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/. ENSINO HÍBRIDO – 2020/s2 Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Medicina Departamento de Clínica Médica Disciplina Clínica Médica 3 BLOCO DE ATIVIDADES PROGRAMADAS PARA INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR PARTE 3 Profa. Rosa Weiss Telles Profa. Beatriz Santana Soares Rocha Alunos Monitores da CLM 3 BLOCO DE ATIVIDADES PROGRAMADAS PARA INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Profa. Rosa Weiss Telles – Profa. Beatriz Santana Soares Rocha Clara Otoni – (Monitora Biênio 2018-2020) Alunos Monitores: Biênio 2020- 2022 Lorena Barros, Isadora Alves, Fagner Luci, Rafael Silva, Ana Beatriz Motta, Pedro Pires, Tayná Alves, Luisa Fabiana, Amanda Rabelo, Julimar Rocha, Isaias Araújo, João Pedro Pereria, Ana Beatriz Araújo, Bárbara Moreira, Gusttavo Luiz, Laura Carolina, Madara da Silva, Ana Beatriz Maciel Este material foi elaborado para o período de Ensino Remoto Emergencial da Faculdade de Medicina da UFMG, devido à pandemia COVID-19. Não são permitidos cópia, projeção ou veiculação deste material, de forma parcial ou na íntegra, sem a autorização dos autores. Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Medicina Departamento de Clínica Médica PLANO DE AULA- ERE Informações Administrativas Curso: Medicina Duração da atividade: Semana 7 – 2 turnos Disciplina: CLM026 – Clínica Médica 3 Conteúdo: Introdução à Semiologia do Aparelho Locomotor Semestre: 2020/1 Objetivos/ Competências Desenvolver as habilidades necessárias para estar apto a: 1. Avaliar as queixas musculoesqueléticas, especialmente a dor musculoesquelética, em anamnese completa e sistematizada 2. Realizar o exame físico geral do aparelho locomotor, sistematizando a sequência e as regiões corporais a serem avaliadas 3. Baseando-se na anamnese e exame físico, classificar os distúrbios musculoesqueléticos em grandes grupos, definindo condutas propedêutica e terapêutica iniciais 4. Devido à grande frequência das queixas, avaliar o paciente com suspeita de síndrome de impacto do ombro, com lombalgia e com osteoartrite de joelhos e mãos Conteúdo ● Revisão de noções básicas de anatomia, fisiologia e fisiopatologia do Aparelho Locomotor; ● Anamnese das principais queixas do Aparelho Locomotor, especialmente dor musculoesquelética; ● Exame físico geral do Aparelho Locomotor ● Exame físico inicial do paciente com suspeita de síndrome de impacto no ombro, lombalgia e osteoartrite de mãos e joelhos Metodologia (ERE) Atividade síncrona: Dia 1: discussão das dúvidas das atividades propostas no Bloco de Atividades Programadas para Introdução à Semiologia do Aparelho Locomotor, incluindo Estudo Dirigido e Atividade Assíncrona - vídeos. O Professor poderá optar por aula, utilizando material produzido no Power Point, para apresentar pontos importantes, discutir fluxogramas, apresentar a proposta da Parte 3 – aula invertida (apresentação dos casos clínicos resumidos e proposta de vinhetas) Dia 2: discussão dos casos clínicos (de forma tradicional, esclarecendo dúvidas, ou utilizando a metodologia proposta de aula invertida). Atividade assíncrona: Dia 1: vídeos de exame físico do aparelho locomotor, com roteiro dirigido no Bloco de Atividades Programadas para Introdução à Semiologia do Aparelho Locomotor. Recursos Bloco de Atividades Programadas para Introdução à Semiologia do Aparelho Locomotor Plataforma Moodle e Microsoft Teams (disponibilização do Bloco de Atividades e Encontros Síncronos) Software Power Point (confecção de aula invertida e aula do professor) Vídeos disponíveis no youtube, e direcionados em site específico (http://ibmexporto.com.br/) Avaliação (A ser discutida e direcionada pela coordenação da disciplina, após orientações aprovadas no Colegiado). Em linhas gerais, poderão ser avaliados: ● respostas das questões do Bloco de Atividades encaminhadas ao professor; ● aula invertida (caso seja a opção do professor); ● autoavaliação sobre o desempenho do aluno durante a realização das atividades propostas (incluindo a pontuação pré e pós-teste do caso clínico comentado, caso seja a opção do professor); ● avaliação crítica e construtiva das atividades propostas; ● questões da avaliação sistematizada do departamento ao final do Módulo 1 – Ensino Remoto Bibliografia A. Bloco de Atividades Programadas para Introdução à Semiologia do Aparelho Locomotor B. Referências básicas (capítulos de livros): 1. Garcia, MLB; Calich I. Atrites e Artralgias. In: Semiologia Clínica. Beseñor, IM; Atta, JA; Martins MA. Sarvier, 1ª Ed (2002). Parte IV, Capítulo 62. 2. Samara, AM; Magalhães, EP. Consulta em Reumatologia: Anamnese e Exame Físico. In: Reumatologia: Diagnóstico e Tratamento. Carvalho, MAP; Lanna, CCD; Bertolo, MB; Ferreira, GA. Guanabara Koogan, 5ª Ed (2019). Parte 2, Capítulo 4. 3. Lanna, CDL; Andrade, MAP; Carvalho, MAP. Principais Queixas do Sistema Musculoesquelético. In: Tratado de Semiologia Médica. Silva, RMFL. Guanabara Koogan, 1ª Ed (2014). Parte 11, Cap 69. C. Vídeos: (Indicados ao longo do Bloco de Atividades Programadas para Introdução à Semiologia do Aparelho Locomotor). http://ibmexporto.com.br/ Olá! O material apresentado nesse bloco tem como objetivo auxiliar o seu aprendizado sobre a Introdução à Semiologia do Aparelho Locomotor. Ele será dividido em três partes, indicadas no início de cada subdivisão. Abaixo encontra-se orientação geral sobre as atividades propostas, o tempo aproximado de dedicação em cada uma delas e a sugestão de como executá-la. Sinta-se à vontade para sugerir modificações e discutí-las com o seu professor e seus colegas. Elas são sugestões gerais que podem ser adaptadas de acordo, e em acordo, com a preferência de cada grupo! CLM 3 - ALO Dia Parte Atividade Classificação daAtividade Carga Horária Dia 1 Parte 1 Introdução Noções básicas de anatomia, fisiologia e fisiopatologia do sistema musculoesquelético Anamnese Estudo Dirigido Atividade sem Tela 2h Parte 2 Exame Físico Geral e do Aparelho Locomotor Estudo Dirigido Vídeos (com roteiro dirigido) Atividade sem Tela Atividade Assíncrona 40min 40min Parte 1 e 2 Discussão com Professor ecolegas Atividade Síncrona 1h30min Dia 2 Parte 3 Casos Clínicos Estudo Dirigido e Aula Invertida Atividade sem Tela Atividade Assíncrona 30min 20min Atividade Síncrona 1h30min Caso Comentado Casos clínicos comentados Atividade Assíncrona 20min Carga Horária Total das Atividades 7h30min Referências básicas: 1. Garcia, MLB; Calich I. Atrites e Artralgias. In: Semiologia Clínica. Beseñor, IM; Atta, JA; Martins MA. Sarvier, 1ª Ed (2002). Parte IV, Capítulo 62. 2. Samara, AM; Magalhães, EP. Consulta em Reumatologia: Anamnese e Exame Físico. In: Reumatologia: Diagnóstico e Tratamento. Carvalho, MAP; Lanna, CCD; Bertolo, MB; Ferreira, GA. Guanabara Koogan, 5ª Ed (2019). Parte 2, Capítulo 4. 3. Lanna, CDL; Andrade, MAP; Carvalho, MAP. Principais Queixas do Sistema Musculoesquelético. In: Tratado de Semiologia Médica. Silva, RMFL. Guanabara Koogan, 1ª Ed (2014). Parte 11, Cap 69. Vídeo: 1. IBMEXPORTO (http://ibmexporto.com.br/) – Registro gratuito – Vídeo de Exame do Aparelho Locomotor http://ibmexporto.com.br/ PARTE 3 Instruções: Nesta parte iremos treinar o diagnóstico diferencial da dor articular. Diferentes casos clínicos resumidos servirão para que você solidifique o conhecimento adquirido e exercite seu raciocínio. A forma de realizar essa atividade pode variar e deverá ser resolvida pelo professor. Uma possibilidade é apresentar o conteúdo em forma de aula invertida por você e seus colegas. Mas, não se esqueça, você pode e deve estudar todos os casos incluídos para acompanhar de forma mais ativa a discussão síncrona, com a apresentação dos seus colegas. Para apresentação do caso, siga os seguintes passos: a) Veja o caso clínico que lhe foi entregue no PowerPoint, identifique neste bloco de atividades o seu caso clínico, complete o quadro e responda às questões propostas. Apresente o caso clínico lendo o que lhe foi entregue. b) A partir de suas respostasincluídas no quadro, crie a vinheta do quadro apresentado, seguindo o modelo apresentado pelo seu professor. A vinheta deve seguir o seguinte modelo: “(Iniciais nome), sexo (feminino/masculino), (idade) anos, (dados do perfil epidemiológico e/ou fatores de risco que lhe pareçam significativos). Apresenta quadro de dor (local - articular ou extra-articular, esqueleto, tamanho das articulações, número de articulações, simetria, início, duração, evolução, ritmo, qualidade – quando indicado, intensidade, fatores desencadeantes, fatores de alívio e piora, sintomas associados), história familiar e/ou socioeconômica (quando pertinente). Ao exame físico (incluir características relevantes).” c) Complete sua apresentação com as respostas às demais questões propostas e use sua curiosidade e criatividade para trazer questões interessantes e inusitadas para a discussão síncrona! d) Apresente suas hipóteses diagnósticas, concluindo a apresentação. Lembre-se, sua apresentação deve ter duração de 5 minutos para que o tempo de atividade síncrona não seja ultrapassado! Agora que você já sabe fazer a anamnese e o exame físico do aparelho locomotor, vamos exercitar o raciocínio clínico discutindo alguns casos. 1) Analise os casos clínicos abaixo: identifique o perfil epidemiológico do paciente; classifique a dor articular quanto à cronologia, ritmo, número, tipo de articulações, simetria, intensidade e sintomas associados; dê a principal hipótese diagnóstica considerando a classificação apresentada no Quadro 2. Utilize os fluxogramas abaixo para auxiliá-lo. Eles também estão disponíveis pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=mhNZ5Mtp5kg&feature=youtu.be Responda as demais questões sobre exame físico consultando a bibliografia. Figura 8: Fluxogramas de Interpretação da Dor Articular https://www.youtube.com/watch?v=mhNZ5Mtp5kg&feature=youtu.be Caso I (1 aluno): Paciente M, sexo masculino, 55 anos. Relato de início durante a madrugada de ontem de dor articular em 1ª MTF E, em fincada, intensa (sem conseguir apoiar o pé no chão ou cobri-lo com o lençol) desde o início do quadro. Nega trauma prévio. Relata percepção de calor, aumento de volume e rubor com o início da dor (confirmados ao exame físico). Relata episódio semelhante há 6 meses, com resolução espontânea após 3 dias. Faz tratamento há 8 anos para diabetes e “colesterol alto”. IMC 31,6. Não permite exame de movimentação da articulação por dor. a) Complete o quadro: Perfil Epidemiológico/Fatores de risco Sexo masculino, idade, diabetes mellitus, dislipidemia, obesidade Atributos dos Sintomas Descrição Localização, número e simetria Acometimento monoarticular assimétrico da 1ª articulação metatarsofalangeana esquerda. Cronologia (início, duração, evolução) Dor de início súbito, duração aguda e evolução intermitente. Qualidade Em fincada Intensidade Intenso, limitando atividades de vida diária. Fatores de alívio ou piora (ritmo da dor, rigidez) Ritmo constante da dor, sem rigidez articular. Sinais de piora: movimentação e pressão. Sinais de melhora: não apresentou. Sintomas associados (articulares e sistêmicos) Presença de sinais flogísticos na articulação acometida, com ocorrência de calor, dor, edema e rubor. Ausência de sintomas sistêmicos. Tratamentos prévios Episódio semelhante há 6 meses apresentou resolução espontânea após 3 dias. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA Artrite aguda secundária Fluxograma: Dor articular > monoarticular > inflamatória > aguda e recorrente > GOTA HD (Classificação Quadro 1 – Etiologia): Gota b) Ao examinar o paciente, além da artrite, você identifica nódulos circulados abaixo. O que eles representam? Eles representam depósitos de cristais de ácido úrico debaixo da pele (tofos), formando protuberâncias localizadas principalmente nos dedos, cotovelos, joelhos, pés e orelhas. Fonte: Acervo pessoal Caso II (1 aluno): Paciente M, sexo masculino, 55 anos. Refere dor intensa em joelho E de início súbito há 1 dia, latejante, constante, associada a rubor, calor e aumento de volume. Negas fatores de alívio ou de piora, porém está tendo dificuldade para apoiar o pé no chão ao caminhar. Além disso, apresentou febre (39,5º) e calafrios durante a noite, com alívio parcial após uso de dipirona. Nega episódios prévios. Faz tratamento há 8 anos para diabetes e “colesterol alto”. Ao exame: joelho E com intenso rubor e calor, e limitação da amplitude de movimento. a) Complete o quadro: Perfil Epidemiológico/Fatores de risco Sexo masculino, idade, diabetes mellitus, dislipidemia. Atributos dos Sintomas Descrição Localização, número e simetria Dor em joelho esquerdo, monoarticular Cronologia (início, duração, evolução) Início súbito 1 dia atrás, sem episódios prévios. Ausência de fatores de alívio ou de piora Qualidade Latejante, constante Intensidade Intensa, apresenta dificuldade para apoiar o pé no chão ao caminhar. Fatores de alívio ou piora (ritmo da dor, rigidez) Não apresentou fatores de melhora ou piora. Sintomas associados (articulares e sistêmicos) Associada a sinais flogísticos de rubor, calor e aumento de volume Febre (39,5°C) e calafrios noturnos Limitação da amplitude do movimento Tratamentos prévios Dipirona para febre, com melhora parcial. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA Fluxograma: Dor articular > Monoarticular > Inflamatória > Aguda > ARTRITE SÉPTICA HD (Classificação Quadro 1 – Etiologia): Artrite séptica b) Qual seria sua conduta imediata? Justifique. Como a causa mais provável é de artrite séptica, que é considerada uma urgência, iniciaria antibioticoterapia endovenosa, após a confirmação do diagnóstico por exames (punção da articulação, raio X e hemograma são os exames mais usados) Caso III (1 ou 2 alunos): Paciente F, 52 anos, sexo feminino, sem trabalho remunerado, queixa-se de dor em ombro esquerdo há 2 meses, ao realizar atividades domésticas (especialmente pendurar roupas no varal e pegar objetos no alto), não conseguindo dormir sobre o ombro por dor. Relata alívio dos sintomas quando o braço está parado ou quando assume o decúbito lateral direito. Já apresentou sintomas semelhantes, com duração de “semanas”, nos últimos 2 anos. No último mês apresentou piora, com dificuldade até para lavar o cabelo. Ao exame: ausência de flogose articular, movimento ativo com diminuição da amplitude quando solicitada a elevar o braço acima da cabeça ou tocar ombro contralateral, por dor. Movimentação passiva com amplitude de movimento (ADM) preservada, com dor leve (menos intensa que à movimentação ativa). a) Compete o quadro. Perfil Epidemiológico/Fatores de risco Idade e sexo feminino Atributos dos Sintomas Descrição Localização, número e simetria Dor extrarticular, monolateral Cronologia (início, duração, evolução) Início há 2 anos, com episódios recorrentes de duração de semanas. Último episódio iniciado há 2 meses, com piora no último mês. Qualidade Dor articular mecânica: desencadeada e agravada pelo esforço. Intensidade Moderada, não consegue dormir sobre o ombro e tem tido dificuldade para lavar o cabelo, mas ainda assim realiza suas atividades. Fatores de alívio ou piora (ritmo da dor, rigidez) Ritmo mecânico (piora com o uso da articulação) Fator de alívio: repouso do braço ou decúbito lateral direito. Nega rigidez. Sintomas associados (articulares e sistêmicos) Não há sintomas associados. Tratamentos prévios Não informou tratamentos prévios. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA Fluxograma: Dor extrarticular > não inflamatória HD (Classificação Quadro 1 – Etiologia): Síndrome do impacto do ombro Você chama seu professor para examinar o ombro do paciente e, juntos, realizam as manobras ilustradas abaixo. b) Qual(is) o(s) objetivo(s) dos testes? - Teste de impacto de Neer. O examinador realiza a elevação anterior máxima do ombro do paciente. A reprodução da dor é sugestiva de síndrome de impacto. A dor pode ser acentuada pela flexão do cotovelo e pela rotação interna do ombro. Ao injetar anestésico local na bolsa subacromial e repetir o teste, elese mostrará negativo. - Teste de impacto de Hawkins-Kennedy. Com o ombro flexionado anteriormente a 90° em rotação neutra, com o cotovelo também flexionado a 90°, roda-se medialmente o ombro. Nessa posição a tuberosidade maior é projetada contra o ligamento coracoacromial, reproduzindo a dor do paciente. Teste de impacto de Yokum. Pede-se para o paciente colocar a mão no ombro oposto e fazer a flexão do ombro de modo ativo e rápido. O aparecimento da dor é sugestivo de síndrome de impacto De um modo geral: Evidenciar impacto e irritação das estruturas subacromiais, arco coracoacromial e tendão do músculo supraespinhoso, pela presença de dor (positivo). c) Se forem positivos, qual será a principal hipótese diagnóstica? Síndrome do impacto no ombro Fonte: Reumatologia: Diagnóstico e Tratamento. Carvalho, MAP; Lanna, CCD; Bertolo, MB; Ferreira, GA. Guanabara Koogan, 5ª Ed (2019). Parte 3, Capítulo 10. Teste de Neer: https://youtu.be/S7NOP1eZz-s?list=PLGBNjwNpQTDAKGgggK9wJwFA2pPbKinOF Teste de Hawkins: https://youtu.be/vT5eKt4Osfc?list=PLGBNjwNpQTDAKGgggK9wJwFA2pPbKinOF Teste de Yokum: https://youtu.be/yyTYqp2wDCY?list=PLGBNjwNpQTDAKGgggK9wJwFA2pPbKinO https://youtu.be/S7NOP1eZz-s?list=PLGBNjwNpQTDAKGgggK9wJwFA2pPbKinOF https://youtu.be/vT5eKt4Osfc?list=PLGBNjwNpQTDAKGgggK9wJwFA2pPbKinOF https://youtu.be/yyTYqp2wDCY?list=PLGBNjwNpQTDAKGgggK9wJwFA2pPbKinOF Além dos testes acima, outros testes de avaliação de integridade são importantes no exame do manguito rotador, dentre eles o Teste de Jobe. Fonte: Reumatologia: Diagnóstico e Tratamento. Carvalho, MAP; Lanna, CCD; Bertolo, MB; Ferreira, GA. Guanabara Koogan, 5ª Ed (2019). Parte 3, Capítulo 10. d) Qual a resposta positiva desses testes e em que eles diferem do grupo anterior? A resposta positiva corresponde à dor durante a execução do teste e gera um maior indicativo da perda da integridade do músculo supraespinhal. Caso IV (1 aluno): Paciente F, 25 anos, sexo feminino. Relata episódios de dor em 3ª interfalângica proximal direita e esquerda, recorrentes, há 6 meses. Cada episódio tem duração de até 1 semana (geralmente 2 a 3 dias). Quando presente, relata dor pior pela manhã ao acordar, melhora parcial com atividades domésticas, associada a rigidez matinal de 2h. Dor de intensidade moderada a intensa, com dificuldade para torcer roupar e lavar vasilhas. Relata aumento de volume e calor associados, mas no momento do exame físico você não identifica alterações e resolve registrar, fotografando. Não apresenta outras alterações no exame físico. Nega uso de medicamentos e outras morbidades prévias. a) Complete o quadro: Perfil Epidemiológico/Fatores de risco Sexo feminino Atributos dos Sintomas Descrição Localização, número e simetria Dor oligoarticular (acomete duas articulações) dor localizada em 3ª interfalângica proximal direita e esquerda (ou seja com presença de simetria) Cronologia (início, duração, evolução) Dor recorrente há 6 meses. Cada episódio dura até 1 semana (normalmente 2 a 3 dias), mais intenso pela manhã. Qualidade - Intensidade De moderada a intensa, com dificuldade para torcer roupas e lavar vasilhas. Fatores de alívio ou piora (ritmo da dor, rigidez) Dor pior pela manhã ao acordar, melhora parcial com atividades domésticas. Sintomas associados (articulares e sistêmicos) Rigidez matinal de 2h. Aumento de volume e calor, não percebidos ao exame físico Tratamentos prévios Não apresentou. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA Fluxograma: Dor articular > oligoarticular > aguda > simétrica > recorrente HD (Classificação Quadro 1 – Etiologia): Doenças inflamatórias. Após três semanas da primeira consulta, a paciente envia para seu celular três fotos: a primeira realizada no dia da consulta (A), outra atual (B) e uma foto da mão de sua mãe (C). Relata, ainda, retorno da dor em 3ª IFPs, que se iniciaram logo após a primeira consulta, e que tem apresentado dor também em punhos e metacarpofalângicas. Responda: a) Qual(is) atributo(s) da dor articular foi(ram) alterado(s)? Descreva-o(s). Localização ● Tamanho das articulações: pequenas e médias ● Número de articulações: poliarticulares ( 5 ou mais) Cronologia ● Duração: subaguda ● Evolução: aditiva b) Qual(is) deformidade(s) está(ão) aparente(s) na mão da mãe da paciente? Nódulos de Heberden - são nódulos rígidos localizados na articulações interfalangeanas distais. Nódulos de Bouchard - são nódulos rígidos localizados nas articulações interfalangeanas proximais. Pescoço de cisne - caracterizada pela hiperextensão da IFP e flexão da interfalangeana distal Os principais diagnósticos diferenciais são artrite reumatóide, artrite infecciosa e lúpus. Caso V (1 ou 2 alunos): Paciente F, 62 anos, sexo feminino. Queixa de dor articular em joelhos, pior ao iniciar o movimento pela manhã e após a “soneca” depois do almoço, com piora significativa ao final do dia. Relata sensação que o joelho está “duro” ao acordar e também no início do movimento por, aproximadamente, 15 minutos. A dor teve início há 3 anos, principalmente ao descer escadas. Atualmente não consegue mais ajoelhar-se na igreja. Relata sensação de que o joelho está “rangendo” ao dobrar-se. Ocasionalmente apresenta aumento de volume e calor associados à piora da dor, presente logo ao acordar pela manhã, com “aquela sensação de joelho endurecido” por aproximadamente 40 minutos. Relata diagnóstico prévio de “bico de papagaio” na coluna, porém não relata dor lombar. Ao exame: IMC: 37 kg/m², joelho valgo, com diminuição da flexo-extensão D>E, presença de crepitações à movimentação. Atrofia de quadríceps femoral D e E. a) Complete o quadro: Perfil Epidemiológico/Fatores de risco Sexo feminino, Idade,obesidade. Atributos dos Sintomas Descrição Localização, número e simetria Oligoarticular, simétrica, em ambos os joelhos Cronologia (início, duração, evolução) Inicio insidioso há 3 anos, com piora progressiva Qualidade Rigidez articular, crepitante Intensidade Moderada, com dificuldade para descer escada, não consegue se ajoelhar. Fatores de alívio ou piora (ritmo da dor, rigidez) Piora ao iniciar movimentos e piora significativa à noite. Rigidez articular longa (40 minutos). Sintomas associados (articulares e sistêmicos) Aumento de volume, calor e rigidez. Presença de crepitações. Presença de geno valgo e atrofia do quadríceps femoral. Tratamentos prévios Bico de papagaio, nega uso de medicamentos. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA Fluxograma: Doença articular > oligoarticular > simétrica > insidioso > crônica HD (Classificação Quadro 1 – Etiologia): Osteoartrite Ao exame seu professor chama atenção para o exame físico das mãos e relata “sinal da tecla positivo”. b) Descreva as deformidades das mãos. São deformidades mediante um aumento de volume sem edema, principalmente nas articulações dos dedos. Nódulos de Heberden (nódulos rígidos localizados nas articulações interfalangeanas). Nódulos de Bouchard (nódulos rígidos localizados nas articulações interfalangeanas proximais) c) Qual o significado do sinal da tecla positivo? Qual a diferença do seu significado para o significado do “sinal da onda” (vide vídeo abaixo) Significa que há presença de líquido na região da patela e do fêmur, podendo significar derrame articular do joelho. SINAL DA ONDA: para volume menores. É produzido ao se ordenhar com a palma da mão a face medial do joelho para deslocar qualquer líquido. Comprime-se o joelho logo atrás da borda lateral da patela e verifica-se presença de abaulamentos produzidos pelo retorno do líquido. Pode significar derrame articular. SINAL DA TECLA: para volumes maiores. Segura-se firmemente a coxa logo acima do joelho com uma das mãos, fazendo o líquido penetrar entre a patela e o fêmur. Com os dedos da outra mão, empurra-se a patela contra a superfície demora que irá afundar como uma tecla pressionada Sinal da Onda https://youtu.be/Mk6cyJfDQ3o?list=PLGBNjwNpQTDAKGgggK9wJwFA2pPbKinOF d) Qual o significado patológico e clínico do “bico de papagaio”? Os bicos de papagaio são saliênciasformadas ao redor do disco intervertebral em razão da formação de osteófitos. Eles surgem no contorno externo dos disco intervertebrais e decorrem da degeneração do platô vertebral e do anel fibroso do disco intervertebral. Radiograficamente, o aspecto do osteófito remete ao bico de um papagaio, vindo daí o nome popular. Alguns especialistas acreditam que o bico de papagaio possa surgir devido à desidratação do disco intervertebral, por espondilose, por predisposição genética, sobrecarga articular (como no caso de obesidade), devido a algum problema articular prévio (como inflamação, fratura, ruptura de ligamentos, entre outros) ou em consequência de impactos sofridos desde a infância. Todavia, é importante salientar que a principal causa do aparecimento desta anomalia óssea é a permanência em posturas incorretas ao longo da vida, resultando em lesões nas articulações vertebrais. Destas últimas, originam-se os osteófitos, que por sua vez, causam a desidratação do https://youtu.be/Mk6cyJfDQ3o?list=PLGBNjwNpQTDAKGgggK9wJwFA2pPbKinOF disco intervertebral, fazendo com que as vértebras fiquem mais próximas uma da outra, com consequente compressão da raiz nervosa. Portanto, a dor presente na osteofitose decorre dessa compressão Caso VI (1 aluno): Paciente F, 52 anos, sexo feminino. Queixa-se de “dor nas juntas”. Relata dor em “ombros, braços, mãos, joelhos”; pior ao acordar, mas permanece durante todo o dia; dificulta atividades domésticas, mas não impede que sejam realizadas; início há mais de 5 anos; com rigidez matinal de aproximadamente 30 minutos e sensação de “inchaço”, principalmente nas mãos. Refere, ainda, ansiedade importante e, apesar de dormir por volta de 7 horas/noite, relata que acorda de manhã sentindo-se cansada, “como se um trator tivesse passado por cima de mim”. Relata ainda fadiga e “esquecimento de coisas do dia-a-dia”, como “nome de vizinhos, onde deixou a chave” e o que estava indo fazer ao se deslocar em casa. Na revisão de sistemas, queixa-se de cefaleia vespertina, quase diária, em aperto, nas regiões bitemporal, nucal e cervical. Ainda, “falta de ar” e epigastralgia, já submetida a propedêutica extensa, tendo feito "tratamento com vários médicos" apesar de "nenhum deles ter dito o que eu tinha" (sem diagnóstico definitivo). Ao exame: articulações sem sinais inflamatórios, com amplitude de movimento preservada. a) Complete o quadro: Perfil Epidemiológico/Fatores de risco Mulher, idade Atributos dos Sintomas Descrição Localização, número e simetria Poliarticular, simétrica Cronologia (início, duração, evolução) início insidioso, há mais de 5 anos, crônica e mais intensa ao acordar. Qualidade Inchaço Intensidade Dificulta as atividades diárias mas não as impede Fatores de alívio ou piora (ritmo da dor, rigidez) Pior ao acordar Sintomas associados (articulares e sistêmicos) Ansiedade, fadiga, esquecimento, dispneia, epigastralgia Tratamentos prévios Tratamentos para epigastralgia e cefaleia sem resultados HIPÓTESE DIAGNÓSTICA Fluxograma: Articular > Poliarticular > simétrica > crônica HD (Classificação Quadro 1 – Etiologia): Artrite reumatoide b) Você considera que a paciente apresenta distúrbio de sono? Não, a fadiga é um sintoma comum em pacientes com artrite reumatóide, não sendo um distúrbio independente ou associado c) Qual é a importância das queixas apresentadas na revisão de sistema? A AR tem uma diversa gama de fármacos de escolha para tratamento, mas sem uma linha definitiva, sendo elaborado pelo médico o uso e combinação. Sendo assim, é importante saber de outras queixas do paciente para evitar associações que piorem a sua saúde (ex: antimaláricos, que podem ser usados no tratamento, e tem cefaléia e epigastralgia como efeitos adversos). Ademais, o acometimento da articulação temporomandibular, que ocorre na AR, pode gerar dor e até mesmo cefaléia. Caso VII (1 ou 2 alunos): Paciente ABC, 57 anos, sexo masculino, residente e procedente em BH, servente de pedreiro. Relata episódios de dor lombar de início súbito, recorrentes, duração aproximada de 7 dias, associada aos movimentos de flexão e quando “carrega peso”, há aproximadamente 3 anos. Nega artralgias/artrites e dor musculoesquelética em outro local. Quando sentindo a dor, ela é de forte intensidade, com dificuldade para conseguir continuar trabalhando. Melhora espontânea com o repouso parcial e analgésicos comuns. Há 3 dias apresentando novo episódio de dor. No entanto, no presente episódio relata que a dor “está descendo” para perna D, em choque, sem alívio significativo com repouso ou analgésicos comuns. a) Complete o quadro: Perfil Epidemiológico/Fatores de risco Sexo masculino, Idade, profissão Atributos dos Sintomas Descrição Localização, número e simetria Poliarticular simétrica Cronologia (início, duração, evolução) Há 3 anos, foram iniciados episódios com duração de 7 dias, associado a esforço. Último episódio há 3 dias, irradiando para a perna D. Qualidade Na perna em choque. É recorrente e de inicio súbito Intensidade Forte intensidade, interrompendo as atividades Fatores de alívio ou piora (ritmo da dor, rigidez) Piora com esforço. Melhora espontânea com repouso parcial e analgésicos comuns Sintomas associados (articulares e sistêmicos) Descendo para a perna D, sem alívio Tratamentos prévios analgésicos comuns HIPÓTESE DIAGNÓSTICA HD: Hérnia de disco com provável compressão do nervo ciático Diagnóstico diferencial: lombalgia mecânica comum Em relação à dor lombar, responda: b) O que devemos avaliar durante a inspeção estática da coluna? (observe a figura ao lado) Deve-se observar alinhamento, forma, volume, alterações de pele e deformidades da coluna, avaliando a presença de cifose, lordose e escoliose. Na figura ao lado há exemplo de escoliose. c) Quais estruturas devem ser palpadas? Deve-se palpar os processos espinhosos, os músculos e os locais em que o paciente se queixar de dor, observando a presença de tumefações, calor e dor. d) À flexão anterior da coluna você percebe desaparecimento do desvio identificado à inspeção estática (Teste de Adams). O que isso significa? A escoliose compensada com aparente normalidade na observação do paciente em pé pode se tornar evidente quando a coluna é flexionada em uma manobra conhecida como teste de Adams. A manobra consiste na pesquisa de assimetrias no dorso durante a flexão da coluna vertebral. Se há desvio lateral e rotacional da coluna, um lado aparecerá mais alto que outro. A elevação assimétrica anormal no dorso caracteriza o teste positivo para uma provável escoliose com rotação vertebral. A escoliose sem um componente rotacional pode apresentar o teste de Adams negativo (p. ex., escoliose antálgica). É comum que o paciente com lombalgia relate irradiação da dor para MMII. Por vezes, essa irradiação pode se relacionar com a compressão radicular, que pode ser identificada considerando-se a distribuição anatômica (dermátomos), juntamente com alterações de força e reflexos em locais específicos. e) Com base nessa afirmativa, complete o quadro abaixo: Nível de compressão Sensibilidade Força Reflexo L4 Face lateral e medial da perna e pé *medial da perna Músculo tibial anterior, com dificuldade de caminhar sobre o calcanhar. Pé caído. Patelar L5 Face lateral da coxa e da perna e dorso do pé Extensor longo do hálux e dificuldade de dorsifletir hálux contra-resistência Sinal de Trendeleburg X S1 Face posterior da coxa e perna e lateral do pé *borda lateral do pé redução da força dos fibulares curto e longo eflexão plantar do pé do pé, dificuldade de caminhar sobre ponta dos pés Aquiles f) Veja a ilustração abaixo. Como pesquisar a presença do sinal de Lasègue? Quando considerá-lo positivo? O que ele representa? É necessário elevar o membro inferior estendido de maneira passiva, ocorre tensionamento do nervo isquiático, sendo útil na avaliação de suas raízes. Ademais, o teste também fornece informações sobre as articulações coxofemorais, sacroilíacae lombossacral. O sinal de Lasègue se caracteriza pela dor irradiada para a parte posterior da perna e do pé durante a elevação do membro inferior entre 30 e 70o. Indicando uma patologia compressiva radicular lombar Fonte: Tratado de Semiologia Médica. Silva, RMFL. Guanabara Koogan, 1ª Ed (2014). g) Considerando as questões e respostas dos itens “b” a “f” faça um roteiro básico do exame físico do paciente com dor lombar. Segue-se a seguinte ordem: 1. Inspeção ( estática e dinâmica) 2. Palpação 3. Amplitude de movimento 4. Testes especiais Não se esqueça de realizar observação da marcha e avaliar articulações adjacentes. É essencial frisar testes muito importantes e que já foram citados, como Teste de Adams, Teste de Laségue (radiculopatia lombossacra) , além do exame neurológico que avalia sensibilidade e força muscular. Ademais, para avaliação da lombalgia, pode-se realizar o teste de Schober ( mobilidade da coluna lombar) , teste de Patrick ( avaliação do quadril e sacroilíaca) e Sinal de Bonnet ( avaliar piriforme). Caso VIII (1 aluno): Paciente M, 37 anos, sexo masculino. Queixa-se de dor lombar há 6 meses, intensa pela manhã e acompanhada de dificuldade de mobilização por cerca de 2 horas, que melhora com o exercício. Durante este período apresentou dor alternante em nádegas D e E. Refere, ainda, que há 3 meses apresenta dor em joelho D e tornozelo E, associada a aumento de volume e calor, principalmente pela manhã, com alívio ao longo do dia. Apresenta dificuldade para apoiar o pé no chão ao acordar pela manhã por dor em região de subcalcâneo, “como se estivesse pisando em prego”. Na revisão de sistemas refere “surtos” de olho vermelho, com dor e visão, turva há alguns meses. Ao exame: retificação da lordose lombar, dor à palpação dos processos vertebrais, flexão anterior e lateralização da coluna lombar com ADM reduzida. Patrick-Fabere da coxofemoral E com dor em nádega D. Índice de Schöber = 3 cm. a) Complete o quadro: Perfil Epidemiológico/Fatores de risco Sexo masculino, idade Atributos dos Sintomas Descrição Localização, número e simetria Lombar, alternante em nádegas D e E, em joelho D e tornozelo E, região de subcalcâneo. Oligoarticular, simétrico e assimétrico, esqueleto axial e apendicular. Cronologia (início, duração, evolução) Lombar: Há 6 meses (crônica). Associada a dificuldade de mobilização por cerca de 2 horas. Alternante em nádegas D e E: apresentada durante o período citado anteriormente. Não informado duração ou evolução. Dor em joelho D e tornozelo E: principalmente de manhã, há 3 meses (crônica). Alivia ao longo do dia Subcalcâneo: ao acordar pela manhã. Não informado como ou quando começou. Qualidade Lombar: Não informado. Alternante em nádegas D e E: Não informado Dor em joelho D e tornozelo E: não informado Subcalcâneo: perfurante Intensidade Lombar: intensa pela manhã com dificuldade de mobilização por cerca de 2 horas. Alternante em nádegas: Não relatado intensidade. Joelho direito e tornozelo esquerdo: Não relatado intensidade. Subcalcâneo: Moderada a intensa: suficiente para causar dificuldade para apoiar o pé no chão ao acordar pela manhã. Fatores de alívio ou piora (ritmo da dor, rigidez) Lombar: dificuldade de mobilização melhora com exercício Alternante em nádegas D e E: Sem informações. Joelho direito e tornozelo E: Como ocorre principalmente pela manhã, alivia ao longo do dia. Subcalcâneo: Não informado. Sintomas associados (articulares e sistêmicos) “surtos” de olho vermelho, com dor e visão turva há alguns meses. Lombar: acompanhada de dificuldade de mobilização por cerca de 2 horas (que melhora com exercício). Alternante em nádegas D e E: sem mais informações sobre essa dor. Joelho direito e tornozelo E: Associados com aumento de volume e calor (sinais flogísticos). Subcalcâneo: Dificuldade para apoiar o pé no chão associado a dor. Tratamentos prévios Não informado HIPÓTESE DIAGNÓSTICA Fluxograma: Dor articular > oligoarticular > assimétrica. HD (Classificação Quadro 1 – Etiologia): Espondilite Anquilosante Ao lado encontra-se foto ilustrativa do exame da coluna do paciente: b) Qual o significado da dor em subcalcâneo? E da dor alternante em nádegas? Dor em nádegas: No início, a espondilite anquilosante costuma provocar dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna. Um lado costuma ser mais doloroso do que o outro. Essa dor tem origem nas articulações sacroilíacas (entre o sacro e a pélvis). Dor em subcalcâneo: as inserções dos tendões também são acometidas nessas doenças, constituindo as entesites. Um dos locais frequentes em que elas ocorrem é na junção do tendão de Aquiles com o osso calcâneo, dificultando a marcha do paciente. “Chegamos ao final desta Atividade. Voltemos ao início... onde há limitação o ser humano mostra a que a vida não Legenda: adaptações para pintura e locomoção Do ponto de vista do pesquisador clínico, dei-me conta de que os cuidados sem ciência não passam de bondade bem-intencionada, mas não são medicina. Por outro lado, a ciência sem cuidados furta à medicina a arte de curar e nega o grande potencial dessa antiga profissão. Os dois se complementam e são essenciais à arte de ser médico. Bernard Lown Professor de Harvard (1932-1984) In: A arte perdida de curar