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Fisiologia - Neurotransmissores

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Sistema Nervoso - Neurotransmissores 
 
SEROTONINA (5-HT) 
 
Þ Molécula sintetizada a partir do aminoácido essencial triptofano; 
Þ Triptofano – 5-hidroxitriptofano – 5-hidroxitriptamina (aka serotonina); 
 
Þ Sua síntese ocorre principalmente em neurônios serotoninérgicos (núcleos da rafe, no tronco 
cerebral posterior) e em células enterocromafins (trato gastrointestinal); 
 
Þ Seu armazenamento ocorre em vesículas sinápticas que estão presentes no botão sináptico. A 
partir de um estímulo, ocorrerá a fusão das vesículas sinápticas e dos neurônios pré-sinápticos 
e, consequentemente, a liberação/exocitose dos neurotransmissores em questão; 
 
Þ Apesar da grande maioria das moléculas se ligarem aos receptores do neurônio pós sináptico e 
propagarem o potencial de ação, permanece uma alta concentração dos mesmos na fenda 
sináptica. São realizados 2 processos para que estas moléculas sejam retiradas: 
ü Bombas de recaptação localizadas no neurônio pré-sináptico, dessa forma o Nt é 
armazenado novamente em vesículas e poderá ser reutilizado; 
ü Degradação por enzimas (monoamina oxidase e catecol-O-metil transferase), que 
transformam a serotonina em produtos que possam ser eliminados através da urina; 
 
Þ Funções da serotonina: 
ü Controle dos neurônios motores na medula espinal, aumentando sua excitabilidade e 
reduzindo seu tempo de resposta; 
ü Contração e motilidade do trato gastrointestinal (células enterocromafins); 
ü Regulação da ansiedade, aumento da felicidade e melhoria do humor (receptores do 
sistema límbico); 
ü Eliminação de substâncias tóxicas do intestino a partir do aumento da produção de 
serotonina, o que também estimula a área postrema do cérebro, relacionada a náusea; 
ü Regulação do sono e despertar, sendo também precursora da melatonina; 
ü Coagulação sanguínea, uma vez que as plaquetas liberam serotonina, que provoca a 
vasoconstrição e facilita assim a cicatrização de feridas; 
ü Auxiliam no equílibrio entre osteoblastos e osteoclastos, podendo causar osteoporose 
em concentrações mais elevadas; 
ü Em níveis mais altos desempenha papel inibitório no hipotálamo, inibindo, portanto, a 
liberação das gonadotrofinas que são importantes para o desejo sexual, e vice-versa; 
ü Influi sobre quase todas as funções cerebrais, inibindo-a de forma direta ou estimulando 
o sistema GABA; 
 
Þ Receptores da serotonina: 
ü 7 famílias de canais, que variam de 5-HT1 a 5-HT7, e que possuem subdivisões 
específicas individuais; 
ü Possuem diferentes tipos de canais: todos são metabotrópicos, exceto a 5-HT3, que é 
ionotrópica. Seus mecanismos de ação variam de acordo com o tipo de canal e a proteína 
G a qual estão acoplados, provocando diferentes efeitos na célula; 
 
5-HT1 e 5-HT5 são inibitórios; 
5-HT2 , 5-HT3, 5-HT4, 5-HT6 e 5-HT7 são excitatórios; 
 
Þ Agonistas são substâncias que se ligam ao receptor e promovem sua ativação, “mimetizando” 
a ação da serotonina sobre a célula. Podem ser seletivos (ligam-se a famílias específicas de 
receptores) ou não seletivos (não realizam distinção). 
ü Seletivos: 
§ Buspirona– ansiolítico que age sobre os receptores 5-HT1A, amplamente 
distribuídos em uma região do cérebro relacionada ao sistema límbico (emoções); 
§ Triptanos – utilizados no tratamento de enxaqueca, cuja cefaleia é resultado da 
vasodilatação dos vasos sanguíneos cerebrais, e promovem sua vasoconstrição 
ao agirem sobre os receptores 5-HT1B e 5-HT1D; 
§ Trazodona – antidepressivo que age sobre os receptores 5-HT2, também 
amplamente distribuídos no sistema límbico; 
§ Cisaprida – medicamento que estimula a contração do sistema digestivo, 
tratando prisões de ventre e refluxo gastresofágico ao agirem sobre os receptores 
5-HT4 presentes na região; 
 
ü Não seletivos: 
§ Ergotamina – também faz parte do tratamento de enxaquecas, mas por não ter 
especificidade quanto a seu receptor, pode causar efeitos colaterais em outros 
receptores que não estejam diretamente ligados a vasoconstrição; 
§ LSD – droga alucinógena que atua sobre diversos receptores cerebrais; 
 
Þ Antagonistas são substâncias que se ligam ao receptor, impedindo a ligação do mesmo com a 
serotonina. Ou seja, causam efeitos opostos aos que seriam gerados pela ligação entre o receptor 
e a serotonina. 
ü Antipsicóticos atípicos – agem sobre os receptores 5-HT2A e 5-HT2C, que são abundantes 
no córtex e no sistema límbico. A ação excessiva da serotonina sobre o córtex visual, 
por exemplo, pode causar alucinações devido à alta excitabilidade destes neurônios, e a 
partir do uso destes antipsicóticos pode reduzir a ação excessiva da serotonina e diminuir 
as alucinações; 
ü Ketanserina – anti-hipertensivo que age sobre os receptores 5-HT2A e 5-HT2C, 
impedindo que estes induzam uma agregação plaquetária sobre os vasos sanguíneos, 
inibindo desta forma a resistência vascular e facilitando a passagem do sangue por estes 
vasos sem que ocorra aumento em sua pressão; 
ü Metisergida – atua no tratamento de enxaquecas, antagonizando a vasodilatação; 
ü Antieméticos – agem sobre os receptores 5-HT3, concentrados na área postrema do 
cérebro. Caso a serotonina excite essa área, ocorre a produção de vômito, e este 
antagonista atua justamente para que a indução do vômito seja controlada; 
 
Þ Uma das causas para a depressão é a baixa concentração de serotonina no organismo, e uma de 
suas formas de tratamento é a utilização de drogas como o Prozac, que atua inibindo a sua 
recaptação e prolongando seus efeitos, para dessa forma suprir as necessidades do organismo. 
 
Þ Síndrome serotoninérgica: conjunto de sinais e sintomas que surgem pelo aumento abrupto da 
atividade da serotonina no SNC, que pode ser explicado pelo aumento da síntese, aumento da 
liberação, inibição da recaptação ou das enzimas que participam da degradação. A evolução da 
doença é rápida, sendo caracterizada por rigidez e tremor muscular, falta de coordenação motora, 
insônia, ansiedade, alterações de humor, febre, sudorese, taquicardia e taquipnéia; 
 
GABA 
 
Þ Também conhecido como ácido gama-aminobutírico; 
Þ Aminoácido especial que está presente apenas nos neurônios gabaérgicos, ou seja, não participa 
na síntese de proteínas; 
Þ Principal neurotransmissor inibitório do SNC, reduzindo a excitabilidade dos neurônios e 
regulando sua atuação; 
Þ Envolvido no sono, visão, tônus muscular e controle motor; 
Þ Sintetizado a partir do aminoácido não essencial glutamato, que sofre um processo de 
descarboxilação pela enzima glutamato descarboxilase (co-fator: B6); 
Þ Inativação é feita por recaptação neuronal e degradação enzimática (transaminação a succinato, 
que participará do ciclo de Krebs); 
Þ Sua concentração no cérebro é mais elevada se comparada a das monoaminas e acetilcolina; 
 
Þ 3 tipos de receptores (GABAA, GABAB e GABAC), formados por 5 unidades: 2 alfa, 2 beta e 
1 gama. Diferem-se quanto a sua distribuição e via de transdução de sinal: 
ü GABAA: 
§ Distribuição difusa no SNC; 
§ Ionotrópico (abertura dos canais de Cl- promove o aumento de sua concentração 
no meio intracelular e a hiperpolarização da membrana, com efeito inibitório); 
§ Principal grupo de receptores de rápida ação; 
§ Agonistas - barbitúricos e benzodiazepínicos: 
Possuem sítios de ligação diferentes do GABA, promovendo uma alteração 
conformacional no receptor que aumentará a afinidade entre o receptor e o 
neurotransmissor, potencializando seus efeitos (hiperpolarização). 
OBS: Os benzodiazepínicos são a primeira escolha de tratamento de estados 
de ansiedade e insônia por possuírem um índice de intoxicação menor se 
comparado com o dos barbitúricos; 
§ Antagonista – biculina: 
Ocupa o mesmo sítio de ligação do GABA, impedindo sua ligação com o 
receptor e, consequentemente, seus efeitos; 
ü GABAB: 
§ Distribuição difusa, predominantemente no SNC, mas também expressa em 
tecidos periféricos como a adrenal, hipófise, baço, próstata, rim e fígado; 
§ Metabotrópico (acoplado a proteína G, aumentando a concentração de K+no 
meio extracelular e promovendo a hiperpolarização da membrana); 
§ Também produzem ações inibitórias como a abertura de canais de Cl-, o que leva 
o potencial da membrana à hiperpolarização com consequente redução da 
probabilidade de desencadeamento do potencial de ação; 
§ Fármaco Baclofeno atua através da ativação deste receptor, sendo um importante 
relaxante muscular para doenças com rigidez muscular (tétano, secção medular); 
ü GABAC: 
§ Distribuição restrita, apenas na retina; 
§ Ionotrópico (abertura de canais de Cl-); 
 
Þ Sua função inibitória possui várias implicações patológicas (deficiência na produção de GABA) 
e terapêuticas (controle do sono, diminuição da ansiedade e sedativo): 
ü Déficit de GABA por inibição da enzima responsável por sua síntese provoca a 
Síndrome da Pessoa Rígida, caracterizada por rigidez e espasmos musculares dolorosos. 
Isso é explicado pela ausência do papel inibitório deste neurotransmissor no SNC, que 
resulta na hiperexcitabilidade neuronal constante nos focos epilépticos ou em todo o 
encéfalo, sem um momento de “relaxamento”; 
* Epilepsia: distúrbio crônico caracterizado por convulsões generalizadas 
recorrentes, causadas pela inibição da síntese do GABA ou o bloqueio de seus 
receptores no SNC, resultando em uma estimulação intensa dos neurônios. 
 
 
[Glutamato] 
[Aspartato]
[GABA]
Ou seja, há um aumento na 
efetividade das sinapses excitatórias 
juntamente a atenuação/perda da 
efetividade da inibição pós-sináptica. 
ü Uso de fármacos que potencializam o efeito inibitório do GABA: 
§ Benzodiazepinos – ansiolíticos, hipnóticos e antiepilépticos; 
§ Barbitúricos – antiepilépticos, anestésicos e sedativos do SNC; 
OBS: Estas drogas são capazes de atravessar a membrana placentária durante a gravidez e 
são detectáveis no leite materno, requerendo cuidado ao serem prescritas. 
Þ Usos clínicos do GABA: 
ü Alívio da ansiedade e insônia; 
ü Sedação antes de procedimentos médicos e cirúrgicos; 
ü Tratamento de epilepsia; 
§ Prolongamento do estado inativo dos canais de Na+ dependentes de voltagem, 
impedindo sua entrada na célula e a consequente despolarização do potencial de 
ação da membrana neuronal; 
§ Potencialização da inibição mediada pelo GABA; 
ü Controle de estado de abstinência de etanol; 
ü Relaxamento muscular em distúrbios neuromusculares específicos; 
 
GLUTAMATO 
 
Þ Principal neurotransmissor excitatório do SNC, responsável por 75% das sinapses excitatórias; 
Þ Sua síntese ocorre a partir da aminação do α-cetoglutarato, intermediário do Ciclo de Krebs; 
Þ Sua inativação ocorre apenas pela recaptação neuronal e glial, sem a degradação enzimática 
característica dos outros neurotransmissores; 
Þ 4 tipos de receptores: 
ü Ionotrópicos: 
§ AMPA: 
- Distribuição ampla; 
- Despolarização rápida; 
- Abertura dos canais de Na+ e K+; 
§ NMDA: 
- Distribuição ampla; 
- Despolarização lenta; 
- Abertura dos canais de Ca2+, Na+ e K+; 
- Em repouso, encontra-se bloqueado pelo Mg2+; 
§ Kainato: 
- Distribuição restrita; 
- Despolarização rápida; 
- Abertura dos canais de Na+ e K+; 
ü Metabotrópicos: 
- Distribuição limitada; 
- Mobilizam IP3, DAG e Ca2+, ou diminuem a [AMPC]; 
Þ Agonistas: AMPA e NMDA; 
Þ Antagonistas: CNQX e APS; 
Þ Funções: 
ü NT envolvido na aquisição da memória, devido à elevada concentração de receptores 
NMDA no hipocampo, zona relacionada justamente com esta função, assim como ao 
processo de potencialização de longa duração (LTP). Além disso, ocorre uma inibição 
na aquisição de memória pelo uso de antagonistas dos receptores NMDA; 
 
Þ Correlações fisiopatológicas: 
ü Em concentrações elevadas do glutamato, pode provocar uma excitotoxicidade e a 
consequente morte neuronal, ressaltando desta forma a importância de sua recaptação 
da fenda sináptica. 
A grande ativação dos receptores de glutamato promove um aumento na concentração 
de Ca2+ intracelular, que promoverá a ativação de DNAses, proteases, fosfatases e 
fosfolipase e as consequente lesões intracelulares na membrana, assim como a lesão 
mitocondrial, que liberará radicais livres e fatores pró-apoptóticos que induzirão ao 
processo de morte celular (apoptose); 
 
ü AVC: o déficit na recaptação do glutamato, associado a processos isquêmicos, é 
apontado como a principal causa da morte neuronal que ocorre durante um AVC. Seu 
tratamento é feito por antagonistas não-competitivos farmacológicos do receptor 
mGluR1, facilitando a recuperação e sobrevida dos neurônios do hipocampo, e, 
consequentemente, impedindo a perda de memória e a perda da capacidade motora; 
 
ü Epilepsia: é associada à hiperatividade do sistema glutamato, justificando o uso de 
antagonistas dos receptores de glutamato durante o tratamento. Inicia com uma ativação 
excessiva dos receptores AMDA, progredindo lentamente para uma hiperativação dos 
receptores NMDA; 
 
ü Hiperalgesia: refere-se a uma percepção elevada de dor por estímulos que geralmente 
causam nenhuma ou pouca dor, uma vez que os receptores NMDA aumentam a 
transmissão sináptica entre fibras aferentes nociceptivas e neurônios do corpo dorsal; 
 
ASPARTATO 
 
Þ Aminoácido não essencial para os mamíferos, produzido na transaminação do oxaloacetato; 
Þ Age como neurotransmissor excitatório; 
Þ Encontrado principalmente na medula espinal, com uma distribuição mais restrita ao córtex 
visual; 
Þ Estimula os receptores NMDA, assim como o glutamato, apesar de emitir um sinal de menor 
intensidade; 
Þ Forma um par excitatório juntamente a glicina, que possui papel inibitório; 
 
GLICINA 
 
Þ Aminoácido não essencial que age como neurotransmissor inibitório; 
Þ Encontrado principalmente no tronco cerebral e na medula espinal; 
Þ Seu receptor é um canal permeável a cloro, que aumenta sua condutância para o íon e promove 
a hiperpolarização do potencial de membrana; 
Þ Liberada pelas células de Renshaw, que são interneurônios inibidores. Através da glicina, estas 
células são capazes de atenuar a atividade do neurônio motor, e são afetadas em doenças como 
o tétano e o uso de estricnina (veneno de rato), que age como antagonista da glicina. Nestes 
casos, não ocorre a contração do músculo e são perceptíveis diversos espasmos musculares, que 
podem levar a morte. 
 
HISTAMINA 
 
Þ Formada pela descarboxilação do aminoácido histidina; 
Þ Presente nos neurônios do SNC, células do epitélio gástrico e mastócitos; 
Þ Inativada por degradação enzimática (reações de oxidação ou metilação); 
 
Þ Receptores metabotrópicos: 
ü H1: 
§ Musculatura lisa, células endoteliais, medula adrenal, coração e SNC; 
§ Acopla-se à Gq e ativa a fosfolipase C; 
§ Funções relacionadas a vasodilatação, broncoconstrição e ativação da 
musculatura lisa; 
ü H2: 
§ Células parietais gástricas, musculatura lisa, neutrófilos, coração e SNC; 
§ Acopla-se à Gs, aumentando a [AMPc] intracelular; 
§ Regula a secreção de ácido gástrico; 
ü H3: 
§ SNC e nervos periféricos; 
§ Acopla-se à Gi; 
§ Pré-sinápticos, ou seja, medeiam a secreção da histamina; 
ü H4: 
§ SNC, medula e eosinófilos; 
§ Acopla-se à Gi; 
§ Função relacionada ao recrutamento de células hematopoiéticas; 
Þ Funções dos receptores: 
ü Contração muscular; 
ü Forte ação depressiva; 
ü Reações alérgicas; 
ü Secreções gástricas; 
ü Secreção hipofisária; 
ü Permeabilidade e motilidade vascular; 
ü Ingestão de líquidos e alimentos; 
ü Mediação de vias nociceptivas no SNC; 
 
Þ Anti-histamínicos: antagonistas da histamina, que inibem sua ação bloqueando seus receptores, 
ou inibindo a histidina carboxilase. 
 
ü H1: 
§ Tratamento de respostas alérgicas e inflamatórias, como rinite, urticária e alergia; 
ü H2: 
§ Redução da secreção gástrica no tratamento de pacientes com úlceras pépticas e 
doenças relacionadas; 
§ Uso reduzido, devido aos seus efeitos colaterais; 
ü H3: 
§ Regulação cardiovascular, alergia e doenças mentais (esquizofrenia, Alzheimer); 
§ Auto receptores: controlam a síntese e liberação da histamina pré-sinapticamente; 
§ Hetero receptores:controlam a liberação de outros neurotransmissores; 
§ Aplicações terapêuticas: asma, isquemia do miocárdio, epilepsia etc. 
 
Þ Correlação fisiopatológica: 
ü Formação de edema: 
A histamina induz a contração das células endoteliais vasculares, o que provoca um 
escape de proteínas e líquidos das vênulas pós-capilares para o espaço intersticial e 
cuja consequência é a formação do edema. 
Histamina = mediador chave das respostas locais em área de lesão. 
ü Receptores H1 e H2: 
Agem sobre os vasos sanguíneos, causando vasodilatação generalizada e 
consequente diminuição da pressão arterial, rubor cutâneo e cefaleia. 
ü Receptor H3: 
Agonistas tem o potencial de aumentar o estado de vigília, assim como melhorar a 
atenção e o aprendizado. 
ü Receptor H4: 
Importante papel em condições inflamatórias que envolvem mastócitos e 
eosinófilos. 
 
 
 
 
ATP 
 
Þ Junto a adenosina, faz parte do grupo das purinas, e atuam nos neurônios simpáticos que fazem 
sinapse no vaso deferente e em fibras musculares do coração, assim como fazem conexões com 
o músculo liso intestinal; 
Þ Atua como neuromodulador no sistema nervoso central e autônomo; 
Þ Sua biossíntese e liberação ocorre pelos nervos purinérgicos; 
OBS: Sua liberação ocorre juntamente à da noraepinefrina, antecedendo seus efeitos. 
Þ Seu receptor é o P2, com 2 subtipos: 
ü P2X: pertence a uma superfamília de canais iônicos seletivamente permeáveis aos 
transmissores. Ao se ligarem ao ATP, se abrem e formam um canal para a entrada dos 
íons sódio e cálcio; 
ü P2Y: não se abrem, mas a ligação do ATP com a superfície extracelular inicia uma 
cascata de interações que resulta na liberação de íons cálcio no meio intracelular. A 
liberação de cálcio pode levar à liberação de outros neurotransmissores ou alterar a 
atividade de genes envolvidos na divisão celular; 
Þ Funções: 
ü Vesículas sinápticas dos nervos simpáticos – potenciais excitatórios rápidos no músculo 
liso; 
ü Olho – influência nas respostas celulares dos cones e bastonetes; 
ü Orelhas, papilas gustativas – respostas aos sentidos (toque, sabor, dor); 
 
ADENOSINA 
 
Þ Nucleosídeo que atua como modelador homeostático e neurotransmissor natural em diferentes 
tipos celulares, em especial naqueles relacionados à liberação de outros neurotransmissores no 
SNC; 
Þ Papel inibidor no SNC; 
Þ Produto secundário do consumo de energia, sendo acumulada no espaço extracelular, no 
hipocampo e na parte anterior do cérebro ao longo do dia. É responsável pela sensação de fadiga, 
desaparecendo durante o sono; 
Þ Receptores P1 distribuídos pelo cérebro e tecido vascular; 
Þ A partir de sua ligação com os receptores, ocorre: 
ü Redução da atividade neuronal; 
ü Dilatação dos vasos sanguíneos; 
ü Redução da frequência cardíaca; 
ü Redução da pressão sanguínea; 
ü Redução da temperatura corporal; 
Þ A cafeína se liga aos mesmos receptores da adenosina, competindo por estes e reduzindo a 
sensação de cansaço, pois há um aumento na atividade neuronal assim como a liberação de 
outros neurotransmissores; 
 
Þ Receptores: 
ü A1 e A3: inibem a adenilciclase e a fosfolipase C, diminuindo a [AMPC]; 
ü A2: estimulam a adenilciclase e a fosfolipase C, aumentando a [AMPC]; 
 
Þ Receptor A1: 
ü Córtex cerebral, hipocampo, cerebelo e formação reticular medular; 
ü Acúmulo de adenosina inibe a liberação da maioria dos neurotransmissores cerebrais, 
assim como inibe a adenilciclase, o que provoca a diminuição na [AMPC]; 
ü Bloqueio dos canais de Ca2+, uma vez que há redução na liberação de 
neurotransmissores; 
ü Ativação dos canais de K= e Cl-, caracterizando-se como o início da despolarização que 
provocaria a hiperpolarização; 
 
Þ Receptor A2A: 
ü Abundantes nas células endoteliais, tornando possível o efeito de vasodilatação da 
adenosina; 
ü Inibem parcialmente a atividade locomotora através da inibição da ação da dopamina; 
 
ÓXIDO NÍTRICO (EDRF) 
 
Þ Gás secretado em terminais nervosos em áreas encefálicas responsáveis por comportamentos a 
longo prazo e memória; 
Þ NÃO é formado e armazenado em vesículas no terminal pré-sináptico; 
Relaxamento do músculo liso
Tônus muscular
GTP X GMPC
Óxido Nitrico 
L-arginina
Þ Sintetizado quase que instantaneamente, conforme sua necessidade, se difundindo para o 
espaço extracelular dos terminais pré-sinápticos devido à sua capacidade de atravessar 
membranas, diferente dos outros neurotransmissores; 
 
Þ Atua pela ativação da guanilciclase; 
 
Þ Liga-se diretamente ao grupo heme da guanilato ciclase, estimulando a produção de GMPC; 
 
Þ Sua síntese ocorre durante o processo de oxidação da L-arginina pela enzima óxido nítrico 
sintase (NOS), que é ativada por Ca2+-calmodulina. Esta enzima pode possuir 3 isoformas: 
neuronal, constitutiva e indutível 
ü Constitutiva; 
§ Expressão constante; 
§ Dependente de Ca2+; 
§ Liberação de pequenas quantidades de NO a curtos intervalos; 
§ NO atua como mensageiro fisiológico; 
 
§ NOS endotelial: endotélio e plaquetas; 
§ NOS neuronal: SNC e SNP; 
 
ü Indutível: 
§ Expressão após estímulo; 
§ Independente de Ca2+; 
§ Liberação de grandes quantidades de NO a longos prazos; 
§ NO atua como agente citoestático/citotóxico; 
 
§ NOS indutível: macrófagos e PMN (leucócitos polimorfonucleares); 
 
Þ As células epiteliais regulam a homeostase da parede vascular, e em condições normais são: 
ü Não permeáveis (permeabilidade seletiva); 
ü Não aderentes (sem acúmulo de componentes nas paredes dos vasos, como a placa de 
Ateroma); 
ü Capazes de induzir relaxamento; 
 
Þ Fatores de risco como a hipertensão, diabetes, tabagismo e hiperlipidemia alteram a função 
endotelial e induzem a remodelação vascular. O endotélio lesado é: 
ü Permeável; 
ü Aderente; 
ü Incapaz de induzir relaxamento; 
 
Þ Durante e após a realização de exercícios físicos, ocorre um aumento na concentração de óxido 
nítrico, importante para a resposta imune a infecções. Além disso, o óxido nítrico promove a 
vasodilatação, o que reduz a influência de fatores de risco em tornar aquele tecido mais rígido, 
com fibroblastos e células musculares lisas vasculares, inibindo a formação da placa de ateroma; 
 
Þ Funções do óxido nítrico: 
ü Vasorrelaxamento dependente do endotélio; 
ü Citotoxidade mediada pelos macrófagos; 
ü Inibição da ativação, adesão e agregação plaquetária; 
ü Regulação da pressão sanguínea; 
ü Depressão sináptica a longo prazo; 
ü Potencialização da transmissão sináptica a longo prazo; 
ü Microcirculação medular e glomerular; 
ü Processo de memória e aprendizado; 
ü Controle neurogênico da broncodilatação; 
ü Relaxamento do m. liso do corpo cavernoso peniano e seus vasos sanguíneos aferentes, 
necessário para que ocorra a ereção; 
 
OBS: o óxido nítrico modifica as funções metabólicas intracelulares que promove, alterações a 
excitabilidade do neurônio; 
 
Þ Fisiologia da ereção: 
Estímulos visuais ou físicos promovem uma descarga parassimpática no plexo sacral, o que 
promove a liberação de acetilcolina no endotélio dos tecidos eréteis e a consequente 
liberação de óxido nítrico pela NOS. Este se difundirá para o músculo liso e promoverá o 
aumento na concentração de GMPC, que promove o relaxamento da musculatura vascular 
e a vasodilatação. O acúmulo de sangue no pênis, portanto, promoverá a ereção. 
 
Farmacologia do viagra: sua estrutura química deriva de semelhantes do GMPC, 
substituindo assim as funções do óxido nítrico;

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