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Infertilidade Se > 35 anos: iniciar investigação com 6 meses de tentativas Se < 35 anos: iniciar a investigação com 1 ano de tentativas Primária: nunca gestou Secundária: pelo menos 1 gestação prévia (incluindo abortamento). Incapacidade de gestar após 1 anos de atividade sexual sem proteção e com frequência razoável (média 3x/ semana). Antecipar investigação se: histórico de DIP grave, ciclos anovulatórios, dismenorreia intensa. Causas 1/3 causas masculinas, 1/3 femininas, 1/3 ambos. Entre as femininas: ovulatório (30-40%), tubário (30-40%), uterino (10-20%), peritoneal (10-20%). Anamnese Padrão menstrual: periodicidade do ciclo, fluxo, intervalo de dias. Presença de dismenorreia. Histórico ginecológico: gestações, abortamentos, cistos, miomas, DIP. Relações sexuais: frequência, mitos, queixas. Sinais de hipoestrogenismo: fogachos, ressecamento vaginal. Sinais de hiperandrogenismo: acne, alopecia, pilificação aumentada. Comorbidades: tireoidopatia, uso de medicações, cirurgias prévias. Exame físico Sinais vitais, estatura e peso; hirsutismo, acne, alopecia, acantose; galactorreia; tireoide; exame da pelve. Propedêutica Curva de temperatura basal: todo dia, ao amanhecer, colocar o termômetro. Na ovulação a temperatura aumenta em torno de 0,7ºC. Dosagem de progesterona: pico na 2º metade do ciclo. Kits LH urinário: iniciar teste 3 dias antes do pico previsto de LH; repetir diariamente. Problema: resultados falsos negativos limitam o uso na prática (o seu ponto de corte pode ser diferente do ponto de corte do teste). Ovulação- essa mulher está ovulando? Ciclos menstruais regulares com sintomas pré- menstruais são preditores de ovulação. Pacientes com sangramento uterino anormal, oligomenorreia ou amenorreia: anovulação. Outros sinais de ovulação: Etiologia Que os espermatozoides sejam produzidos em número e qualidade adequada Que os espermatozoides sejam depositados na vagina Que a copulação aconteça no período periovulatório Que os espermatozoides transitem livremente pelo aparelho genital feminino Que os ovários sejam normais, com nº adequado de folículos primordiais Que exista um conduto tubário capaz de permitir o trânsito dos espermatozoides Que o útero esteja apto a receber o embrião Para que ocorra gravidez, é necessário que cada etapa do processo reprodutivo ocorra corretamente, ou seja: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Biopsia de endométrio: apenas teórico, reservado a pesquisas. US transvaginal seriada: vai conseguir flagrar o momento em que os folículos estão sendo recrutados, o folículo dominante. Isso permite a documentação da ovulação, de modo a permitir o coito programado. US transvaginal com contagem dos folículos antrais: analisa a reserva ovariana. Realizar nos primeiros 5 dias do ciclo; contagem e soma dos folículos 2-10mm - </= 7: reduzida, 8 a 15: normal, >/=: risco de hiper resposta a estímulo. Problema: deve-se fazer no mínimo 3 ciclos sem uso de método hormonal. FSH basal: realizar no 3º dia do ciclo, < 10 prediz boa reserva, também não pode estar tomando hormônio. Estradiol basal: sem valor preditivo isolado. FSH normal com estradiol > 60 prediz menor resposta a estímulo ovariano. Hormônio antiMulleriano: ainda sem ponto de corte definido. Baixa reserva se < 1-1,3 (ótimo >2)- nível de evidência D. Prediz resposta a tratamento de reprodução assistida e não fertilidade futura (fala sobre hoje apenas!). Não precisa suspender método contraceptivo. Hiperprolactinemia: aumento da prolactina inibe o eixo hipotalâmico-hipofisário, assim, a secreção do GNRH é inibida, de modo a redução da produção de FSH e LH. Anovulação Nesses casos a mulher não tem ciclos regulares. Principais causas: Mila Vitória- GO 2021.1 Histerossalpingografia: exame contrastado, é colocado um cateter na vagina e injeta contraste. No Rx é possível ver: o útero cheio de contrate e passando pelas tubas uterinas, após passar, ele cai na cavidade pélvica, é a Prova de Cotte positivo, significa que a tuba é pervia. Fator tubário- as tubas uterinas são pérvias? VideoLaparoscopia: padrão-ouro; indicada se HSG alterada. Outras indicações: visualizar diretamente a permeabilidade da tuba (cromotubagem)- na hora da cirurgia joga o contrate diretamente no útero. Procedimentos possíveis: lise de aderências, exérese de focos de endometriose, salpingoplastia. Não faz parte da avaliação básica! Histerossalpingografia: avalia a útero, analisa falha de enchimento. Histerossonografia: US com avaliação da cavidade, joga soro, a cavidade dilata e será possível observar alguma alteração existente. Histeroscopia: "endoscopia do útero". Padrão-ouro; realizar se US ou HSG alterados; diagnóstico e terapêutico. Fator uterino- tudo certo para implantação do embrião? Síndrome dos ovários policísticos. Hipotireoidismo (primário): leva ao aumento de TRH, assim, haverá aumento da prolactina de forma secundária e ocorre o mesmo mecanismo da hiperprolactinemia. Videolaparoscopia: é o método diagnóstico. Fazer quando há alguma alteração sugestiva no exame, exemplo- US que mostra trompa dilatada, HSG que mostra trompa obstruída. Espermograma Fator peritoneal- tudo certo para implantação do embrião? Haverá algum fator no peritônio/na pelve que não está permitindo a gestação. Pode ser endometriose (cria uma meio molecular não favorável), aderências pélvicas, DIP. Essas aderências podem modificar a anatomia normal do útero e dificultar a gravidez. Fator masculino Fator masculino é inexplicável em 40-50% dos casos. Espermograma alterado ou suspeita de alteração ao exame físico= encaminhar ao urologista. FIV é o pilar da terapia para infertilidade com fator masculino. Cerca de 20% dos casais Provavelmente se dá por alterações biomoleculares que não há conhecimento suficiente para esclarecer. Infertilidade sem causa aparente (ISCA) Cessar tabagismo: tabagismo é, isoladamente, fator de risco pra infertilidade masculina e feminina. Redução do álcool Otimizar peso: sobrepeso e baixo peso estão associados a infertilidade Atividade física Redução do estresse Hiperprolactinemia e hipotireoidismo: investigar e tratar. Se hiperprolactinemia sempre repetir o exame. Anovulação: indução da ovulação, investigar a causa Distorções da cavidade e endometriose: avaliar cirurgia Indução da ovulação (citrato de clomifeno, letrozol, gonadotrofinas, beta-HCG recombinante) Indução da ovulação Captação e preparo dos espermatozoides US seriado para seguimento Injeção de espermatozoides intrautero Mudança no estilo de vida Causas identificáveis Coito programado Diz respeito a ter relação sexual no período da ovulação. Após a indução, US seriado para seguimento de ovulação: quantos folículos foram recrutados, observação do folículo dominante. Inseminação intrauterina Indicada quando há problema na permeabilidade da tuba uterina e quando o homem tem alteração importante no espermograma. Fertilidade Mudança no estilo de vida Correção das causas identificadas (hiperprolactinemia, hipotireoidismo, anovulação, distorções da cavidade, etc) Coito programado Inseminação intrauterina Fertilização in vitro Terapias Resumindo Fertilização invitro
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