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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA ___º VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE BELÉM - PA
(10 linhas)
LEIA ORGANA , brasileira, casada, desempregado, nascida em 12/08/1979, filha de Maria Organa, portadora da carteira de identidade n. 2815667, expedido pela SSP/PA, inscrito no CPF sob o n. 658.322.985-04, com CTPS sob o n. 8998, série 9229828, PIS n. 8829383838, residente e domiciliado na rua Teodoro Palmeira, n. 35, Sacramenta, Belém-PA, CEP 66123-330, endereço eletrônico: leiaorgana@gmail.com, por seu advogado infra assinado (procuração em anexo), com endereço profissional na Rua Tiradentes, n. 25, Centro - Belém/Pa e endereço eletrônico vcadv@gmail.com, vem a presença de V. Exa., com fulcro no art. 840, § 1º, da CLT c/c art. 319 do CPC, aplicado subsidiária e supletivamente ao Processo do Trabalho por força do art. 769 da CLT e 15 do CPC, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
PELO PROCEDIMEMNTO ORDINÁRIO, em face de VIAGENS GALÁXIA DISTANTE, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n. XXX, com sede na rua Municipalidade, n. 45, Belém-PA, CEP 66083-55, pelo fundamento de fato e de direito que passa a expor:
I- DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA:
Considerando que reclamante encontra-se desempregada, conforme documentação emitida pela Superintendência Regional, requer a concessão do beneficio de gratuidade de justiça, nos termos do art. 790, § 3º da CLT.
II- HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS:
Com fulcro no art. 791-A da CLT, requer a concessão de honorários de sucumbência a serem fixados entre 5% a 15% sobre o valor que resultar da liquidação de sentença nos moldes do art. 791-A, caput, da CLT.
III- DOS FATOS:
A reclamante foi contratada pela reclamada para exercer a função de auxiliar de escritório em 10/01/2015, tento sido dispensada por justa causa em 10/02/2021, devido inumeras faltas da empregada afirmado pela contratante e negado pela reclamante, informando que nunca faltou no trabalho durante todo o pacto laboral. Inclusive mesmo precisando se ausentar durante a gravidez do seu último filho por 3 (três) vezes para realização de exames médicos e em todas as ocasiões sofreu desconto por conta da falta.
A reclamante informa também que apesar de trabalhar todo esse período na empresa nunca teve sua carteira de traballho assinada, sendo que na ocasião da dispensa recebeu apenas os dias trabalhados e a última vez que tirou férias foi em 10/01/2019.
A trabalhadora também exibe cópia dos seus contracheques onde consta apenas o valor de um salário mínimo, com a realização ainda de descontos relativos ao INSS, FGTS e Vale Transporte. Informa também que possui dois filhos com 2 e 5 anos, respectivamente, fato que é de conhecimento da empresa.
Por fim, esclareceu que por diversas vezes era maltratada pelo proprietário da empresa, Sr. Han Solo, que lhe chamava de burra e incompetente todas as vezes que alguma coisa da empresa dava errado.
III- DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA:
III.1 – DA DESPEDIDA E INEXISTÊCIA DE JUSTA CAUSA:
A reclamante foi demitida - segundo a reclamada -, por justa causa, que data venia não existiu, vez que não estão presentes no caso a alegada desídia, bem como quaisquer dos atos faltosos elencados no art. 482 da CLT, que possibilitariam a despedida motivada.
Ocorre que, a reclamada em total desrespeito aos mais elementares princípios de direito, nunca aplicou ao reclamante uma advertência e tão pouco uma suspensão em caráter disciplinar e, para a surpresa da reclamante em 10 de fevereiro de 2021 a contratada aplicou-lhe a pena de despedida por Justa Causa.
Excelência!
Todas as faltas devem estar devidamente configuradas, com documentos e, principalmente com a ciência do empregado, devendo ser possibilitada a sua defesa. Entretanto, no caso dos autos, as punições foram aplicadas ao reclamante de forma arbitrária, sem sequer lhe ser possibilitado o exercício de seu direito de defesa!
Além do mais, para justificar a ruptura do contrato de trabalho pela motivação alegada, é imprescindível além da prova cabal do cometimento de falta grave, a atualidade da falta imputada, sob pena de desconstituição da justa causa.
Concerteza, a conduta da empresa nada mais é que uma tentativa de se exonerar do pagamento das verbas trabalhistas devidas ao empregado, pois em momento algum o autor cometeu falta grave que justificasse a sua demissão motivada.
É importante destacar como as suas únicas faltas ao trabalho, somente ocorreram porque o reclamante necessitou de ir ao médico como disposto nos altos, sendo que em todas as ocasiões sofreu desconto por conta de falta. Contudo, as referidas ausências foram sim devidamente comunicadas e justificadas no dia subseqüente à empresa. E, portanto, o reclamante sofreu sanções disciplinares injustas e sem direito de defesa!
Dessa forma, os fatos que ensejaram as penalidades aplicadas, são por demais insignificantes, não autorizando a rescisão por justa causa, tendo a reclamada se utilizado desse “expediente sórdido” apenas e tão somente para poder se eximir do pagamento das verbas rescisórias.
Ora, Excelência!
Em momento algum a reclamada logrou êxito em demonstrar a prática de qualquer infração grave apta a justificar a aplicação da pena máxima da “justa causa”. Repise-se, como as suas únicas faltas ao trabalho, somente ocorreram porque o reclamante necessitou de ir ao médico como disposto nos altos, sendo que em todas as ocasiões, as faltas foram justificadas e, mesmo assim de forma arbitraria a contratante considerou como falta, descontando em sua remuneração. Isso não pode ser considerada razão relevante para configurar desídia ou ausência de comprometimento do reclamante para com o trabalho, capaz de ensejar a aplicação da pena máxima “justa causa”.
Até porque pode-se depreender perfeitamente pelo que dispõe o artigo 130 da CLT, que as faltas injustificadas NÃO CONFIGURAM JUSTA CAUSA – sendo já penalizadas através do escalonamento para menor do direito às férias.
Logo, não podem ser consideradas como motivo de demissão por justa causa, a não ser que ultrapassem 30 dias consecutivos ou intercalados, pois somente neste caso é que se caracterizaria a justa causa por abandono de emprego! Diferentemente do caso vertente!
Excelência!
Ainda que a possibilidade da despedida por justa causa decorra do poder disciplinar do empregador que, por sua vez, tem fundamento nos poderes de mando e gestão a ele inerentes, também há que se impor limite a esse poder, pois o tratamento do empregado com rigor excessivo é rechaçado pelo ordenamento Enfim, não foi provada de forma inequívoca a alegada desídia, comportamento elencado entre as faltas graves autorizadoras da ruptura contratual motivada por iniciativa do empregador (art. 482, e, CLT).
E, nesse sentido é mister destacar os seguintes julgados:
Acórdão - Processo 0000476-17.2010.5.04.0304 (RO) Redator: HUGO CARLOS SCHEUERMANN Data: 19/04/2012 Origem: 4ª Vara do Trabalho de Novo Hamburgo
“JUSTA CAUSA. FALTAS INJUSTIFICADAS. DESÍDIA. NÃO CONFIGURAÇÃO. Não comprovada de forma clara e convincente as faltas injustificadas imputadas à reclamante como ensejadoras da ruptura contratual por justa causa, por desídia, não subsiste a rescisão motivada. Recurso ordinário da reclamada a que nego provimento”.(...) (Grifou-se).
Acórdão - Processo 0350200-12.2005.5.04.0232 (RO) Redator:MARIA CRISTINA SCHAAN FERREIRA Data: 28/06/2007 Origem: 2ª Vara do Trabalho de Gravataí
“EMENTA: DESPEDIDA POR JUSTA CAUSA. É ônus da empregadora comprovar que o empregado cometeu a falta grave alegada, por ele negada. Não tendo produzido provas neste sentido, é irreformável a decisão que converteu a despedida por justa causa em despedida injusta, condenando-a em verbas rescisórias”.(...) (Grifou-se).
Acórdão - Processo 0143600-92.2009.5.04.0401 (RO) Redator:IRIS LIMA DE MORAES Data: 30/01/2013 Origem: 1ª Vara do Trabalho de Caxias do Sul
“DESPEDIDA POR JUSTA CAUSA. A despedida por justa causa constitui a pena mais grave que pode ser aplicada ao empregado, exige robusta comprovação em juízo acerca do ato faltoso, quantoà sua materialidade e autoria, cujo ônus recai sobre o empregador que o alega. Não tendo a reclamada comprovado a prática do alegado ato de desídia pelo empregado, a justificar a sua despedida motivada, impõe-se o reconhecimento da despedida sem justa causa”.(...) (Grifou-se).
Acórdão - Processo 0000140-10.2010.5.04.0014 (RO) Redator:FERNANDO LUIZ DE MOURA CASSAL Data: 16/06/2011 Origem: 14ª Vara do Trabalho de Porto Alegre
“EMENTA: JUSTA CAUSA. ÔNUS DA PROVA. Tratando-se a despedida por justa causa da penalidade mais grave passível de aplicação ao empregado faltoso, o seu motivo ensejador deve restar cabalmente provado nos autos. Por constituir fato impeditivo do direito à percepção das verbas oriundas da rescisão contratual pelo empregado, o ônus da prova respectivo é atribuído ao empregador, nos termos do artigo 818 da CLT, combinado com o artigo 333 do Código de Processo Civil. Hipótese fática em que restou demonstrada pelo conjunto probatório a regularidade da despedida por justa causa levada a efeito pela reclamada. Recurso do autor a que se nega provimento”. (...) (Grifou-se).
Cumpre registrar ainda que as poucas ausências do reclamante se deram devido ao seu estado de saúde, pois o mesmo por diversas vezes havia se reportado aos seus superiores solicitando a sua transferência para o turno do dia, justamente, por estar com a sua saúde abalada.
Tanto que, os documentos ora em anexo, comprovam veementemente que o reclamante no período de 24.01.13 a 14.02.13, submeteu-se a consultas médicas, pois havia perdido 7 (sete) quilos em 3 (três) meses, apresentava dificuldade para dormir e também sintomas de depressão, tendo sido diagnosticado pelo médico com gastrite nervosa, estresse e encaminhado à Psicologia.
Assim, inexistindo motivação à mesma, há que se ter a rescisão como sem justa causa. Logo, requer-se desde já a anulação da rescisão por justa causa, nos termos do artigo 9º da CLT, condenando-se a Reclamada ao pagamento do aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais e multa de 40% do FGTS incidente sobre os depósitos havidos bem como liberação dos mesmos e entrega das respectivas guias, como também as guias do seguro desemprego ou a sua indenização pelos prejuízos que causou ao Reclamante.
Pelo provimento do postulado!
III.2 - NULIDADE DA JUSTA CAUSA
A reclamante, no momento da assinatura do termo de rescisão do contrato de trabalho, foi surpreendida pela demissão por justa causa, pois durante a relação empregatícia sempre exerceu sua função com zelo, jamais provocando qualquer ato que desabonasse sua pessoa ou atividade laborativa.
A rescisão contratual, que se deu por justa causa, foi arbitrária, dado que desprovida de relevante justificativa e sem qualquer fundamentação legal. Na verdade, a dispensa da Reclamante pela alegação de justo motivo, foi planejada pela empresa Reclamada com o único propósito de ser ver livre dos encargos trabalhistas que a dispensa sem justa causa acarretaria, tais como: aviso prévio, 13º salário e férias proporcionais, multa de 40% sobre o saldo do FGTS, liberação das guias de seguro desemprego.
Essa atitude arbitrária e ilícita deixou o reclamante totalmente desamparado financeiramente: primeiro, porque não recebeu integralmente as verbas rescisórias; segundo, porque lhe obstou de receber o seguro-desemprego; terceiro, vedou-lhe de levantar o saldo existente do FGTS, a fim de amenizar as despesas corriqueiras do ser humano, tais como alimentação, despesas médicas, água, luz, medicamentos, etc.
Na realidade é a reclamada quem não vinha cumprindo o contrato de trabalho, como adiante se demonstrará, através da não assinatura da carteira de trabalho durante todo o período laboral, mesmo com exames ademissional, quanto o demissional, cometendo falta grave por descumprimento que competem ao empregador do contrato.
Ora, pois, a reclamante foi despedida imotivadamente e sem pré-aviso em 10/02/2021, sem pagamento das verbas rescisórias a que faz jus, inobservando-se, destarte, o prazo estabelecido no § 6º do art. 477 da CLT, pelo que torna-se devida a multa prevista no § 8º do mesmo artigo consolidado.
III.3 – DA ANOTAÇÃO DA CTPS
A reclamante iniciou sua atividade laborativa no reclamado no dia 10 de janeiro do ano de 2015, na função de auxiliar de escritório, com uma jornada de trabalho de segunda-feira até sábado, no qual nunca teve sua CTPS anotada pelo o empregador.
Diante do previsto no art. 3 da CLT, temos que este presente dispositivo estabelece os requisitos legais para se qualificar uma relação de emprego, sendo qualificado como um trabalho desempenhado com pessoalidade, habitualidade, de forma onerosa e prestado por uma pessoa física. Assim, presente todos estes requisitos mencionados, se encontra qualificado uma relação de emprego, no qual induz o dever legal do empregador, em realizar a anotação da CTPS do empregado no lapso temporal de até 5 dias úteis, como estabelecido no art. 29, caput, e art. 41, caput, ambos da CLT. Ademais caso seja violado este prazo, deverá incorrer na aplicação da multa prevista no art. 47 da CLT, bem como deve ser lavrado o auto de infração pelo o fisco ao empregador que venha a violar os presentes dispositivos legais mencionados, art. 29,§ 3, da CLT.
Assim, requer o reconhecimento do vínculo empregatício do reclamante desde de 10 janeiro de 2015, bem como a devida anotação na CTPS e aplicação da multa por violação do dispositivo legal.
III.4 – DO SEGURO DESEMPREGO
A não entrega das respectivas guias do seguro desemprego foi motivada pelo ato unilateral da reclamada. Uma vez descaracterizada a justa causa, são devidas ao reclamante tais guias e em sendo isto impossível, o correspondente pagamento de indenização do respectivo valor de cada parcela pelo montante do conjunto remuneratório devido inclusive face os pleitos da presente.
III.5 - DA MULTA DO ART. 477 DA CLT
Além de não ter computado todas as parcelas devidas ao reclamante por ocasião da rescisão do contrato de trabalho, a empresa reclamada tentou burlar a despedida do reclamante invocando a justa causa.
Assim, tendo em vista que a despedida se deu sem justa causa, ultrapassado está o prazo para pagamento das verbas rescisórias, vencidas em 18.02.2013. Portanto, o pagamento integral das verbas rescisórias deveria ter sido efetuado até o dia 18.02.2013, ou seja, não houve o pagamento no prazo determinado na legislação.
E, por não ter efetuado o pagamento da totalidade das verbas rescisórias no prazo estabelecido no art. 477, parágrafo 6º, alínea b, da CLT, requer desde já, a condenação da reclamada no pagamento da multa prevista no parágrafo 8º. Da mesma Lei, no valor da maior remuneração do reclamante.
III.6 – DA DOBRA DO ART. 467 DA CLT
Os salários, horas extras, décimos terceiros salários, férias e demais verbas, indubitavelmente, são salários em sentido amplo e incontroverso, razão pela qual, deverão ser pagos em primeira audiência sob pena de dobra, conforme determina o art. 467 do referido diploma legal.
III.7 – DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
Vale enfatizar que o fato de ser dispensado sem pagamento das verbas rescisórias, tem feito com que a reclamante e sua família estejam a passar necessidades alimentares e privações, uma vez que suas contas estão atrasadas, a exemplo da prestação da casa, da luz, da água, carnê de lojas, tudo conforme atestam os documento anexos.
Além disso o empregador impunha à Reclamante verdadeira rotina de sofrimento e angústia, vez que o tratamento dado era grosseiro, machista, irônico e constantemente fazia a reclamante sair do serviço aos prantos, pois, gritava e a ofendia na frente de todos, funcionários, clientes, e quem quer que esteja na loja, chamando-a de burra e incompetente todas as vezes que alguma coisa da empresa dava errado.
Para mais, a rescisão do contrato de trabalho sob a infundada alegação de justa causa gera constrangimento e abalo moral ao trabalhador, atingindo sua honra e dignidade, haja vista a indubitável repercussão das humilhações sofridas no ambiente de trabalho, com prejuízos à imagempessoal e profissional do demandante.
Ademais, além de macular sua imagem, sonega o pagamento integral das parcelas rescisórias a que teria direito. Cabendo para fixação do “quantum” indenizatório, ser considerado o valor do salário e o tempo de serviço, além da gravidade dos fatos, a capacidade econômica da reclamada e o aspecto pedagógico da punição.
O próprio ato arbitrário e ilícito da reclamada despedida sob a falsa alegação de justa causa, colocando-o em situação vexatória perante os colegas de trabalho comprova o fato gerador a ensejar o pagamento de danos morais, o que conduz ao nexo de causalidade.
A Constituição Federal, em seu art. 5º, X, dispõe que "São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação." O dano que o reclamante pretende ver reparado é aquele definido doutrinariamente como dano moral direto, que na conceituação de Maria Helena Diniz (Responsabilidade Civil, SP, Saraiva, 1988, p. 73), citada por Glaci de Oliveira Pinto Vargas (em Reparação do Dano Moral - Controvérsias e Perspectivas, Porto Alegre, Ed. Síntese, p.17), "Consiste na lesão a um interesse que visa à satisfação ou ao gozo de um bem jurídico extrapatrimonial contido nos direitos da personalidade (a vida, a integridade corporal, a liberdade, a honra, o decoro, a intimidade, os sentimentos afetivos, a própria imagem) ou nos atributos da pessoa (o nome, a capacidade, o estado de família)".
Em síntese, depreende-se que o dano moral é todo sofrimento humano que não resulta de uma perda pecuniária, mas de afronta a direitos de personalidade causado por ato ilícito de outrem “in casu” pelo empregador!
Deveras, nos termos do Código Civil, o dano, inclusive o moral, decorre de prática de ato ilícito do ofensor por violação de direito, nos termos definidos no art. 186, ou por abuso de direito, consoante o art. 187, nascendo daí a obrigação de indenização na forma do art. 927, observada a sua dupla finalidade, qual seja de compensação à vítima e pedagógico-punitiva.
Ora, pois, a reclamada de forma arbitrária, vexatória e desumana dispensou o reclamante sem direito as verbas rescisórias, no momento em que deveria lhe dar total amparo!
Pelo provimento do pedido também nesse tópico!
III.7 – DO SALÁRIO FAMÍLIA
Logo que foi admitida, a Reclamante informou à Reclamada que tinha (02) filhos, o primeiro nascido em 19/05/2005 e o segundo nascido em 08/05/2012, tendo entregue cópia das respectivas certidões de nascimento (em anexo). Assim, considerando que o salário mensal pago sempre foi de 1 (um) salário-mínimo, faz jus ao recebimento de cotas de Salário-Família nos termos dos arts. 65 da Lei 8.213/91 e 84 do Decreto 3.048/99.
 
Desta forma, REQUER a condenação da Reclamada ao pagamento do salário-família durante todo o período do contrato de trabalho, conforme valores constantes da Tabela anexa (anexa) disponibilizada pelo Ministério da Previdência Social.
Pelo provimento do pedido também nesse tópico!
III- PEDIDOS:
X. DO REQUERIMENTO
Diante do exposto, o reclamante REQUER a Vossa Excelência, a notificação da reclamada, para, querendo, comparecer à audiência e apresentar defesa, sob pena de revelia e confissão ficta; bem como o deferimento dos pedidos das alíneas abaixo: a) seja reconhecida e declarada a nulidade da despedida por justa causa, a fim de retificá-la para despedida sem justa causa; b) a condenação da reclamada ao pagamento das diferenças salariais existentes no período de setembro a outubro de 2012 quando o reclamante exerceu a função de operador de máquina empilhadeira, sem prejuízo dos reflexos sobre os RSR's, adicional de periculosidade, horas extras, adicional noturno, 13º. Salários, férias com 1/3 legal e FGTS acrescido da multa de 40%;
c) a condenação da reclamada ao pagamento do adicional de periculosidade durante o período de setembro a outubro de 2012 e das diferenças existentes entre os valores pagos e aqueles efetivamente devidos referentes às férias acrescidas de 1/3 legal e 13º. Salários, computando-se na base de cálculo a remuneração paga ao operador de máquina empilhadeira, RSR's, adicional noturno e de periculosidade, horas extras e demais verbas; d) a liberação do FGTS depositado e pagamento da respectiva multa de 40%, bem como o depósito do FGTS sobre todas as parcelas de natureza remuneratória pagas e devidas ao reclamante, com multa proveniente da rescisão sem justa causa de 40%, acrescido de juros de 1% ao mês, sem prejuízo da multa de 20% sobre a sua totalidade, uma vez que não foram efetuados no prazo previsto do art. 15, da Lei nº. 8.036/90, como determina o artigo 22 da retro referida Lei; e) a condenação da reclamada ao pagamento das verbas rescisórias ao reclamante, sendo esta constituída pelas diferenças salariais, saldo de salários, aviso prévio de 30 dias (integrando e projetando o tempo de serviço para todos os fins), férias e 13º. Salário proporcional, FGTS sobre o aviso prévio, além da multa de 40% sobre todo o saldo do FGTS; f) a condenação da reclamada ao pagamento das parcelas do Seguro Desemprego correspondente ao maior salário recebido ou devido, integrado das horas extras e RSR; FGTS mais multa de 40% sobre os títulos reivindicados;
g) a condenação da reclamada ao pagamento da multa do art. 477 da CLT, devido ao não pagamento da totalidade das verbas rescisórias dentro do prazo legal, no valor de uma remuneração do reclamante; h) a condenação da reclamada ao pagamento de todas as verbas que se caracterizam como salário, em sentido amplo e incontroverso, já em primeira audiência sob pena de dobra, conforme prevê o art. 467 da CLT; i) A TOTAL PROCEDÊNCIA da presente ação trabalhista, condenando a reclamada em todo requerido, conforme for apurado em liquidação de sentença, tudo corrigido monetariamente, acrescido de juros, custas e demais despesas;
j) A condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios sobre o valor atualizado da condenação;
k) a concessão ao reclamante dos benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, tendo em vista sua impossibilidade de arcar com as custas e despesas judiciais, sem prejuízo de seu sustento e de sua família;
l) requer ainda seja a reclamada compelida a apresentar toda a documentação referente ao contrato de trabalho do empregado, inclusive atestados médicos, recibos de pagamentos mensais, controles de horários, sob as penas do art. 359, do CPC; m) Por fim, protesta pela produção de todos os meios de provas em direito permitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal da empregadora, sob pena de confissão ficta, oitiva de testemunhas, perícia, juntada e solicitação de outros documentos e todas as demais medidas que necessitarem na forma do artigo 397 do CPC.
Atribui-se à causa o valor de R$ 30.000,00
Nestes Termos, Espera Deferimento.
Novo Hamburgo/RS, 07 de Maio de 2013.
Denise Scheibe – OAB/RS 46.368
Em face do exposto requer:
1 – a citação da reclamada para apresentar contestação, se for de seu interesse, sob pena de aplicação dos efeitos da revelia:
2 – O deferimento do benefício de justiça gratuita.
3 – Saldo de salário de 03 dias (R$ ), aviso prévio proporcional indenizado de 33 dias, (R$_____), férias proporcionais (1/12) + 1/3, (R$____), 13º Salário propocional (4/12 - R$____) e indenizção de 40% sobre o FGTS (R$_____)
4 – Multas dos arts. 467 e 477, § 8º, da CLT. (R$_______)
5 – Compesação por danos morais no valor de R$ _____
6 – Condenação da reclamada nos honorários sucumbenciais. 
 
IV – REQUERIMENTO DE PROVAS (ART. 319, VI, do CPC
Requer a produção de provas admitidas em direito, em especial, o depoimento pessoal do preposto da reclamada, documental e testemunhal.
V – VALOR DA CAUSA: (art. 840 da CLT e art. 319, V, do CPC)
Dar-se-á o valor da causa em R$ .....
VI – Data e assinatura do advogado (art. 840 da CLT)
Nestes termos.
Pede deferimento.
Belém (PA), 23/04/2021
Advogado (........ e OAB.....).

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