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Resumo de estomatologia – Vanessa Wunsch Farmacologia PPPrrroootttooocccooolllooo ccciiirrrúúúrrrgggiiicccooo dddaaa bbbiiiooopppsssiiiaaa ↳ Instrumental para biópsia • Odontoscópio • Pinça • Sonda exploradora • Seringa carpule • Descolador (sindesmótomo) - Pode ser espátula de cera nº7 • Cabo de bisturi • Pinça hemostática (curva e reta) • Pinça Allis • Pinça de Adson (com dente e sem dente) mais delicada • Pinça Backhaus • Porta agulha delicado (com videia) • Tesoura Metzembaum (ponta romba) • Tesoura (ponta fina) • Cureta de Lucas • Cubeta metálica ↳ Métodos associados a biópsia • Bisturi com lâmina 15 (“bisturi a frio”): é o instrumento convencional . • Eletrocirurgia (bisturi elétrico): Favorece a remoção e é útil para se obter hemostasia. Geralmente utilizado em lesões de palato, onde a sutura é dificultada, deixando uma margem cruenta e consequentemente uma cicatrização por segunda intenção. (FIGURA A) • Punch: dispositivo com ponta ativa com lâmina circular que possibilita a remoção de um fragmento da lesão com formato cilíndrico (FIGURA B) • Curetagem, para lesões intraósseas. • Saca bocado, utilizado para palato mole e região posterior da boca com difícil acesso (FIGURA C) • Biópsia aspirativa por agulha fina. ↳ Biossegurança em biósia Respeitar os princípios de biossegurança é fundamental. O cirurgião deve fazer uso de todos os recursos e de todos os procedimentos que forem necessários à diminuição do risco de contaminação do campo e da ferida cirúrgica. Dentre eles destacamos: • Utilizar Equipamento de proteção individual (EPI): gorro, máscara, luvas estéreis, avental, propés, óculos; • Realizar antissepsia extrabucal com clorexidina 2% ou iodopovidona (PVPI), e intrabucal com clorexidina 0,12%; • Utilizar campo cirúrgico estéril sobre a mesa operatória e sobre o paciente; • Instrumentos utilizados devem estar estéreis. ↳ Passos cirugicos 1. Anestesia: bloqueio da inervação regional. Infiltração terminal perilesional Cuidar para não infiltrar anestésico no tecido avaliado, pois esse pode distender e modificar o tecido, prejudicando a avaliação histopatológica. 2. Estabilização dos tecidos: realizada pelo assistente com os dedos, ou através de suturas de tração com fio grosso ou clipes de toalha. Favorece exposição da lesão, facilitando o trabalho do cirurgião. 3. Incisão: deve ser realizada com lâmina nova, com fio apropriado, através de duas incisões elípticas em V conectando as incisões na base da lesão. Deve ser realizada paralela às fibras musculares, minimizando lesões em nervos, artérias e veias. Secção na base da lesão com tesoura delicada de ponta fina, removendo a peça. 1. Hemostasia: gazes estéreis e aspiradores de sucção. 2. Manipulação do tecido: deve-se coletar quantidade significativa de tecido para análise posterior, cuidando para não danificar, romper ou dilacerar o tecido. Não usar pinças de apreensão, podendo criar artefatos de técnica. 3. Identificação das margens na peça removida: marcação das margens com fio de seda, utilizada em lesões tumorais, indicando ao patologista o limite de tecido saudável. Resumo de estomatologia – Vanessa Wunsch 4. Fechamento cirúrgico: divulsão dos tecidos da margem (Insere-se a tesoura de ponta romba paralelamente à superfície da mucosa, abrindo-a quando estiver dentro da lesão. Após, traciona-se para a retirada, soltando as bordas da ferida cirúrgica do plano muscular subjacente, permitindo uma sutura sem tensionamento e ação muscular). A coaptação (aproximação) dos bordos cirúrgicos possibilita o fechamento primário da ferida elíptica, sendo possível ou não dependendo da localização e do tamanho da ferida. Gengiva e palato duro são locais em que, normalmente, não se coapta os bordos cirúrgicos de maneira que se tenha uma cicatrização por segunda intenção8. 5. Sutura: pode ser feita com fio de seda ou nylon com pontos individualizados. 6. Cuidados com o espécime: deve ser fixado em solução de formalina 10% tamponada. O volume de líquido deve ser 20 vezes o tamanho da peça, que deve ficar totalmente imersa. A boca do frasco deve ser duas vezes o maior diâmetro da peça, pois após contato com formol a peça se torna borrachóide, tornando difícil a retirada em um frasco de boca estreita. Frasco deve ser identificado para ser enviado ao laboratório juntamente com a ficha de solicitação de exame anatomopatológico. ↳ Avaliação pós-operatoria ▪ Dependem da extensão e local da ferida. ▪ Fazer bolsa de gelo externamente, para controlar dor e edema, evitar manipulação da área são recomendações úteis. Analgésicos geralmente são prescritos pro 2 dias e antibióticos, em casos específicos. ▪ A alimentação deve ser fria, pastosa e líquida. ▪ O paciente deve ser orientado a evitar esforço físico e exposição solar, pois estas atividades podem favorecer hemorragias. ▪ Após 7 a 14 dias da realização do procedimento de biópsia, devemos proceder a remoção de suturas, sendo esperada a observação de sinais de reparação tecidual. Além disso, devemos providenciar a entrega do laudo histopatológico (diagnóstico final), o qual deve ser explicado para o paciente, além de orientá-lo com relação aos passos subsequentes. Dentre os tópicos abordados, sugerimos: • Qual é o resultado do exame e o seu significado? • Trata-se de um problema grave? • Será necessário algum procedimento ou tratamento adicional? • O paciente deverá retornar para consultas de revisão/acompanhamento? • É fundamental que o profissional se mantenha calmo, não demonstrando espanto ou desalento, independentemente do resultado observado no exame histopatológico. ↳ Cuidados com a peça cirúrgica 1. Escolha um frasco com gargalo (“boca”) largo. Lembre-se que após ser fixado o material fica mais rígido, e se o frasco tiver o gargalo pequeno será difícil de removê-lo, podendo deformar a peça. O frasco deve conter líquido fixador e ter uma etiqueta de identificação. Providencie todo esse material antes de iniciar a biópsia. O ideal é que o material seja colocado no frasco com fixador logo após a sua retirada. 2. O fixador universal é o formol (solução de formalina tamponada 10%). O ideal é que o volume do fixador no interior do frasco represente pelo menos 20 vezes o volume do material. Não deve ser utilizado álcool, água, gasolina ou outro tipo de líquido. Os profissionais podem solicitar aos laboratórios de anatomia patológica a solução de formol. 3. É de extrema importância a identificação do material imediatamente após a sua retirada, ainda no centro cirúrgico ou no ambulatório. A etiqueta em torno do frasco deve conter o nome do paciente, nome do profissional e a data do procedimento. 4. O profissional deve preencher a ficha de solicitação do exame histopatológico ou anatomopatológico, a qual será detalhada em seguida. 5. Enviar o material devidamente preenchido e assinado para o laboratório de Anatomia patológica/Patologia.
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