produção de TGF-beta e IL-10 
para estimular a produção de fibroblastos e consequentemente colágeno. 
> Por esses receptores a célula é capaz de identificar que o tecido foi lesado e 
rompido. Quando se tem uma célula que passa por um processo de estresse ou 
processo de morte induzido por uma infecção essa célula começa a produzir 
moléculas em quantidades exacerbadas,e essas moléculas funcionam como 
DAMPs.
> Exemplos de DAMPs são:
- Proteínas induzidas por estresse (HSP) - São proteínas de choque térmico
- Cristais - Urato monossódico
- Proteínas nucleares
> Os DAMP são moléculas que naturalmente fazem parte das células, mas que 
funcionam como DAMP quando produzidas em grandes quantidades e então 
sensibilizam os receptores dos macrófagos.
> Esses receptores estão sempre ativos, mas para ser ativado o liminar de ativação é 
muito alto. Nesse processo não é qualquer quantidade das moléculas que ativam 
esse receptor, é necessário muito dessas moléculas para ter a ativação do receptor, 
atingir o liminar de ativação e sinalizar a produção de citocinas anti-inflamatórias. 
PRRs - RECEPTORES DE RECONHECIMENTO DE PADRÃO
> Forma que o sistema imune inato promove para reconhecer a presença de 
microorganismos no corpo, já que para desenvolver uma resposta o corpo precisa 
saber que precisa de uma resposta.
> O macrófago, um fagócito com funções de reconhecer, ingerir e destruir os 
microorganismos possui como mecanismo para promover o reconhecimento dos 
microorganismos ou restos celulares ocorre via esses receptores de reconhecimento 
de padrão (PRR). Os PRR possuem dois tipos de reconhecimento, os DAMPs e 
PAMPs.
> Os PRRs possuem vários tipos de receptores existentes, mas um apenas é 
conhecido como receptor clássico e mais utilizado como modelo de estudo. Esse 
receptor de reconhecimento é utilizado em vários trabalhos de reconhecimento de 
microorganismos, principalmente em bactérias de fungos. Esse receptor é nomeado 
receptor do tipo TOLL.
> Localizações dos PRRs:
- Receptores extracelulares - São receptores PRR localizados na membrana 
plasmática, na superfície da célula. Esses receptores são importantes para 
reconhecimento de PAMPs localizados fora da célula, em uma infecção 
extracelular.
- Receptores Endossômicos - Receptores endossômicos localizados no núcleo 
celular. Esses receptores tem importante função de reconhecimento de PAMPs 
virais, já que os vírus possuem como ciclo de multiplicação a internalização no 
endossomo.
- Receptores Citosólicos - Receptores localizados no citosol da célula. Esses 
receptores estão associados a microorganismos que tentam escapar de vesículas 
celulares e tentam ir para o citoplasma como uma fuga, para evitar esse 
reconhecimento, há no citoplasma esses receptores para reconhecimento de 
PAMPs microbianos.
> Com isso pode se associar o fator de que no corpo não há um local pela qual não 
haja receptores aptos a reconhecer microorganismos. Existem receptores 
localizados apenas na membrana, outros que se localizam no endossomo e na 
membrana plasmática, e por fim receptores existentes apenas no citosol. Dessa 
forma, há uma gama variada de receptores de reconhecimento.
> Característica dos Receptores
- Especificidade - O que o receptor reconhece. O fator de especificidade do 
receptor também pode indicar a localização desse receptor.
- Localização - O local aonde esse receptor está presente. 
- Funções - Qual a função que o receptor fornece a célula. Nesse caso o receptor 
faz a identificação do patógeno.
	 Exemplos:
	 - LPS bacteriano - No caso de um receptor com especificidade de 
reconhecimento do LPS bacteriano. Esse caso é possível associar a localização que 
um Receptor específico para o LPS bacteriano tem localização, que seria 
extracelular. No caso da função, nesse caso seria veiculado por um macrófago com 
Receptor extracelular, específico para o LPS bacteriano, fornecendo a função de 
gerar citocinas por essas células que são a TNF-alfa e IL-1. Essa é uma função boa 
para a célula, pois através desse mecanismo o macrófago é capaz de recrutar 
leucócitos para auxiliar no processo de eliminação do patógeno
	 - DNA viral - No caso de um receptor para identificação do DNA viral. 
Um receptor capaz de identificar o RNA viral possui localização endossômica, não 
estando nunca em um meio extracelular pois se houver RNA viral no exterior da 
célula não é um vírus não sendo um perigo para o corpo pois é um resto do vírus. 
função de um receptor endossômico de uma célula que reconhece um RNA viral é 
favorável para gerar uma resposta contra vírus, não precisando ativar respostas 
como a produção de TNF-alfa e IL-1, mas sim uma resposta para uma infecção 
intracelular. Essa resposta é do tipo Interferons do tipo I, através de interferons-alfa e 
interferons-beta, sendo os dois tipos de moléculas importantes para a resposta 
antiviral.
RECEPTORES DO TIPO TOLL
> Esse tipo de receptor é o exemplo clássico de receptor existente, que funciona na 
sua estrutura, para muitos receptores do sistema imune. O receptor desse gênero 
pode estar presente como receptor extracelular e endossômico e receptores 
apresentam estrutura igual para os dois casos.
> Estrutura: 
- Ectodomínio - Domínio que apresenta a função de reconhecimento do PAMP. Essa 
porção de domínio pode se encontrar no meio extracelular, no caso de um 
receptor localizado na membrana plasmática e no interior da carioteca, para caso 
de um receptor localizado no endossomo. 
- Região transmembrana - Porção responsável por ancorar esse receptor na 
membrana, seja ela plasmática ou endossômica.
- Domínio TIR - Domínio com função de transdução de sinal. Esse domínio é 
localizado no citoplasma para receptores do tipo citoplasmático e para receptores 
endossômicos. 
> Principais TOLLs:
- TOLL-4 - Reconhecedor de LPS bacteriano.
> Sinalização - Nesse processo tudo o que for reconhecido do lado de fora é 
transduzido para o interior da membrana, esse processo de transdução é um 
processo de sinalização que ocorre o recrutamento de várias moléculas 
adaptadoras. Nesse processo ocorre o recrutamento de uma molécula, após isso 
mais uma homotípico (igual) que vão se conectando até ativar fatores que vão para o 
núcleo da célula e promovem a transcrição de citocinas.
> Os receptores TOLL foram descobertos em Drosófilas, e esses receptores são 
conservados e importantes para a imunidade inata.
> Esses receptores são responsáveis pelo reconhecimento de inúmeros tipos de 
PAMPs. Os TOLLs são capaz de se homodimerizar, ou seja duas estruturas iguais 
que se dimerizam e ativam uma resposta na célula. Os TOLLs extracelulares são 
capazes de sofrer também uma heterodimerização, sendo dois receptores diferentes 
que se dimerizam e reconhecem sinais diferentes. A importância disso está no 
aumento do reconhecimento de PAMPs microbianos, pois havendo um receptor 
TOLL homodimerizado ele é capaz de reconhecer alguma coisa e no processo de 
Heterodimerização esse receptor é capaz de reconhecer duas coisas diferentes na 
mesma estrutura. Em TOLLs endossômicos são diferentes dos extracelulares, sendo 
capazes de reconhecer material genético viral, para aumentar a possibilidade de 
reconhecimento esses TOLLs também são capazes de sofrer heterodimerização 
sendo capazes de reconhecer dois PAMPs diferentes.
Guilherme Schibichewski - TXIX 01
> Sinalização
- Um TOLL extracelular, quando possui seu ectodomínio ativado com o 
reconhecimento de um sinal PAMP tem a transdução de sinal para seu domínio 
TIR, que torna-se ativado no citoplasma. Esse domínio é responsável por ativar 
uma série de proteínas adaptadores, como o caso da MyD88. O fator de 
transcrição quando inativos da grande maioria estão no citoplasma, para mandar 
um fator de transcrição para o núcleo é necessário ativá-los. Fatores de 
transcrição importantes para resposta extracelular é o NF-kB (importante para 
citocinas pró-inflamatórias). O NF-kB está no citoplasma inativo e a proteína 
adaptadora MyD88 promove a ativação do fator de transcrição. Ativar um fator de 
transcrição é liberar o sinal de localização nuclear, a hora que libera esse fator 
direciona-se para o núcleo e culmina com a sua função. No caso do NF-kB resulta 
na produção de citocinas pró-inflamatórias. 
- No caso de um TOLL endossômico, quando ele reconhece um PAMP dentro do 
endossomo, ocorre a sinalizaçãono citoplasma. Esse processo ativa a proteína 
adaptadora chamada de TRIF. Essa proteína ativa um fator de transcrição em 
resposta ao receptor endossômico, o qual nesse caso é o IRFs (Fatores de 
transcrição importantes para citocinas anti-virais). Esse fator de transcrição vai 
para o núcleo, e diferente do NF-kB que se liga no promotor para transcrever as 
citocinas pró-inflamatórias, o IRFs vai se ligar no promotor que antecede genes 
que transcrevem genes anti-virais. Nesse caso de resposta são ativados os 
Interferons do tipo I (IFN alfa e IFN beta), importantes para respostas contra 
infecções anti-virais.
> Quais células do sistema imune são importantes para apresentar os receptores de 
reconhecimento de padrão, com ênfase aos receptores TOLL? As células são os 
fagócitos (Macrófagos, Neutrófilos e as células dendríticas). 
- A Célula Dendrítica é a célula que é necessário possuir todos os receptores 
possíveis e distribuídas em inúmeras cópias desses receptores, ou seja, presentes 
em variedade e número, isso ocorre pois essa célula é responsável pela ativação 
da imunidade adaptativa sendo apta a reconhecer qualquer tipo de infecção no 
organismo.
- Algumas células epiteliais do organismo humano também apresentam alguns 
receptores de reconhecimento de padrão.
- Os fagócitos apresentam os receptores de reconhecimento de padrão e no 
processo de fagocitose esses receptores estão envolvidos na função de 
identificação. Essa célula que realiza o processo de internalização e digestão é 
necessário que haja a identificação mediada pelos receptores de reconhecimento 
de padrão.
FAGOCITOSE
> Esse processo ocorre para qualquer fagócito
> Um patógeno presente no meio extracelular dessas células fagocíticas. Na 
membrana dessas células há presente receptores localizados na superfície dessas 
estruturas, esses receptores são os receptores de reconhecimento de padrões, 
como por exemplo os receptores do tipo TOLL. Esse processo é a identificação, 
aonde acontece o reconhecimento da presença do patógeno.
> No ponto aonde ocorre a identificação, aonde ocorre a interação entre o PAMP e o 
receptor, ocorre uma alteração do citoesqueleto. Essa alteração ocorre via 
projeções, conhecidas como Pseudópodes, essa nomenclatura não é muito 
utilizada, mas diz-se que se forma uma estrutura em taça até que essa estrutura 
englobe todo o microorganismo fechado a estrutura. O organismo permanece 
aclopado nos receptores e esses pseudópodes crescem até que as duas 
membranas se encontrem e fechem o microorganismo no interior. A vesícula 
inicialmente formada nesse processo é nomeada de Fagossomo.
> No fagossomo o organismo ainda não consegue ser eliminado. É necessário criar 
um ambiente favorável para a destruição do patógeno, já que a função de um 
fagócito verdadeiro precisa levar a destruição desse organismo englobado. 
> Após a formação do fagossomo ocorre a interação dessa vesícula numa fusão 
com Lisossomos. Na fusão do fagossomo com os lisossomos gera-se a segunda 
estrutura vesicular chamada de Fagolisossomo. Nessa estrutura vesicular gerada é 
aonde vai ocorrer o processo para levar a morte do organismo que foi englobado.
> A morte no interior do fagolisossomo é mediada por 3 mecanismos:
- 1) Morte mediada por ROS (Espécies reativas de Oxigênio) - O ROS é nocivo 
para o microorganismo englobado. A formação de ROS no interior do 
fagolisossomo ocorre na membrana dessa vesícula, ocorre mediada por uma 
enzima importante chamada de Oxidase Fagocitária. Essa enzima é responsável 
por utilizar o oxigênio da respiração e converter em ROS. 
- 2) Ativação das enzimas lisossomais - A enzima Oxidase fagocitária possui 
funcionalidade como uma bomba de elétrons (Burst respiratório - Explosão 
respiratória), e isso faz com que o pH e a osmolaridade dentro do fagolisossomo 
sejam alterados fazendo com que as enzimas lisossomais sejam ativas. As 
enzimas lisossomais são várias, sendo as mais importantes para o processo de 
destruição do patógeno a Elastase e a Catepsina G.
- 3) Produção de NO (Óxido Nítrico) - O NO é produzido pela enzima iNOS. Essa 
enzima é importante para a conversão no citoplasma da Arginina em Citrulina, 
nesse processo ocorre a liberação do NO. Essa substância é difundido pela célula, 
e quando isso ocorre esse óxido entra no fagolisossomo e se complexa com o 
ROS, formando outros componentes que são ainda mais nocivos ao 
microorganismo, isso gera uma potencialização do efeito de morte gerado no 
interior do fagolisossomo.
> Toda resposta inflamatória exacerbada é deletéria para as células. Quando há uma 
grande ativação do macrófago ele gera a produção desses mecanismos em grande 
quantidade e a membrana do Fagolisossomo não consegue ser capaz de limitar 
esses componentes tóxicos, eles acabam distribuindo-se para o citoplasma celular. 
No citoplasma eles não ocorre a distinção de um pedaço da célula ou de um 
patógeno e então ocorre fortemente a formação de um dano tecidual. Uma das 
causas do dano tecidual são devidos a esses macrófagos muito ativados, que levam 
a digestão dos componentes próprios da célula fagocítica
• CÉLULAS NK 
> As células NK tem seu alvo em dois tipos de células: 
- Células infectadas - A célula NK tem sua atuação comum em células sob infecção 
viral, atuando também em outros tipos de infecção intracelular.
- Célula sob estresse - A célula NK tem sua atuação em células sob estresse, como 
por exemplo células tumorais. Essa célula encontra-se em exaustão metabólica, 
produzindo várias moléculas de uma forma alterada, como o glicocálice 
produzindo pelas células tumorais na tentativa de esconder-se do 
reconhecimento.
RECEPTORES DAS CÉLULAS NK
- Receptores de ativação ou inibição que promovem ou inibem as respostas das 
células NK, respectivamente
- Receptores de ativação reconhecem ligantes em células infectadas ou danificadas
- Receptores de inibição reconhecem ligantes normalmente expressos em células 
saudáveis
> 1) Engajamento do receptor Inibidor - A célula apresenta dois tipos de receptores. 
Um Receptor Ativador que fornece passe livre a célula e o outro é um Receptor 
Bloqueador, que para a célula. Esses receptores são responsáveis pela sinalização 
de ativação da NK promovendo a desgranulação celular ou inibição, impedindo a 
desgranulação. Esses receptores ativador e inibidor compartilham dos domínios 
intracelulares. Quando há o receptor inibidor ativado ele percorre intracelularmente a 
NK até os motifes de ativação do Receptor ativador e promove uma desfosforilação, 
retirando um fosfato desse domínio intracelular do receptor ativador e removendo 
essa molécula esse receptor não consegue ser ativado e a célula NK fica inibida. O 
receptor inibitório não apresenta Domínios (motifes) inibitórios. Quando esse 
receptor é ativado possui o papel apenas de modular o receptor ativador. O que faz 
a célula NK ser ativada é a célula alvo. Os ligantes da célula alvo, a qual está em 
comunicação com a NK são capazes de promover o sinal. Os ligantes ativadores e 
inibidores das células alvo se conectam nos receptores presentes na célula NK a fim 
de gerar um sinal para para a NK ser ativada (Liberar seus grânulos) ou inibida. Então 
o ligante inibidor da célula alvo se conecta ao receptor inibidor da célula NK, o qual 
realiza a cascata intracelular do receptor ativador e retira o fosfato. Mesmo que haja 
um ligante ativador presente na célula NK, a célula torna-se incapaz de ser ativada, 
pois seu domínio intracelular foi inativado. Esse caso ocorre para as células 
saudáveis que não devem morrer, pois ela é capaz de inativar a célula NK.
> 2) Ausência do engajamento do receptor de inibição - Esse caso se apresenta num 
exemplo de uma célula alvo infectada por um vírus. Nesse caso a célula NK deve 
matar essa célula. Quem dita a morte de uma célula alvo é a própria célula alvo com 
seus ligantes, então nesse caso a célula assume uma conformação diferente de seu 
estado natural. A célula NK não se altera em sob diferentes

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