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Método Construtivo de Piso em Concreto Armado_2020_222_PDF

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UNIVERSIDADE PITÁGORAS - UNOPAR 
 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nelsivan Pereira de Souza 
 
 
 
 
 
PARAUAPEBAS-PA 
2020 
MÉTODO CONSTRUTIVO DE PISO EM CONCRETO ARMADO 
Estuo em uma oficina de equipamento de grande porte 
PARAUAPEBAS - PA 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na 
Universidade Pitágoras Unopar, como requisito para a 
obtenção do título de Bacharel em Engenharia de 
Produção 
 
Orientador: Prof. Victor Furini Neves 
NELSIVAN PEREIRA DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODO CONSTRUTIVO DE PISO EM CONCRETO ARMADO: 
Estuo em uma oficina de equipamento de grande porte 
SOUZA, Nelsivan Pereira. Método construtivo de piso em concreto armado: 
estuo em uma oficina de equipamento de grande porte 2020. 31 páginas. Trabalho 
de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção) – (Universidade 
Pitágoras Unopar), Parauapebas, 2020. 
 
 
RESUMO 
 
 Os pisos de concreto, possibilitam diversos tipos de uso e oferecem uma ótima 
solução para trabalhos onde se requer um pavimento de alto grau de resistência, ou 
apenas para usos comuns. Existem vários processos construtivos e materiais 
utilizados para se construir um piso de concreto. O trabalho a seguir, é um estudo 
feito de uma explanação de um processo construtivo tradicional para pisos de 
concreto armado com telas duplas, e um piso de concreto armado cimento usinado 
de 40Mpa, onde são apresentadas as etapas de execução desde a preparação do 
solo até a cura do concreto. da camada superior. A importância dessa compreensão, 
têm trazido muitos benefícios em diversos empreendimentos, e grandes empresas 
do setor industrial já adotaram esta nova tecnologia, trazendo excelentes resultados 
e satisfação para os clientes que optam ou optaram por construir com uma 
tecnologia mais inovadora. 
 
 
Palavras-chave: Piso de concreto. Tela dupla. Cimento. Cura. Planejamento. 
 
 
SOUZA, Nelsivan Pereira. Reinforced concrete floor construction method: stucco 
in a large equipment workshop. 2020. 31 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso 
(Graduação em Engenharia de Produção) – (Universidade Pitagoras Unopar), 
Parauapebas, 2020. 
 
ABSTRACT 
 
Concrete floors allow different types of use and offer a great solution for jobs where a 
high-resistance floor is required, or just for common uses. There are several 
construction processes and materials used to build a concrete floor. The following 
work is a study made of an explanation of a traditional construction process for 
reinforced concrete floors with double screens, and a 40Mpa reinforced concrete 
reinforced concrete floor, where the execution stages are presented, from soil 
preparation to curing concrete. the top layer. The importance of this understanding 
has brought many benefits in several projects, and large companies in the industrial 
sector have already adopted this new technology, bringing excellent results and 
satisfaction to customers who choose or have chosen to build with a more innovative 
technology. 
 
Keywords: concrete floor1. Double screen 2. cement 3. Curing 4. Planning 5. 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: (a) cimento; (b) Agregado miúdo; (c) agregado graúdo; (d) pasta de 
cimento e água; (e) argamassa; (f) concreto simples. ............................................... 10 
Figura 2: Regularização do solo, sub-leito base ........................................................ 19 
Figura 3: Lona de impermeabilização ....................................................................... 20 
Figura 4: Topografia .................................................................................................. 21 
Figura 5: Escavação manual ..................................................................................... 23 
Figura 6: Escavação com maquinário ....................................................................... 23 
Figura 7 - Concreto magro (a) ................................................................................... 26 
Figura 8: Concreto magro (b) .................................................................................... 26 
Figura 9: Confecção de formas (a) ............................................................................ 27 
Figura 10: Confecção de formas (b) .......................................................................... 28 
Figura 11: Execução da armação .............................................................................. 31 
Figura 12: Montagem da armação ............................................................................ 33 
Figura 13: Conferencia da armação .......................................................................... 34 
Figura 14: Fluxograma esquemático das etapas da concretagem ............................ 34 
Figura 15: Concretagem ............................................................................................ 36 
Figura 16: Uso da bomba para concretagem ............................................................ 37 
Figura 17: Adensamento ........................................................................................... 38 
Figura 18: Nivelamento ............................................................................................. 39 
Figura 19: Cura do Concreto .................................................................................... 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 9 
2.1 A HISTÓRIA DO CONCRETO ARMADO .............................................................. 9 
2.2 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O CONCRETO ARMADO ................................ 10 
2.2.1 Cimento ............................................................................................................ 11 
2.2.2 Agregados ........................................................................................................ 12 
2.3 CONCEITO DE CONCRETO ARMADO ............................................................. 13 
2.4 PISOS INDUSTRIAIS EM CONCRETO ARMADO ............................................. 14 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................................................... 16 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 17 
4.1 TOPOGRAFIA ..................................................................................................... 20 
4.2 ESCAVAÇÃO ...................................................................................................... 21 
4.3 TERRAPLANAGEM ............................................................................................ 24 
4.4 LANÇAMENTO DO CONCRETO MAGRO ......................................................... 25 
4.5 CONFECÇÃO DE FORMAS ............................................................................... 27 
4.6 FERRAGEM ........................................................................................................ 30 
4.7 DESFORMAS ...................................................................................................... 39 
4.8 CURA DO CONCRETO ...................................................................................... 40 
5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 42 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 43 
 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Diante do cenário econômico que tem se delineado no Brasil e em todo o 
globo, o setor de construção civil tem estado diante de uma concorrência ainda mais 
acirrada e isso tem levado às empresas a considerarnovos meios para as 
construção, mas, sem que seja dispensada a qualidade de modo que não se perca a 
competividade no mercado. 
 Uma forma de garantir lucro é a busca pela racionalização dos insumos e dos 
serviços, uma vez que, para isso, é preciso levar com conta vários parâmetros, e 
dentre eles está a busca por melhores métodos construtivos para serem usados de 
modo que se obtenham os mínimos custos e prazos para a execução do 
empreendimento. 
 Nesse sentido, de acordo com Almeida (1990) comprovadamente, qualquer 
empreendimento, possuem etapas decisivas no que diz respeito à otimização de 
custos, e estas referem-se à concepção e ao planejamento, tendo as mesmas, um 
peso decisivo para o desenvolvimento das fases que se seguirão durante a 
construção, impactando consequentemente no resultado final da obra. 
 Nesse sentido, destaca-se o concreto armado, que surgiu no início do século 
XX, e o mesmo, possibilitou a execução de estruturas mais complexas e ousadas, 
levando a alvenaria estrutural a ser considerada como ineficiente e antiquada. Isso 
porque, há alguns anos atrás, a execução de pisos industriais era realizada da 
seguinte maneira: formava-se quadros de 20 a 30 metros quadrados, e concertava-
os em formato de xadrez, com isso, a qualidade final dos pisos produzidos não 
atendiam algumas exigências, principalmente as que os fabricantes de 
equipamentos rodantes exigiam para operar suas máquinas, em locais como: Pátio 
de oficinas mecânicas, Centros de distribuição, Supermercados, Depósitos e 
Armazéns. 
 Observou-se que este setor da construção logo necessitaria de uma 
evolução, e tão logo um processo construtivo que pudesse atender as demandas de 
qualidade a qual o mercado exigia. Em consequência disto, começaram a surgir 
empresas que se especializaram na construção de pavimentos rígidos de concreto 
armazéns indústrias e outros ambientes onde o pavimento era muito exigido 
mecanicamente. 
8 
 
 Os pisos industriais de concreto são elementos estruturais que têm a 
finalidade de resistir e distribuir ao subleito esforços verticais provenientes dos 
carregamentos. É sobre eles que as atividades de movimentação de cargas e de 
equipamentos pesados se realizam. As empresas especializadas passaram a adotar 
novos processos executivos e construtivos com equipamentos modernos que 
pudessem garantir um produto final de alta qualidade 
 Economizar na hora de construir, tem se tornado um desafio, visando isto, a 
proposta deste estudo, tem por finalidade apresentar o custo benefício ao se 
executar um piso de concreto com as características 13,55m x 11,85m por dama, 
com nível de piso com 30cm de altura.na área da construção civil .Podendo assim 
entregar um produto de alta qualidade, minimizando o desconforto gerado na 
construção de uma obra para todos os envolvidos. 
 Nesse sentido, por meio de um estudo de caso de natureza descritivo-
exploratória, o presente trabalho tem por objetivo geral descrever a execução e os 
métodos construtivos de pisos de concreto armado com utilização cimento usinado 
para áreas de operação em galpões e pátios industriais. 
 Para que esses objetivos sejam atingidos, delineou-se os seguintes objetivos 
específicos: mostrar método de execução construtiva de um piso industrial 
explicando cada etapa de trabalho do projeto; apresentar o método executivo para 
pisos de concreto Armado (Cimento Usinado de 40Mpa) como uma sequência 
construtiva lógica, levando em consideração as interferências; apresentar as fases 
de preparação solo, como a armação, os espaçadores, as barras de transferências 
as telas soldadas ou amarradas com arame recosido e o tipo de acabamento final do 
piso. 
 A relevância desse trabalho, encontra-se a partir do ponto em que, a 
execução de pisos industriais no país, passou a ganhar mais relevância a partir da 
década de 90 em razão da estabilidade econômica que se instalou no país em 
detrimento do maior intercambio intelectual que passou a ocorrer com outros 
países. 
 Desse modo, uma revolução tecnológica importante passou a ocorrer a partir 
desse período, principalmente em razão das exigências do mercado, passando a 
atender uma demanda cada vez mais crescente de consumidores, em vistas 
principalmente dos desgastes dos pisos pela maior solicitação do piso originada por 
ação de agentes químicos e mecânicos. 
9 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 De acordo com Pinheiro, Muzardo e Santos (2004) o concreto armado é o 
material estrutural mais usado em todo o mundo, e o seu consumo anual é de 
aproximadamente uma tonelada por habitante, e ainda conforme os autores, dentre 
os materiais mais usados no mundo, o concreto perde somente para a água em 
quantidade. 
 Nesse sentido, os pisos industriais de concreto, destacam-se por ser 
elementos estruturais com a finalidade de resistir e distribuir ao subleito esforços 
verticais provenientes dos carregamentos. É sobre eles que as atividades de 
movimentação de cargas e de equipamentos se realizam. Por isso, a correta 
execução é fundamental para garantir seu desempenho. 
 
2.1 A HISTÓRIA DO CONCRETO ARMADO 
 
 Os romanos antigos já conheciam a cal hidráulica e o cimento pozolânico, e 
estes eram materiais usados como aglomerantes. Mas, o cimento Portland como tal 
qual é conhecido hoje, foi descoberto em meados dos anos de 1824 na Inglaterra, e 
a sua produção em larga escala para fins comerciais foi iniciada mais de duas 
décadas depois, em 1850. 
 Mas, a primeira associação de um metal à argamassa, remota também aos 
romanos, no ano de 1770, da França, o ferro foi associado à pedras para a formação 
de vigas semelhantes às vigas modernas com barras longitudinais na tração e 
barras transversais ao cortante. 
 O cimento armado, remota dos anos de 1849 na França, em que, o primeiro 
objeto construído com esse tipo de material, acredita-se que tenha sido um barco 
fabricado pelo francês Lambot, este, foi apresentado oficialmente no ano de 1855. O 
barco de Lambot, foi construído com telas compostas por finos fios de ferro que 
foram preenchidas com argamassa. Mas, embora esse barco funcionasse, ele não 
alcançou sucesso comercial. 
 Mas, a partir do ano de 1861, o também francês Mounier, fabricou uma 
quantidade enorme de vasos de flores em argamassa de cimento com armaduras de 
arames de ferro, para fins paisagísticos, ele também construiu a partir do mesmo 
método, uma ponte com um vão de cerca de 16,5 m. 
10 
 
 A partir disso, iniciou-se então o que se conhece atualmente como concreto 
armado, que até meados da década de 20, era chamado de cimento armado. De 
acordo com Vasconcelos (1985) a partir de então, foi percebida a necessidade de 
dispor de outros tipos de armaduras, para usos variados na construção. 
 Ainda de acordo com o mesmo autor, quem estabeleceu uma teoria mais 
completa sobre esse novo material, foram os alemães, uma vez que, o 
desenvolvimento do concreto armado de fato, foi iniciado por Gustavo Adolpho 
Wayss, que abriu uma empresa destinada ao uso desse material após comprar a 
patente do francês Mounier em 1875 (VASCONCELOS, 1985). 
 
2.2 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O CONCRETO ARMADO 
 
Os primeiros materiais empregados na construção civil foram a pedra natural 
e a madeira, sendo que o aço e o ferro, só passaram a ser empregados muitos 
séculos depois, o concreto armado por sua vez, como já explicitado, surgiu apenas 
a partir do século XIX, por volta dos anos de 1850. 
 Para que um material seja considerado bom, ele deve apresentar duas 
características básicas, resistência e durabilidade. A pedra natural possui 
resistência, à compressão e durabilidade elevadas, entretanto, possui baixa 
durabilidade. 
 O aço por sua vez, possui durabilidade mais elevada, entretanto, requer 
proteção contra corrosões, e o concreto armado, pode ter surgido a partir dessa 
necessidade de aliar a qualidade da pedra natural com o aço, destacam-se ainda noconcreto as possibilidades de assumir qualquer forma, com rapidez e facilidade, 
proporcionando a proteção ao aço contra corrosões. 
 O concreto, é um material composto que se constitui de cimento, água, 
agregado miúdo, agregado graúdo e ar, este pode ainda conter adições e aditivos 
químicos com a finalidade de melhorar ou de modificar suas propriedades básicas. A 
argamassa é a pasta em que se mistura cimento, areia e água e o concreto, é a 
argamassa adicionada com agregado de pedra ou brita, chamado de concreto 
simples, ou seja, concreto sem armaduras. Abaixo, é possível verificar os materiais 
que compõe o concreto simples de acordo com o que preconiza a NBR 6118/03: 
Figura 1: (a) cimento; (b) Agregado miúdo; (c) agregado 
graúdo; (d) pasta de cimento e água; (e) argamassa; (f) 
11 
 
concreto simples. 
 
Fonte: Adaptado de NBR 6118:2003. 
 
Na sequência apresentada pela Figura 1 acima, tem-se os principais 
componentes do concreto simples. 
 
2.2.1 Cimento 
 
Como já mencionado, o cimento como conhecido hoje, foi descoberto em 
1850, se trata de um pó fino com propriedades aglomerantes, aglutinantes e também 
ligantes, que é endurecido a partir da ação da água (ABCP, 2002). O cimento é o 
principal elemento do concreto e é responsável pela transformação da mistura de 
materiais que compõem o concreto no produto final. 
O cimento é composto pelo clínquer e de adições, o clínquer é o principal 
componente, presente em todos os tipos de cimento, e sua matéria-prima básica é 
formada por calcário e argila. A propriedade básica do clínquer é que ele é um 
ligante hidráulico, que endurece em contato com a água. Os tipos de cimento que 
existem no Brasil, são diferentes a partir da sua composição, os diferentes tipos de 
cimentos existentes, estão listados a seguir: 
12 
 
 
 Tabela 1: Tipos de cimento comercializados no Brasil 
 
 Fonte: (ABCP, 2002). 
 
Desses demonstrados acima, os que são mais comumente usados na 
construção são: o CPII E-32, o CPII F32 e o CPIII-40. O cimento CPV-ARI é também 
muito utilizado em fábricas de estruturas pré-moldadas. 
 
2.2.2 Agregados 
 
De acordo com Bauer (1979) os agregados, são materiais granulosos e 
inertes que entram na composição das argamassas e dos concretos. Esses 
materiais, são muito importantes para a composição do concreto, correspondendo a 
cerca de 70%. 
Os agregados são classificados de acordo com a sua origem, e estes podem 
ser naturais ou artificiais, em que, os naturais, são encontrados na natureza e os 
artificiais são aqueles que passam por algum processo para a obtenção das suas 
13 
 
caraterísticas finais, como por exemplo as britas que são originárias de trituração de 
rochas. 
Os agregados miúdos possuem diâmetros iguais ou inferiores a 4,8mm, já os 
agregados graúdos, possuem um diâmetro máximo superior a 4,8mm e possuem as 
seguintes classificações: 
• Brita 0: 4,8 a 9,5 mm; 
• Brita 1: 9,5 a 19 mm; 
• Brita 2: 19 a 38 mm; 
• Brita 3 – 38 a 76 mm; 
• Pedra-de-mão: > 76 mm. 
De acordo com Metha e Monteiro (1994), as britas são, os agregados graúdos 
mais usados no Brasil, com uso superior a 50 % do consumo total de agregado 
graúdo nos concretos. 
 
2.3 CONCEITO DE CONCRETO ARMADO 
 
Dada a necessidade de aliar resistência e durabilidade para o setor de 
construção civil, nasceu o concreto armado, foi muito surgiu o material que 
composto por concreto e aço, em que as barras da armadura absorvem as tensões 
de tração, objetivando que este seja capaz de resistir às tensões de tração atuantes. 
Entretanto, é importante ainda falar sobre a aderência, que é uma das 
características principais do concreto armado, uma vez que não basta apenas juntar 
os dois materiais, para que se tenha o concreto armado, é essencial que haja real 
solidariedade entre ambos o concreto e o aço, e que o trabalho seja realizado de 
forma conjunta. 
Em resumo, pode-se definir o concreto armado como “a união do concreto 
simples e de um material resistente à tração (envolvido pelo concreto) de tal modo 
que ambos resistam solidariamente aos esforços solicitantes”. De forma 
esquemática pode-se indicar que concreto armado é: 
 
Concreto armado = concreto simples + armadura + aderência 
 
 Nesse sentido, a NBR 6118:2003, os elementos de concreto armado são: 
14 
 
“aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e 
armadura e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da 
materialização dessa aderência”. Armadura passiva é “qualquer armadura que não 
seja usada para produzir forças de protensão, isto é, que não seja previamente 
alongada”. 
A armadura não tem que ser necessariamente de aço, pode ser de outro tipo 
de material, como fibra de carbono, bambu, etc. O trabalho conjunto, solidário entre 
o concreto e a armadura fica bem caracterizado na análise de uma viga de concreto 
simples (sem armadura), que rompe bruscamente tão logo surge a primeira fissura, 
após a tensão de tração atuante alcançar e superar a resistência do concreto à 
tração. Entretanto, colocando-se uma armadura convenientemente posicionada na 
região das tensões de tração, eleva-se significativamente a capacidade resistente da 
viga. 
 
 
2.4 PISOS INDUSTRIAIS EM CONCRETO ARMADO 
 
De acordo com Vasconcelos (1979, p. 35): 
 
A durabilidade de um piso ou pavimento de concreto diminui quando 
aumenta o número de juntas, seja pelas condições extremas de impacto 
devido ao trânsito de equipamentos e veículos, seja pela infiltração de água 
pelas juntas, que percolando pelo terreno, provocando saída das partículas 
finas, tornando a base mais recalcável e, portanto, favorecendo o aumento 
das solicitações da placa sob a ação dos carregamentos a que esta está 
submetida. Os defeitos que aparecem nos pisos e pavimentos de concreto 
quase sempre aparecem nas juntas ou em fissuras de retração”. 
 
De acordo com Bina e Teixeira (2002) é possível ainda afirmar que, a grande 
maioria das patologias dos pisos e dos pavimentos estão ligadas com as juntas, uma 
vez que estas, são as principais responsáveis pelas interdições e redução da vida 
útil do piso, então, surgiu daí a necessidade pela busca de uma solução capaz de 
atender a esse requisito, neste caso a solução está diretamente relacionada a um 
melhor método construtivo que permite a redução do número de juntas. 
Schmid (1997) confirma que, as juntas de dilatação, maior fonte de quebras 
na placa convencional, podem ser distanciadas de até 150 m umas das outras, 
sendo, porém de execução mais sofisticada”. 
15 
 
 Assim, a execução de estruturas em concreto armado ganhou espaço 
significativo na produção de edifícios desde seu surgimento. Atualmente é o sistema 
estrutural mais utilizado no país para edifícios de múltiplos pavimentos (BARROS e 
MELHADO, 2006). 
Fajersztajn (1987), relata que a grande utilização do concreto armado nas 
construções brasileiras deve-se a excelente compatibilidade entre o concreto e o 
aço, possibilitando a obtenção de estruturas monolíticas e hiperestáticas. 
O autor cita também outras vantagens como a adaptação a qualquer tipo de 
forma, facilidade economia frente às outras opções disponíveis no mercado. Os 
pisos industriais de alta resistência são amplamente empregados nos mais diversos 
tipos de construções que precisam de um sistema eficiente contra a retração e 
fissuras no concreto. 
Indústrias, postos de gasolina, galpões de oficinas de equipamentos de 
grande porte, estacionamentos, armazéns, quadras poliesportivas, são alguns dos 
locais em que a maioria dos projetistas optam pela execução de piso de 
concreto armado. 
Por apresentar uma estrutura reforçada, esse sistema é adequado para a 
transferência de cargas e ligação das placas de concreto. Na execução de piso de 
concreto armado, são utilizadas telas metálicas soldadas para reforçar a estrutura, e 
as juntas construtivas ou serradasfazem a ligação entre as placas, garantindo a 
transferência de cargas e minimizando os danos provocados pela retração do 
concreto. 
 
 
https://ctguedes.com.br/home/obras/execucao-piso-concreto-armado/piso-concreto.html
https://ctguedes.com.br/home/obras/execucao-piso-concreto-armado/piso-concreto.html
16 
 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA 
 
A metodologia é uma parte essencial para a elaboração de qualquer trabalho 
acadêmico ou científico. Como Kauark, Manhães e Medeiros (2010, p. 54 e 55) 
afirmam: a metodologia, “é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de 
toda ação desenvolvida no método (caminho) de pesquisa. 
Para Gerhardt e Silveira (2009, p. 11), “metodologia é o estudo do método, ou 
seja, é o corpo de regras e procedimentos estabelecidos para realizar uma 
pesquisa”. Nesse contexto, podemos observar que a metodologia nada mais é que a 
definição do caminho a ser ou percorrido durante todo processo de elaboração da 
pesquisa. 
O estudo foi classificado como exploratório e descritivo. De acordo com Gil 
(2008) as pesquisas exploratórias buscam aprimorar ideias e descobrir intuições. O 
estudo exploratório visa proporcionar uma maior familiaridade com a problemática 
levantada com o estudo, visando torna-lo mais explícito de maneira que seja 
possível a construção de hipóteses (GIL, 2008). Ainda de acordo com Gil (2008) os 
estudos exploratórios são capazes de aprimorar ideias ou descobre as intuições. 
Em relação à pesquisa descritiva, Silva e Menezes (2000) a caracterizam 
como a descrição de determinada população ou fenômeno para o estabelecimento 
das variáveis relacionadas 
No caso da pesquisa aqui aplicada se trata de uma pesquisa de campo, em 
que os dados obtidos para a pesquisa, foram a partir do levantamento primário e 
secundário. Os dados primários são constituídos por documentos de origem do 
próprio autor para a pesquisa (MEDEIROS, 2000). 
 
17 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 Neste trabalho, será apresentado o processo construtivo usado na execução 
de piso de concreto armado para pátio de oficinas de equipamentos de grande porte 
no processo construtivo do piso de concreto armado geralmente são empregados os 
seguintes materiais: britas, distribuídas sobre o solo compactado; manta de 
polietileno, popularmente conhecida por lona plástica (preta), colocada sobre a 
camada de brita; espaçadores plásticos; pastilhas (feitas de concreto); telas 
metálicas soldadas, posicionadas sobre a lona plástica; barras de transferência e de 
ligação; concreto usinado na dosagem ideal para se obter a resistência definida em 
projeto; agentes de cura ou proteção para cura do concreto. 
Para a execução de um piso de concreto armado com especificação 13,55m x 
11,85m por dama, com nível de piso com 30cm de altura por exemplo, as principais 
etapas contidas no projeto para execução de piso de concreto armado com essas 
características podem variar conforme as características do solo e projeto, a 
utilização a qual o pavimento será destinado, a exposição às intempéries climáticas, 
ou ainda a agressão provocada por produtos químicos. 
Por esta razão, deve-se fazer um estudo prévio das condições geotécnicas do 
terreno, bem como analisar o impacto dos carregamentos, seja estático ou dinâmico, 
para definir qual a resistência adequada a ser utilizada na execução de piso de 
concreto armado. 
É fundamental para a boa execução de piso de concreto armado, que cada 
etapa do projeto seja cuidadosamente planejada, especialmente no que se refere ao 
tempo de transporte e lançamento do concreto, bem como à previsão do tempo em 
obras realizadas em ambientes externos. 
Pisos armados são estruturas constituídas por placas de concreto, armadura 
em telas soldadas posicionada a 1/3 da face superior, por juntas com barras de 
transferência, por uma sub-base normalmente de brita tratada com cimento e um 
solo de apoio. 
A execução de estruturas em concreto armado ganhou espaço significativo na 
produção de edifícios desde seu surgimento. Atualmente é o sistema estrutural mais 
utilizado no país para edifícios de múltiplos pavimentos (BARROS e MELHADO, 
2006). 
18 
 
FAJERSZTAJN (1987), relata que a grande utilização do concreto armado 
nas construções brasileiras deve-se a excelente compatibilidade entre o concreto e o 
aço, possibilitando a obtenção de estruturas monolíticas e hiperestáticas. O autor 
cita também outras vantagens como a adaptação a qualquer tipo de forma, facilidade 
de execução, resistência a efeitos térmicos, atmosféricos e a desgastes mecânicos, 
além de sua economia frente às outras opções disponíveis no mercado. 
Para Barros e Melhado (2006) os edifícios produzidos em concreto armado 
muitas vezes recebem o nome de convencionais ou tradicionais, isto é, aqueles 
produzidos com uma estrutura de posto foram encontrados muitos trabalhos e 
publicações apresentando várias discussões sobre o assunto. 
FREIRE (2001), caracteriza as tecnologias e formas de gestão adotadas na 
produção de estruturas em concreto armado na Grande São Paulo. O autor discute 
criticamente desde a concepção do projeto estrutural até as atividades envolvidas no 
processo de produção. 
FACHINI (2005), também apresenta isoladamente todos os serviços 
referentes à execução da estrutura em concreto armado. Além disso, apresenta 
subsídios e diretrizes para a sua programação no nível operacional, bem como as 
operações envolvidas na produção de estruturas no canteiro de obras. 
Embora cada projeto tenha suas próprias especificidades, geralmente o 
projeto construtivo engloba as seguintes etapas: 
• Topografia do local; Locação De pontos e fixação de gabaritos; 
• Escavação Mecanizada (Caso o terreno os desníveis sejam muito 
acentuados e de material rochoso; 
• Terraplenagem e compactação do solo; Preparação do subleito e da sub-
base; 
• Lançamento de Lona e Pastilhas; 
• Deslocamento de forma; 
• Ferragem; 
• Colocação das telas metálicas soldadas (armaduras); 
• Lançamento de caranguejos e amarração; e segunda camada de telas, 
(Superior) 
• Colocação das mestras; 
• Lançamento e amarração de Barra de transferências; 
19 
 
• Lançamento, espalhamento e adensamento do concreto usinado; 
• Nivelamento e acabamento superficial; 
• Desforma; 
• Cura do concreto; 
 É fundamental para a boa execução de piso de concreto armado, que cada 
etapa do projeto seja cuidadosamente planejada, especialmente no que se refere ao 
tempo de transporte e lançamento do concreto, bem como à previsão do tempo em 
obras realizadas em ambientes externos. 
Solo Base/Sub Leito: Absorver as solicitações de carga impostas ao 
pavimento, controlar do coeficiente de recalque “K” de acordo com suas 
propriedades físicas mecânicas e capacidade de suporte. 
 
Figura 2: Regularização do solo, sub-leito base 
 
Fonte: Do Autor, 2020. 
 
 Sub Base: Isolar e Estabilizar as condições do sub Leito através de 
tratamento granulométrico e de capacidade de distribuição de carga dar suporte 
uniforme e constante. Evitar bombeamento. Controlar as variações volumétricas do 
sub Leito, aumentar o suporte da fundação. 
 Lona Plástica/Barreira de Vapor: Impermeabilizar a superfície para evitar 
umidade ascendente nas placas de concreto. Garantir movimentação da placa de 
concreto em relação a sub base. Garantir hidratação do cimento evitando perda da 
água de amassamento para a Sub Base. 
20 
 
Figura 3: Lona de impermeabilização 
 
Fonte: Do Autor, 2020. 
 
 Abaixo, será descrito como ocorreu o processo construtivo do piso de 
concreto armado que é o objeto deste estudo. 
 
 
4.1 TOPOGRAFIA 
 
Etimologicamente, Topografia é uma palavra que vem do grego e significa 
descrição do lugar. Sendo considerada uma ciência que tem por objetivo o estudo 
dos instrumentos e métodos utilizados para obter a representação gráfica de uma 
porção do terreno sobre uma superfície plana, ou seja, o plano topográfico. Elaé a 
base para diversos projetos de Engenharia, onde é essencial o conhecimento das 
formas e dimensões do relevo. 
 
21 
 
Figura 4: Topografia 
 
Fonte: Do Autor, 2020. 
 
Presente em diversas fases de um projeto, a Topografia auxilia nas etapas 
que vão desde as fases que antecedem a execução de uma obra, como nas etapas 
de planejamento e projeto, até na execução e acompanhamento. No que tange as 
obras civis, a Topografia tem papel essencial em diversas etapas. Utilizada 
particularmente para traçar os pontos para confecção dos gabaritos, onde será 
montado o piso industrial. 
 
4.2 ESCAVAÇÃO 
 
A escavação nada mais é do que o processo de criação de furos e valas no 
terreno, de acordo com o projeto desenvolvido. Estas escavações servem para a 
fundação, que será encaixada nestas aberturas na terra. Ou seja, é indispensável o 
estudo do projeto, suas medidas e características, para definir então qual a largura e 
tamanho das valas a serem desenvolvidas. 
Caso contrário, a fundação não irá ter a sustentação necessária, e um grande 
valor monetário deverá ser investido para refazer o terreno e, novamente, realizar a 
escavação. 
22 
 
Nesta fase que se procede ao detalhamento de forma a quantificar os 
serviços necessários ao desenvolvimento do projeto executivo. Projeto executivo 
Nesta fase o projeto define claramente os diversos componentes da obra, incluindo 
memoriais descritivos, cálculos estruturais, desenhos, especificações técnicas e 
executivas, planilhas de orçamento e cronogramas básicos. 
Projeto “como executado” Esta fase compreende o acompanhamento 
sistemático da execução da obra, reexame dos critérios de dimensionamento em 
função de dados obtidos durante a execução e elaboração de um relatório final, 
comentando a execução com as dificuldades encontradas, sendo recomendada a 
complementação com fotografias. 
Ou seja, antes de iniciar as escavações deve-se respeitar algumas 
recomendações conforme NBR 9621 apresentando um projeto de escavação. Para 
identificar possíveis interferências subterrâneas. 
A escavação tem por objetivo remover quantidades de terra de um 
determinado local, modificando o estado natural do terreno, a fim de adequar o nível 
ao projeto de terraplenagem ou de construção. Pode ser feita das seguintes 
maneiras: 
Escavação com remoção de terra: Nesta operação, a terra é escavada e 
carregada em caminhões basculantes que transportaram o material para locais 
denominados Aterros ou Bota-Foras. 
 
23 
 
Figura 5: Escavação manual 
 
Fonte: Do Autor, 2020. 
 
Figura 6: Escavação com maquinário 
 
Fonte: Do Autor, 2020 
 
Escavação sem remoção de terra: A terra é escavada onde a topografia está 
acima das cotas do projeto, e é utilizada no Aterro das áreas onde o nível do terreno 
está abaixo das cotas do projeto de construção. Este processo também é conhecido 
como “corte e compensação”. 
24 
 
Todo trabalho de escavação, assim como outras tarefas na terraplenagem, 
deve ser realizado com muito cuidado. Um estudo prévio das condições das 
edificações vizinhas é algo imprescindível. 
Também deve-se atentar para as diferenças entre o nível (altura do solo) das 
construções vizinhas e do indicado no projeto de terraplenagem ou de construção. 
Em caso de diferenças, caso não seja feito um trabalho de contenção antes 
da escavação, deve-se criar taludes em ângulo de 45°, visando manter o máximo de 
segurança às edificações existentes nas divisas e aos trabalhadores da futura 
construção. 
Para esse tipo de escavação são utilizados retroescavadeiras com auxílio de 
um sinaleiro, dependendo da não necessidade de retirada ou colocação de solo, a 
regularização pode ser feita manualmente com o uso de ferramentas manuais, 
picareta, enxadas e pás. 
O auxílio para o transporte, será realizado com carrinho de mão. A 
preparação do sub-leito e da sub-base; para pisos com essa característica de 
13,55m x 11,85m por dama, com nível de piso com 30cm de altura. Utilizasse 
enxadas, pá, e compactador de solo manual para a compactação do solo. 
 
4.3 TERRAPLANAGEM 
 
 Terraplenagem nada mais é do que um processo que busca tornar a terra ou 
um determinado terreno plano, como o próprio nome já diz, significa “ato ou efeito de 
terraplanar”, encher de terra os vãos de um terreno. Ele é utilizado principalmente 
em terrenos que possuem declives e que podem causar problemas na hora de 
construir uma casa ou um edifício. 
 Também consiste na limpeza do terreno, retirando eventuais detritos que lá 
estejam depositados, vegetação, restos de árvores e possíveis pedras de maior 
porte que possam prejudicar a construção. 
 O trabalho tem início com as investigações das características do terreno, 
onde é feito uma avaliação do comportamento do solo para projetar um serviço 
seguro e eficaz. 
 Após essas análises são definidas quais técnicas devem ser implantadas para 
aperfeiçoar a topografia do terreno, são elas: escavação, aterramento, compactação, 
25 
 
troca de solo, drenagem e prevenção à erosão. A regularização utilizada para pisos 
com essa característica de 13,55M x 11,85M 
 
Tabela 2: Execução de terraplanagem 
 
Fonte: Do Autor, 2020. 
 
4.4 LANÇAMENTO DO CONCRETO MAGRO 
 
O concreto magro é um tipo de concreto sem função estrutural, muito utilizado 
para regularização ou proteção mecânica de superfícies. 
Sua principal característica é ter um baixo teor de cimento no seu traço, alto 
teor de agregados e reduzida quantidade de água. É mais econômico do que o 
concreto convencional e deve ser utilizado quando a necessidade não demandar 
muita resistência e impermeabilidade. 
 
 
https://www.escolaengenharia.com.br/tipos-de-concreto/
https://www.escolaengenharia.com.br/impermeabilizacao-de-lajes/
26 
 
Figura 7 - Concreto magro (a) 
 
 Fonte: Do Autor, 2020. 
 
Figura 8: Concreto magro (b) 
 
Fonte: Do Autor, 2020. 
 
A aplicação desse tipo de concreto varia de acordo com o projeto do piso. 
Quando for a aplicado a lona, não a necessidade de lançar o concreto, E vice e 
versa. este lastro deve ter espessura mínima de 5 centímetros para que evite, 
efetivamente, o contato do solo com o concreto da fundação que será lançado 
27 
 
posteriormente; e então, a fundação é concretada conforme especificações 
do projeto de fundações. 
 
4.5 CONFECÇÃO DE FORMAS 
 
Fôrmas são as estruturas provisórias, geralmente de madeira, destinadas a 
dar forma e suporte aos elementos de concreto até a sua solidificação. Além da 
madeira, que pode ser reutilizada várias vezes. Dependendo do projeto pode ser 
utilizados formas metálicas, plásticas ou papelão. 
No processo de construção do tipo de piso proposto, serão adotados a 
confecção de formas de madeira, (Madeirite) por serem mais acessíveis a dinâmica 
de obra e se adequarem ao projeto. 
 
 Figura 9: Confecção de formas (a) 
 
Fonte: Do Autor, 2020. 
 
https://www.escolaengenharia.com.br/projeto-de-fundacao/
28 
 
Figura 10: Confecção de formas (b) 
 
Fonte: Do Autor, 2020. 
 
Para a execução das fôrmas na obra, alguns cuidados devem ser levados 
em consideração a previamente elaboração das fôrmas, como por exemplo: como o 
recebimento e estocagem das peças brutas de madeira e dos compensados 
(Madeirite); a existência do projeto estrutural das prumadas do piso e do projeto das 
fôrmas, e preferencialmente, a existência de uma central de carpintaria (central de 
formas) com todos os equipamentos, bancadas necessárias. 
A princípio, o material e direcionado para frente serviço, e descarregado com 
o apoio de caminhão munck de forma que viabilizar o transporte manual até a base a 
ser montada. Para FREIRE (2001), o sistema de fôrmas consiste em um conjunto de 
elementos combinados em harmonia, com o objetivo de atender às funções a ele 
atribuídas. 
As principais atribuições do sistema de fôrmas segundo BARROS e 
MELHADO (2006) são: 
1) Dar forma ao concreto;2) Fazer a contenção do concreto fresco e sustentá-lo até que atinja 
resistência suficiente para se auto-sustentar; 
3) Proporcionar à superfície do concreto a rugosidade requerida; 
4) Servir de suporte para o posicionamento da armação; 
29 
 
5) Servir de suporte para o posicionamento de elementos das instalações e 
outros itens embutidos; 
6) Servir de estrutura provisória para as atividades de armação e 
concretagem. 
Devendo resistir às cargas provenientes do seu peso próprio, além das 
cargas de serviço como pessoas trabalhando e equipamentos; 
As fôrmas de madeira são projetadas e fabricadas adequando-se à 
geometria da obra. Da mesma maneira, elas devem ser dimensionadas para atender 
às solicitações específicas de execução, baseando-se nas informações de: tipos de 
concreto, forma de lançamento e de adensamento. Fajersztajn (1987), relaciona as 
principais características das fôrmas para estruturas em concreto armado para 
atender as funções a ele atribuídas: 
 Resistência: resistência mecânica à ruptura suficiente para suportar os 
esforços provenientes do seu peso próprio, do empuxo do concreto, do 
adensamento e do tráfego de pessoas e equipamentos; 
 Rigidez: resistência a deformação, ou seja, apresentar rigidez suficiente para 
manter as dimensões e formas previstas em projeto; 
 Estabilidade: o sistema deve apresentar os devidos suportes e 
contraventamentos. A suas dimensões não devem ser alteradas durante o 
lançamento ou durante a fase de cura, fazendo com que os elementos estruturais 
apresentem dimensões compatíveis com as previstas em projeto; 
 Estanqueidade: visando evitar a perda de água e de finos de cimento 
durante a cura. 
 Economia: as fôrmas devem ser projetadas e construídas visando à 
simplicidade, permitindo facilmente desforma e reaproveitamento. O sistema deve 
facilitar a manutenção e reposição das peças danificadas; 
 Segurança: significa apresentar rigidez e estabilidade suficientes para não 
colocar em risco a segurança dos operários e da própria estrutura; 
 Aderência: visando facilitar a desforma, a aderência entre fôrma e concreto 
deve ser a menor possível para preservar a superfície do concreto. 
 Além das características acima, as fôrmas devem apresentar: 
 Regularidade geométrica: para resultar em geometria compatível com as 
especificações de projeto; 
30 
 
 Textura superficial adequada: deve ser compatível com as exigências de 
projeto, principalmente quando o concreto for especificado com o aparente; 
 Proporcionar facilidade para o correto adensamento do concreto; 
 Possibilitar o correto posicionamento da armadura: não deve apresentar 
detalhe de montagem que dificulte ou impeça a colocação da armadura no local 
especificado em projeto; 
 Não deve apresentar absorção d’água que comprometa a necessidade de 
adicionar água para a hidratação do cimento do concreto. 
 Adotou-se neste trabalho a nomenclatura sugerida por FREIRE (2001) para 
o sistema de fôrmas, pois temos disponível no mercado uma grande variedade de 
sistemas e não existe um consenso na nomenclatura adotada. 
 Os elementos que compõe o sistema de fôrmas são: 
 Molde: é a parte do sistema que dá forma à peça e é o elemento que entra 
em contato direto com o concreto. Composto por painéis que podem ser 
estruturados ou não. Os painéis estruturados são os que possuem peças 
complementares para enrijecimento fixados permanentemente e os painéis não 
estruturados são os que não possuem nenhum elemento fixado permanentemente. 
 Cimbramento: é o que dá apoio à estrutura da fôrma. Conjunto de elementos 
que absorve ou transfere para local seguro as cargas que atuam nas fôrmas. Pode 
ser dividido em quatro grupos: 
 Escoramento: peças verticais que absorvem os esforços verticais de 
compressão 
 Vigamento: peças horizontais que absorvem os esforços verticais; 
 Travamento: peças verticais ou horizontais que absorvem esforços 
horizontais; 
 Mão-francesa: peças inclinadas para contenção horizontal. 
 
 
4.6 FERRAGEM 
 Armação é o conjunto de atividades relativas à preparação e posicionamento 
do aço dentro da estrutura (FREIRE, 2001). Fachini (2005), afirma que o aço nas 
estruturas em concreto armado tem a função de resistir aos esforços de tração e 
31 
 
cisalhamento, além de aumentar a capacidade resistente dos elementos estruturais 
submetidos à compressão. 
Figura 11: Execução da armação 
 
 
A maioria das empresas brasileiras são geridas por pessoas que não 
dominam completamente as estratégias, bem como, os conhecimentos básicos para 
a gestão dos serviços. Apesar de vivermos em um mundo rodeado pelo avanço da 
tecnologia, e por este motivo, a tecnologia de produção nas obras ainda é baseada 
num molde de atuação artesanal e rudimentar. Os avanços de automação e 
mecanização existentes no mercado estão situados do lado de fora do canteiro, nas 
empresas que fornecem o aço pré-cortado e pré-dobrado (FREIRE, 2001). 
Independentemente do tipo de aço, todos eles necessitam de cuidados 
especiais nas etapas de compra, recebimento, estocagem e processamento. De 
acordo com a forma de fornecimento do aço, o processo de armação varia passando 
por operações de pré-montagem e montagem. 
O aço pode ser fornecido pelo fabricante de duas formas: já cortado e 
dobrado ou pode ser entregue na obra em barras, sendo cortado e dobrado no 
próprio canteiro. 
Nas obras onde o processo de corte e dobra é executado no próprio canteiro, 
esta etapa é realizada dando origem às peças, para em seguida, serem montadas 
as armaduras. Nestas situações, é recomendável considerar no planejamento do 
canteiro uma central para processamento. 
32 
 
De acordo com os diversos comprimentos determinados no projeto estrutural 
são realizados os cortes das telas de aço. Os cortes são realizados com tesourões 
especiais e máquinas de corte manuais ou talhadeira. 
Os tesourões são utilizados quando as barras tiverem diâmetros inferiores ou 
iguais a 16mm. As talhadeiras são utilizadas quando os diâmetros forem inferiores a 
6,3mm, nesse processo de montagem não a necessidade do uso de ferramenta 
elétricas com o policorte , pois as peças já são entregues no tamanho e adequadas 
ao projeto se necessidade de corte, em grandes proporções. 
Após o corte das peças, inicia-se a dobra das barras. As dobras ou 
“endireitamento” podem ser realizadas na obra, em bancadas, chaves de dobras, ou 
então podem ser realizadas em empresas de corte e dobra, através da utilização de 
dobradeiras mecânicas. 
Esta bancada deve ser feita em madeira grossa (espessura aproximada de 
5cm), nela geralmente são fixados diversos pinos que auxiliar na dobra das peças 
(BARROS e MELHADO, 2006). 
A pré-montagem é feita utilizando o projeto estrutural. A interligação das 
peças é realizada com arame recozido. A definição de quais peças podem ser pré-
montadas normalmente realiza-se em função de diversos fatores como: 
Sistema de transporte vertical disponível na obra; 
Peso e dimensões das peças a serem montadas; 
Diâmetro das barras para resistir os esforços de transporte da peça. 
Barros e Melhado (2006), salientam dois cuidados que devem ser tomados na 
utilização da pré-montagem. O primeiro deles é garantir o cobrimento mínimo da 
armadura conforme especificação e o segundo é o correto posicionamento da 
mesma, evitando que a armadura negativa se torne involuntariamente positiva. 
A utilização do caminhão Munck possibilita a pré-montagem em locais 
protegidos, facilitando a conferência e a racionalização do processo. Estes 
procedimentos tornam o canteiro mais organizado evitando enganos e desperdícios. 
A montagem final também é feita de acordo com o projeto de armação e 
ocorre depois que as fôrmas já foram liberadas no local da concretagem. Para 
garantir o correto posicionamento da armadura, todo cuidado deve ser tomado 
durante seu posicionamento nas fôrmas. 
Tais cuidados são necessários para evitar que olocal não fique sujo e 
obstruído, para ser feito o carregamento manual das telas e lançadas a primeira 
33 
 
camada no local de armação, são posicionados e feito a amarração dos 
espaçadores (Caranguejos) e em sequência e lançado a segunda camada de tela, e 
importante que as peças (Espaçadores) fiquem bem posicionas conforme o projeto, 
para que não aja retrabalho e desperdício de tempo. 
Também muito é importante que todos os pontos de amarração da mestras 
estejam posicionados e fixados para ser fito a amarração, após o lançamento e 
amarração das ferragens e a hora de fazer a marcação e furação dos buracos onde 
serão posicionados as barras de transferências, que devem atender os seguintes 
requisitos: espaçadas a cada 30cm deverão ser posicionadas através dos 
espaçadores soldados, ou por meio de caranguejos, as barras de transferência 
devem ser metade isoladas, normalmente pintadas e engraxadas, de modo a 
permitir a movimentação horizontal e restringir a vertical. 
 Figura 12: Montagem da armação 
 
Segundo Tamaki (2011), as barras de transferência são de aço CA 
25,geralmente de seção circular, e lisa, no comprimento padrão de 50 cm e 
diâmetros que variam de 10 mm a 32 mm. 
34 
 
 Figura 13: Conferencia da armação 
 
 
 A mão-de-obra para o serviço de armação necessita de equipes 
especializadas, caracterizada por armadores e ajudantes. 
 
CONCRETAGEM 
 
A concretagem representa a última etapa do ciclo de execução da estrutura. 
 Figura 14: Fluxograma esquemático das etapas da concretagem 
 
 Fonte: FREIRE (2001). 
35 
 
Esta etapa necessita de uma boa gestão e um bom planejamento em todos 
os fatores que interferem em sua execução, embora ela tenha uma duração inferior 
quando comparada a outros serviços da estrutura (FACHINI, 2005). 
A seguir, baseado na proposta do autor supracitado será descrito o processo 
de concretagem desde o recebimento até sua cura. Para FREIRE (2001), o serviço 
de concretagem consiste em receber ou produzir o concreto, transportá-lo até o local 
de aplicação, lançá-lo nas fôrmas, espalhá-lo, adensá-lo, nivelá-lo e dar-lhe o 
acabamento necessário, para depois curá-lo. 
A vida útil de uma estrutura de concreto depende da realização correta de sua 
execução e do controle tecnológico. O controle tecnológico consiste no estudo da 
dosagem dos materiais constituintes e no controle do concreto produzido (FACHINI, 
2005). 
Na maioria das obras executadas em concreto armado para edifícios 
residenciais, o concreto é fornecido por empresas subcontratadas. Dificilmente o 
concreto para fim estrutural é produzido no próprio canteiro. Portanto, este trabalho 
irá tratar das etapas envolvidas após o seu recebimento na obra. 
O concreto é recebido na obra em caminhão-betoneira por um profissional 
qualificado. Este profissional que pode ser funcionário da própria construtora ou de 
uma empresa subcontratada, que é mais usual. Os itens a serem conferidos são: 
Verificar na nota fiscal se o concreto recebido está de acordo com o 
programado; 
Verificar o horário de saída do caminhão-betoneira da usina e o tempo 
disponível para descarga do concreto; 
Verificar a quantidade de água a ser adicionada na obra e se o manômetro 
está funcionando perfeitamente; 
Verificar se o lacre do caminhão não foi violado. 
Os ensaios mais comuns realizados para o controle de recebimento do 
concreto são o abatimento de tronco de cone (slump-test) e o controle deresistência 
a compressão (fck), a partir dos corpos de prova moldados na obra. 
Também é recomendável a realização de vistas periódicas na usina pesagem 
dos insumos que o compõe, e para conferência do traço contratado. 
Através desta visita também é possível conferir se o volume de concreto 
O concreto deve ser transportado do local do armazenamento ou da boca de 
descarga do caminhão-betoneira até o local da concretagem num tempo compatível 
36 
 
com as condições de lançamento; e quanto ao meio utilizado para o transporte, este 
não deve acarretar desagregação dos componentes do concreto ou perda sensível 
de água, pasta ou argamassa por vazamento ou evaporação. NBR 14931 (ABNT, 
2003). 
O concreto pode ser transportado pelo caminhão-betoneira até a peça a ser 
concretada. Quando isso não é possível pode ser feito o uso de ferramentas e 
equipamentos como carrinho-de-mão, jerica, elevadores de carga, gruas ou bombas. 
A utilização de bombas para o transporte de concreto permite a continuidade 
no fluxo do material e a redução da mão-de-obra necessária. As bombas podem ser 
estacionárias ou acopladas a lanças, e a opção entre elas é função das 
características do local a ser concretado, tais como, altura e dimensões, além das 
condições do canteiro. 
Figura 15: Concretagem 
 
 
 A figura exemplifica o transporte do concreto através de uma bomba: 
 
 
 
 
37 
 
 Figura 16: Uso da bomba para concretagem 
 
 
 Após ser transportado até o local de aplicação, o concreto é lançado nas 
fôrmas. Esta operação pode ser feita com o próprio equipamento de transporte que, 
com o auxílio da mão-de-obra preenche o molde do elemento estrutural que está 
sendo concretado (FREIRE,2001). 
 Apesar de simples, nesta etapa devem ser observados alguns cuidados 
como: Tempo e altura de lançamento: segundo SÜSSEKIND (1984) apud FREIRE 
(2001), o concreto deverá ser lançado após o amassamento, não sendo permitido 
entre o fim deste e o lançamento, intervalo superior à uma hora (exceto em casos 
com uso de retardador de pega). Além disso, a altura de queda livre não deve 
ultrapassar 2m; 
 Molhar as fôrmas para evitar a absorção de água de amassamento; 
 Antes de aplicar o concreto, observar a limpeza da armadura; 
 Não lançar o concreto após o início da pega; 
 Observar se todos os equipamentos necessários para as etapas seguintes do 
lançamento estão disponíveis; 
O concreto lançado deve ser rastreado, ou seja, devem-se mapear as peças 
concretadas em função do volume aplicado, do número da nota fiscal e dos 
caminhões-betoneiras. Este procedimento é importante caso o concreto não atinja 
resistência prevista. Desta forma, é possível identificar qual peça estrutural utilizou o 
concreto em questão. 
 Segundo FREIRE (2001), devido à dificuldade de lançar uniformemente o 
concreto nas fôrmas, após o lançamento, é necessário espalhá-lo. Nessa etapa 
38 
 
utilizam-se enxadas ou pás e não se tem o objetivo de nivelar o concreto, mas 
apenas distribuí-lo por todo o componente estrutural, preenchendo os locais de difícil 
acesso e facilitando a atividade de nivelamento. 
 O adensamento tem a função de preencher os espaços vazios do concreto, 
diminuindo a sua porosidade e aumentando a resistência, consequentemente 
aumentando a vida útil da estrutura (FREIRE, 2001). 
O adensamento pode ser feito com vibradores de imersão e com régua 
vibratória. 
 Figura 17: Adensamento 
 
 
O concreto depois de adensado é nivelado superficialmente. Esta etapa do 
processo também é chamada de sarrafeamento por utilizar um sarrafo apoiado em 
mestras que estabelecem a espessura da laje. Pode-se utilizar também taliscas de 
aço, madeira ou argamassa como referência de nível. Para que o nivelamento 
ocorra é importante que a fôrma esteja nivelada, pois isto facilita o posicionamento 
correto das mestras, especialmente as com alturas fixas. 
A partir da referência das mestras o concreto pode ser nivelado com o 
auxílio de réguas de alumínio. 
 
39 
 
 Figura 18: Nivelamento 
 
 
 Segundo FREIRE (2001), esta etapa tem a função de dar à superfície da laje 
a textura desejada. Entretanto, nem todas as obras chegam a executá-la, deixando a 
laje apenas sarrafeada. Para esse tipo de piso proposto e aplicado apenas o 
processo de nivelamento, não havendo necessidade de sarrafear. 
 
 
4.7 DESFORMAS 
 
A retirada das fôrmas e do escoramento somente poderá ser feitaquando o 
concreto estiver suficientemente endurecido para resistir aos esforços que nele 
atuarem. Um plano prévio de desforma pode reduzir custos, prazos e melhorar a 
qualidade. 
A desforma deve ser progressiva a fim de impedir o aparecimento de 
fissuras e trincas. Também é indicada a utilização de pessoal capacitado para 
executar a desforma. Sugere-se atribuir o encargo da desforma a, no mínimo, um 
auxiliar de carpintaria (nunca deixar a cargo de serventes), sob a supervisão de um 
carpinteiro experiente ou um oficial pedreiro. 
Evitar utilizar ferramentas que danifiquem as formas ou mesmo a superfície 
do concreto (nunca usar pés-de-cabra ou pontaletes). Os prazos de desforma 
definidos pela norma, tanto para concretos com cimento portland comum e cura 
úmida como para concretos aditivados (com cimento de alta resistência (Usinado 
40 
 
inicial). E estimado o tempo para a desforma para esse tipo de piso de dois a três 
dias. 
 
4.8 CURA DO CONCRETO 
 
A realização da cura é fundamental para a garantia da resistência desejada 
na estrutura, pois evita a ocorrência de fissuração plástica do concreto, uma vez que 
impede a perda precoce da umidade. Fachini (2005), define cura como um conjunto 
de medidas com a finalidade de evitar a evaporação prematura da água necessária 
para a hidratação do cimento, necessários para a sua pega e seu endurecimento. 
Essa proteção precisa ser feita atentando-se para os seguintes fatos: 
A cura deve ser iniciada assim que a superfície tenha resistência à ação da 
água; No caso de lajes, recomenda-se a cura por um período mínimo de 7 dias; 
O concreto deve estar saturado com água até que os espaços ocupados 
pela água sejam inteirados por produtos da hidratação do cimento; 
 Figura 19: Cura do Concreto 
 
 
As temperaturas iniciais são as mais importantes para o concreto, sendo as 
baixas temperaturas mais prejudiciais ao crescimento da resistência, enquanto as 
altas o aceleram. 
41 
 
Dessa forma, no inverno, deve-se tomar cuidado com resistências menores 
em idades baixas (7 ou 14 dias), enquanto no verão haverá maior crescimento, 
desde que a cura seja realizada adequadamente. A cura da obra pode ser realizada 
por, molhagem das fôrmas eIrrigação periódica das superfícies, recobrimento com 
material para manter a estrutura sempre úmida, podendo ser areia, sacos de 
aniagem, papel impermeável ou mantas. 
O melhor agente de cura é a água potável. Na impossibilidade de utilizá-la, 
pode-se empregar as películas. Essas películas são produtos obtidos por soluções 
ou emulsões aquosas de resinas e parafinas, que se depositam durante um certo 
prazo sobre a superfície do concreto, impedindo a dessecação prematura. 
Após esse período são naturalmente destruídas ou carreadas pela ação das 
intempéries, restabelecendo a superfície natural do concreto. 
 
42 
 
5 CONCLUSÃO 
 
O concreto se destaca por ser um material moldável, que permite uma 
grande variabilidade para a composição de formas e concepções arquitetônicas 
diversas, ele apresenta uma boa resistência em grande parte dos tipos de 
solicitações desde que, corretamente dimensionado, desde que, seja realizado o 
correto detalhamento das armaduras. 
O concreto armado possui uma estrutura monolítica que faz com que todo o 
conjunto trabalhe no momento que a peça é solicitada, ele possui uma matéria-prima 
de baixo custo e não exige que os profissionais que o usem tenham níveis elevados 
de qualificação. Desse modo, por se tratar de processos construtivos conhecidos e 
difundidos em larga escala, o uso do concreto armado tem como principal benefício 
a sua facilidade e sua rapidez de execução. 
O presente trabalho permitiu então que fosse realizada uma descrição 
detalhada sobre o processo construtivo de um piso industrial de concreto armado, e 
a partir dele, foi possível conhecer esse processo mais detalhadamente, de modo a 
subsidiar os conhecimentos mais aprofundados sobre o tema. 
 
43 
 
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