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Visão Geral: - Devido ao seu interior hidrofóbico, a bicamada lipídica das membranas celulares erve como uma barreira à passagem da maioria das moléculas polares. - Essa função de barreira permite que a célula mantenha concentrações de solutos no citosol que são diferentes daquelas no liquido extracelular e em cada um dos compartimentos intracelulares delimitados por membranas. - No entendo, para fazer uso dessa barreira, as células tiveram que desenvolver meios para transferir moléculas hidrossolúveis especificas e íons através das suas membranas: Para ingerir nutrientes essenciais; Excretar produtos metabólicos tóxicos Regular concentrações intracelulares de íons - As células utilizam proteínas de transporte de membrana especializadas para desempenhar tais funções. - A importância do transporte de pequenas moléculas é evidenciada pelo grande numero de genes existente em todos os organismos que codificam as proteínas envolvidas no transporte através da membrana, correspondendo a 15 a 30% das proteínas de membrana em todas as células. - Algumas células de mamíferos, como neurônios e células renais, empregam até dois terços de seu consumo de energia metabólica nesses processos de transporte. Proteínas de transporte de membrana: transportadoras e de canal - Transportadoras: também chamadas de carreadoras, ou permeasse ligam-se ao soluto específico a ser transportado e sofrem uma série de alterações de conformação que levam à exposição alternada dos sítios de ligação ao soluto em um dos lados da membrana e, a seguir, no outro lado, para transferir o soluto através desta. Ex.: transportador GluT (transportadores de glicose) A molécula transportadora de glicose é específica, só entra glicose nela. Quando a glicose se liga na proteína transportadora ela sofre alterações na sua conformação terciárias, e essa alteração expõem o sitio de ligação do soluto. A partir desse momento o soluto é transportado para o interior das células através de modificações da estrutura da proteína. - Canal: - Interagem muito mais fracamente com o soluto a ser transportado. - Elas formam poros contínuos que atravessam a bicamada lipídica. - Quando abertos, esses poros permitem a passagem de solutos específicos (como íons inorgânicos de tamanho e carga adequados e, em alguns casos, de pequenas moléculas como água, glicerol e amônia) através da membrana. A capacidade de difusão da água pela bicamada lipídica é relativamente baixa. Ou seja, para ela passar ela usa as proteínas, que são canais chamados de aqua-porinos para a que a passagem de água aconteça. Proteínas transportadoras e o Transporte ativo de membrana O processo pelo qual uma proteína transportadora transfere uma molécula de soluto através da bicamada lipídica assemelha-se a uma reação enzima-substrato. (então vai existir uma força de interação entre a enzima e o substrato). No entanto, o soluto transportado não é modificado pela proteína transportadora, mas sim liberado de forma inalterado, no outro lado da membrana. Cada tipo de proteína transportadora tem um ou mais sítios de ligação específicos para seu soluto (substrato). Ou seja, existe uma região no corpo da proteína, que são os sítios, que vão apresentar aminoácidos que tem cadeias R- laterais que apresenta afinidades por regiões especificas do soluto. Elas transportam o soluto através de uma série de alterações reversíveis de conformação que, alternadamente, expõem o sitio de ligação ao soluto em um lado e em outro da membrana, mas nunca em ambos os lados ao mesmo tempo. A transição ocorre via um estado intermediário, no qual o soluto encontra-se inacessível, ou ocluído, em relação a ambos os lados da membrana Como ocorre com as enzimas, a ligação do soluto pode ser bloqueada por inibidores: - Competitivos: que cometem pelo mesmo sítio de ligação, podendo ou não ser transportados; (ele tem uma aparência muito grande com o substrato e ele se liga com ao transportador, e pode acontecer duas coisas: ele pode bloquear esse transportador de forma definitiva, ou se não ele pode ser até ser transportado para dentro da célula da mesma forma como um soluto. - Não competitivos: que se ligam em qualquer outra parte do transportador e alteram sua estrutura. Então, ele se torna ineficiente ao transporte do soluto., ou simplesmente será bloqueado. Ex.: fármacos a base de opioides, como midazolan e propofol, eles podem se ligar a transportadores na membrana plasmática e agem sedativos. Inibem o transportador de realizar o transporte dos solutos, nesse caso inibindo as sinapses. O transporte ativo também ocorre por alterações na estrutura da proteína transportadora, porem utiliza-se uma fonte de energia. Outra característica é que o soluto sempre é transportado contra o gradiente de concentração ou contra o eletroquímico. As fontes de energia podem ser o gradiente eletroquímico de um soluto, o ATP e a luz. - Transportadores acoplados: Vinculam a energia estocada em gradientes de concentração para acoplar o transporte de um soluto na direção de seu gradiente ao transporte. - As bombas dirigidas por ATP: Acoplam o transporte contra o gradiente à hidrólise de ATP. A bomba de sódio e potássio é um exemplo. - As bombas dirigidas por luz ou reações redox: Encontradas em bactérias, arqueias, mitocôndrias e cloroplastos, acoplam o transporte no sentido do gradiente à energia obtida da luz, como no caso da bacteriorrodopsina (é uma proteína que esta presente na membrana de algumas bactérias, ela é capaz de absorver uma fonte de luz e a parte que recebe essa luz ela direciona o transporte do soluto) O transporte ativo pode ser dirigido por gradientes de concentração de íons • Proteínas Uniporte: proteínas transportadoras simples que transportam um único soluto de um lado a outro da membrana. • Transportadoras acoplados: a transferência de um soluto é estritamente dependente do transporte de um segundo. (ele utiliza energia de um gradiente de concentração de um soluto para transportar outro) - Simportes: o transporte acoplado envolve a transferência simultânea de um segundo soluto na mesma direção (cotrasnportadores) - Antiporte: transferência de um segundo soluto na direção oposta (permutadores)
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