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Resumo Filme Eu, Daniel Blake

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Aluno: Luciana de Cássia Lourenço da Silva
RA: 1810845
Curso: Serviço Social
Resumo do filme “Eu, Daniel Blake”
O viúvo Daniel Blake, um marceneiro de 59 anos de idade de Newcastle, sofreu um ataque cardíaco. Embora seu cardiologista não tenha permitido que ele voltasse ao trabalho, Daniel é considerado apto a fazê-lo após uma avaliação da capacidade de trabalho e o foi negado subsídio de emprego e apoio. Ele fica frustrado ao saber que seu médico não foi contatado sobre a decisão e solicita uma apelação, um processo que ele acha difícil porque precisa preencher formulários on-line e não possui conhecimentos de informática. Ele percebe que receber auxílio do governo não será nada fácil, ao ser atendido no Departamento de Serviço Social inglês – o equivalente a Previdência Social brasileira. Os funcionários não se importam com a situação das pessoas necessitadas. Seu pedido é negado e ele fica sem poder trabalhar e sem nenhuma fonte de renda.
Em uma das suas visitas ao Departamento do Serviço Social, Daniel faz amizade com a mãe solteira Katie depois que ela é sancionada por chegar atrasada para um compromisso no Jobcentre. Katie e seus filhos acabam de se mudar para Newcastle de um abrigo para moradores de rua em Londres, pois não há acomodações acessíveis em Londres. Daniel ajuda a família reparando objetos, ensinando-os a aquecer as salas sem eletricidade e criando brinquedos de madeira para as crianças. Durante uma visita a um banco de alimentos, Katie é superada pela fome e desmorona. Depois que ela é pega furtando um supermercado, um segurança oferece um trabalho como prostituta. Daniel a surpreende no bordel, onde ele implora para que ela desista do trabalho, mas ela insiste em lágrimas que não tem outra maneira de alimentar seus filhos.
Como condição para receber o subsídio de candidato a emprego, Daniel deve continuar procurando trabalho. Ele se recusa a trabalhar em um centro de jardinagem porque seu médico ainda não permite que ele trabalhe. Quando o técnico de trabalho de Daniel diz que ele deve trabalhar mais para encontrar um emprego ou ser aprovado, Daniel diz: "Eu, Daniel Blake, exijo minha data de apelação antes de morrer de fome" no prédio. Ele ganha o apoio de transeuntes, incluindo outros requerentes de benefícios, mas é preso e advertido pela polícia. Daniel vende a maioria de seus pertences e se isola.
No dia do apelo de Daniel, Katie o acompanha ao tribunal. Um consultor de assistência social diz a Daniel que seu caso parece sólido. Ao vislumbrar o juiz e o médico que decidirão seu caso, Daniel fica ansioso e vai ao banheiro, onde sofre um ataque cardíaco e morre. Em seu funeral público, Katie lê o elogio, incluindo o discurso que Daniel pretendia ler em seu apelo. O discurso descreve seus sentimentos sobre como o sistema de assistência social falhou com ele, tratando-o como um cachorro, em vez de um homem orgulhoso de ter pago suas dívidas à sociedade.
O personagem Daniel para o mercado, não está apto para o trabalho; no entanto, para o Estado, encontra-se em plena saúde, não conseguindo receber benefício por incapacidade. Situação muito comum na realidade brasileira, muitas vezes já denunciadas pela grande mídia. No filme, Daniel passa horas e horas em telefonemas para saber o motivo pelo qual seu benefício foi negado e se depara com funcionários terceirizados sem saber o que efetivamente acontece e em suas rotinas de trabalho tornam-se insensíveis aos problemas daqueles que procuram pela assistência do Estado, embora tenham direito ao benefício pleiteado. Daniel, diante de tanta burocracia e desconsideração, se depara com a contraditória alternativa de receber o seguro desemprego, benefício destinado a quem pode trabalhar, diferente da sua situação de incapacidade para o trabalho. Todos aqueles direitos que deram a origem ao Welfare State inglês, arduamente conquistados pela sociedade se perdem-se na burocracia e na insensibilidade de empresas terceirizadas. O cidadão deve ser visto como um sujeito de direitos e não como um indivíduo pedindo favores ao Estado. Vivenciamos no Brasil também a burocracia e apesar do atendimento junto a Previdência Social ser realizado pelo funcionalismo público ocorre também a insensibilidade nos atendimentos devido à grande demanda, longas filas, defasagem de funcionários e pressão por parte do Estado para o corte nos benefícios. Situação que cada vez mais se agrava com um governo de extrema direita e o crescimento cada vez maior do neoliberalismo, um Estado mínimo que retira os direitos dos trabalhadores duramente conquistados e, em contrapartida, investe no grande capital beneficiando os megas empresários, pois acredita que só não trabalha quem não quer. O resultado é uma população pobre, sem emprego, sem direitos, se sujeitando à exploração e precarização do trabalho, um verdadeiro retrocesso.

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