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Maria Beatriz Valença Dermatologia • Proliferação de células epidérmicas produtoras de queratina no interior da derme; • Causas: ➔ Oclusão do folículo pilosebáceo; ➔ Traumatismo; ➔ Defeitos embrionários. • Nódulo subcutâneo inflamatório, com orifício central; • A espremedura libera uma substância branca ou amarelada com odor desagradável; • Pode gerar processo infeccioso e inflamatório, que gera fibroses ao seu redor; Obs.: o processo inflama/desinflama gera fibrose ao redor do cisto. • Tratamento cirúrgico: Deve ser feita a remoção completa, juntamente com a cápsula. → Tem que sair inteiro, se sair despedaçado ou sem a cápsula, a lesão recidiva. • Semelhante ao cisto epidérmico; • O epitélio externo do cisto assemelha-se a bainha externa do folículo piloso; • São frequentemente herdados de modo autossômico dominante; • Características: nódulos de localização dérmica, móveis, único ou múltiplos; • Localização: mais comuns no couro cabeludo. • São muito comuns; • Ocorrem em qualquer idade. Porém, são muito frequentes em recém nascidos, desaparecem espontaneamente; → Mas, se for fazer a retirada, tem que retirá-lo com a cápsula também. • São cistos epidérmicos minúsculos (1 a 2 mm de diâmetro); • Decorrem da obstrução de folículos pilosebáceos ou ductos sudoríparos, formando-se pequena massa queratinosa; • Pápulas brancas ou amarelada; • Localização: preferencialmente facial, próximo às pálpebras. • Acomete, principalmente, os adultos; • Cistos epidérmicos ovoides, amarelados, com dimensões de milímetros a 1 cm, amarelados; • Pápulas e nódulos dérmicos amarelados, geralmente múltiplos; • Localização: escroto, grandes lábios e couro cabeludo. • Cistos que surgem em áreas de fendas embrionárias (regiões periorbitarias, pescoço, região supra esternal, sacral e perineal); • Cápsula: epidérmica com anexos rudimentares; • Conteúdo: sebo e queratina, mas pode haver outras estruturas como pelos, cartilagem e osso; • Cisto pilonidal: é uma variante. Faz parte da tríade de oclusão piloidal (hidrosadenite, foliculite dissecante de couro cabeludo, acne conglobata e cisto pilonidal). Obstrução do folículo pilosebáceo. TUMORES CUTÂNEOS BENIGNOS CISTO EPIDÉRMICO CISTO PILAR OU TRIQUILEMAL LÚPIA CISTOS DERMÓIDES MILIUM Maria Beatriz Valença Dermatologia • São tumores compostos por células adiposas maduras e podem estar ou não envoltos por cápsula; • Possuem associação com diabetes, hipercolesterolemia e traumatismos; • Características: Lesão subcutânea nodular, de tamanhos variáveis, móvel. Únicos ou múltiplos; • Localização: Mais comum em nuca, antebraços, coxas, dorso e nádegas; • Tratamento cirúrgico. • Também denominada: Queratose seborreica, verruga seborreica ou senil; • Acomete ambos os sexos a partir da quarta década de vida; • Frequentemente, há herança autossômica dominante e não sofre transformação maligna; • Resulta da proliferação de queratinócitos do infundíbulo folicular e, aparentemente, tem origem monoclonal representando, portanto, tumores foliculares; • Manifestações clínicas: ➔ Pápulas ou nódulos circunscritos, ligeiramente elevados, verrucosos, cuja cor varia de castanho- clara à escura; ➔ Tamanhos variáveis; → Diâmetro de poucos milímetros a dois centímetros; ➔ São cobertas por escama aderente, córnea e graxenta que, quando retirada, mostra superfície mamelonada ou sulcada (aspecto cerebriforme); ➔ Únicas ou múltiplas; Obs.: “Grande imitadora”. • As lesões podem ser planas e com mais de uma cor; → Importante diagnóstico diferencial com melanoma. Avaliar dermatoscopia: áspera ou aspecto aveludado. ➔ Queratoses seborreicas irritadas: ocorrem quando as lesões de queratose seborreica sofrem processo de eczematização, cujas causas são desconhecidas, admitindo-se possível participação de traumatismo; ➔ Sinal de Leser-Trélat: aparecimento súbito de forma eruptiva de múltiplas lesões de queratose seborreica; ➔ As queratoses seborreicas podem inflamar-se em consequência de traumas e, mais raramente, por infecção secundária, tornando-se eritematosas, crostosas e dolorosas. • Localização: tronco, pescoço, face e membros; • Diagnóstico: ➔ Clínico mas, em todos os casos em que haja dúvida quanto à possibilidade de outras lesões pigmentares, o exame histopatológico é absolutamente indispensável; ➔ A dermatoscopia é útil na diferenciação de outras lesões pigmentares pela presença de grande quantidade de pseudocistos córneos facilmente visualizáveis. • Tratamento: ➔ Indicado somente para fins estéticos; ➔ Lesões iniciais: crioterapia com nitrogênio líquido ou aplicações de neve carbônica, com pressão moderada, por cerca de 20 segundos; ➔ Lesões mais antigas e verrucosas: indica-se eletivamente curetagem com eletrocoagulação superficial; ➔ Radioterapia ou cirurgia com suturas não têm indicações, nem justificativas. • Corresponde ao surgimento súbito e de forma eruptiva de múltiplas lesões de ceratose seborreica; • Pode ser considerada uma manifestação paraneoplásica; • Corresponde a secreção de fatores epiteliais de crescimento pelo tumor; CERATOSE SEBORREICA SÍNDROME DE LESER-TRELAT LIPOMA Maria Beatriz Valença Dermatologia • Geralmente está associado a: Adenocarcinomas gástricos, carcinomas de mama, adenocarcinomas de cólon e linfomas. • Variante clínica de ceratose seborreica; • Comum em negros, especialmente em mulheres; → Mais frequente em indivíduos melanodérmicos • Ocorrência de predisposição familiar extremamente frequente; • Características: ➔ Pápulas de 2 a 4 mm, pretas e ligeiramente elevadas; ➔ Surgem, em geral, na quarta década de vida. • Localização: ➔ Face, particularmente, na região malar e na fronte; ➔ Ocorrem eventualmente no pescoço, na face anterior do tronco e no dorso. • Quadro histopatológico idêntico ao da queratose seborreica; • Diagnóstico clínico; • Diagnósticos diferenciais: queratose seborreica clássica, acrocórdon e, ocasionalmente, verrugas virais, nevos melanocíticos, tricoepiteliomas, siringomas, triquilemomas e angiofibromas; • Tratamento: conduta terapêutica semelhante à da queratose seborreica; • Antes e após tratamento com eletrocauterização: • Também chamado de papiloma fibroepitelial; • Geralmente surgem na meia idade; • Há tendência genética; • A presença de múltiplos acrocórdons pode se relacionar a resistência insulínica; • Característica: Pápulas arredondadas ou filiformes de 1 a 5 mm de tamanho, cor da pele ou acastanhadas. Poucas ou numerosas; • Localização: pescoço, pálpebras, porção superior do tronco e axilas. Obs.: Geralmente, investiga-se nesse paciente, sobrepeso, resistência periférica aumenta à insulina, pseudo acantose nigricans. A insulina aumenta GH. • Também chamado de nevo molusco; • Tumores flácidos de superfícies enrugadas, pouco salientes; • Podem ser sésseis ou pedunculados; • Localização: geralmente, axilas, região cervical, virilha; • Também podem estar relacionados à resistência insulínica. • Grupo de tumores derivados da proliferação de componentes vasculares; • Angioma estrelar ou nevus araneus: mácula com ponto central mais elevado de onde emergem pequenas telangiectasias; • Granuloma piogênico: lesão tipo massa carnuda, vascular, geralmente decorrente de traumatismos. Comum nos dedos. DERMATOSE PAPULOSA NIGRA ACROCÓRDONS FIBROMA MOLE ANGIOMAS Maria Beatriz Valença Dermatologia • Tumores mais comuns da infância; • Desequilíbrio na angiogênese levando a proliferação descontrolada de elementos vasculares; • Mais comum no sexo feminino; • Há predisposição genética; • Normalmente surgem após o primeiro mês de vida, mas ao nascer já existe uma lesão precursora no local– mancha anêmica, ou eritematosa ou violácea; • Lesão precursora: mácula eritematosa com telangiectasias; • Forma superficial: nódulos avermelhados e circundados por pele normal ao redor. Derme papilar e reticular; • Hemangiomas profundos ou cavernosos: lesões nodulares de cor da pele ou azulados com telangiectasias na superfície. Acometem a derme profunda e subcutâneo. Precisam ser tratados, são lesões mais profundas; • Fase de crescimento – melhor fase para tratamento (6 a 10 meses) → repouso → involução (50% regridem espontaneamente até os 5 anos de idade). • Máculas ou pápulas vermelho-vivo disseminadas; • No idoso vemos lesões múltiplas, que se concentram no tronco. • Formação fibroblástica reativa, seguindo-se a microtraumas a até mesmo picada de insetos; • Características: Pápula ou nódulo de cor róseo- acastanhada ou negra, de consistência fibrosa, aderida a pele; • Localização: preferencialmente em membros inferiores; • Sinal da “casa de botão” ou de FitzPatrick: a compressão lateral da lesão produz seu aprofundamento. DERMATOFIBROMA HEMANGIOMAS ANGIOMAS RUBIS Maria Beatriz Valença Dermatologia • Também denominado queratoacantoma; • Assemelha-se, clínica e histologicamente, ao carcinoma espinocelular, mas dele se diferencia pelo crescimento mais rápido e pelo caráter benigno, pois, em geral, regride espontaneamente; • É raro; • Observado, a rigor, após os 50 anos; • Afeta ambos os sexos igualmente; • Etiologia: exposição solar, carcinógenos químicos (alcatrão), traumas, HPV, influências genéticas; • Manifestações clínicas: ➔ Tumoração hemisférica/arredondada, com 1 a 2 cm de diâmetro; configuração vulcânica, cuja cratera central é ocupada por massa córnea; borda regular; de cor branco-amarelada, rósea ou violácea; → Sem borda perolada ➔ Localização: preferencialmente, em áreas descobertas, com face, antebraços, dorso das mãos e pescoço; ➔ Lesão única, raramente múltiplas e, excepcionalmente, de forma eruptiva; ➔ Há formas atípicas verrucoides e gigantes; ➔ Há uma fase de crescimento rápido, que dura de 4 a 8 semanas, a que se seguem período estacionário e involução espontânea, com duração média de 4 a 6 meses. Obs.: Nas formas típicas, o crescimento rápido e a massa córnea central são elementos importantes para diferenciação com o carcinoma espinocelular. • Histopatologia: Nas formas típicas, o crescimento rápido e a massa córnea central são elementos importantes para diferenciação com o carcinoma espinocelular; • Diagnóstico diferencial: carcinoma espinocelular; o carcinoma basocelular e as metástases; nas lesões incipientes, molusco contagioso; e, na forma subungueal, verruga vulgar e outros tumores subungueais; • Tratamento: Sempre retirar, pois faz diagnóstico diferencial com carcinoma ➔ Apesar da regressão espontânea, a exérese é o método preferencial, por encurtar o curso da afecção, pelo melhor resultado cosmético e pela necessidade do exame histopatológico para exclusão de carcinoma espinocelular; ➔ Outros métodos: curetagem e eletrocoagulação ou radioterapia, crioterapia e laserterapia; ➔ A recidiva é rara; ➔ Lesões múltiplas ou gigantes podem ser tratadas com etretinato ou isotretinoína; Outros procedimentos, em casos especiais, são a injeção intralesional semanal de 5-fluorouracila (0,2 a 0,3 mL de solução de 50 mg/mL), metotrexato e bleomicina e a terapia fotodinâmica com ácido delta-amino levulínico e derivados; ➔ Também vem sendo utilizado o imiquimode tópico, e pode ser útil, em queratoacantomas múltiplos, o uso de metotrexato via sistêmica. Obs.: De preferência, deve ser feita a retirada cirúrgica. • São lesões pigmentadas, compostas por células névicas, que podem ser congênitas ou adquiridas. • Encontrados na maiorias dos adultos; • Chamados popularmente de “pintas”; • Podem ser planos, salientes, verrucosas, pedunculadas; • Intradérmicos, juncionais e compostos. NEVOS MELANOCÍTICOS NEVOS MELANOCÍTICOS ADQUIRIDOS CERATOACANTOMA Maria Beatriz Valença Dermatologia • Estão presentes no neonato, ao nascimento; • Lesões pigmentares planas de tamanho variável, redondas ou ovais, de limites nítidos; • Pequenos, médios, gigantes; • Os gigantes apresentam probabilidade de malignização com evolução para melanoma maligno (devem ser retirados cirurgicamente antes dos 12 anos de idade). • Tem características clínicas e histológicas próprias, marcadores e precursores de melanoma maligno; • São mais numerosos e de tamanho maior; • Evidenciam bordas irregulares, pigmentação irregular e variável, do marrom ao marrom escuro, limites mal definidos. • Também chamado de Nevo sebáceo de Jadassohn; • É uma formação névica com aumento de glândulas sebáceas; • Se origina de defeitos ectodérmicos e mesodérmicos; • A maioria das lesões é esporádica; • Em geral, apresenta-se ao nascimento e acomete igualmente ambos os sexos; • Características: ➔ Placa papulosa amarelada, ligeiramente elevada e com sulcos na superfície; ➔ Geralmente única; ➔ Localização: couro cabeludo, face; ➔ Aumenta de tamanho na puberdade e torna-se verrucoso; ➔ Pode dar origem a tumores malignos, em especial o carcinoma basocelular. → Indicar remoção cirúrgica • Também chamado de vitiligo perinévico ou leucoderma centrífugo adiquirido; • Corresponde a um halo despigmentado ao redor de um nevo melanocítico; • Múltiplos e em vários estágios; • Adolescentes; • Pode estar associado a vitiligo; • Resulta de uma reação imunológica pela formação de anticorpos antimelanócitos que destroem os melanócitos névicos e da pele ao redor; • Se o indivíduo não tiver vitiligo e for único, deve-se indicar a retira da lesão central. • Quadro frequente, representado por neoplasia benigna de origem écrina; • Existem formas localizadas, comuns, e disseminadas, raras, que podem ter caráter familiar; • Manifestações clínicas: NEVOS MELANOCÍTICOS DISPLÁSICOS NEVO HALO OU DE SUTTON SIRINGOMA NEVOS MELANOCÍTICOS CONGÊNITOS NEVO SEBÁCEO Maria Beatriz Valença Dermatologia ➔ Pápulas duras, achatadas, de 1 a 3 mm de tamanho, cor amarelo-rósea, quase idêntica à da pele; ➔ Localização: com mais frequência nas pálpebras ➔ inferiores e na região periorbitária, particularmente em mulheres adultas; ➔ Há outra forma clínica que surge no período de pós-puberdade, disseminada, com lesões no pescoço, na face anterior do tórax, nas axilas, na face interna dos braços e na região umbilical, que, às vezes, tem caráter familiar. • Diagnóstico: ➔ Em geral clínica, pode ser corroborada pelo exame histopatológico característico; ➔ Diagnóstico diferencial: nas pálpebras, deve ser diferenciado dos xantelasmas. Às vezes, também devem ser distinguidos das lesões de mília e verruga plana. Nas formas disseminadas, devem ser consideradas sarcoidose papulosa, mastocitose e sífilis secundária. • Tratamento: eletrodissecação superficial ou excisão delicada, com tesouras oftalmológicas e cicatrização por segunda intenção. • São lesões que aparecem na pele devido a distúrbios locais ou gerais do metabolismo dos lipídios; • Correspondem ao depósito dos lípides na pele; • Localização: palpebral; • Em metade dos casos há alteração dos lipídes séricos; • Placas amareladas em pálpebras superiores e inferiores. Assintomáticas. XANTELASMA
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