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Deficiência Intelectual e AEE Tema 03 – Formação de Professores para Atuação no AEE Bloco 1 Prof. Danubia Ferraz dos Santos W B A 0 2 1 4 _ V 1 .0 Constituição de 1988 e Declaração de Salamanca • Apesar de previsto desde a Constituição de 1988, o AEE começou a tomar forma na década de 1990, a partir da Declaração de Salamanca. • Com essa Declaração, o entendimento passou a ser de que as escolas deveriam se adequar para receber os alunos com necessidades especiais. LDB 9394/96 e Política Nacional • Esse grupo compreendia pessoas com e sem deficiência. • Em 1996 é promulgada a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, com um artigo destinado à educação especial. O documento já sinalizava a necessidade de formação específica. • Em 2008 é lançada a Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Política Nacional 2008 • O documento definiu quem era o público- alvo da educação especial e que deveria ter acesso ao AEE. • O mesmo documento estabeleceu regras gerais para esse atendimento e, novamente, apresenta a necessidade de formação específica. Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009 Art. 12. Para atuação no AEE, o professor deve ter formação inicial que o habilite para o exercício da docência e formação específica para a educação especial (BRASIL, 2009). BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Resolução nº 4, de 02 de outubro de 2009. Disponível em: <http://www.abiee.org.br/doc/Resolu%E7%E3o%204%20 DE%2002%20out%202009%20EDUCA%C7%C3O%20ESP ECIAL%20rceb004_09.pdf>. Acesso em: 13 out. 2016. http://www.abiee.org.br/doc/Resolu%E7%E3o 4 DE 02 out 2009 EDUCA%C7%C3O ESPECIAL rceb004_09.pdf Outros documentos • Posteriormente, outros documentos, como resoluções, decretos, instruções normativas abordaram a necessidade de formação continuada e complementação para atuação na perspectiva da educação inclusiva e especialização para atuação no AEE. Extinção da habilitações • Em 2006, as habilitações foram extintas dos cursos de Pedagogia, causando grande preocupação quanto à formação dos professores especialistas. • Atualmente, apenas duas Universidades contam com graduação em Educação Especial (Federal de São Carlos/ SP e Federal de Santa Maria/ RS). Licenciatura – formação generalista • Os cursos de licenciatura devem prever disciplinas que abordem a temática da Educação Especial/Educação Inclusiva. • A formação generalista não subsidia o trabalho do professor frente à atuação com os estudantes com deficiência. Deficiência Intelectual e AEE Tema 03 – Formação de Professores para Atuação no AEE Bloco 2 Prof. Danubia Ferraz dos Santos Estado de SP – Resolução SE 61/2014 • O professor do AEE deve ter uma formação consistente na área que irá atuar. • No Estado de SP é necessário formação específica na área de atuação (Resolução SE 61/2014). • O professor do AEE nunca trabalhará sozinho. Locais de atuação do especialista (BRASIL, 2008) Essa formação possibilita a sua atuação no atendimento educacional especializado: • Salas de recursos. • Centros de AEE. • Núcleos de acessibilidade das instituições de educação superior. Classes hospitalares. Ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos de educação especial. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf >. Acesso em 22 out. 2016. http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf • A formação do professor para o atendimento educacional especializado demanda conhecimentos específicos para subsidiar o trabalho nos diferentes espaços, níveis e modalidades de ensino. Legislação Federal e Estadual Além da Legislação Federal, os estados definem regras para o aprimoramento da formação do professor especialista, bem como a atuação desse profissional nas salas de recurso multifuncional. As atribuições do professor do AEE • Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias, considerando as necessidades específicas dos alunos público- alvo da educação especial. • Elaborar e executar plano de atendimento educacional especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade. • Organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais. • Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola. • Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade. • Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno. • Ensinar e usar recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia, atividade e participação. • Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares. • Promover atividades e espaços de participação da família e a interface com os serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros.