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RESUMO: duração do trabalho, intervalos e descanso semanal remunerado

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AULA 2 
 
TEMA: Duração do Trabalho. Intervalos. Descanso Semanal Remunerado e 
Feriados. 
 
I. INTRODUÇÃO 
• Uma das primeiras reivindicações trabalhistas 
• 1ª fase da Revolução Industrial 
• Recuperação das energias físicas, mentais e psicológicas 
• Desrespeito: leva a doenças e acidentes de trabalho 
• Síndrome de Burnout ou do esgotamento profissional 
→ Perícia 
 
II. AMPARO LEGAL 
• Art. 7º, incisos IX, XIII, XIV e XVI, CF 
• Arts. 57 a 75, CLT (urbanos) 
• Art. 5º, Lei 5.889/73 (rurais) 
• Arts. 2º, 3º, 10 a 16, LC 150/15 (domésticos) 
 
III. ALGUMAS REGRAS CONSTITUCIONAIS 
• Arts. 7º, XIII e XVI, CF 
• 2 limites constitucionais: 8 horas diárias + 44h semanais 
• Tese minoritária: 
Exemplo: 
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 
8h 8h 8h 8h 8h 4h DSR 
 
Pagamento de 3h extras = 2h extras semanais + 1h extra diária 
 
• Adicional de hora extra: mínimo de 50% da hora normal (patamar civilizatório 
mínimo) 
• Flexibilização constitucional: possibilidade da compensação de horário (de 
jornada) mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
• Precisa passar pelo sindicato? 
→ Súm. 85, TST 
→ Regra: exigência de acordo individual escrito, acordo coletivo ou 
convenção coletiva de trabalho 
→ Exceção: banco de horas → compensação anual (art. 59, §2º, CLT) → 
sindicato 
+1h extra +1h extra 
Não desrespeitou 
o limite diário de 
8h 
• Reforma trabalhista: 2 flexibilizações: 
a) Banco de horas semestral: art. 59, §5º, CLT: basta acordo individual 
escrito. 
b) Compensação mensal tácita: art. 59, §6º, CLT. 
→ Ônus da prova? Art. 818, CLT. 
→ Prejudicada a súm. 85, TST 
 
IV. SERVIÇO EFETIVO 
• Art. 4º, caput, CLT 
• Tempo à disposição do empregador (aguardando ou executando ordens) 
• Novo §2º do art. 4º, CLT (Lei 13.467/17) → mitigação do conceito de tempo à 
disposição do empregador 
• Mitigação da súmula 118, TST: intervalos ou pausas concedidas 
espontaneamente pelo empregador 
• Mitigação/flexibilização do art. 58, §1º, CLT: tolerância de 5 min da variação 
de horário no cartão de ponto 
• Reforma Trabalhista trouxe hipóteses ou fatos geradores não considerados 
tempo à disposição do empregador. Exemplos: 
→ Buscar proteção pessoal 
→ Más condições climáticas 
→ Redes sociais 
→ Alimentação 
→ Lazer 
→ Estudos, etc. 
 
OBS.1: troca de roupa ou uniforme. Duas regras importantes: 
a) Facultativa: não 
b) Obrigatória: tempo à disposição do empregador. Ex.: EPI. 
• Súm. 366, TST → deverá ser atualizada. 
 
OBS.2: é possível a aplicação do raciocínio jurídico do novo §2º do art. 4º, da 
CLT, no curso da jornada? 
 
OBS.3: esse art. produziu reflexos no ônus da prova do cartão de ponto? 
• Súm. 338, TST + art. 74, §2º, TST 
• A não apresentação injustificada do cartão de ponto gera presunção relativa 
de veracidade da jornada alegada na inicial 
• Cartão de ponto britânico ou inglês: horários de entrada e saída invariáveis. 
É invalido como meio de prova, gerando a inversão do ônus da prova, 
prevalecendo a jornada da inicial se dela o empregador não se desincumbir. 
→ É verdadeiramente inválido? 
Rol taxativo ou meramente 
exemplificativo? 
→ Há uma linha de entendimento pensando na possibilidade da 
aceitação do cartão de ponto 
→ Praxe: criação do cartão de ponto à brasileira (encontrado na 
jurisprudência) 
 
V. EMPREGADOS EXCLUÍDOS DO CONTROLE DA JORNADA, DO 
CONTROLE DA DURAÇÃO DO TRABALHO 
• Doutrina e jurisprudência: hipóteses constitucionais ou recepcionadas pela 
CF. 
• Não possuem direito (s) a: 
→ Hora extra 
→ Proteção do trabalho noturno 
→ Intervalos interjornadas 
→ Intervalos intrajornadas 
→ Redução da jornada no curso do aviso prévio 
 
• 3 espécies: 
a) Empregados que exercem atividades externas incompatíveis com a 
fixação da jornada 
→ Art. 62, I, CLT 
→ Exemplos: vendedor externo; motorista; instalador 
→ OJ 332, SDI-I, TST: tacógrafo. Ônibus/caminhão. Velocidade + distância. 
→ O tacógrafo, por si só, sem outros elementos de prova, não serve para o 
controle de jornada 
b) Gerentes/cargos de confiança/diretores e chefes de departamento ou filial 
→ Art. 62, II, CLT 
→ Art. 62, p. único, CLT: requisito legal ou elemento objetivo: receber uma 
gratificação de função igual ou superior a 40% do salário efetivo. É 
importante constar não apenas na CTPS como também no holerite. 
→ Linha de pensamento na doutrina e jurisprudência: existe um outro 
requisito: elemento subjetivo: exercício do poder de mando, comando ou 
supervisão. 
c) Teletrabalhadores: arts. 75-A a 75-E, CLT 
→ Novo inciso III, art. 62, CLT 
 
VI. INTERVALOS INTERJORNADAS 
• Inter = entre 
• Jornadas = tempos diários à disposição do empregador 
 
 Giurno; giornata = dia 
• Art. 66, CLT: no mínimo 11h consecutivas 
 
Salvo o DSR 
OBS.1: praxe forense: pessoa trabalhou de segunda à sábado (até 22h), ou seja, 
6 dias consecutivos. A pessoa deve voltar a trabalhar às 9h da próxima segunda-
feira, para que não haja direito à hora extra. 
• Súm. 110, TST: 24h consecutivas do DSR deverão ser somadas com as 11h 
consecutivas do II. Total = 35h consecutivas. 
 
OBS.2: desrespeito ao intervalo mínimo. Exemplo: deveria descansar 11h, mas 
descansou só 9h30. Quando deve ser pago? 3 correntes: 
→ 1h30min extras: posição majoritária. 
→ 2h extras 
→ 11h extras 
• OJ 355, SDI-I, TST: pagamento da integralidade das horas suprimidas. 
 
VII. INTERVALO INTRAJORNADA PARA REFEIÇÃO E DESCANSO OU 
REPOUSO E ALIMENTAÇÃO 
• Art. 71, CLT 
 
OBS.1: objetivo(s)? 
• CLT: Descanso ou alimentação 
• 1ª corrente: defende um objetivo 
• 2ª corrente: defende os dois objetivos 
 
OBS.2: quem trabalha mais de 6h até 8h 
• No mínimo: 1h 
• No máximo: 2h 
→ Poderá ser aumentado? 
• Salvo acordo individual escrito ou norma coletiva não poderá exceder 2 
horas. 
 
OBS.3: redução do mínimo de 1h 
• 2 modalidades: 
a) Art. 71, §3º, CLT: autorização do Ministério do Trabalho 
→ Súm. 437, II, TST → resta prejudicado 
b) Art. 611-A, III, CLT: princípio do negociado sobre o legislado → 
autorização do sindicado, respeitado o mínimo de 30 min 
OBS.4: desrespeito ao intervalo mínimo de 1h: 
Art. 71, §4º, CLT (Lei 13.467/17) Súmula 437, I e III, TST 
Pagamento do período suprimido como 
extra 
Pagamento do período integral como 
extra 
Natureza indenizatória Natureza salarial 
 Restam prejudicados 
 
VIII. TRABALHO NOTURNO 
• Exemplo: empregados urbanos: art. 73, CLT + art. 7º, IX, CF 
• Regras básicas: 
→ Horário noturno: 22h às 5h (7 horas) 
→ Hora noturna ficta ou reduzida: 52min30s 
→ Adicional noturno é de, no mínimo, 20% 
• Ex.: pessoa que trabalha das 22h às 6h. Como fica essa hora a mais? 
Art. 73, §5º, CLT Súmula 60, TST 
Regras do capítulo do trabalho noturno Assegura apenas o direito ao adicional 
noturno 
Adicional noturno Omissa quanto à hora noturna ficta ou 
presumida 
Hora noturna ficta 
Tese do reclamante Tese da reclamada 
 
• Ex.: pessoa que trabalha das 20 às 7h. Como fica? 
→ Art. 73, §4º, CLT: horários mistos 
→ Art. 71, §5º, CLT + súm. 60, TST

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