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Coronavírus: Estrutura, Patogênese e Diagnóstico

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Coronavírus 
 
A, Micrografia eletrônica do coronavírus respiratório 
humano (ampliada 90.000 vezes). B, Modelo de um 
coronavírus. O nucleocapsídeo viral é uma hélice flexível, 
longa, composta de RNA genômico de fita positiva e muitas 
moléculas de proteína N fosforilada do nucleocapsídeo. O 
envelope viral consiste em uma bicamada lipídica derivada 
das membranas intracelulares da célula hospedeira e duas 
ou três glicoproteínas virais (Espícula [S], E, possivelmente 
esterase-hemaglutinina [HE]) e uma proteína da matriz.) 
 
Estrutura 
➢ RNA fita simples positiva 
➢ Aparência de coroa 
➢ Vírus envelopado 
➢ Família Coronaviridae (4 generos) 
• Alfacoronavírus, 
• Betacoronavírus (Zoonóticos): (5 subgêneros): 
• Deltacoronavírus e, 
• Gammacoronavírus. 
 
Alguma vez já nos infectamos com esse vírus, pois 
esses causam resfriados comuns. 
É uma zoonose; 
Proteínas estruturais : S, N , H, M, E 
Proteína Spike (S) tem dois domínios: 
S1 se liga ao receptor ECA2 e S2 relacionada a entrada 
do vírus na célula: fusão de membrana ou endocitose. 
Células-alvo no tecido epitelial do trato respiratório 
superior; 
Nos pulmões: pneumócitos tipo I, II e macrófagos 
alveolares; 
RNA: replicação no citoplasma. 
Não causa lise nas células 
Ptns não estruturais: fazem parte da replicação viral. 
 
Transmissão 
Contato direto, gotículas e aerossóis. 
 
Incubação 
1-14 dias . 5-6 dias indivíduos assintomáticos 
transmitem; 
 
Replicação: respiratório e TGI (eliminado junto com as 
fezes) via fecal-oral ?? não confirmada ainda 
 
R0: taxa de transmissão, o quão contagiosa ela é , 
alguns estudos demonstram 6,47 outros 2-2,5 
Melhor máscara: N-95, PP2. 
 
COVID-19: doença 
Antes: Febre, tosse, falta de ar, pneumonia, 
insuficiência resp., 
Risco: idosos, indivíduos com doenças crônicas 
Hoje em dia é uma doença sistêmica 
 
Patogênese 
Ataca trato resp. superior 
Tudo depende de: sistema imune, genética, carga viral. 
 
Células morrem por exaustão e não por lise. 
Acontece viremia. 
 
Tropismo 
Faringe, epitélio resp., pneumócitos 1 e 2, parênquima 
pulminar, endotélio, miocárdio, cels nervosas, bulbo 
olfatório, rins, TGI. Linfócitos, células que possuam 
ECA2. 
Mecanismos de escape do vírus 
• Modulação na resposta imune 
Proteína NSP1: supressão da expressão de genes 
celulares que são induzidos na resposta imunológica 
antiviral, como o INF-1 
Ativação de NF-KB → Liberação de citocinas que 
promovem inflamação e necroptose → tempestade de 
citocinas e hiperinflamação 
FMO → falência múltipla de órgãos 
 
• Desregulação da resposta imune 
GRAVE: linfopenia, neutrofilia, tempestade de 
citocinas; 
 
Causas da linfopenia: 
• Modulação da resposta imune pelo vírus, TH1 
• Depleção de linfócitos; 
• Destruição de baço e tecidos linfoides. 
 Causas da Neutrofilia 
• modulação de resposta imune pelo vírus, Th17 
• infecção secundaria bacteriana 
Tempestade de citocinas é responsável pela SARA 
(síndrome da angústia respiratória aguda), pacientes 
que possuem maiores riscos: comorbidades, idosos, 
febre alta, neutrofilia, linfopenia, PCR elevada, d-
dímero elevado, ferritina sérica elevada. 
 
Fases: pulmonar, pró-inflamatória, pró-trombótica 
final. 
Pulmonar: desequilíbro do SRAA 
Pró-inflamtória: tempestade de citocinas , lesão 
pulmonar aguda 
Pró-trombótica: trombose generalizada, agregação 
plaquetária, alteração da coagulação, FMO. 
 
Sepse viral: ataque direto a outros órgãos, causada 
pela tempestade de citocinas e disfunções da 
microcirculação. 
 
Sintomas 
Febre, tosse, fadiga, dispneia, SARA/SDRA, FMO e óbito 
(sepse ou miocardite) 
 
Complicações 
Sepse, SARA, insuficiência resp., choque séptico, 
miocardite, insuficiência cardíaca, coagulopatia, 
infecções secundárias, lesão renal aguda 
 
Resposta imune 
Menor indução de intérferon e aumentos 
Resposte imune de memoria (inconclusivo) 
Soroconversão após 3-4 semanas após inícios dos 
sintomas 
 
Efeito citotóxico direto , dano ao tecido endotelial dos 
vasos e desregulação da resposta imune. 
 
Diagnóstico 
➢ RT- PCR (primeiros 7 dias) e teste rápido 
➢ Detecção de anticorpos: sorologia e teste 
rápido 
➢ Exames de imagem (TCAR: vidro fosco) 
➢ Exames inespecífico. 
 
Isolamento de no mínimo 15 dias após infecção. 
Sequenciamento e cultivo do vírus é para verificação 
epidemiológica 
 
Vacinas 
Fases de teste: pré-clínica → fase → fase 2 → fase 3 
→ fase 4 
 
• Coronavac → vírus inativado, resposta imune 
menos eficaz; 
• Vacina Oxford/Astrazeneca, Janssen, Sputinik 
V → vetor viral não replicante, adenovírus , 
resposta imune mais eficaz segundo estudos; 
• Vacinas Moderna, BioNTech/Pfizer →RNA 
introduzido na célula hospedeira, nas quais 
essas produzem proteínas virais 
desencadeando resposta imune; 
• Vacinas de proteínas virais: subunidade 
proteica e VLP (partículas livres de vírus). 
 
Brasil: 5 vacinas em fases pré-clínicas (ver anexos) 
 
 
Variantes do SARS-CoV-2 
➢ Vírus mutantes, alta replicação viral/RNA que 
não conseguem corrigir erros de cópia → 
seleção natural 
➢ RU, África do SUL, Brasil e California + 
preocupantes 
➢ Escapa da ação de anticorpos, R0 maior 
➢ Podem prejudicar a eficácia das vacinas, não se 
pode esquecer da memoria imunológica de 
linfócitos T. 
 
Resistência ambiental 
Fômites, 2 h a 9 dias. 
 
Inativação 
➢ 30 °C ou 40 °C: reduziram a duração da 
persistência de MERS-CoV, TGEV e MHV 
altamente patogênicos. 
➢ Etanol (78 - 95%), 
➢ 2-propanol (70 - 100%), 
➢ combinação de 45% de 2-propanol com 30% de 
1-propanol, 
➢ glutardialdeído (0,5 - 2,5%), 
➢ formaldeído (0,7 e 1%) 
➢ iodopovidona 
 
 
Links complementares: 
https://talk.ictvonline.org/taxonomy/ 
https://www.paho.org/pt/covid19 
https://revistapesquisa.fapesp.br/um-guia-do-novo-
coronavirus/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://talk.ictvonline.org/taxonomy/
https://www.paho.org/pt/covid19
https://revistapesquisa.fapesp.br/um-guia-do-novo-coronavirus/
https://revistapesquisa.fapesp.br/um-guia-do-novo-coronavirus/
 
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