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Avaliação de Pesquisa 02 - CDC

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(
O CDC e Sua Aplicação Nos Negócios Imobiliários
Aluno(a):
 LARISSA GUERSON BATISTA
Data: 
17
/
05
 /
2021
Avaliação de Pesquisa 02
NOTA:
INSTRUÇÕES
:
Esta 
Avaliação de pesquisa 
contém 
15
 questões, totalizando 10 (dez) pontos.
Você deve preencher dos dados no Cabeçalho para sua identificação
Nome / Data de entrega
Utilize o espaço abaixo destinado para realizar a atividade.
Ao terminar 
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)
1) Qual teria sido a razão que levou o legislador do CDC a estabelecer que a oferta é irrevogável?
Ser irrevogável significa, no sistema do CDC, que o ato criado não desaparecerá do mundo jurídico por vontade unilateral do fornecedor: uma vez criado e válido, terá efeitos, pelo menos o da vinculação. Assim como aquele que prometeu e não cumpriu, aquele que ofertou ao público. 
2) A oferta pode ser formulada em outro idioma que não a língua portuguesa? Explique.
Na opinião de Antônio Mascarenhas de Souza, o artigo 31 do CDC é claro: oferta e apresentação de produto sou serviços devem exteriorizar-se por meio de informações em português. "Qualquer fornecedor que se utilize dos termos 'sale' ou 'off' objetiva propor ao consumidor a aquisição de seus produtos ou serviços, tornando-os mais atrativos, relacionando tal informação diretamente à diminuição do preço, ao seu barateamento".
3) Como se identifica um contrato por adesão?
Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.
4) Quais as características que se repetem constantemente e que permitem identificar um contratopor adesão?
As cláusulas pré-formuladas do contrato de adesão são destinadas ao público em abstrato, por esse motivo, possuem algumas características além daquelas já estudadas, como uniformidade, generalidade e rigidez. O desígnio do estipulante do contrato é obter a aderência da maior quantidade de pessoas na forma mais invariável possível. Assim, com propostas uniformes, o contratante poderá saber quais são as prestações e contra-prestações devidas à massa que eventualmente aderir ao contrato.
5) Como interpretar cláusulas ambíguas inseridas em um mesmo contrato pactuado entre fornecedor e consumidor?
As cláusulas contratuais ambíguas e contraditórias que, em regra, costumam constar nos contratos de adesão. Nesse tipo de contrato, as cláusulas contratuais são unilaterais, ou seja, o consumidor não participa, tampouco emite opinião em sua elaboração, o que facilita a ocorrência de elaboração de cláusulas ambíguas e contraditórias, que são nulas de pleno direito, segundo as disposições contidas no Art. 51 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Isso se deve à proteção constitucional dada ao consumidor, bem como às disposições da lei infraconstitucional. 
6) O que são práticas abusivas?
As chamadas "práticas abusivas" são ações e/ou condutas que, uma vez existentes, caracterizam-se como ilícitas, independentemente de se encontrar ou não algum consumidor lesado ou que se sinta lesado. São ilícitas em si, apenas por existirem de fato no mundo fenomênico.
7) No que consistem as cláusulas abusivas?
A lei 8.078 tratou especificamente de regular as práticas abusivas em três artigos: 39, 40 e 41. Mas apenas no art. 39 as práticas que se pretendem coibir, e que lá são elencadas exemplificativamente, são mesmo abusivas. O art. 40 regula o orçamento e o art. 41 trata de preços tabelados.
8) É possível manter-se os efeitos de um contrato de compra e venda ajustado sem preço?
A compra e venda não é nula mesmo quando não há fixação imediata de preço ou de critérios objetivos, como se depreende da análise do artigo 488 do CC/02, que encontra se em consonância com o princípio da conservação dos contratos. A lei permite que aplique-se o preço habitual utilizado pelo vendedor em suas vendas.
9) Seria lícita uma cláusula em um compromisso de compra e venda prevendo a perda total dasprestações pagas no caso de inadimplemento do devedor?
O artigo 53 do Código de Defesa do Consumidor, de forma bastante categórica, prevê que são nulas de pleno direito as cláusulas que estabeleçam a perda total dos valores pagos nos contratos compra e venda de imóveis.
10) A compra e venda e o compromisso de compra e venda exigem vênia conjugal? Justifique.
O Compromisso de compra e venda nada mais é que um contrato preliminar (ou compromisso de contrato), atualmente tratado nos artigos 462 a 466 do Código Civil. Apesar de ser um contrato dispensável, ou seja, não obrigatório, é comum de ser encontrado em operações de compra e venda de imóveis com o objetivo de propiciar maior segurança às partes no tocante ao preço ajustado e à forma de pagamento. 
11) Quando o CDC poderá ser aplicado aos contratos de locação de imóveis?
Em principio, no que diz respeito à locação predial urbana, não haverá incidência do CDC, e isso se dá porque o locador, em regra, não pode ser qualificado como fornecedor, por não desenvolver sua atividade com habitualidade. Sobre o assunto, tem se manifestado o STJ como se afere da decisão que reconheceu que "é pacíf ica e remansosa a jurisprudência, nessa Corte, no sentido de que o CDC não é aplicável aos contratos locatícios, que são regulados por legislação própria", desse modo, "restam ausentes às relações locatícias as características delineadoras da relação de consumo apontadas na Le i 8.078/90" (REsp 689266/SC). Cumpre informar, nesse contexto, que as locações prediais urbanas são regidas pela Lei 8.245/91, entretanto, na hipótese do contrato de locação de imóvel residencial ser intermediado por empresa do ramo imobiliário, aparentemente haverá a atração do CDC, norma que deverá dialogar com a lei que rege as locações a fim de que os problemas surgidos no âmbito dessas rel ações ju rídi cas enc ontrem s oluç ões qu e respeitem o sistema. E ssa ideia é ratificada por Cláudia Lima Marques (2003, p. 90) ao destacar que, se a locação for intermediada por empresa especializada, mormente nas locações urbanas não comerciais, considerando a vasta gama de cláusulas abusivas que recheiam esses contratos, aparentemente, não há óbices para a aplicação do CDC.
12) O dono da obra tem direito de buscar a revisão judicial do contrato de empreitada a seu favor emque condições?
Se houver diminuição no preço do material ou da mão de obra em percentual superior a dez por cento do preço total ajustado entre as partes, o contrato poderá ser revisto a pedido do dono da obra, visando à restituição ou à liberação de pagamento da diferença apurada, regra que não prevalece em relação ao empreiteiro, que somente terá direito à revisão do contrato para mais, em hipóteses excepcionais.
13) O corretor, para fazer jus à remuneração, precisa estar habilitado?
Sim. Está autorizado a desempenhar a função de corretor, nos moldes do artigo 2.º da Lei 6.530/78, aquele que seja "possuidor de título de técnico em transações imobiliárias", salientando-se, entretanto, que os tribunais brasileiros não exigem tal habilitação, como se afere do posicionamento do STJ, ao decidir que "a despeito de não inscrito no Conselho Regional de Corretores de Imóveis', o intermediador faz jus ao recebimento da comissão de corretagem", e ainda que, em a ção de cobrança de comissã o de corretagem a ausência de inscrição no órgão de classe é irrelevante.
14) Em regra, quando o corretor cumpre sua obrigação e passa a ter direito a receber a remuneraçãoajustada?
Uma das grandes polêmicas que envolvem esse contrato encontra-se atada à questão da ulterior desistência de uma oude ambas as partes quanto à conclusão do contrato para o qual o corretor foi in cumbido de enco ntrar um interessad o, ou mesmo, quando quem houver contratado o cor retor revogue a oferta após a aceitação do terceiro, situação que encontra solução no artigo 725 do CC: "a remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha conseg uido o res ultado previsto no contrato de m ediação, ai nda que este nã o se efetive em virtude de arrependimento das partes". Sobre o assunto, ensina José Maria Trepat Cases (2003, p. 116) que a comissão é devida com a aproximação das partes, sendo inadmissível que no caso da venda de um imóvel, por exemplo, o pagamento da remuneração ao corretor seja condicionado à assinatura da escritura definitiva, uma vez que as partes já acordaram quanto aos pontos relevantes da alienação. Ademais, "ainda que haja posterior arrependimento entre as partes ou não seja o acordo entre elas levado a efeito, terá o corretor direito ao recebimento integral da remuneração" (CASES, 2003, p. 116). Na mesma esteira, ao discorrer sobre o contrato de corretagem, Flávio Tartuce (2003, p. 464) destaca que "o que se remunera é a utilidade da atuação do corretor ao aproximar as partes e o respeito aos deveres que lhe são inerentes". Dessa forma, considerando-se que nos moldes do artigo 434 do CC, em regra, o contrato aperfeiçoa-se no momento da aceitação, desde que haja a manifestação de aquiescência da parte que teve ciência da proposta por meio do corretor. A missão deste e stará cum prida e, consequenteme nte, deverá ser remunerado.
15) Qual a importância dos Enunciados aprovados nas Jornadas de Direito Civil organizadaspelo CJF?
Os Enunciados do Conselho da Justiça Federal não podem ser confundidos nem com a lei, que em regra emana de atos do Poder Legislativo, nem com a jurisprudência, fruto de decisões reiteradas dos tribunais, mas que n em por isso perdem sua importância, diante dos caminhos que pretendem dar para os problemas que se apresentam quando da leitura do CC (Lei 10.406/02) e de suas conexões com outros diplomas normativos, como é o caso do CDC (Lei 8.078/90) e da Lei de Locações (Lei 8.245/91).
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Avaliação 
de Pesquisa 02
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O CDC e Sua Aplicação Nos Negócios Imobiliários
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