Buscar

Regeneração tecidual

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Marciely Inaiara 
Regeneração
 
Causas de danos nos tecidos 
Os danos nos tecidos podem ser: 
▪ PATOLÓGICOS: Quando são causados por 
algum agente patológico. Ex: Dano por lesão 
de cárie. 
▪ TRAUMÁTICOS : Quando são causadas por 
intervenções físicas ou químicas. 
 FÍSICAS: Extração de um elemento 
dentário, fluxo de sangue 
comprometido, esmagamento, 
desidratação, incisão, resfriamento e 
aquecimento. 
 QUÍMICA: Agentes com pH não 
fisiológico, agentes com tonicidade não 
fisiológica, aqueles que perturbam a 
integridade da proteína (proteases), 
vasoconstritores e agente 
trombogênicos. 
Reparação 
Mecanismo de reposição dos tecidos 
lesados. Pode ser: CICATRIZAÇÃO ou 
REGENERAÇÃO. 
Epitel ização 
O epitélio ferido tem uma capacidade 
regenerativa geneticamente programada que 
permite restabelecer a sua integridade através 
da proliferação, migração e de um processo 
conhecido como inibição por contato. 
Em geral, qualquer margem livre de um 
epitélio normal continua a migrar (por 
proliferação de células epiteliais germinativas 
que avançam a extremidade livre para a frente), 
até que entre em contato com a outra 
 
extremidade livre do epitélio, em que é 
sinalizada para parar de crescer lateralmente. 
Ainda não existe evidências definitivas 
deste processo. Acredita-se que os mediadores 
químicos que são liberados pelas células 
epiteliais que perderam contato com outras 
células epiteliais ao seu redor, regulem esse 
processo. 
As feridas em que apenas a superfície do 
epitélio é lesionada (ou seja, ABRASÕES) são 
curadas pela proliferação do tecido epitelial 
através do leito da ferida do epitélio contido na 
epiderme e tecidos anexos. Já que o epitélio 
normalmente não contém vasos sanguíneos, nas 
feridas em que o tecido subepitelial também é 
danificado, proliferam-se em todo e qualquer 
leito de tecido vascularizado que esteja 
disponível e permanecem por baixo da porção do 
coágulo de sangue superficial que resseca 
(formam uma crosta) até chegarem à outra 
margem epitelial. Uma vez que a ferida seja 
inteiramente epitelizada, a crosta solta e é 
retirada. 
O processo de reepitelização 
(epitelização secundária) é, por vezes, utilizado 
terapeuticamente pelos cirurgiões 
bucomaxilofaciais durante determinadas 
cirurgias préprotéticas em que uma área da 
mucosa oral esteja sem o tecido epitelial 
(gengiva não inserida) e depois deixada para 
epitelização por um epitélio adjacente (gengiva 
inserida) que cresce lentamente sobre o leito da 
ferida. 
Cicatr ização 
 
Marciely Inaiara 
Etapas da cicatr ização de fer idas 
▪ Etapa inflamatória 
Na ausência de fatores que prolonguem a 
inflamação, dura de 3 a 5 dias. Tem duas fases: 
▪ VASCULAR: Começam com a vasoconstrição 
inicial dos vasos interrompidos como 
resultado do tônus vascular normal; 
Diminui o fluxo sanguíneo para a área da 
lesão promovendo a coagulação do 
sangue; 
Em minutos, a histamina e 
prostaglandinas E1 e E2, elaboradas pelos 
glóbulos brancos, causam vasodilatação 
e pequenos espaços abertos entre as 
células endoteliais o que permite 
vazamento do plasma e leucócitos para 
migrar para os tecidos intersticiais. A 
fibrina do plasma transudado provoca 
obstrução linfática, e o plasma 
transudado – auxiliado por vasos 
linfáticos obstruídos – acumula-se na 
área da lesão, funcionando para diluir 
contaminantes. Essa coleção de fluidos é 
chamada de edema. 
 
Primeiras respostas vasculares à lesão. A 
vasoconstrição transitória inicial (A), logo é 
seguida pela vasodilatação (B). A vasodilatação é 
causada pela ação da histamina, prostaglandinas 
e outras substâncias vasodilatadoras. A dilatação 
faz com que intervalos intercelulares ocorram, o 
que permite a saída plasmática e a emigração de 
leucócitos. 
Os sinais cardinais da inflamação são: Dor, 
rubor (eritema), calor, edema (inchaço) e perda 
da função. 
O calor e o eritema são causados por 
vasodilatação; o inchaço é causado por 
transudação de fluido; e a dor e a perda de 
função são causadas pela histamina, pelas 
cininas, pelas prostaglandinas liberadas por 
leucócitos, assim como pela pressão do edema. 
 
▪ CELULAR: Desencadeia-se pela ativação do 
complemento sérico por trauma dos tecidos. 
Os resultados da divisão do complemento, 
particularmente C3a e C5a, atuam como 
fatores quimiotáticos e fazem leucócitos 
polimorfonucleares (neutrófilos) para ficar 
ao lado das veias sanguíneas (marginação) e, 
em seguida, migram através das paredes dos 
vasos (diapedese). Uma vez em contato com 
materiais estranhos (p. ex., bactérias), os 
neutrófilos liberam o conteúdo de seus 
lisossomos (degranulação). As enzimas 
lisossomais (consistindo principalmente de 
proteases) funcionam para destruir as 
bactérias e outrosmateriais estranhos e para 
digerir o tecido necrosado. A remoção de 
detritos também é auxiliada pelos 
monócitos, tais como macrófagos, que 
fagocitam materiais estranhos e necróticos. 
Com o tempo, os linfócitos se acumulam no 
local da lesão dos tecidos. A fase inflamatória 
é, por vezes, denominada de fase de 
intervalo, pois este é o período durante o 
qual não ocorre ganho significativo na força 
 
Marciely Inaiara 
da ferida (porque pouca deposição de 
colágeno está ocorrendo). O principal 
material que mantém a ferida unida durante 
a fase inflamatória é de fibrina, que possui 
pouca resistência à tração 
 
A ferida enche-se de sangue coagulado, células 
inflamatórias e plasma. O epitélio adjacente 
começa a migrar para dentro da ferida e as 
células mesenquimatosas indiferenciadas, 
começam a transformar-se em fibroblastos. 
 
▪ Etapa f ibroblástica 
Há formação de fios de fibrina que são 
derivados da coagulação do sangue. Esses fios 
formam um emaranhado em que os fibroblastos 
começam a estabelecer as substâncias basilares 
e tropocolágeno. 
A substância basilar é composta de vários 
mucopolissacarídeos, que atuam para compactar 
as fibras de colágeno juntas. Os fibroblastos 
transformam células mesenquimais 
pluripotentes locais e circulantes que começam a 
produção de colágeno no terceiro ou no quarto 
dia após a lesão do tecido. 
Os fibroblastos também secretam 
fibronectina, uma proteína que desempenha 
várias funções. A fibronectina ajuda a estabilizar 
a fibrina, auxilia no reconhecimento de material 
estranho que precisa ser removido pelo sistema 
imunológico, atua como um fator quimiotático 
para fibroblastos, e ajuda a guiar os macrófagos 
ao longo das cadeias de fibrina para a sua 
eventual fagocitose de fibrina pelos macrófagos. 
A rede de fibrina também é utilizada por 
novos capilares, que brotam de vasos já 
existentes ao longo das margens da ferida e 
percorrem fios de fibrina para atravessá-la. 
Conforme a fibroplasia continua, com o aumento 
do crescimento para dentro de células novas, 
ocorre a fibrinólise, que é causada pela plasmina 
trazida pelos novos capilares para remover as 
cadeias de fibrina que se tornaram inúteis. 
 
 
Fase migratória da etapa de fibroplasia. 
Ocorre a migração epitelial contínua, os 
leucócitos dispõem de materiais estranhos e 
necróticos, inicia-se a neoformação capilar, e os 
fibroblastos migram para ferida pelos fios de 
fibrina 
 
Fibroblastos depositam tropocolágeno, 
que sofre ligação cruzada para a produção de 
colágeno. Inicialmente, o colágeno é produzido 
 
Marciely Inaiara 
em grande quantidade e fixado de forma 
aleatória. A má orientação das fibras diminui a 
eficácia de uma dada quantidade de colágeno 
para produzir uma ferida resistente, portanto, 
um excesso de colágeno é necessário para 
reforçar a cicatrização da ferida inicialmente. 
Apesar da má organização do colágeno, a 
resistência da ferida aumenta rapidamente 
durante a etapa fibroplasia, durando 
normalmente de 2 a 3 semanas. Se uma ferida 
está sob tensão no início da fibroplasia, tende a 
separar-se ao longoda linha inicial da lesão. No 
entanto, coloca-se a ferida sob tensão, perto do 
fim da fibroplasia, ela tende a abrir ao longo da 
junção entre o antigo colágeno colocado sobre as 
margens da ferida e o colágeno recém-
depositado. 
Clinicamente, a ferida no fim da etapa 
fibroplasia será rígida por causa dessa 
quantidade excessiva de colágeno, eritematosa 
devido ao elevado grau de vascularização, e 
capaz de suportar de 70%a 80%tanto a tensão 
quanto o tecido não lesionado. 
 
 
A proliferação aumenta a espessura epitelial, 
as fibras de colágeno são casualmente 
estabelecidas pelos fibroblastos, as brotações 
capilares começam a estabelecer contato com os 
seus homólogos de outros locais na ferida. 
▪ Etapa f ibroblástica 
Durante essa fase, muitas das fibras de 
colágeno, definidas na etapa anterior de forma 
aleatória, são destruídas à medida que são 
substituídas por novas fibras de colágeno, que 
são orientados para melhor resistir às forças de 
tensão sobre a ferida. Além disso, a resistência da 
ferida aumenta lentamente 
Devido à orientação mais eficiente das fibras 
de colágeno, um número menor delas é 
necessário; o excesso é removido, o que permite 
que a cicatriz amoleça. Como diminui o 
metabolismo das feridas, a vascularização é 
diminuída, o que diminui o eritema da ferida. A 
elastina encontrada em peles normais e 
ligamentos não é substituída durante a 
cicatrização, assim, lesões nesses tecidos causam 
uma perda de flexibilidade na área cicatrizada. 
 
Restaura-se a estratificação epitelial, o 
colágeno é remodelado em padrões organizados 
de forma mais eficiente, os fibroblastos 
desaparecem lentamente e a integridade 
vascular é restabelecida. 
 
 
Marciely Inaiara 
Um último processo, que começa próximo do 
final da fibroplasia e continua durante a parte 
inicial da remodelação, é a contração da ferida. 
Na maioria dos casos desempenha um papel 
benéfico, as margens migram uma em direção a 
outra. Numa ferida em que as margens não 
estão, ou não serão colocadas em justaposição, 
a contração da ferida diminui o tamanho dela. 
No entanto, a contração pode causar problemas 
como os observados em vítimas de queimaduras 
de terceiro grau (espessura total) da pele, que se 
desenvolvem deformando e debilitando 
contraturas se as feridas não forem cobertas com 
enxertos de pele e a fisioterapia agressiva não for 
realizada. 
Signif icância cirúrgica da cicatr ização das 
fer idas 
O objetivo do cirurgião-dentista em 
relação à cicatriz não é preveni-la, mas, ao 
contrário, produzir uma cicatriz que minimize a 
perda de função e que tenha uma aparência tão 
discreta quanto possível. 
Fatores que prejudicam a cicatr ização de 
fer idas 
Corpo estranho 
▪ É tudo que é visto pelo corpo como “não 
próprio”. 
▪ Bactérias, sujeira e material de sutura. 
A presença desses corpos estranhos causam 3 
problemas básicos: 
 As bactérias podem proliferar-se e causar 
uma infecção na qual as bactérias liberam 
proteínas que destroem o tecido do 
hospedeiro; 
 O material estranho serve como “proteção” e 
meio de proliferação de bactérias, 
protegendo-as contra as defesas do 
hospedeiroe, assim, promovendo a infecção; 
 Pode estimular uma reação inflamatória 
crônica que reduz a fibroplasia (etapa 
fibroblástica da cicatrização) 
 Tecido necrosado 
▪ A presença de tecido necrosado serve como 
barreira para o crescimento interno de 
células reparadoras, o que faz com que a fase 
inflamatória seja prolongada enquanto os 
glóbulos brancos trabalham para remover os 
restos necrosados (lise enzimática e 
fagocitose) 
 
▪ Semelhante ao corpo estranho, resto de 
tecidos necrosados servem como nicho e 
fonte de nutrientes para as bactérias 
 
Isquemia 
▪ A diminuição do fluxo sanguíneo leva ao 
surgimento de tecido necrosado e pode 
diminuir a entrega de anticorpos, glóbulos 
brancos e antibióticos para a ferida, 
aumentando assim a probabilidade de 
infecção; 
▪ A isquemia diminui o fornecimento de 
oxigênio e de nutriente necessários para a 
boa cicatrização; 
▪ A isquemia pode ser causada por suturas 
muito apertadas ou localizadas 
incorretamente, retalhos feitos de maneira 
errada, excessiva pressão interna e externa 
na ferida (hematoma), hipotensão sistêmica, 
doença vascular periférica e anemia. 
Cicatr ização por intenções pr imárias, 
secundárias e terciár ias 
Cicatr ização por intenção pr imár ia 
As margens de uma ferida em que não há perda 
de tecido são colocadas e estabilizadas 
essencialmente na mesma posição anatômica 
que tinham antes da lesão, permitindo curar-se. 
 
Marciely Inaiara 
A reparação da ferida então ocorre com a 
formação mínima de cicatrizes porque os tecidos 
podem não “perceber” que a lesão ocorreu. 
A cura por intenção primária é apenas um 
ideal teórico, impossível de atingir-se 
clinicamente, no entanto, o termo é geralmente 
usado para designar feridas cujas margens são 
cuidadosamente reaproximadas. 
Estes método possue os seguintes benefícios: 
 Diminui a quantidade de reepitelização; 
 Diminui a deposição de colágeno, contração 
e remodelação necessária para a cura; 
Por tanto, a cura ocorre mais rápido, com 
menor risco de infecção e com menor formação 
de cicatriz. 
 
Cicatr ização por intenção secundária 
É deixado um espaço entre as margens de uma 
incisão ou dilaceração. 
Essa situação implica em uma grande quantidade 
de migração epitelial, deposição de colágeno, 
contração e remodelação durante a cicatrização. 
A cura é lenta e produz mais cicatrizes que no 
caso com a cura por intenção primária. Exemplos 
de feridas que curaram através da intenção 
secundária incluem cavidades de extração, 
fraturas mal reduzidas, úlceras profundas e 
grandes lesões por avulsão em qualquer tecido 
mole. 
Cicatr ização por intenção terciár ia 
Refere a cura de feridas através de 
enxertos de tecido para cobrir grandes feridas ou 
manobras para diminuir a distância entre suas 
margens. 
 
 
Cicatr ização de alvéolos pós-extração 
A remoção de um dente inicia a mesma 
sequência da inflamação, epitelização, 
fibroplasia e remodelação. 
Os alvéolos cicatrizam-se por segunda 
intenção e muitos meses devem se passar até 
que tornar-se imperceptível e difícil de distinguir 
do osso adjacente. 
Quando remove-se um dente, o restante 
do alvéolo vazio consiste no osso cortical (a 
lâmina dura radiográfica) coberto por ligamentos 
 
Marciely Inaiara 
periodontais dilacerados, com um aro do epitélio 
bucal (gengiva) deixado na porção coronária. O 
alvéolo enche-se de sangue, que coagula e o 
veda do ambiente oral. 
 
Fase inf lamatória 
▪ Ocorre durante a primeira semana; 
▪ Entrada de glóbulos brancos dentro do 
alvéolo para remover bactérias e remover 
dentritos; 
Fase f ibroblástica 
▪ Também começa durante a segunda semana; 
▪ Crescimento interno de fibroblastos e vasos 
capilares; 
▪ O epitélio migra por toda a parede do alvéolo 
até atingir um nível em que entre em contato 
com o epitélio do outro lado do alvéolo ou 
encontre a cama de tecido de granulação sob 
o coágulo de sangue sobre o qual o epitélio 
pode migrar. Finalmente, durante a primeira 
semana de cura, os osteoclastos acumulam-
se ao longo da crista óssea. 
Fase remodeladora 
▪ A partir da segunda semana; 
▪ Marcada pela deposição de osteóides ao 
longo do osso alveolar que reveste o alvéolo; 
▪ Durante a terceira e quarta semana, a 
epitelização se completa; 
▪ O osso cortical continua a ser reabsorvido da 
crista e das paredes do alvéolo, e um novo 
osso trabecular é fixado através do alvéolo. 
▪ Somente de 4 a 6 meses após a extração é 
que o osso cortical reveste o alvéolo, em 
geral, totalmente reabsorvido; 
▪ O epitélio move-se em direção à crista e, 
eventualmente, encontra-se em nível com a 
gengiva da crista adjacente. 
Cicatr ização óssea 
Ocorrem os mesmos eventos de feridas em 
lesõesem tecidos moles, porém na cicatrização 
óssea há presença de osteoblastos e 
osteoclastos. 
Os termos intenção primária e secundária são 
apropriados para descrições de reparação óssea. 
Se um osso é fraturado e suas extremidades 
livres são mais ou menos 1 milímetro (mm) 
afastadas, o osso cicatriza por intenção 
secundária, isto é, durante a etapa de 
cicatrização da fibroplasia, uma grande 
quantidade de colágeno necessariamente se 
fixará como ponte para a fenda no osso. 
Os fibroblastos e os osteoblastos atualmente 
produzem tanta matriz fibrosa que a cicatrização 
do tecido estende-se circunferencialmente para 
além das extremidades livres do osso e forma o 
que é chamado de calo. 
 
Sob condições normais, o tecido fibroso, 
incluindo o calo, ossifica. Durante a fase de 
remodelação, o osso que estava casualmente 
produzido é reabsorvido pelos osteoclastos, e os 
osteoblastos fixam um novo osso direcionado a 
 
Marciely Inaiara 
resistir às tensões de baixo grau colocadas no 
osso. 
A cicatrização do osso pela intenção primária 
ocorre quando o osso é fraturado de forma 
incompleta de modo que as extremidades 
fraturadas não se separam uma das outras. 
Em ambas as situações, há pouca 
produção de tecido fibroso, e a reossificação do 
tecido no interior da área da fratura ocorre 
rapidamente, com uma formação mínima de 
calos. 
A técnica cirúrgica que se aproxima de 
permitir a cicatrização do osso por intenção 
primária é a redução anatômica da aplicação de 
placas no osso que rigidamente seguram suas 
extremidades juntas. 
Isso minimiza a distância entre as 
extremidades de um osso fraturado de modo 
que a ossificação por toda a fenda da fratura 
pode ocorrer com pouca intervenção de tecido 
fibroso. 
Neuropatologia facial de or igem traumática 
As lesões de nervos sensoriais geralmente 
ocorrem em decorrência de: fraturas faciais, 
durante o tratamento de dentes inclusos ou 
condições patológicas, ou quando realiza-se 
cirurgia reconstrutiva maxilofacial. Felizmente, 
os nervos mais atingidos recuperam-se 
espontaneamente. 
Os dois ramos do nervo trigêmeo que são 
comumente mais afetados são: 
 Nervo mentual-alveolar inferior: Por 
fartura do corpo da mandíbula, 
procedimentos cirúrgicos pré-protéticos, 
cirurgia de osteotomia sargital, Ressecação 
mandibular para neoplasias malignas, 
remoção de terceiros molares inferiores 
afetados. 
 Nervo lingual: Ocorre no decorrer de uma 
cirurgia para remover neoplasias orais 
malignas ou terceiros molares afetados. 
Classif icação 
▪ NEUROPARXIA: A 
forma menos severa 
da lesão do nervo 
periférico, é uma 
contusão de um 
nervo em que 
mantêm-se a 
continuidade da 
bainha epineural e dos axônios. Se dá através 
de trauma local, tração (alongamento) de um 
nervo, inflamação ao redor ou isquemia local. 
 
Marciely Inaiara 
Como não houve perda da continuidade 
axonal, acontece a recuperação total da 
função do nervo geralmente em poucos dias 
ou semanas. 
▪ AXONOTMESE: Ocorre 
quando a continuidade dos 
axônios, mas não da bainha 
epineural, é interrompida. 
Um trauma forte, 
esmagamento do nervo ou 
extrema tração dele podem 
produzir esse tipo de lesão. 
Como a bainha epineural ainda está intacta, 
a regeneração axonal pode (mas não sempre) 
ocorrer com uma resolução de disfunção do 
nervo de 2 a 6 meses. 
 
▪ NEUROTMESE: O tipo mais severo de lesão 
do nervo, envolve uma completa perda de 
sua continuidade. Este tipo de dano pode ser 
produzido por fraturas mal deslocadas, 
rompimento por balas ou facas durante um 
assalto ou por transecção iatrogênica. O 
prognóstico para 
a recuperação 
espontânea de 
nervos que 
sofreram 
neurotmese é 
pobre, salvo se as extremidades do nervo 
afetado de alguma forma tenham sido 
deixadas próximas e devidamente 
orientadas. 
Cicatr ização do nervo 
Possui 2 fases: 
▪ DEGENERAÇÃO 
 Desmielinização segmentar: o extrato 
mielínico dissolve-se em segmentos 
isolados provocando uma diminuição da 
velocidade de condução e pode impedir 
a transmissão de alguns do impulsos; 
Sintomas: Parestesia, disestesia 
(desconforto), hiperestesia 
(sensibilidade excessiva) e hipoestesia 
(diminuição da sensibilidade à 
estimulação) 
 Degeneração walleriana: Os axônios e a 
bainha de mielina do nervo distal ao local 
de interrupção do tronco nervoso 
(distante do sistema nervoso central 
[SNC]) sofre uma desintegração 
completa. Esse tipo de degeneração para 
toda a condução nervosa 
▪ REGENERAÇÃO: Pode começar quase 
imediatamente após a lesão do nervo. 
Durante a regeneração, novas bainhas de 
mielina podem se formar com o aumento de 
diâmetro dos axônios. 
 
 
Problemas que impedem a cicatrização normal: 
 Continuidade do tubo celular de 
Schwann interrompida; 
 Tecido conjuntivo pode entrar no tubo, 
enquanto ele está parcialmente vazio. 
 Quando o cone de crescimento atinge a 
obstrução do tecido conjuntivo, pode 
encontrar um caminho em torno dele e 
continuar, ou pode formar uma massa de 
neurofibras sem rumo que constitui um 
 
Marciely Inaiara 
neuroma sujeito à produção de dor 
traumática quando perturbados.

Outros materiais